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15 de maio de 2015

Quem Sou Eu? por Ramana Maharshi


"Quem sou eu?
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu posso ver e sentir meu corpo,
E o que pode ser visto e sentido não é o verdadeiro Vidente.
Meu corpo pode estar cansado ou excitado, 
Doente ou saudável, pesado ou leve,
mas isso nada tem a ver com meu Eu interior.
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.

Eu tenho desejos, mas eu não sou meus desejos, 
eu posso conhecer meus desejos,
e o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Desejos vêm e vão, flutuando através de minha percepção,
mas eles não afetam meu Eu interior.
Eu tenho desejos, mas não sou desejos.

Eu tenho emoções, mas eu não sou minhas emoções.
Eu posso sentir minhas emoções,
e o que pode ser sentido não é o verdadeiro Senciente.
As emoções passam através de mim,
mas elas não afetam meu Eu interior.
Eu tenho emoções, mas eu não sou emoções.

Eu tenho pensamentos, mas eu não sou meus pensamentos.
Eu posso conhecer e intuir meus pensamentos,
E o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Pensamentos vêm a mim e pensamentos me deixam,
mas eles não afetam meu Eu interior.
Eu tenho pensamentos, mas não sou meus pensamentos.

Eu sou o que permanece, um centro puro de percepção,
uma testemunha impassível de todos esses
pensamentos, emoções, sentimentos e desejos."

Autor:Ramana Maharshi
Fonte:http://www.humaniversidade.com.br/quemsoueu.htm


31 de agosto de 2013

Reencontro....

"Eu vim aqui me buscar. E aqui parecia ser longe, muito longe do lugar onde eu estava. O medo costuma ver as distâncias com lente de aumento.
 Vim aqui me buscar porque a insatisfação me perguntava incontáveis vezes o que eu iria fazer para transformá-la, e chegou um momento em que eu não consegui mais lhe dizer simplesmente que eu não sabia. 
Vim aqui me buscar porque cansei de fazer de conta que eu não tinha nenhuma responsabilidade com relação ao padrão repetitivo da maioria das circunstâncias difíceis que eu vivenciava.
 Vim aqui me buscar porque a vida se tornou tediosa demais. Opaca demais. Cansativa demais.
Encolhida.

Vim aqui me buscar porque, para onde quer que eu olhasse, eu não me encontrava. Porque sentia uma saudade tão grande que chegava a doer e, embora persistisse em acreditar que ela reclamava de outras ausências, a verdade é que o tempo inteirinho ela falava da minha falta de mim.
 Vim aqui me buscar porque percebi que estava muito distante e que a prioridade era eu me trazer de volta. Isso, se quisesse experimentar contentamento. Se quisesse criar espaço, depois de tanto aperto. Se quisesse sentir o conforto bom da leveza, depois de tanto peso suportado. Se quisesse crescer no amor.

Vim aqui me buscar, com medo e coragem. Com toda a entrega que me era possível. Com a humildade de quem descobre se conhecer menos do que supunha e com o claro propósito de se conhecer mais.
 Vim aqui me buscar para varrer entulhos. Passar a limpo alguns rascunhos. Resgatar o viço do olhar. Tocar de bem com a vida. Rir com Deus outra vez. Vim aqui me buscar para não me contentar com a mesmice. Para dizer minhas flores. Para não me surpreender ao me flagrar feliz. Para ser parecida comigo. Para me sentir em casa, de novo...
Vim aqui me buscar. Aqui! no meu coração!!"

Ana Jácomo

30 de março de 2013

O "eu" que os outros veem, por Andrew Matthews


"Você pode vislumbrar sua auto-imagem olhando as pessoas que o cercam. Todos nós travamos relacionamentos com pessoas que nos tratam da maneira como acreditamos que merecemos ser tratados. Pessoas com uma auto-imagem saudável exigem respeito daqueles que as cercam. Elas tratam bem a si mesmas, estabelecendo um exemplo do modo como os outros devem tratá-las.

Se você tem uma auto-imagem ruim, irá se confrontar com todos os tipos de maus tratos e aborrecimentos vindos de praticamente todo o mundo. As pessoas nos tratam do modo como nos tratamos. Aqueles com quem nos relacionamos percebem rapidamente o quanto respeitamos a nós mesmos. Se há respeito próprio, todos seguem fazendo o mesmo, respeitando-nos!

Quando estamos nos sentindo mal a nosso próprio respeito, por exemplo, tendemos a descontar a insatisfação em nós mesmos. Isso pode se manifestar de várias maneiras, tais como surtos de comilança de “besteiras”, acidentes, doenças, privação de comida, etc... O fato é que o modo como nos tratamos é um reflexo do quanto estamos gostando de nós mesmo em um determinado momento.

Uma auto-imagem ruim diz: “Eu mereço”. E isso leva a pessoa a sabotar subconscientemente a própria felicidade. Por isso, é de máxima importância que você faça tudo o que estiver ao seu alcance para manter pensamentos positivos em sua mente. Isso irá assegurar que você se mantenha feliz como pessoa.

E para você melhorar o modo como se sente em relação a seu próprio respeito: aceite elogios, elogie, fale bem de si mesmo, valorize-se, trate bem do seu corpo, faça com que as pessoas saibam como você deseja ser tratado, cerque-se de boas pessoas, use afirmações positivas e tenha sempre em mente a imagem daquilo que você deseja ser e não daquilo que você é.

Em poucas palavras: ame-se! E lembre-se sempre disso: você merece amor e respeito pelo simples fato de você ser você!"

Andrew Matthews

14 de novembro de 2012

Em Busca da Sombra.[como reconhecer e acolher]..de Debbie Ford


Capítulo 2
"A sombra se apresenta com muitas faces: aterrorizada, ambiciosa, zangada, vingativa,maligna, egoísta, manipulativa, preguiçosa, controladora, hostil, feia, subserviente, vulgar,fraca, crítica, censora...
A lista é interminável. Nosso lado sombrio age como um depósito para todos esses aspectos inaceitáveis do nosso ser – todas as coisas que pretendemos não ser e todos os aspectos que nos causam embaraços. Essas são as faces que não queremos mostrar ao mundo nem a nós mesmos. 
Tudo o que odiamos, a que resistimos ou que rejeitamos no nosso ser assume vida própria, sem levar em conta o que sentimos como sendo nossos valores. Quando nos encontramos face a face com nosso lado sombrio, nossa primeira reação é fugir, e a segunda é negociar com ele para que nos deixe em paz. Muitas pessoas já perderam tempo e gastaram dinheiro justamente para fazer isso. Ironicamente, são os aspectos escondidos que rejeitamos os que mais necessitam de atenção.

 Ao trancar as partes das quais não gostamos, sem saber estamos enterrando nossos mais valiosos tesouros. Esses valores estão ocultos onde menos esperaríamos encontrá-los. Estão ocultos na escuridão.Esses tesouros tentam emergir desesperadamente e chamar nossa atenção, mas estamos condicionados a recalcá-los. Como bolas gigantes mantidas debaixo d´água, esses aspectos irrompem à superfície toda vez que aliviamos a pressão. Ao tomar a decisão de não deixar que algumas partes de nós mesmos existam, somos obrigados a gastar enormes quantidades de energia para mantê-las submersas.
O poeta e escritor Robert Bly descreve a sombra como uma mochila invisível que cada um de nós carrega às costas.À medida que crescemos, vamos guardando na mochila todas as nossas características que não são aceitas pela família e pelos amigos. 
Bly acredita que passamos as primeiras décadas de vida enchendo a mochila e que gastamos o resto da vida tentando recuperar o que pusemos na mochila para aliviar o fardo. A maioria das pessoas tem medo de encarar e assumir o seu lado sombrio, mas é lá na escuridão que você encontrará a felicidade e a sensação de estar completo com que vem sonhando há tanto tempo.

Quando você usa o seu tempo para se descobrir por inteiro, abre as portas do verdadeiro esclarecimento. Uma das armadilhas da Era da Informação é a síndrome do “já conheço isso”. Com freqüência, o conhecimento nos impede de viver a experiência em nosso coração.

O trabalho com a sombra não é intelectual; é uma viagem da mente ao coração. Diversas pessoas que trilham o caminho do aperfeiçoamento individual acreditam que completaram o processo, mas são incapazes de enxergar a verdade sobre si mesmas.
 Muitos de nós almejam ver a luz e viver na beleza do seu eu mais elevado, mas tentamos fazer isso sem integrar todo o nosso ser.

Não podemos ter a experiência completa da luz sem conhecer a escuridão. O lado sombrio é o porteiro que abre as portas para verdadeira liberdade. Todos devem estar atentos para explorar e expor continuamente esse aspecto do ser.

Quer você goste ou não, sendo humano, você tem uma sombra. 

Se não consegue vê-la, pergunte a alguém da família ou às pessoas com quem trabalha.
Elas vão indicá-la para você.

Pensamos que nossas máscaras mantêm nosso eu interior escondido, mas, todas as vezes que nos recusamos a reconhecer aspectos nossos e quando menos esperamos, ele dá um jeito de erguer a cabeça e fazer-se conhecido.
Assumir um aspecto de si mesmo significa amá-lo – permitir que ele conviva com todos os outros aspectos, não o considerando nem mais nem menos do que qualquer um dos outros.

Não basta dizer: “Sei que sou controladora”. É necessário perceber o que a controladora tem a nos ensinar, quais os benefícios que traz, e então devemos ser capazes de vê-la com respeito e compaixão. 
Vivemos sob a impressão de que para algo ser divino tem de ser perfeito. Estamos errados, na verdade, o correto é o oposto.

Ser divino é ser inteiro, e ser inteiro é ser tudo: o positivo e o negativo, o bom e o mau, o santo e o diabo.
Quando destinarmos um tempo para descobrir nossa sombra e seus talentos, compreenderemos o que Jung queria dizer com: “O ouro está na escuridão”. Cada um de nós precisa achar esse ouro para juntar ao seu eu sagrado."

Debbie Ford autora do livro O LADO SOMBRIO DOSBUSCADORES DA LUZ
Fonte:http://pt.scribd.com/doc/102351959/17-o-Lado-Sombrio-Dos-Buscadores-Da-Luz-Debbie-Ford

24 de outubro de 2011

Libertando-se da infelicidade!


"Você não está satisfeito com as atividades que desempenha? Talvez não goste de seu trabalho ou tenha se aborrecido por ter concordado em fazer alguma coisa, embora parte de você não goste e ofereça resistência. Tem algum ressentimento oculto em relação a alguém próximo a você? Percebe que a energia que você desprende por conta disso tem efeitos tão prejudiciais que você está contaminando a si mesmo e aos que estão ao seu redor?
 Dê uma boa olhada dentro de você. Existe algum leve traço de ressentimento ou má vontade? Se existe, observe-o, tanto no nível mental quanto no emocional. Que tipos de pensamento a sua mente está criando em torno dessa situação? Depois, observe a sua emoção, que é a reação do corpo a esses pensamentos. Sinta a emoção. Ela lhe parece agradável ou não? É uma energia que você escolheria para ter dentro de você? Você tem escolha?

Talvez a atividade seja tediosa, ou alguém próximo a você seja desonesto, irritante ou inconsciente, mas tudo isso é irrelevante. Não faz a menor diferença se os seus pensamentos e emoções a respeito da situação tenham ou não uma justificativa. O fato é que você está resistindo ao que é. Está transformando o momento atual num inimigo. Está criando infelicidade, um conflito entre o interior e o exterior. 

A sua infelicidade está poluindo não só o seu próprio ser interior e daqueles à sua volta, como também a psique coletiva humana, da qual você é uma parte inseparável. A poluição do planeta é apenas um reflexo externo de uma poluição interior psíquica gerada por milhões de indivíduos inconscientes, sem a menor responsabilidade pelos espaços que trazem dentro de si.

Você pode parar de executar a tarefa que está lhe causando insatisfação, falar com a pessoa envolvida e expressar todos os seus sentimentos, ou livrar-se da negatividade que a sua mente criou em volta da situação e que não serve a nenhum propósito, exceto o de fortalecer um falso sentido do eu interior. É importante reconhecer essa inutilidade. A negatividade nunca é o melhor caminho para lidar com qualquer situação. Na verdade, na maior parte dos casos, ela nos paralisa, bloqueando qualquer mudança verdadeira. Qualquer coisa feita com uma energia negativa será contaminada por ela e dará origem a mais sofrimento. Além disso, qualquer estado interior negativo é contagioso, pois a infelicidade se espalha mais rapidamente do que uma doença física. Pela lei da ressonância, ela detona e alimenta a negatividade latente nos outros, a menos que sejam imunes, quer dizer, altamente conscientes.

Você está poluindo o mundo ou limpando a sujeira? Você é responsável pelo seu espaço interior, da mesma forma que é responsável pelo planeta. Assim no interior, assim no exterior: se os seres humanos limparem a poluição interior, deixarão então de criar a poluição externa."


 Eckhart Tolle

30 de agosto de 2011

Quem sou eu? por Ramana Maharshi




                                               "Quem sou eu?
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu posso ver e sentir meu corpo,
E o que pode ser visto e sentido não é o verdadeiro Vidente.

Meu corpo pode estar cansado ou excitado, 
Doente ou saudável, pesado ou leve,
mas isso nada tem a ver com meu Eu interior.

Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.

Eu tenho desejos, mas eu não sou meus desejos, eu posso conhecer meus desejos,
e o que pode ser conhecido não é o verdadeiro. Conhecido.
Desejos vêm e vão, flutuando através de minha percepção,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho desejos, mas não sou desejos.

"Eu tenho emoções, mas eu não sou minhas emoções.
Eu posso sentir minhas emoções,
e o que pode ser sentido não é o verdadeiro Senciente.
As emoções passam através de mim,
mas elas não afetam meu Eu interior.

Eu tenho emoções, mas eu não sou emoções.

Eu tenho pensamentos, mas eu não sou meus pensamentos.
Eu posso conhecer e intuir meus pensamentos,
E o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Pensamentos vêm a mim e pensamentos me deixam,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho pensamentos, mas não sou meus pensamentos.

Eu sou o que permanece, um centro puro de percepção,
uma testemunha impassível de todos esses
pensamentos, emoções, sentimentos e desejos."

Autor:Ramana Maharshi

4 de setembro de 2010

Ego – o Grande Logro! de Manuel Alfaia**

 "Comentários com base nos textos de Eckart Tolle

O Mental
Para muitos de nós o processo de pensar é quase sempre uma actividade involuntária, automática, repetitiva e frequentemente compulsiva. É como que uma espécie de electricidade estática mental. 
A maior parte do tempo não sou eu quem pensa, é o pensamento que corre por si só, cinema mental non-stop.
Como o pensamento depende directamente do meu passado, estou contínuamente a projectar esse passado.
Quando estou identificado com o mental, com essa interrupta voz interior, estou possuído pelo ego – que assumo ser eu. O que é um logro, visto que o mental é só uma pequena parte da totalidade da minha cosciência, da totalidade daquilo que Sou.

O Agora
Para o ego o momento presente praticamente não existe. Apenas o passado e o futuro são considerados importantes.
Assim, o ego preocupa-se constantemente em manter vivo o passado porque sem ele, quem seria eu?
Ao mesmo tempo projecta-se constantemente no futuro para garantir a continuidade da sua sobrevivência e para procurar algum tipo de libertação ou satisfação. Ex: um dia quando isto ou aquilo acontecer, vou ser feliz, vou ter paz...
Mesmo quando o ego parece preocupar-se com o presente não é o presente que vê: distorce-o completamente porque o vê através dos olhos do passado. Ou então, reduz o presente a um meio para alcançar um fim, fim esse que fica sempre no futuro que a mente projecta.
O momento presente possui a chave para a libertação mas não o podemos descobrir enquanto formos, isto é, estivermos identificados com a nossa mente.

O Ego
Muitos de nós estão totalmente identificados ao “cinema mental” que nos habita. Há em nós uma incessante de pensamentos involuntários,compulsivos,“coloridos” pelas emoções que os acompanham.
Poderemos dizer que estamos possuídos pelo mental; e enquanto permanecermos
completamente inconscientes deste processo assumimos que somos esse mental: “penso logo existo”.


O conteúdo do meu mental é condicionado pelo meu passado, quer dizer: pelo que experienciei, pela educação que recebi, pela minha cultura, família, grupo social, etc.
Isto é o ego.

Usamos este termo porque há um certo sentido de eu em cada pensamento, cada recordação, cada interpretação, opinião, ponto de vista,reacção, emoção.
Assim, o ego é constituído por:
o pensamentos;
as emoções;
Um amontoado de recordações com as quais me identifico e a que chamo “eu
e a história da minha vida”;o papéis, funções, que desempenho inconscientemente, de identificação colectiva com a minha nacionalidade, religião, clube, raça, classe social, sexo masculino/feminino, filiação política, emprego, ser pai/mãe/filho(a), etc;
Identificações com posses, opiniões, aparência exterior, sucessos e perdas,
velhos ressentimentos, conceitos de que sou melhor que os outros, ou pelo
contrário sou incapaz, feio, gordo, desafinado, careca, etc.

 
O conteúdo do ego difere de uma pessoa para a outra, mas a estrutura é sempre a mesma. Os egos só diferem superficialmente, no fundo são todos semelhantes.
São semelhantes pelo facto de que todos se alimentam de identificação e
divisão.(...)"


Manuel Alfaia
 www.curaquantica.com
**(Página 01/02 doc pdf)

21 de agosto de 2010

Convivendo Comigo! - por Jacqueline Berg


 Jacqueline Berg descreve como podemos nos libertar das prisões auto-impostas a que nos submetemos.

Recentemente, li um anúncio que dizia, “Seja diferente. Seja você mesmo.” Isso me lembrou de uma história que ouvi certa vez sobre um leão que foi separado de seus pais no nascimento. Ele cresceu num rebanho de ovelhas. Pelo fato de o filhote acreditar mesmo ser uma ovelha, comportava-se como uma. Ele era um leão em transe de ovelha.
A história do leão é um pouco parecida com muitas de nossas próprias histórias. Nós também freqüentemente estamos num transe. Nós também parecemos esquecer quem realmente somos. E, por causa desse engano, temos nos identificado com diferentes imagens e idéias. Colocamos máscaras e realmente começamos a acreditar que somos essas máscaras. É claro que é impossível ser feliz se você é um leão e vive como uma ovelha. O segredo de conhecer-se é que existe algo dentro de você totalmente diferente daquilo que você finge ser.

A única maneira de conhecer esse “eu” verdadeiro é através de uma pesquisa consciente. A maioria das pessoas não tem tempo para isso. Ou eu deveria dizer que elas não criam tempo para isso? Essa é a beleza do tempo: você pode criá-lo. Durante minha pesquisa, descobri quatro coisas que são de importância vital. A primeira é o silêncio. A segunda é o relacionamento comigo mesma. A terceira é o relacionamento com o Supremo e finalmente vem meu relacionamento com aqueles que estão à minha volta. 
 É realmente importante pensar nelas nessa ordem. Nós normalmente as abordamos numa ordem diferente. Estamos muito conscientes sobre os relacionamentos que temos com os outros, alguns de nós pensam sobre Deus, poucos pensam no seu eu interior e dificilmente alguém tem um relacionamento com o silêncio.

Antes de começar a meditar – há uns 25 anos – eu não considerava muito o silêncio em minha lista de prioridades. Não tinha uma idéia clara do que ele realmente era. Eu era viciada em trabalho, e pessoas assim não desperdiçam tempo em hobbies fúteis como o silêncio. Minha vida era ativa, dinâmica. E era assim na família também. Depois de divorciar-se, minha mãe contou-me porque ela sempre esteve tão incrivelmente ocupada. Ela literalmente esteve fugindo da dor que sentia por causa do seu casamento não-preenchedor.
Isso me despertou para o fato de que o trabalho pode ser apenas outro vício, um modo de encobrir a dor, um modo de evitar as coisas com as quais não sabemos lidar. Então, essa é a maneira como fui criada: nunca parando, nunca sendo, sempre fazendo.

Minha jornada interior começou com o desejo de quebrar esse ciclo vicioso de ficar dando voltas; tentando “simplesmente ser” para mudar um pouco. Os primeiros anos na meditação não foram fáceis. Achei difícil relaxar e não conseguia sentar-me em silêncio. Minha mente criativa continuava correndo. Foi realmente meu corpo que veio para me salvar e forçou-me a sentar – ou em outras palavras – silenciar-me. 

Lentamente, mas definitivamente, minha mente aceitou-se derrotada e enquanto a bandeira branca estava sendo hasteada, o silêncio entrou.
Leva tempo acostumar-se a estar em silêncio e não fazer “nada”. Lembro-me de uma manhã quando estava sentada no sofá – meditando – quando um dos vizinhos passou pela janela. Antes disso, havia pegado uma revista e fingia lê-la. Por tanto tempo vivi com a idéia, “Eu faço, portanto eu sou.” Tinha receio de que os vizinhos pensassem que eu não estava fazendo nada. Mas estava mais receosa ainda daquela voz interior, o Crítico Interior, que me puxou para além dos meus limites durante muitos anos. 

Agora que minha mente estava se tornando mais silenciosa, tornei-me mais consciente dessa voz interna. Custou-me certo tempo para entender o que esse criticismo interno faz, o quão destrutivo ele é.

Muitas pessoas confundem criticismo com intelectualismo; eles pensam que é bom ter opinião sobre tudo e julgar os outros. Mas descobri que ele realmente é um hábito muito negativo. Machuca os outros, e, acima de tudo, você se machuca com esse tipo de julgamento negativo. Acho que ele deriva da noção errada de perfeccionismo. 

Perfeccionismo não é o mesmo que perfeição, no sentido de inteireza. “Ser completo” significa ser completo com todos os poderes e virtudes dentro do eu. Perfeccionismo é algo diferente. Perfeccionistas tentam controlar pessoas e situações de modo que nada dê errado. Eles querem que tudo aconteça tranqüilamente e não conseguem lidar com imprevistos. Ao invés de focarem-se na beleza da vida, são obcecados pelos defeitos e imperfeições deles próprios e dos outros. Corrigem a eles mesmos e aos outros continuamente – às vezes em palavras, sempre em pensamentos.

Não estou dizendo que nós não devemos tentar tornar as coisas melhores e nos esforçarmos para a perfeição. Afinal de contas, todos viemos de um estado de harmonia interna e completude. Então, é muito natural que queiramos retornar àquele estado uma vez mais. Mas a raiva projetada por ter perdido sua própria perfeição não vai trazer a completude de volta. De fato, isso cria muitos problemas nos relacionamentos. 

Não é fácil enfrentar, ou mesmo ver, os seus próprios defeitos. É mais fácil ver isso nos outros, e então, o Crítico Interno os ataca. E sempre há alguma coisa: a maneira como alguém se veste, fala, comporta-se... não há fim para isso. Mas o que estamos realmente fazendo é criticar nosso próprio comportamento.

A maneira de conhecer o Crítico Interno é prestar atenção aos seus sentimentos: como eu me sinto sobre mim? Como me sinto sobre as outras pessoas? Recentemente, meu dentista disse-me que se ele tirasse minhas obturações de mercúrio, meus sentimentos por mim mudariam. Não é surpreendente que algo assim pode realmente mudar o modo como nos sentimos sobre nós mesmos?

Os sentimentos podem mudar tão rapidamente e existe muita influência, assim, a melhor maneira de ver os sentimentos é: Eles são apenas sentimentos. E um sentimento leva a outro. Quando você olha por trás desses sentimentos e emoções, ainda há você. É o que acontece em relação à raiva: você pode sentir raiva, mas isso não faz de você uma pessoa raivosa. É bom separar seus sentimentos de você mesmo.

Veja o medo, por exemplo. Há alguns anos viajei para a Austrália. Eu estava num vôo doméstico que levaria apenas 45 minutos. Mas, no caminho, pegamos uma tempestade tropical, com muita chuva. Tentamos aterrissar, decolar novamente, e aterrissar mais uma vez. Isso aconteceu sete vezes. A experiência foi terrível, as pessoas gritavam sem parar.

De qualquer forma, o fato é que eu tenho medo de voar, então, você pode imaginar como me senti. Meu medo cresceu e cresceu até que cheguei aos limites do medo. Eu não poderia estar mais amedrontada. Então, de repente, ele desapareceu. Foi embora. Comecei a sorrir. Vi quão engraçada era a situação e consegui acalmar os outros à minha volta. Quando chegamos ao nosso destino, 11 horas depois, percebi profundamente: um sentimento é somente um sentimento. Ele pode incomodá-lo durante anos, e então, de repente, ir embora. Sentimentos mudam, nós não!

Quando permito que o silêncio entre em minha mente, descubro quem sou, lá no fundo. Começo a entender minhas motivações. Posso ser honesto comigo. Não preciso enganar-me. Quando começo a me ouvir, é possível descobrir coisas diferentes daquilo que eu esperava encontrar. Talvez eu seja uma pessoa muito diferente de quem pensava ser. Talvez eu seja um leão vivendo num transe de ovelha. Se sou, então o processo de reconhecimento e mudança começa. Pode ser um pouco dolorido destruir as imagens criadas de nós mesmos, mas acima de tudo, é uma liberação.

É claro que as pessoas à nossa volta dirão, “Espere aí, esse não é você, isso não é como eu conheço você.” Eles tentarão puxá-lo de volta. É necessário coragem para mudar. Pode ser doloroso descobrir quão pouco seus amigos e família o conhecem de verdade. Mas, na realidade, você não pode culpá-los. Afinal de contas, foi você quem induziu-os ao erro ao não mostrar-lhes o seu verdadeiro eu. Você mostrou-lhes somente a máscara.

Temos nos identificado com muitas coisas externas. As pessoas têm muitas faces. Nossa identidade está nas roupas que usamos, nos empregos que temos, onde vivemos e assim por diante. Algumas pessoas são completamente diferentes no trabalho do que são em casa. Eles mostram somente uma parte deles no trabalho. Num certo sentido, enganam seus colegas. Na Prisão Estatal Holandesa, ensinei meditação para homens jovens, os quais estavam lá por causa de crimes relacionados com drogas. Então, além de suas penas, eles eram viciados. Não era um grupo fácil! Foram-lhes oferecidas sessões de psicoterapia para torná-los conscientes da dor de seu passado. Isso é importante, pois haviam tentado fugir do passado por meio das drogas. 

Depois que eles ficaram sóbrios, tive a oportunidade de fazer sessões de meditação e pensamento positivo com eles. Esses garotos ensinaram-me muito sobre mim. Eles não deixaram nada a que se agarrar, nada com o que se identificar. Seus amigos e namoradas não queriam mais vê-los; muitos deles haviam perdido seus dentes e cabelos. Falei com eles sobre prisão em liberdade. Eles sempre falavam para mim: “O que você sabe sobre prisão? Quando você sair desse lugar, estará livre.”

Mas o que é liberdade? Talvez eu esteja viciada no meu trabalho, no meu relacionamento ou em negatividade. Essas jaulas da alma também são prisões. Alguns de nós estamos presos de forma tão firme, que é como se tivéssemos dado a nós mesmos uma sentença para a vida toda. Eu digo aos reclusos que honestamente não sei quem está mais livre, eles ou nós do lado de fora. Afinal de contas, eles têm todo o tempo do mundo para repensar suas vidas. Longe da luta da vida diária, é muito mais fácil mudar padrões.

Algumas pessoas gastam muito dinheiro para passar o tempo num retiro ou numa ilha privada apenas para afastar-se de tudo, a fim de colocar as coisas em ordem. Quando digo àqueles jovens na prisão que algumas pessoas podem até ter um pouco de inveja deles, eles riem, mas entendem.

Eles também estão abertos à meditação. E amam isso. Deitam-se no chão, acomodam-se em suas cadeiras, às vezes choram. Por alguns minutos experimentam-se como realmente são. Sentar-se juntos em meditação faz você esquecer que está na mesma sala com assassinos e assaltantes. Eles também se esquecem dessas coisas. Nós simplesmente sentamos juntos e esquecemos as máscaras. Encontramo-nos como almas. Em terapia, as pessoas freqüentemente focam somente naquilo que deu errado. Quando encontro esses garotos, eu lhes digo, “Esqueçam-se um pouco de seu passado. Vejamos quais qualidades e especialidades vocês ainda deixaram”. Quando eles expressam algumas dessas qualidades, eu os relembro disso. Não me lembro de seus nomes, mas me lembro de suas qualidades.

O perdão é muito importante para eles. Somente quando aprenderem a perdoar-se é que podem abandonar suas identidades falsas. Eles precisam entender por que estavam fazendo aquelas coisas: não é porque são pessoas más, mas por causa da falta de entendimento. Somente assim eles podem perdoar e reconquistar sua auto-estima novamente.

Perdoar-se significa curar seu coração. Se você continuar se punindo, ainda estará atrás das grades. Ainda estará na prisão. E por estar na prisão, você aprisiona os outros também. Ninguém quer estar preso sozinho. Nós queremos companhia. Se sua identidade é baseada em vergonha, você vai procurar por outros que tenham o mesmo problema. E sempre irão machucar-se uns aos outros. Pessoas machucadas machucam pessoas. Essas projeções uns nos outros irão continuar até que você se cure. E só quando você se curar é que será capaz de curar os outros.

Devemos entender que somos livres. As almas são livres. Ninguém pode nos aprisionar; nós é que escolhemos nos aprisionar. Transformamo-nos em vítimas. E se gostamos de desempenhar o papel de vítimas, sempre há alguém querendo desempenhar o papel de vitimizador – o pássaro e a gaiola. Se queremos ser livres, meu conselho é: Não fuja de sua “gaiola”; não fuja de seu(s) relacionamento(s). Ao invés disso, entenda o que está acontecendo e mude. Para mim, isso é honestidade. E esse é o único modo de libertar-se verdadeiramente.

Não gaste toda a sua energia tentando mudar os outros. É inútil. Toda a sua energia será usada em discussões, lutas e nas mesmas brigas, repetidas vezes. Os outros só vão mudar quando eles quiserem, quando eles entenderem que têm de mudar. A mudança vem de uma motivação interna. Mas se usamos nossa preciosa energia para mudar a nós mesmos, as chances são de que o outro também mude. É hora de regenerar a sua alma.

Relacionamentos verdadeiros começam com silêncio. Portanto, você pode começar a criar um relacionamento melhor consigo, então, com o Supremo, e então com os outros. A razão pela qual os relacionamentos com os outros vêm por último é porque os outros nunca vêem em nós o que Deus vê. Freqüentemente nos vemos através dos olhos dos outros. Então, se alguém vê somente 20% do que somos, também só vemos esse tanto. Deus nos vê como somos, Ele vê nosso potencial completo. Se você aprender a olhar-se da forma como Deus o vê, você começará a ver seu eu verdadeiro. Se aprender a conectar-se ao Ser Supremo, seus sentimentos puros serão estimulados e reforçados. É maravilhoso estar em contato com um ser que é tão próximo à sua natureza original. Você se sente muito confortável na presença de alguém que é consciente da alma. Você começa a relaxar, pois está sendo reconhecido. Não precisa provar mais nada a si mesmo.

Acredito que atualmente vivemos num período no qual as pessoas estão começando a entender essas coisas. Mas temos que parar de desperdiçar energia e concentrarmo-nos naquilo que realmente é necessário. 

A prática de meditação é sobre aprender a não ser influenciado, ser você, salvo e protegido naquela energia pura. Meditação é sobre sentir sua própria energia da alma. Realmente sentir: isso sou eu; aquele sentimento de que sou único, sou especial. Então, o processo completo é expressar aquela energia na sua vida diária, em seus relacionamentos.

Mas, em primeiro lugar, você tem que praticar para senti-la, até que se torne estável na sua identidade verdadeira. Quando você começa a sentir quem realmente é, não há necessidade de lutar contra vícios ou pessoas à sua volta. De fato, não há necessidade sequer de lutar. É um processo muito natural. Quando mudarmos nossas atitudes, seremos capazes de mudar o mundo. Como vocês vêem, Deus precisa de ajuda. Ele precisa de mentes livres.

Jacqueline Berg, escritora e autora, é diretora da Brahma Kumaris na Holanda.

11 de agosto de 2010

O Poder do Silêncio - autor Eckhart Tolle


"Este exato momento, Agora, é a única coisa no mundo que não dá pra escapar. É o único fator constante na nossa vida. Se não é possível fugir do Agora, por que não acolhê-lo e tratá-lo bem?
Concentrar sua atenção no Agora não é negar o que é necessário. É reconhecer o que é prioritário. Mais tarde você poderá lidar mais facilmente com o que é secundário. Concentrar-se no Agora não é dizer: “Não vou me preocupar mais com as coisas, pois só existe o Agora.” Não é isso. Veja o que é prioritário e faça do Agora seu amigo, e nao seu inimigo. Reconheça-o e repeite-o.

Você trata o momento atual como um obstáculo que precisa ser ultrapassado? Você considera mais importante o momento futuro que quer atingir? A maioria das pessoas vive assim. Como o futuro nunca chega, a não ser como presente, essa forma de viver é inútil. Causa uma constante sensação de desconforto, tensão e insatisfação. Não respeita a vida, que é Agora.
Sinta a vida em seu corpo. Isso enraíza você no Agora.

Quando você diz sim às coisas tal qual como são, você entra em harmonia com o poder e a inteligência da própria vida. Só então pode se tornar agente de uma mudança positiva no mundo.
Quando você passa a dar atenção ao Agora, cria-se um estado de alerta. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, o sonho do passado e do futuro. É tão claro e tão simples que não sobra lugar para inventar problemas. Só este momento, tal qual como é.

A maioria das pessoas confunde o Agora com o que acontece no Agora. Mas o Agora é mais profundo do que o que ocorre nele. É o espaço onde tudo acontece. Não confunda o conteúdo do momento presente com o Agora. O Agora é mais profundo do que qualquer conteúdo que exista nele. O seu ser é muito maior que seus pensamentos.

Eu não sou os meus pensamentos. Não sou minhas emoções, minhas percepções sensoriais, nem minhas experiências. Não sou o conteúdo da minha vida. Eu sou o espaço no qual todas as coisas acontecem. Eu sou a Consciência. Sou o Agora. Sou.

É importante vencer ou fracassar aos olhos dos outros. É importante ter ou não ter saúde, estudar ou não estudar. É importante ser rico ou pobre – certamente isso faz muita diferença na sua vida. Isso tudo tem uma importância relativa na sua vida, mas não absoluta. Existe algo mais importante que todas essas coisasa: Encontrar a essência do que você é para além dessa identidade de curta duração, que é uma noção personalizada do “eu”.”

Trecho do livro O poder do silencio de Eckhart Tolle,
http://sebastianvalle.wordpress.com/category/eckhart-tolle/page/2

27 de abril de 2010

NO SILENCIO!


Não dito

In silence we heard - Em silêncio ouvimos
The whisper of our heart - O sussurro do nosso coração
The beat of our veins - A batida de nossas veias
The melody of our spirits - A melodia do nosso espírito
In silence we felt - Em silêncio sentimos
The strength of our being - A força do nosso ser
The ruggedness of our feelings - A robustez de nossos sentimentos
Our mouth sealed, - Nossa boca fechada,
But we spoke thousands - Mas falamos milhares
As we dive into the ocean of silence - À medida que mergulha no oceano do silêncio

Fasika Ayalew


Quero lançar-me nas profundezas abissais do silencio, mergulhar completa e totalmente neste oceano e desvanecer o proprio sentido. No Silencio, em silêncio,é assim que quero estar.. é assim que quero ficar e quero sentir... silencio nada mais!
Dificil é calar as vozes, dificil é eliminar as sombras que teimam em fazer presença.... porque não basta fechar a boca, ou cobrir os olhos é preciso calar os gritos, os sons e as imagens que teimam em se apresentar...fazer presença.. na ilusão da existencia.. pura alegoria holográfica!
Quisera ausentar-me deste turbilhão de sons que machuca, que confunde...que instiga, preciso libertar-me.. preciso aprendar a levitar.. descortinar meu eu original .. por isso preciso do silencio, para fazer renascer a minha alma!!
Quero desvendar este territorio etéreo, origem embrionária do meu ser cativo neste invólucro no qual me debato.. desfazendo-me da angustia e da ignorancia .. porque agora sei que sou desperto... o silencio me revela e alimenta a certeza que me guia e a luz que me orienta.
Silencio.. profundo silencio.. reencontro.... nada mais!


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