15 de abril de 2012

Sobre a mudança interior - II por Krishnamurti

"O que designamos por mudança? Será que a mudança é a mera transferência do que acumulei para outros campos do conhecimento, para novos pressupostos e ideologias, projetados a partir do passado? É isso que costumamos chamar de mudança, não é mesmo?

 Quando digo que preciso mudar, penso em mudar para alguma coisa que já conheço. Quando digo que preciso ser bom, já tenho uma idéia, uma formulação, um conceito do que é ser bom.
 Mas isso não é o florescer da bondade.
 O florescer da bondade só surge quando compreendo o processo e o acúmulo do conhecimento e quando desfaço o que sei. Então há possibilidade de uma revolução, de uma mudança radical.


Mas o simples passar do conhecido para o conhecido não é mudança nenhuma.

Espero estar sendo claro, porque vocês e eu precisamos mudar radicalmente, de uma maneira espantosa, revolucionária.
 É um fato óbvio que não podemos continuar como estamos. As coisas alarmantes que estão acontecendo no mundo exigem que todos esses problemas sejam abordados a partir de uma perspectiva totalmente diferente, com uma mente e um coração totalmente novos.

 Eis por que tenho de compreender como fazer em mim essa mudança radical. E vejo que só posso mudar desfazendo tudo o que já conheço.
 O desembaraçar a mente do conhecimento constitui em si uma mudança radical, porque assim a mente fica humilde, e essa mesma humildade faz surgir uma ação totalmente nova. 

Enquanto a mente estiver adquirindo, comparando, pensando em termos do “mais”, ela será incapaz de uma ação nova. E será que eu, invejoso, ambicioso, posso mudar completamente, de modo que a mente pare de adquirir, de comparar, de competir? Em outras palavras, será que a mente pode esvaziar-se a si mesma e, nesse mesmo processo de auto-esvaziamento, descobrir a ação nova?

Ou seja, será possível efetuar uma mudança fundamental que não seja o resultado de um ato de vontade, que não seja o mero resultado da influência, da pressão? 
A mudança fundada na influência, na ação, no ato de vontade, não é mudança nenhuma. Isso é evidente se vocês penetrarem na questão.
 E se sinto necessidade de uma mudança completa, radical, em mim mesmo, tenho de examinar o processo do conhecimento, que forma o centro a partir do qual acontece toda experiência.

 Há em cada um de nós um centro que é o resultado da experiência, do conhecimento, da memória; e nós agimos e “mudamos” de acordo com esse centro. O próprio ato de desfazer esse centro, a própria dissolução desse “eu”, desse processo de acúmulo, gera uma mudança radical. Isso, todavia, exige o esforço do autoconhecimento.

Tenho de conhecer a mim mesmo tal como sou, e não como acho que devo ser. Tenho de me conhecer como o centro a partir do qual estou agindo, a partir do qual estou pensando, o centro formado pelo conhecimento acumulado, por pressupostos, pela experiência passada, que são coisas que impedem uma revolução interior, uma radical transformação de mim mesmo. 

E como temos um tão grande número de complexidades no mundo atual, com tantas mudanças superficiais acontecendo, é necessário que haja essa mudança radical no individuo, porque só o indivíduo, e não o coletivo, pode criar um novo mundo.

Em vista de tudo isso, será possível que você e eu, como dois indivíduos, nos modifiquemos, não de modo superficial, mas radicalmente, de forma que haja a dissolução do centro de que emana toda vaidade, todo o sentido de autoridade, esse centro que acumula ativamente, centro feito de conhecimento, de experiência, de memória?

Trata-se de uma pergunta a que não se pode dar uma resposta verbal. Faço-a somente para despertar o pensamento de vocês, sua capacidade inquisitiva, a fim de que vocês iniciem a caminhada sozinhos Porque vocês não podem fazer essa caminhada com a ajuda de outra pessoa; vocês não podem ter um guru que lhes diga o que fazer, o que procurar."

Krishnamurti
Do livro: Sobre Aprendizagem e o Conhecimento – Ed. Cultrix

14 de abril de 2012

A mente travada...

"Pelas experiências negativas em nossas vidas passadas, encarnamos com uma carga de crenças negativas abrigadas em nosso inconsciente. 
Nossas experiências na vida presente iniciam-se a partir dessas crenças e de nossas observações sobre o mundo que nos rodeia, fazendo com que tiremos conclusões distorcidas acerca da realidade. 

Desde a infância, a realidade nos parece assustadora, sentimo-nos sempre ameaçados por perigos ilusórios, porém, "reais" em certa medida, pois as tais ameaças são provenientes das energias das pessoas que nos rodeiam, as quais têm questões de vidas passadas relacionadas conosco ou contém apenas a mesma qualidade energética de pessoas com as quais temos questões de vidas passadas a serem resgatadas.
 Diante dessas sensações, inevitavelmente, criamos um comportamento "persecutório" [referente a perseguição

A partir dessas condições e percepções distorcidas, criamos nossas estratégias de sobrevivência. A mente só pensa em uma coisa: sobreviver!
 Ela acredita que enquanto "souber de tudo", mantendo-se no controle, ela estará a salvo. Isso cria em nós a necessidade de pensar, planejar e calcular, incessantemente, para que tudo esteja "sob controle".

 Só acreditamos que coisas ruins irão acontecer e, se e quando, por algum motivo, conseguimos acreditar em um Universo benigno, a mente entra em pânico e reverte essa percepção divina levando-nos novamente a acreditar no pior. Conscientes ou não desse processo interno, ele está sempre nos (des)orientando. 

Se pararmos para "escutar" a voz negativa interior, por trás de toda essa estratégia, perceberemos este tipo de pensamento: "Não adianta, você nunca vai conseguir se superar e, caso consiga, eu sempre vou te perseguir e te destruir". 
Com esse tipo de percepção distorcida a mente se sente ainda mais em aflição e busca mais desesperadamente pelo controle da situação e entra em um processo obsessivo-compulsivo e se torna prisioneira dele. 
A mente simplesmente trava em determinadas situações em que são disparados esses mecanismos persecutórios criados pela crença no mal e fica prisioneira dentro de um lugar viscoso, como se fosse um limbo, um lugar que não conseguimos acessar, mas que nos traz sensações muito reais de estarmos perdidos e anestesiados nesse lugar sombrio e deserto.

 Apesar de essa clausura nos trazer extrema agonia, fazendo com que desejemos sair dali desesperadamente, não conseguimos, pois a mente se sente segura nesse limbo, ela acredita que ali ninguém poderá nos ferir, acredita que nada de mal possa nos atingir. 

Nosso desespero aumenta e travamos uma luta interna. Nosso lado que nos mantém prisioneiros luta desesperadamente contra o lado que quer nos libertar. Um conflito intenso nos acomete nos levando para um processo de mais desorientação. Somos prisioneiros de nossa própria mente. 

A mente teimosa, orgulhosa e medrosa, não tem o mínimo desejo de abrir mão desse "lugar seguro", ela se mostra sofredora e desejosa em fazer de tudo para nos libertar, mas desde que seja através de um recurso que não a tire do poder e não a faça perder a razão, a mente sempre quer estar certa. 

Ela acredita piamente que está sendo injustiçada, agredida ou ameaçada, portanto, ela só sai do limbo quando tiver certeza de que todo o mal externo foi resolvido, à maneira dela. 

Nesse limbo, nossas crenças negativas ficam ainda mais potencializadas e a mente, obsecada em provar que "sabe o jeito certo" de resolver as coisas, debate-se cada vez mais, levando-nos, muitas vezes, a sentir "que estamos ficando loucos", com total descontrole e desequilíbrio, o que nos atormenta de forma assustadora. 
Para essa condição, como sempre, o primeiro recurso de poder que temos à nossa disposição, é tomarmos consciência desse mecanismo persecutório e obsessivo da mente.

 Isso se faz com a vontade consciente de ativarmos o observador interno. A parte de nós que se conscientiza é o nosso Eu Superior e, quando permitimos que ele se manifeste com esta percepção da incoerência e do descontrole criado pela necessidade de controle, naturalmente somos levados a um melhor estado interno, que nos relaxa, fazendo com que possamos perceber a obsessão da mente, com mais clareza ainda. 

Quanto mais somos capazes de perceber essas atitudes de nossa mente e de nos mantermos apenas como observadores - sem julgamentos, críticas ou resistência -, e com uma profunda aceitação de toda a realidade interna, mais conseguimos resgatar, pouco a pouco, o equilíbrio e a sabedoria interior. 

Porém, como esse limbo é um lugar muito viscoso, mesmo que consigamos ter essa consciência e certo equilíbrio, compreendendo que tudo é pura ilusão criada pela mente, ainda assim nos sentiremos presos. A diferença, é que o desespero diminui e começamos a nos desidentificar com aquela "falsa realidade", o que nos leva à sensação em nosso coração de que "está tudo certo", que tudo isso logo passará.

 Dessa forma, a aceitação vai se instalando mais e mais, fazendo com que consigamos elevar nossa consciência com o desejo de encontrarmos uma "nova forma de viver as mesmas experiências". Nós trouxemos conosco, ao encarnar, todos os planejamentos do "jeito certo de vivermos a vida", porém, por conta de nossas crenças negativas trazidas e potencializadas com nossas percepções distorcidas, entendemos que esse "jeito certo do Espírito" era o "jeito errado que nos levava à dor".

 Assim, deixamos de lado, lá na infância, o "pacote do jeito certo", desaprendendo-o e quase o desativando - se não usamos perdemos - e acabamos criando o "jeito certo (errado) da mente" e nos acostumamos a ele e o "aperfeiçoamos". E deu nisso... nossa mente prisioneira do seu esquema, levada ao limbo infinitas vezes, passando a aceitar esse limbo como um lugar "seguro", o que sempre a leva novamente a ele. 
Quando tomamos consciência dessa realidade oculta, assustadora e sabotadora que ocorre dentro de nós, somos então capazes de superar esse padrão de comportamento. A partir disto, basta que desejemos acessar o "jeito certo impresso em nosso ser", para que possamos reativá-lo. 

Com isso podemos, pouco a pouco, resgatar nossa "sanidade" e nossos recursos divinos de cura, que carregamos em nosso ser. Não deveremos pensar sobre isso, mas sim "sentir essa verdade", nos entregando ao fluxo divino, com a certeza de que nossa intenção, esforço e vontade nos levarão à cura. 

Esse é um processo, não adianta termos pressa em corrigir aquilo que durante anos foi construído e reforçado negativamente. A pressa só nos destruirá. A vida em si é um processo, basta aceitarmos e nos entregarmos a ele e tudo se resolve de forma divina."

Sintoma de Sombra: Descontrole em Discussões por Aldo Novak


"Hoje o sintoma que escolhi é: perder o equilíbrio quando uma pessoa não pode dizer aquilo que pensa em uma discussão.



Semana passada este foi o problema que chamou minha atenção em um twitter anônimo publicado no site do livro O Efeito Sombra. A pessoa publicou exatamente a seguinte frase: "Minha sombra é perder o equilíbrio quando não posso dizer o que penso em uma discussão". 

Vamos entender agora uma verdade universal que, aparentemente, poucos de nós aprendemos na infância e juventude: não existe modo de vencer uma discussão.

Deixe-me repetir isso para que fique claro como cristal em sua mente, e você comece a repetir isso dia e noite, até estar convencido, ou convencida, de uma vez por todas: não existe nenhum modo de você vencer uma discussão. Nunca. Jamais.

Dizer o que você pensa, ou sentir que tem algo a dizer que vai "calar a boca" da outra pessoa e mudar o comportamento dela é algo que só existe em raríssimas situações. E tenho que dizer que jamais vi isso funcionar para nenhum relacionamento importante - exceto em emergências e situações que demandem ação imediata - Mas não é sobre isso que estamos falando aqui.

Portanto, quando você perde o equilíbrio em uma discussão, isso acontece porque você está partindo da falsa premissa de que precisa vencer a discussão - o que é impossível. Até porque, se você sair de uma discussão com a sensação de vitória, a outra pessoa vai sentir-se derrotada e você a terá perdido. 
Além disso, ela pode até concordar com sua análise racional, mas isso não significa que abraçará sua causa, porque ninguém gosta de sentir que uma outra pessoa pisou nela, derrubou suas crenças e a tornou inferior, por qualquer motivo - mesmo que com lógica.

Mas note que perder o equilíbrio quando não se pode dizer o que pensa em uma discussão não é sombra - apenas um sintoma de sombra. E sombras escolhem aparecer pelas rachaduras que existem em nosso comportamento - rachaduras que existem devido a supostas "verdades" aprendidas mas completamente irracionais - como achar que se pode vencer uma discussão, por exemplo.

Ao internalizar o fato de que nenhuma discussão pode ser vencida, você começa a entender a importância em deixar todas as discussões de lado e associar-se a outra pessoa, mesmo que seja sua desafeta, para que ambas possam encontrar uma saída que seja boa para os dois lados. Uma solução verdadeiramente ganha-ganha."


11 de abril de 2012

Conseqüências e vantagens da mente clara...


 (...)"A mente reativa reage ao que está condicionada e aos instintos. Prioritariamente, ela tenta se defender, por isso sempre foca problemas e dificuldades. Por ser uma mente que gera pouca satisfação, ela busca compensação através dos desejos e fantasias que cria continuamente. Como conseqüência, poucas vezes foca a realidade e raramente se mantém no presente, no que acontece no aqui e agora. 

E a mente clara? A mente só é clara quando consegue focar o presente em sua simplicidade. No exemplo do texto o homem decidiu focar o gosto e o cheiro do café especial que estava tomando. Uma atitude simples e COERENTE com a escolha feita. A mente clara é assim: após feita a escolha, ela se mantém no presente, usufruindo da escolha e intensificando a vida. A prioridade não é se defender, e sim usufruir do que foi escolhido para viver.
O homem decidiu realizar o desejo de tomar o café. Comprou o café e enquanto a mente reativa o dominou, ele esteve distante, preso em seus pensamentos, problemas, desejos e fantasias. Praticamente não sentiu o gosto do meio copo de café que tomou.

Quando a mente clara entrou em ação, ele agiu com simplicidade. Prestou atenção ao café, cheiro e gosto. Tomou-o em pequenos goles e para intensificar o prazer manteve-o na boca por algum tempo. Em pouco tempo estava satisfeito por ter tido muita satisfação.

Vamos pensar em duas conseqüências práticas. Primeiro: o homem poderia ter tomado somente meio copo de café e ingerido menos calorias. Teria ficado muito satisfeito e “menos gordo”. A mente clara permite que fiquemos satisfeitos/saciados com menos.
Segunda conseqüência: como chegamos mais facilmente à satisfação, é mais fácil de promover a solidariedade. Se meio copo de café trouxe a saciedade para aquele homem, ele pode compartilhar a outra metade com alguém. A solidariedade deixa de ser algo moral e passa a ser uma prática viável e simples.

Um dos maiores estimuladores do egoísmo é a falta de satisfação do ser humano, que o faz querer e necessitar de mais e mais. A mente clara, ao permitir maior satisfação, ajuda a tornar as pessoas mais propícias a compartilhar.

A mente clara é uma mente coerente e simples, focada no presente. Esse é um dos maiores segredos de uma vida intensa e bem vivida."

Autor:Regis Mesquita, psicólogo e terapeuta

10 de abril de 2012

Como superar seus problemas externos, resolvendo problemas internos....

"Quem nunca se deu mal ou entrou em uma fria? Seja qual for a situação. Problemas financeiros, relacionamentos, família, enfim, qualquer tipo de enrascada. O mais difícil, quando estamos tentando resolver algum problema, é saber o que fazer. Normalmente não paramos para pensar e solidificamos a situação, achamos que ela é do jeito que é e que não tem saída. Ao invés de parar para pensar, nos desesperamos, ficamos aflitos e corremos de um lado para o outro sem saber o que fazer ou por onde começar a resolver a situação. Veja algumas saídas.
Identifique o problema

O primeiro passo é tentar identificar qual é o problema, mas não o problema externo.
 Como assim? Geralmente quando pensamos em um problema, nos fechamos nele, tentando resolve-lo, e não olhamos a situação de forma ampla. Por exemplo: quando brigamos com alguém ficamos mal e tentamos resolver a situação externa. Pensamos: peço desculpa ou não, deixo de falar com ele ou não, brigo ou não, tento endireitá-lo ou não. Isso não adianta nada, pois cada pessoa tem a liberdade de se comportar como bem entender. 


Você pode tentar arrumar as coisas externas, porém como não tem controle da situação, é impossível achar uma saída olhando deste ponto de vista.
Observe o verdadeiro problema

Precisamos mudar a perspectiva para perceber qual o real problema que devemos resolver (novamente me refiro ao problema interno, não ao externo). 
Geralmente, em uma situação de conflito, não percebemos que estamos com raiva, mágoa, apego ou algum outro sentimento negativo. Costumamos ter como referência apenas as próprias situações e não os sentimentos que são a causa do problema. 


Se alguém nos trai, não pensamos qual o real motivo de estarmos com raiva, mágoa ou apego pela outra pessoa, mas sim que devemos resolver aquilo de qualquer jeito. Daí agimos automaticamente, pensando se devemos ficar com a pessoa ou não, se perdoamos ou não, se mudamos de cidade, se arrumamos outra pessoa. 


Na verdade, a situação não tem saída: o que deve ser resolvido são os nossos sentimentos internos e não a situação. O seu parceiro é livre para fazer o que quiser, até te trair, (não que eu ache isso adequado. Aliás, este não é o ponto), porém ele tem essa liberdade e não temos controle quanto às atitudes dele ou das outras pessoas.


 Apenas observe com quais sentimentos negativos você está operando nestas situações. Não os ignore nem se apegue a eles, apenas observe, pois da mesma maneira que eles surgiram, irão cessar.
Este exercício de observar e não reagir automaticamente aos sentimentos negativos é o que nos fará melhorar aos poucos. Pratique a reflexão. Pare, por alguns minutos antes de dormir, e pense como foi seu dia, como você se comportou nas situações e como agiu com as pessoas.


 E lembre-se: esta maneira de perceber como a nossa mente age em nosso dia a dia não é uma ação passiva. Observar o que ocorre em nossa mente melhora nossa maneira de interagir com as pessoas e com o mundo."

Autor:Leonardo Ota

Seja Autêntico....


(...)"A verdade não é uma coisa lógica. Por verdade eu quero dizer a autenticidade do ser; sem impor nada que você não seja, apenas sendo o que você é, independentemente dos riscos, nunca se tornando um hipócrita. Se você está triste, fique triste. Esta é a verdade; não a esconda. Não exiba um sorriso falso no rosto, porque esse sorriso falso cria uma divisão em você.

Quando você está com raiva e não demonstra a raiva... é porque tem medo de que essa demonstração prejudique a sua imagem, porque as pessoas pensam que você é compreensivo e dizem que você nunca fica com raiva. Elas gostam disso e isso é tão gratificante para o ego. 

Agora, ficar com raiva vai prejudicar a sua linda imagem; assim, em vez de prejudicar a imagem, você reprime a raiva. Você está fervendo por dentro, mas por fora continua compreensivo, bondoso, polido, doce. Aí acontece a divisão. As pessoas produzem essa divisão durante a vida inteira; então a divisão se torna absolutamente estabelecida. Mesmo quando você está sentado sozinho e não há ninguém por perto, e não há necessidade de fingir, você continua fingindo; isso se tornou um hábito arraigado e automático... 
Então, não é uma questão de ser verdadeiro ou falso; isso acabou por se tornar um hábito...
Por verdadeiro eu quero dizer não fingir. Seja exatamente o que você é – num momento você está triste... e no momento seguinte, se você ficar feliz, não há necessidade de continuar triste – porque também lhe ensinaram a ser sempre coerente, a permanecer coerente...

Assim, não é só quando está triste que você finge sorrisos; quando você quer sorrir, também finge tristeza por causa da idéia completamente estúpida de permanecer coerente. Cada momento tem a sua característica peculiar, e nenhum momento precisa ser coerente com nenhum outro momento. 

Assim, não é preciso se preocupar com a coerência. Ninguém que se preocupe com a coerência vai se tornar falso porque apenas mente com coerência. A verdade está sempre mudando. A verdade contém suas próprias contradições – e essa é a substância da verdade, essa é a sua vastidão, essa é a sua beleza.
Portanto, se você está se sentindo triste, fique triste – sem nenhuma censura, sem nenhuma avaliação como sendo bom ou mau. Não se trata de ser bom ou mau; isso simplesmente acontece. E quando acontece, deixe acontecer. Quando você começar a sorrir de novo, não se sinta culpado só porque há pouco estava triste; então, como pode sorrir? Quando estiver feliz, seja feliz; não há necessidade de fingir nada.

... Cada momento tem uma realidade atômica: ele é descontínuo em relação ao momento anterior e não está ligado ao momento futuro. Cada momento é atômico. Os momentos não se seguem uns aos outros em seqüência; eles não são lineares. Cada momento tem a sua própria maneira de ser e você deve ser isso, nesse momento, nada mais. É isso o que realmente é considerado como verdade.

Verdade significa autenticidade, verdade significa sinceridade. A verdade não é uma coisa lógica. Ela é um estado psicológico de ser verdadeiro – não verdadeiro de acordo com algum ideal, pois, se houver um ideal, você vai se tornar falso.

O homem verdadeiro não tem ideais. Ele vive momento a momento; ele sempre vive como se sente no momento. Ele é completamente respeitoso em relação aos próprios sentimentos, às próprias emoções, aos próprios humores. E isso é o que eu quero que as pessoas sejam: autenticas, verdadeiras, sinceras, respeitosas em relação à própria alma."

OSHO Excertos do livro "Intimidade - como confiar em sí mesmo e nos outros", ed. Cultrix

2 de abril de 2012

Curar a ferida em primeiro lugar...



"Quando somos atingidos por uma flecha, não devemos perder tempo buscando saber quem e por que nos feriu. Mas, sim, arrancar a flecha fora e cuidar, o quanto antes, da ferida. Este é o modo budista de lidar com os problemas: focamos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor.

Em vez de responder aos inúmeros porquês, focamo-nos em lidar com a situação de modo a assumir o autocontrole diante de nossos problemas. Afinal, quando não podemos mudar uma situação externa, ainda assim, podemos transformar o nosso modo de encará-la. 

Enquanto estivermos contaminados pelo cansaço, pela raiva ou pela indignação, nossas atitudes serão tendencialmente unilaterais ou vingativas. O que o budismo nos alerta é que a primeira coisa a fazer quando recebemos qualquer tipo de agressão é nos interiorizarmos para recuperar o espaço interior. 

Mais do que uma percepção mental dos fatos, devemos buscar o equilíbrio interior para que nosso pensamento volte a ser claro e amplo. 
Na medida em que nos concentramos em curar a ferida, ao invés de indagar o porquê ela ocorreu, cultivamos o hábito mental de buscar soluções práticas que nos ajudam a nos desvencilhar dos problemas. Deste modo, não ficamos presos ao discurso "ele não podia ter feito isso comigo" que nos leva apenas à paralisia, mas passamos a nos mover em direção à solução interior, o que nos leva a um senso profundo de liberdade de podermos ser quem somos. 

O mundo à nossa volta está repleto de informações conflitantes e confusas. Tornamo-nos reféns dos outros enquanto nos deixamos enganchar por seus conflitos. 

Para nos desvencilharmos das confusões alheias, precisamos antes de tudo recuperar nosso espaço interior. Esta é a diferença entre gritar para o outro: "Me solta" e dizer internamente: "Eu me solto". 

Desta maneira, ganhamos autonomia interior, isto é, recuperamos o prazer e a habilidade de exercitar a nossa própria vontade de nos acalmar. Lama Gangchen nos encoraja a praticar a Autocura quando nos fala: "Basta reconhecermos nossa própria capacidade e ousarmos aceitá-la". 

Em seu livro Autocura Tântrica III (Ed. Gaia) ele esclarece: "Para começarmos a vivenciar os níveis mais profundos da Autocura, nossa mente precisa começar a aceitar e usar o espaço interior da forma correta. Temos que compreender que há mais espaço em nossa mente muito sutil do que no mundo externo. Além disso, também precisamos entender que as situações perigosas que hoje vivenciamos são o resultado de causas e condições negativas criadas por nós no passado. 

É muito importante praticarmos a Autocura, pois se continuarmos a gravar negatividades em nosso espaço interior, embora nosso coração não possa explodir, uma terrível explosão global de negatividade pode acontecer, causando nosso Armagedão individual e planetário". 

Para parar de gravar negatividades em nosso espaço interior, precisamos cultivar o hábito de nos interiorizarmos, de ampliarmos nosso espaço interior. Mas a capacidade de nos autossustentar surge à medida em que nos sentimos disponíveis para nós mesmos. 

Se não nos sentimos capazes de lidar com certas emoções, devemos buscar pessoas que nos incentivem a lidar positivamente com elas. A solidariedade alheia nos ajuda a sentir e aceitar o que nem mesmo somos capazes de entender. 

O importante é buscar coerência entre nosso mundo interior e a realidade exterior. Viver bem pressupõe considerar a realidade acima de qualquer coisa. 

Ao recuperar o espaço interior, ganhamos uma nova disponibilidade para agir." 


Bel Cesar

29 de março de 2012

Quando a vida parece contrária....de Neale Donald Walsch,

(...)"Não resistis ao contrário de nada que desejeis experimentar.
 Em vez disso, abraçai-o. Olhai directamente para ele e vede-o pelo que é.
Aquilo a que resistis, persiste. Isto porque, pela vossa continuada atenção nele de uma forma negativa, continuais a colocá-lo lá. Não podeis resistir a algo que não está lá. Quando resistis a algo, vós colocai-lo lá. Ao focardes a raiva ou energia de frustração nele estais, na verdade, a dar-lhe mais força.
É por isso que os grandes mestres nos têm incitado a “não resistir ao mal”. Não luteis com o que é o contrário do vosso desejo expresso ou resultado preferido. 
Em vez disso, relaxai.
Eu sei que pode parecer estranho, mas eu prometo-vos, funciona. Não fiqueis rígidos e tensos, prontos para uma batalha. Nunca vos oponhais ao que se vos opõe. Não OPonha, COMponha.
Entendeis? Lembrai desta pequena regra sempre: Não opor, compor.

Componde a vossa ideia original de como quereis que a vida se apresente. E componde-vos a vós próprios enquanto estais nisso. Vivei num lugar descontraído de confiança de que a vida está a funcionar de forma perfeita. No entanto, não confundi tranquilidade com aceitação.
“Não resistir ao mal” não significa que não deveis tentar mudar o que não haveis escolhido. Mudar algo não é resistir a algo, é simplesmente escolher de novo.
 Mudar não é resistência, mas alteração. Modificar não é resistir, mas antes continuar a Criação Pessoal.
Modificação é criação. Resistência é o fim da criação. Mantém firmemente a anterior criação no lugar.
Estais a ver?
Em cada momento de dificuldade e desafio na vossa vida tendes uma escolha: oposição ou composição. Para repetir: podeis opor-vos ao que estais a experimentar ou compor o que haveis escolhido.
Compor o que haveis escolhido
Agora, graças à Lei dos Contrários tendes um contexto no qual experimentá-lo. E esta é a melhor coisa que o universo alguma vez vos podia dar.

Este é um aspecto importante da “fórmula do mistério” da vida que raramente é explicado.
Todo o conteúdo acima, e os que têm aparecido aqui nas minhas outras colunas recentes serão encontrados no livro Mais Feliz do que Deus onde há muito mais para ser descoberto acerca da fórmula para uma vida maravilhosa!

Abraços e amor… Neale"



 2010 Fundação Recreation – http://www.cwg.org – Neale Donald Walsch é um mensageiro espiritual contemporâneo cujas palavras continuam a tocar o mundo. A sua série de livros Conversas com Deus foi traduzida para 27 línguas e tem inspirado importantes mudanças nas vidas de milhões de pessoas.
Tradução: Ana Belo – anatbelo@hotmail.com

25 de março de 2012

A Armadilha da Auto-Sabotagem ...


"Há momentos da vida que reconhecemos que estamos prontos para dar um novo salto, para efetivar uma mudança profunda. Nos lançamos num novo empreendimento, numa nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de apelido.
 Mas, aos poucos, nós nos pegamos fazendo os mesmos erros de nossa vida passada. É como se tivéssemos dado um grande salto para cair no mesmo buraco. Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos auto-sabotamos. Isso ocorre porque, apesar de querermos mudar, nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar! 

Em nosso íntimo, escutamos e obedecemos, sem nos darmos conta, ordens de nosso inconsciente geradas por frases que escutamos inúmeras vezes quando ainda éramos crianças. Toda família tem as suas. 
Por exemplo: Não fale com estranhos é uma clássica. Como a nossa mente foi programada para não falar com estranhos, cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados.
 Uma parte de nosso cérebro nos diz abra-se e a outra adverte cuidado. 

Num primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que fazem com que nos sintamos incapazes de lidar com esse novo empreendimento, percebemos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude: Bem que eu já sabia que falar com estranhos era perigoso. 

Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. 
Muitas vezes, o medo da mudança é maior do que a força para mudar. 
Por isso, enquanto nos auto-iludirmos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados. Desta forma, a preguiça e o orgulho serão expressões de auto-sabotagem, isto é, de nosso medo de mudar. 
Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos. Nós nos auto-iludimos quando não lidamos diretamente com nosso problema raiz. 

A auto-ilusão é um jogo da mente que busca uma solução imediata para um conflito, ou seja, um modo de se adaptar a uma situação dolorosa, porém que não represente uma mudança ameaçadora. 
Por exemplo, se durante a infância absorvemos a idéia de que de ser rico é ser invejado e assim menos amado, cada vez que tivermos a possibilidade de ampliar nosso patrimônio nós nos sentiremos ameaçados!
Então, passaremos a criar dívidas, comprando além de nossas possibilidades, para nos sentirmos ricos, porém com os problemas já conhecidos de ser pobres. Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos auto-sabotando!

Na auto-ilusão, tudo parece perfeito. Atribuímos ao tempo e aos outros a solução mágica de nossos problemas: com o tempo a dor de uma perda passará; seu amado irá se arrepender de ter deixado você e voltará para seus braços como se nada houvesse ocorrido.
 No entanto, só quando passarmos a ter consciência de nossos erros é que não seremos mais vítimas deles!
Temos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros. Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização. Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos!

Muitas vezes não queremos pensar naquilo que sentimos, pois, em geral, temos dificuldade para lidar com nossos sentimentos sem julgá-los.
 Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão. Reconhecer que não estamos sentindo o que deveríamos sentir ou gostaríamos de estar sentindo é um desafio para conosco mesmos.

 Algumas de nossas auto-imagens não querem ser vistas! 

É nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo. Podemos nos exercitar para identificá-la. Mas este não é um exercício fácil, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio.
 No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua ação.
 Portanto, é a nossa auto-imagem que dita nosso destino.

O mestre do budismo tibetano Tarthang Tulku, escreve em seu livro The Self-Image (Ed. Crystal Mirror): A auto-imagem não é permanente.
 De fato, o sentimento em si existe, no entanto o seu poder de sustentação será totalmente perdido assim que você perder o interesse por alimentar a auto-imagem.

 Nesse instante, você pode ter uma experiência inteiramente diferente da que você julgou possível naquele estado anterior de dor. É tão fácil deixar a auto-imagem se perpetuar, dominar toda a sua vida e criar um estado de coisas desequilibrado...

 Como podemos nos envolver menos com nossa auto-imagem e nos tornar flexíveis? Somos seres humanos, não animais, e não precisamos viver como se estivéssemos enjaulados ou em cativeiro. No nível atual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e nosso 'eu'. Não temos um portão de acesso ou ponto de partida. Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou 'eu' ou 'si mesmo', poderemos ver, então, qual parte é a auto-imagem.
A auto-imagem pode representar uma espécie de fixação. Ela o apanha, e você como que a congela. Você aceita essa imagem estática, congelada, como um quadro verdadeiro e permanente de si mesmo, explica Peggy Lippit no capítulo sobre Auto-Imagem do livro Reflexões sobre a mente organizado por seu mestre Tarthang Tuku (Ed. Cultrix).

Na próxima vez que você se pegar com frases prontas, aproveite para anotá-las! Elas revelam sua auto-imagem e são responsáveis por seus comportamentos repetitivos de auto-sabotagem. Ao encontrar a auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos a oportunidade de purificá-la em vez de apenas nos sentirmos mal. O processo de autoconhecimento poderá então se tornar um jogo divertido e curioso sobre nós mesmos!"

Autora: Bel Cesar

22 de março de 2012

Administrando o medo !


"Recente pesquisa revelou que muitos brasileiros vivem dominados pelo medo.

Medo que vai desde o de ser assaltado, perder um filho, descobrir que tem uma doença grave, não conseguir pagar as contas, a sofrer um acidente, ter um ataque cardíaco ou perder o parceiro.

Alguns dos entrevistados revelaram que nem saem de casa ou que, em casa, vivem em sobressalto, ao menor ruído estranho.

Naturalmente, vivemos num mundo onde há muita violência, maldade e dificuldades.

Mas é importante se pense um pouco, a fim de não se engrossar o rol dos que vivem sob a injunção do medo, perdendo anos preciosos das próprias vidas.

Assim, não sofra por antecipação. Algumas pessoas, sugestionáveis, assistem imagens violentas na TV e acham que fatos como aqueles poderão acontecer com alguém da sua família.

Tomar precauções é recomendável. A ninguém se pede que seja incauto, imprevidente.

Mas daí a ficar pensando, a toda hora, que algo terrível vai acontecer, será o mesmo que desistir da vida desde agora.

Pessoas que assim agem podem não se tornar vítimas de acidentes, de assaltos ou de doenças, mas do próprio medo.

Medo que as manterá infelizes, isoladas.

Por isso, nunca deixe que o medo o paralise. Faça o que tiver que fazer: ir à escola, às compras, ao templo religioso.

Se enfrentar medos e preocupações sozinho lhe parecer difícil, procure ajuda. Pode ser de um psicólogo, de grupos de pessoas que sofrem problemas semelhantes ou de um bom amigo.

E, em vez de se torturar com uma infinidade de contas a pagar, pense mais antes de adquirir o novo eletrodoméstico, de realizar a viagem dos seus sonhos, comprar a roupa da moda.

Aprenda a viver de acordo com os recursos que dispõe. Dê um passo de cada vez. Planeje férias com antecedência. Programe-se.

Não gaste tudo que ganha. E, muito menos, não gaste o que ainda não ganhou.

Não fique pensando em ganhar na loteria, na sena, na loto, no programa televisivo. Trabalhe e sinta orgulho de poder, com seu próprio esforço, ir adquirindo o de que necessita.

Em vez de ficar pensando na possibilidade de se manifestar essa ou aquela doença terrível, opte por fazer check-up anual.

Não espere para ir ao médico somente quando a dor o atormente, um problema de saúde se manifeste.

Procure o médico para saber se está tudo bem com você. Faça exames. Pratique exercícios sob supervisão.

Ande até a panificadora, em vez de ir sempre de carro. Pratique jardinagem, lave o carro.

Pense, sobretudo, positivamente: Deus protege a minha vida. Sou abençoado por Deus. Sou filho de Deus.

Trabalhe com alegria, ganhando as horas. Não transforme o seu ambiente profissional em um cárcere de torturas diárias.

Sorria mais. Faça amigos. Converse com os amigos. Estabeleçam, entre vocês, um cuidado mútuo.

Isso no que se refere a você, aos seus filhos, ao seu patrimônio.

Unidos seremos fortes.

Enfim, não tenha medo do medo. Ele é um legado saudável e protetor. Mas se torna um problema quando fica exagerado ou irracional.

* * *

Mantenha sua confiança em Deus, que governa o mundo e zela por sua vida.

De todos os medos o que mais o deve preocupar é o de perder a presente reencarnação, por comodismos e invigilância.

E para este, a melhor solução é realizar, a cada dia, o melhor de si, entregando-se a Deus. "


Redação do Momento Espírita

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