25 de novembro de 2012

As vozes da mente por Elisabeth Cavalcante

"No caminho da confiança, encontramos muitos obstáculos, o principal deles são as vozes que ouvimos o tempo todo em nossa mente. Enquanto não despertamos para esta realidade, deixamo-nos dominar por elas incessantemente.

E estas vozes mudam continuamente, gerando uma verdadeira gangorra de emoções que nos desestabilizam e nos fazem entrar num processo de ansiedade que pode até mesmo nos levar a um surto de loucura, um colapso nervoso.

Escapar deste estado de miséria é o que a maioria da humanidade deseja, mas, infelizmente, muitos prosseguem como cegos, sem sequer ter idéia de como podem se libertar.

Aqueles que, felizmente, já obtiveram ao menos um pequeno vislumbre de consciência, aprenderam que dar ouvidos ao turbilhão de vozes que invadem nossa mente, principalmente em momentos difíceis da vida, quando nos defrontamos com experiências como a perda afetiva ou a derrocada financeira, significa permanecer rodando em círculos, sem encontrar qualquer possibilidade de saída.

A luz só se fará se, exatamente nestes momentos, formos capazes de permanecer alheios a estas vozes, sem dar a elas energia para que continuem a nos escravizar.

Embora difícil, é exatamente nestas ocasiões que precisamos parar, permanecer quietos, apenas observando as vozes para que, aos poucos, possamos adentrar numa atmosfera de quietude, onde a ansiedade e o desespero começam a dar lugar ao silêncio, ao vazio.

E, ao contrário do que possamos imaginar, é exatamente aí que somos preenchidos com uma imensa claridade, pois a luz se faz presente e nos ajuda a encontrar a saída para nossas angústias, por maiores que elas sejam.

"Osho,
Estou sempre a ouvir vozes interiores. Mas uma voz diz uma coisa e outro diz exatamente o oposto. O que devo fazer?

Osho:
Há muitas pessoas aqui que seguem ouvindo vozes interiores. Estas vozes são apenas lixo. Elas são apenas fragmentos de sua mente, pois elas não têm valor. E às vezes você pode pensar que você está ouvindo algum guia interior ou você está ouvindo algum mestre do além...- ou algum espírito, um espírito tibetano - e você pode seguir imaginando essas coisas. E você estará simplesmente enganando a si mesmo.

Estes são todos seus fragmentos. E se você continuar a segui-los, você vai ficar louco - porque uma parte vai te puxar para o norte, outra parte para o sul. Você vai começar a desmoronar.

Lembre-se, isso é neurose -você tem que aprendar a observar todas essas vozes. Não confie em nenhuma. Somente confie no silêncio. 
Não confie em qualquer voz - porque todas as vozes são da mente. E você não tem uma mente, você tem muitas. Essa falácia persiste - nós achamos que temos apenas uma mente. Isso está errado.

Você tem muitas mentes. Na parte da manhã, uma mente está no topo. Ao meio-dia, uma outra mente está no topo. À noite, uma terceira mente - e você tem muitas. Gurdjieff costumava dizer que você tem muitos eus, Mahavira disse que o homem é polypsyquico. Você é uma multidão! Se você ouvir essas vozes e segui-las, você irá simplesmente destruir toda a sua vida.

...Você vai ficar louco. E você está me perguntando: 'O que eu devo fazer?' Você não deve fazer nada de acordo com essas vozes. Você deve esperar o silêncio surgir.
Observá-las - indiferente, distante. Basta olhar para elas, observá-las, sem se identificar com qualquer voz. Vai levar um pouco de tempo para você criar a distância - porque há vozes que são muito satisfatórias, há vozes que são muito gratificantes para o ego.

...Não acredite em nenhuma voz. Apenas permaneça distante, apenas assista. E observando, elas vão desaparecer - porque se você não se identificou, não irá alimentá-las, nutri-las. Quando todas as vozes se forem, então, haverá silêncio absoluto. O silêncio é a voz de Deus.

Lembre-se, Deus não tem voz exceto o silêncio. Ele nunca diz algo. Não há nada para dizer, não há comunicação verbal. Mas aquele silêncio, aquele silêncio absoluto, lhe dá clareza, lhe dá luz, torna-o capaz de mover-se corretamente. Não que ele dê alguma direção, não que ele dê a você algum mapa, não que ele forneça a você algum guia, - nada do tipo. Ele simplesmente lhe dá olhos para ver o seu caminho.

E, então, você começa a se mover na vida com olhos. Normalmente, você está se movendo cego. Um homem cego precisa de guias, um homem cego precisa de vozes, um homem cego precisa de mapas. Um homem que tem olhos não precisa de nada. Deus vem para você como silêncio. Deus é silêncio. Lembre-se: somente confie no silêncio e nada mais - caso contrário você vai ficar preso pela mente de novo e de novo. E ser preso pela mente é estar na miséria. Estar livre da miséria é saber o que é felicidade, é saber o que é benção". 
OSHO - A Revolução - O nascimento do novo.
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=12554

20 de novembro de 2012

Como fujo de mim de Irineu Deliberalli

"Parece que o Dr. Freud tinha razão ao afirmar que todo ser humano tem um lado destrutivo dentro de si devido à intuição nata de que a morte sempre vencerá. Então, procuro maneiras constantes de me autodestruir, fator que vem confirmar em parte esta afirmação.
Com o desenvolvimento da Psicologia, aprendeu-se que o nosso lado sombra (padrões cristalizados na infância, ou lembranças de outras vidas) tem uma influência bastante grande em nossas histórias de sofrimentos e está a agir, independente da afirmação instintual do Dr. Freud, em nosso dia-a-dia, mantendo-nos presos a situações,
 que em grande parte das vezes não conseguimos entender ou enfrentar.

Podemos afirmar com toda segurança que todo ser humano tem dentro de si um enorme arsenal destes padrões, onde nossas necessidades ou expectativas não foram atendidas e isto tem feito que fiquemos parados ou até paralisados, diante de vários papéis em nossas vidas, 
onde não enfrentamos e não resolvemos coisas que são de nossas competências enfrentar e resolver. 

Percebam quantas coisas adiamos, o quanto deixamos para amanhã, ou o pior, quantas situações acontecem diante de nossos olhos, onde deveríamos ter atitudes seguras e assertivas. Mas nos calamos, fugimos, fingimos que não vemos, ou até quando o outro nos coloca sua verdade com harmonia, nós projetamos neste outro o problema colocado, como se aquilo não fosse nosso e sim deste outro, que está nos mostrando algo que não queremos ver em nós.

Desta maneira, vou vivendo minha vida, sempre atropelando, não entendendo porque as coisas me acontecem, achando que DEUS se esqueceu de mim, que meu anjo da guarda está de férias, que meu guia espiritual ficou de costas, ou que sou um subnitrato qualquer de pó de traque, sem nenhum valor, sem nenhum mérito, me sentindo o azarado, o perseguido pelo azar, o coitadinho. Entro, então, num padrão psico-espiritual horrível. Passo toda minha vida a ficar com dó de mim e permaneço na queixa e em muitos momentos na depressão. 

Nisto, a vida passa, as oportunidades também. Vejo as outras pessoas conseguindo resolver suas vidas, seus problemas e neste momento tenho duas opções: o reforço de que sou uma droga de pessoa, do tipo: "tá vendo, só dá para os outros, eu não consigo mesmo...." e me encho de culpas...
 A outra possibilidade é ter inveja das pessoas que conseguem aquilo que eu também queria conseguir para mim.
Mas como vou conseguir o que quero ou preciso se meu padrão mental não me permite?
Como conseguir melhoria se fujo de me ver?

Pensem: o universo é sábio, ele não brinca, ele existe com uma finalidade e estamos nele para que esta se concretize. Mas como concretizá-la se fico parado, se fujo de mim?Lembram da frase: "conheça a verdade e ela te libertará"? 
É assim que o universo está agindo comigo, com você!
Conheça a sua verdade e se liberte. Sim, liberte-se do medo de saber e ter a você mesmo, de conhecer-se. 

A solução de qualquer coisa que lhe aflige está em você mesmo, dentro de você. 
O seu problema, qualquer que seja, a solução dele está em você, na maneira que pensa e age, nas expectativas ou cristalizações que formou em sua mente...
Só você pode resolver sua vida.
 Não é DEUS que irá fazê-lo pois lhe foi dado a inteligência para que exercitando-a, encontre o caminho do conhecimento, que nos leva à sabedoria e com ela resolveremos qualquer coisa, enfrentaremos qualquer desafio, nos livraremos de qualquer situação. 

Assim DEUS nos dotou, com uma célula divina com o mesmo poder dele. 
Só que por vários motivos sociais, políticos e religiosos nós estamos presos na culpa, no imobilismo, na não-ação e desta maneira fugimos de nós mesmos, temos medo de saber a nossa verdade. De conhecer quem somos. 
Devido a este processo, sofremos as conseqüências de nossas não-atitudes, de nossas não-ações. Perdemos inúmeras oportunidades pelo nosso imobilismo por não querermos mudar. 
Aí vemos vários mestres que nos dizem que somos perfeitos, que não temos erros, que temos tudo o que precisamos para sermos felizes e superarmos todas as adversidades, e ficamos mudos diante destas afirmações. 

Paralisados, sem ação, sem saber o que fazer com nossas queixas, não querendo assumir a responsabilidade por nossas vidas, 
esperando sempre que um outro qualquer venha nos salvar ou nos dizer o que temos que fazer ou como devemos fazer...
Simplesmente para não termos que tomar atitudes ou assumirmos responsabilidades sobre nossas vidas, nosso livre-arbítrio e nos desobrigarmos deste enorme peso que está em nossos ombros que são nossas queixas, mágoas, apegos e medos.

Será que não chegou a hora de darmos um basta nesta nossa atitude e nos tornarmos parceiros dos universo, irmos de encontro ao nosso real e verdadeiramente descobrirmos aquilo que nosso ego tenta encobrir? 
E como o ego não tem maturidade,
 ele nos boicota, tentando nos enganar, pois a única oportunidade de crescimento espiritual que tenho é me conhecer, saber quem eu sou, conhecer e dominar meus sentimentos?
 Quem de nós domina e conhece seus sentimentos?"

Irineu Deliberalli
Psicólogo Clínico, Xamã, Radiestesista
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=3992

17 de novembro de 2012

Encontrando Alegria na Simplicidade por Deepak Chopra

"Existe dentro de cada um de nós um estado natural de consciência simples e aberta, em que nos sentimos felizes, iluminados, e em paz. Em contraste, o estado de sofrimento ou infelicidade é complicado. Complicações podem assumir muitas formas, incluindo um estilo de vida desequilibrado, relacionamentos tóxicos, dívidas emocionais reclusas, a resistência, a indecisão, vícios e crenças negativas condicionadas.

Quando a nossa vida é muito complicada, estamos sob o peso de coisas supérfluas em todos os níveis. Podemos começar a deixar de lado as complicações que nos fazem sofrer, cultivando um simples estado de consciência. Neste processo, pequenos passos podem produzir grandes resultados, em parte porque a simplicidade é o comportamento padrão da natureza. O sofrimento e as complicações que o alimentam não são naturais, desperdiçando energia para manter a complexidade. Enquanto você se concentrar na simplificação de sua vida, garanta que a sua abordagem para o processo seja amar e aceitar. Certifique-se que você está fazendo agora tudo o que você pode fazer neste instante, isso é tudo que qualquer um pode fazer. Quando você permanece no momento, você tem todo o tempo do mundo e tudo o que precisa ser feito será concluído no momento exato. 

Exercício: Desprendendo-se da Complexidade

Esta é uma prática que vai ajudá-lo a deixar ir embora o que não é mais você, e voltar para o seu estado inerente de plenitude, felicidade e bem-estar. Primeiro pergunte a si mesmo: “Há algo na minha vida me fazendo sentir uma sensação de mal-estar, desconforto ou dor?” Você pode escolher um problema persistente que tem incomodado você por anos ou pode ser algo que foi notado recentemente. Apesar de não haver problema em se concentrar em uma doença física crônica, este exercício não deve ser abordado como uma cura – estamos focando nos padrões de percepção que nos encorajam a nos agarrar ao sofrimento. Aqui estão algumas das complicações mais comuns:

Desordem: Considere o seu ambiente físico. A sua casa é uma bagunça? Sua mesa está enterrada sob pilhas de trabalho? Você está deixando os outros causarem desordem e bagunça no espaço que você compartilha?

Stress: Embora as pressões da vida sejam inevitáveis, se no final do dia, você não consegue se desapegar completamente do dia e retornar a uma calma, um estado interior centrado, então você está estressado. Faça uma lista dos principais fatores estressantes em sua vida e desenvolva idéias, seja para eliminar o elemento estressante, ou para alterar o impacto que ele está tendo em seu estado emocional. 

Relacionamentos tóxicos: Você está em relacionamentos com pessoas que não têm o seu bem-estar em consideração? Faça uma lista delas e considere o que você pode fazer para proteger-se de sua influência tóxica. Às vezes, estabelecer melhor os limites e praticar o uso consciente das ferramentas de comunicação pode ser transformador. Em alguns casos, o fim de um relacionamento pode ser necessário. Ao mesmo tempo, focalize em consolidar suas relações saudáveis, de modo que elas sejam ainda mais amorosas e gratificantes. 

Negatividade: Saúde e bem-estar são o estado natural do corpo e da mente. Por nos embrenharmos na negatividade, impedimos a nós mesmos de viver no simples estado de bem-estar.
 Você muitas vezes fofoca sobre os outros ou saboreia seus reveses?
 Você tende a escolher os amigos que gostam de criticar e reclamar? 
Você se sente obrigado a assistir a cada desastre ou catástrofe no noticiário da noite?

 Lembre-se, qualquer coisa em que colocamos nossa atenção, se expande em nossa experiência, por isso analise no que você está concentrando seu tempo e energia.

Estilo de Vida Não-saudável: A sua rotina diária, dieta e estilo de vida como um todo apoiam a sua saúde e bem-estar?
 Quando não temos o hábito de uma alimentação saudável, um sono reparador, exercício físico regular, uma prática espiritual diária, tais como a meditação ou diário, e outros hábitos de cura mente-corpo, inevitavelmente nos sentimos cansados, fora de equilíbrio, irritáveis, e às vezes até deprimidos. 
Que aspectos da sua vida que você gostaria de transformar para lhe trazer mais saúde e felicidade?

Para as próximas semanas, sente-se sozinho por pelo menos cinco minutos a cada dia com a intenção de limpar complicações. No tempo que você reserva para esta compensação, determine em que área você precisa se concentrar mais e trabalhe nisso. Pode ser uma das complicações mencionadas acima ou uma área diferente que o está impedindo de experimentar um estado de simplicidade pacífica.

Comece pensando na menor ação possível você pode tomar e, em seguida, faça-a. Em seguida, escolha a ação imediatamente inferior, e faça também. A ação pode ser realmente tão pequena quanto abrir o armário para ver se aqueles tênis confortáveis estão lá dentro. Então, no dia seguinte você pode se comprometer a colocar os tênis, e no outro dia você pode decidir ir a pé até a agência dos correios. Embora esses pequenos atos possam parecer triviais, com o tempo eles ajudam a criar impulso e transformam nossa experiência."

Deepak Chopra, Doutor em Medicina, é um autor best-seller, professor, e fundador do ‘Centro Chopra para o Bem-Estar’ em Carlsbad, Califórnia.
Fonte:http://www.casajaya.com.br/encontrando-alegria-na-simplicidade-um-artigo-de-deepak-chopra/

14 de novembro de 2012

Em Busca da Sombra.[como reconhecer e acolher]..de Debbie Ford


Capítulo 2
"A sombra se apresenta com muitas faces: aterrorizada, ambiciosa, zangada, vingativa,maligna, egoísta, manipulativa, preguiçosa, controladora, hostil, feia, subserviente, vulgar,fraca, crítica, censora...
A lista é interminável. Nosso lado sombrio age como um depósito para todos esses aspectos inaceitáveis do nosso ser – todas as coisas que pretendemos não ser e todos os aspectos que nos causam embaraços. Essas são as faces que não queremos mostrar ao mundo nem a nós mesmos. 
Tudo o que odiamos, a que resistimos ou que rejeitamos no nosso ser assume vida própria, sem levar em conta o que sentimos como sendo nossos valores. Quando nos encontramos face a face com nosso lado sombrio, nossa primeira reação é fugir, e a segunda é negociar com ele para que nos deixe em paz. Muitas pessoas já perderam tempo e gastaram dinheiro justamente para fazer isso. Ironicamente, são os aspectos escondidos que rejeitamos os que mais necessitam de atenção.

 Ao trancar as partes das quais não gostamos, sem saber estamos enterrando nossos mais valiosos tesouros. Esses valores estão ocultos onde menos esperaríamos encontrá-los. Estão ocultos na escuridão.Esses tesouros tentam emergir desesperadamente e chamar nossa atenção, mas estamos condicionados a recalcá-los. Como bolas gigantes mantidas debaixo d´água, esses aspectos irrompem à superfície toda vez que aliviamos a pressão. Ao tomar a decisão de não deixar que algumas partes de nós mesmos existam, somos obrigados a gastar enormes quantidades de energia para mantê-las submersas.
O poeta e escritor Robert Bly descreve a sombra como uma mochila invisível que cada um de nós carrega às costas.À medida que crescemos, vamos guardando na mochila todas as nossas características que não são aceitas pela família e pelos amigos. 
Bly acredita que passamos as primeiras décadas de vida enchendo a mochila e que gastamos o resto da vida tentando recuperar o que pusemos na mochila para aliviar o fardo. A maioria das pessoas tem medo de encarar e assumir o seu lado sombrio, mas é lá na escuridão que você encontrará a felicidade e a sensação de estar completo com que vem sonhando há tanto tempo.

Quando você usa o seu tempo para se descobrir por inteiro, abre as portas do verdadeiro esclarecimento. Uma das armadilhas da Era da Informação é a síndrome do “já conheço isso”. Com freqüência, o conhecimento nos impede de viver a experiência em nosso coração.

O trabalho com a sombra não é intelectual; é uma viagem da mente ao coração. Diversas pessoas que trilham o caminho do aperfeiçoamento individual acreditam que completaram o processo, mas são incapazes de enxergar a verdade sobre si mesmas.
 Muitos de nós almejam ver a luz e viver na beleza do seu eu mais elevado, mas tentamos fazer isso sem integrar todo o nosso ser.

Não podemos ter a experiência completa da luz sem conhecer a escuridão. O lado sombrio é o porteiro que abre as portas para verdadeira liberdade. Todos devem estar atentos para explorar e expor continuamente esse aspecto do ser.

Quer você goste ou não, sendo humano, você tem uma sombra. 

Se não consegue vê-la, pergunte a alguém da família ou às pessoas com quem trabalha.
Elas vão indicá-la para você.

Pensamos que nossas máscaras mantêm nosso eu interior escondido, mas, todas as vezes que nos recusamos a reconhecer aspectos nossos e quando menos esperamos, ele dá um jeito de erguer a cabeça e fazer-se conhecido.
Assumir um aspecto de si mesmo significa amá-lo – permitir que ele conviva com todos os outros aspectos, não o considerando nem mais nem menos do que qualquer um dos outros.

Não basta dizer: “Sei que sou controladora”. É necessário perceber o que a controladora tem a nos ensinar, quais os benefícios que traz, e então devemos ser capazes de vê-la com respeito e compaixão. 
Vivemos sob a impressão de que para algo ser divino tem de ser perfeito. Estamos errados, na verdade, o correto é o oposto.

Ser divino é ser inteiro, e ser inteiro é ser tudo: o positivo e o negativo, o bom e o mau, o santo e o diabo.
Quando destinarmos um tempo para descobrir nossa sombra e seus talentos, compreenderemos o que Jung queria dizer com: “O ouro está na escuridão”. Cada um de nós precisa achar esse ouro para juntar ao seu eu sagrado."

Debbie Ford autora do livro O LADO SOMBRIO DOSBUSCADORES DA LUZ
Fonte:http://pt.scribd.com/doc/102351959/17-o-Lado-Sombrio-Dos-Buscadores-Da-Luz-Debbie-Ford

11 de novembro de 2012

LUZ – A Nossa essência espiritual II por Wagner Borges



"Por que você chora e se sente infeliz, se a Luz das estrelas brilha em seu coração?
Talvez você tenha se esquecido de sua verdadeira natureza espiritual e pense que é apenas um ser humano.

Contudo, não há nada mais enganoso do que isso!
Porque você nunca deixou de ser uma consciência espiritual, uma centelha do Todo, que, no presente momento, temporariamente está humano... E a sua verdadeira essência é a Luz!

Na verdade, você veio de uma estrela; está em uma estrela; e, eventualmente, irá para outra estrela.
Ou seja, você é um viajante sideral que, nesse instante, está aprendendo algo aqui na Terra.
Sua jornada não começa e nem termina nesse mundo.

E você é muito mais do que os sentidos limitados do seu corpo lhe dizem... E se for para chorar, que seja por Amor, não por coisas ruins.
Que seja choro de realização, por sentir a Luz do Eterno em seu coração... E quando você orar, que não seja como um mendigo espiritual implorando por ajuda celeste, não!

Que seja como um autêntico herdeiro das coisas do Céu, um espírito brilhante que se sente parte integrante do universo.
Ah, que seja sempre em Espírito e Verdade.

Paz e Luz."

 Wagner Borges 
Fonte:http://www.ippb.org.br/index.php?option 

10 de novembro de 2012

Proteção energética - por Victor Rebelo


"Muitos ouvintes me ligam,(...) para perguntar como fazer para se proteger das “energias negativas”. Dizem que quando entram em um ambiente, muitas vezes se sentem cansados, angustiados...

Em primeiro lugar, esclareço que tudo começa em nosso mundo interior, ou seja, em nossa intimidade. Precisamos, ao longo da nossa vida, no dia a dia, cultivar o hábito de analisar nossas reações diante das circunstâncias. Precisamos desenvolver, progressivamente, a capacidade de colocarmos nossa atenção no agora. Eckhart Tolle nos oferece lições belíssimas sobre o poder do agora. Ele afirma, no livro O poder do Agora:

Nossa mente é um instrumento, uma ferramenta. Está ali para ser usada em uma tarefa específica e depois ser deixada de lado.Sendo assim, eu poderia afirmar que 80% a 90% dos pensamentos não só são repetitivos e inúteis, mas, por conta de uma natureza frequentemente negativa, são também nocivos. Observe sua mente e verificará como isso é verdade. Essa atitude causa uma perda significativa de energia vital”.

Recomendo muito a leitura desse livro. Portanto, em primeiro lugar, precisamos tomar consciência dos nossos pensamentos e emoções. Ao estarmos presentes, sem julgar, sem criticar, mas apenas percebendo, ampliamos nosso grau de consciência; saímos do “piloto automático” e passamos a canalizar nossa energia para algo mais específico. Isso inclui, sim, uma posterior autoanálise...

Sendo assim, a busca pelo autoconhecimento é fundamental. Conforme vamos nos conhecendo, conseguimos discernir melhor quais são os nossos padrões emocionais e condicionamentos mentais e o que nos é estranho, ou seja, vem de fora. E esse “fora” inclui a influência de espíritos – encarnados e desencarnados.

Mas, quando falamos em assédio espiritual, não podemos nos colocar em uma posição de vítimas e acharmos que os espíritos são culpados pelo que acontece em nossa vida. 
Sim, eles têm influência, mas nós temos o livre-arbítrio de cedermos ou não às suas sugestões. E mais: se eles nos atingem, quase sempre é porque nós mesmos os atraímos. Isso ocorre devido à sintonia espiritual que existe entre as pessoas.

Então, precisamos ter a coragem de assumir nossa responsabilidade diante dos assédios e obsessões e mudar nosso padrão interior.

E, claro, devemos buscar apoio nas ferramentas que temos à nossa disposição para nos protegermos e nos reequilibrarmos, energética e espiritualmente. Temos as práticas bioenergéticas, a meditação, a oração, etc. Como dizia Jesus: “Orai e vigiai.”
Victor Rebelo  
Fonte:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1228:protecao-espiritual&catid=34:artigos&Itemid=54

9 de novembro de 2012

Nunca desista do sonho da vida - de Neale Donald Walsch


"Não importa quão sem esperança possa parecer, nunca deves desistir do Sonho da Vida. Se dói, não está a viver O Sonho, está a viver um pesadelo e a chamá-lo de sonho, esperando que ele se torne num. 

Pare com isso. Pare de lutar. O Sonho não tem luta. Se está a lutar, não está a viver O Sonho. 

Agora “lutar” não significa os pequenos desconfortos ou os sentimentos de vez em quando de não estar bem que são encontrados em cada duas pessoas que escolheram estar juntas intimamente. Isso não significa as pequenas diferenças que, de tempos a tempos têm, que ser trabalhadas. “Luta” significa apenas isso: luta. Dificuldades permanentes. Discórdias frequentes, recorrentes e sérias, desarmonia, desacordo. 

“Luta” significa que as coisas que deveriam ser simples se tornam complexas, momentos que poderiam facilmente ser serenos irrompem em tumultos. O nervosismo substitui o entusiasmo, a tristeza substitui a felicidade, andar em pezinhos de lã substitui andar nas nuvens. 

Estais a lutar na vossa relação quando a cautela supera a ânsia, quando a dor empurra a felicidade para fora da sala… e quando isto acontece com frequência. Não de vez em quando. Não agora e depois. Com frequência. 

Já não podemos mais descontrair completamente. Logo que parece que, bem, não é assim tão mau, eu consigo fazer este trabalho… a porta bate, a bomba cai, a doçura estala e revela-se não ser aquela coisa sólida com que se pode contar, mas uma coisa tão frágil que não pode sequer aguentar o suave toque da intimidade. 

Perguntam-me, mais que qualquer outra mera questão acerca de relacionamentos: quando é o momento de partir? Quando é o momento de desistir?

Perguntam-me: como posso saber que não é suposto eu estar aqui, a aprender algo? Como saber se isto não é tudo para o meu próprio bem, para a minha própria evolução? Como saber que não estou apenas a “desistir” – de novo…?

Perguntam-me: o que é preciso para fazer o “amor” funcionar? E eu respondo, “O amor não deve ser trabalho. O amor deve ser diversão. Eu devo sentir-me divertido e alegre, não tenso”. 
As relações íntimas nas vidas de muitas pessoas não têm durado muito. Felizes Para Sempre, não tem sido uma experiência universal (ou sequer comum). De facto, deve parecer por vezes a muitos que não há uma forma de fazer esta coisa chamada “Relação”, e de a fazer bem.

As pessoas olham-se no espelho e perguntam, “Sou só eu que não tenho a capacidade necessária? É somente a mim que falta compreensão suficiente? Sou só eu que fico aquém na vontade ou no empenho ou determinação ou capacidade ou na paciência ou na abnegação ou no que quer que seja preciso para fazer funcionar o Felizes Para Sempre?”

Ou será que os seres humanos estão simplesmente a perseguir um sonho impossível? Será o Sonho da maravilhosa alegria do amor verdadeiro e duradouro nada a não ser uma fantasia que nunca pode ser realizada?

Não. Não acredito nisso. E eu acredito que as pessoas que tentaram e tentaram e falharam têm, pelo menos, a oportunidade de aprender com as suas experiências. Não existe tal coisa como uma causa perdida. O Sonho do Amor pode ser vivido. Esta é a promessa de Deus. 

Há casais que o viveram, que conseguiram alcançar a Terra Prometida. Alguns encontraram-se um ao outro cedo na vida, outros encontraram-se mais tarde, depois de muitas tentativas e erros com os outros. Não tem sido tudo perfeito nas suas jornadas, não tem sido tudo sorrisos e gargalhadas sempre. Mas tem sido muito disso. E tudo isso valeu a pena. Cada minuto valeu a pena. 

Há aqueles que dizem que uma relação tem que ser “trabalhada”. Qualquer coisa vale a pena, vale a pena trabalhar para, o mantra funciona. Bom. Está bem. Mas este devia ser o tipo de “trabalho” que sabe tãooooooooooo bem fazer. Como a Barbra Streisand a cantar. Como o Richard Gere a dançar. Como a Nancy Kerrigan no gelo. Como a Anna Pavlova e Vaslay Nijinsky e Mikhail Baryshnikov em sapatilhas de ballet. Como o Warren Spahn jogando basebol. Sim, implica trabalho… mas oh, a alegria disso, a pura alegria disso!

Sim, o amor – o amor verdadeiro, o amor duradouro – pode ser “trabalho”, mas devia ser um trabalho artístico. Devia ser algo que se adora fazer. Uma pessoa sábia disse uma vez, “Possais sempre amar o amor que fazeis.”

Olhe para a sua relação agora. Está a amar o amor que está a fazer?

Se ama o amor que faz, não é “trabalho”, não no sentido de ser uma luta. É uma alegria. Trabalhar para criar algo é muito diferente de trabalhar para segurar alguma coisa juntos. Todos os que o fizeram conhecem a diferença. Pode sentir a diferença e ninguém tem que vos dizer o que se está a passar. 
Isto tem a ver com esforço e facilidade. 

Vós sabeis se, na vossa relação, estais num local de esforço ou se estais no da facilidade. 

A Barbra Streisand canta sem esforço. A graça de tirar o fôlego de Nancy Kerrigan é sem esforço. Isso é precisamente o que a torna uma graça de tirar o fôlego. Isto não é dizer que isso não envolveu trabalho. Certamente que sim. Envolveu trabalho e resultou alegria. Quando envolve trabalho mas não resulta em alegria, então o “trabalho” tornou-se “esforço”. 

Este é o estado de muitos relacionamentos.

Quando é que basta é basta?

Esta questão não pode ser respondida por alguém senão pela pessoa que a coloca. Mas a questão raramente vai sem resposta. O problema não é se a pessoa que coloca a questão SABE a resposta, mas se A ESCUTA." 

 Neale Donald Walsch
Fonte:http://www.luzdegaia.net/neale/walsch.html

5 de novembro de 2012

O ímã e o farol por Mauro Kwitko - [maravilhoso ]


"Um dia, um ímã e um farol encontraram-se para conversar. Como isso aconteceu, deixo a cargo da imaginação e da criatividade de quem ler esse texto. O que sei é que um dia eles se encontraram:

- "Ando me sentindo muito mal".
- "Por que, ímã?"

-"Não sei bem, na verdade, estou sempre me sentindo meio mal, raro é o dia em que me sinto bem".
- "Por que, ímã?"

- "Não sei, sou uma pessoa boa, não faço mal pra ninguém, procuro só fazer o bem, ajudo um monte de gente, trabalho na caridade, num Centro Espírita, mas estou sempre me sentindo pesado, como se estivesse carregando um peso nos meus ombros, a minha cabeça pesa, tenho dores, meu estômago dói, meu intestino não funciona bem, e outras coisas".
- "Por que, ímã?"

- "Por que você só fica me perguntando "Por quê?", "Por quê?", se eu soubesse não me sentia sempre assim, tem alguma ideia do que pode ser?"
- "Tenho, mas você não vai escutar ou, se escutar, não vai concordar e se concordar, não vai praticar".

- "Mas que negativismo, uma pessoa como você, um farol, sempre bem, sempre brilhando, irradiando essa luz, essa aura maravilhosa, nunca pensei que fosse pessimista, negativo".
- "Não sou pessimista nem negativista, sou realista. Eu sei por que você está sempre se sentindo mal, pesado e posso lhe dizer", falou o farol.

- "Então, diz se estou preparado, ou preciso fazer algo especial para escutar o conselho de Vossa Majestade?"
- "Sem ironia, ímã. Escute: você sabe a diferença entre um ímã e um farol?"

- "Sei, o ímã está sempre mal e o farol sempre bem. Mais alguma coisa, Mr. Luz?", ironizou o ímã.
- "Vou fingir que não escutei. A diferença é simples: o ímã capta as negatividades, as densidades baixas das demais pessoas e do ambiente, e fica para si, enquanto o farol capta a Luz do Alto e irradia. O ímã assimila as tristezas e as raivas dos outros, o farol endereça a Luz para eles. O ímã sofre pelas dores dos outros, o farol endereça a Luz para eles. Por isso, o ímã está sempre mal e o farol está sempre bem.

- "Quer dizer que ambos sofrem pelos outros, mas o ímã capta e pega pra si e o farol não?"
- "O ímã sofre pelos outros e assimila esse sofrimento como seu. O farol não sofre, ele apenas observa e entende".

- "Mas o ímã faz mais pelos outros do que o farol! O ímã está lá, vai lá, aproxima-se, sente a dor, a tristeza das pessoas, o farol fica lá, numa boa, sempre num lugar mais elevado, apenas irradiando, clareando, iluminando, isso não é egoísmo?"
- "Ambos fazem o seu trabalho, apenas o ímã nasceu com a vocação de sofrer pelos outros, e pelo mundo, enquanto que o farol nasceu com a vocação de clarear a consciência das pessoas, de clarear o mundo. Digamos que você veio para sofrer pelas pessoas e eu vim para iluminá-las".

- "Mas de que adianta iluminá-las? Elas têm tristezas, têm dores, têm doenças, vai ficar só iluminando? Tem que ir lá, curar suas feridas, tratar suas doenças, consolá-las, dar uma palavra amiga, pegar na mão, dar apoio. É muito fácil ficar aí em cima, nesse lugar alto, só olhando, captando Luz, irradiando, eu aqui em baixo me ralando, pegando as coisas delas, sofrendo pelas injustiças, sentindo as dores do mundo, na outra vida quero vir farol."
- "Eu já fui ímã, no passado. Um dia aprendi que captar as dores e as tristezas das pessoas, sofrer pelo mundo, é um misto de bom coração e identificação. E comecei a querer manter apenas o bom coração e me libertar da identificação", explicou o farol.
- "Como assim?"
- "A pessoa ímã tem bom coração, quer fazer o bem, e faz, quer ajudar, e ajuda bastante, é uma pessoa indispensável, ela ameniza o sofrimento dos outros, ela consola, mas ela sofre junto, ela capta, agrega a si, e não sabe despachar, eliminar, libertar-se disso".
- "E por isso sente esse peso, esse desconforto, essa sensação de tristeza, de dor?"
- "Sim, pois além de suas próprias mazelas, agrega as dos outros, além de seus próprios sofrimentos, assimila os dos demais, além de suas próprias tragédias, entra nas dos outros. Entende?" indagou o farol.
- "Perfeitamente. Mas como faço para mudar? Você disse que antes era uma pessoa ímã e agora é uma pessoa farol, como se faz isso?"
- "A primeira coisa a fazer é entender isso, e você está entendendo, depois tem que aprender a sintonizar com o Alto, mais ou menos permanentemente, e isso não é fácil, necessita uma postura de vida que selecione onde vai colocar a sua atenção, em que vai pensar, como vai sentir as coisas, os lugares que vai frequentar, o que vai ver na televisão, o que vai acessar na Internet, os assuntos que vai entabular com os demais, enfim, estar com os pés na Terra e a cabeça nas alturas. Será que você consegue fazer isso ou viciou-se em sofrer?"

- "Viciou-se em sofrer? Você está insinuando que eu gosto de sofrer? Que eu sofro porque quero?" desafiou o ímã.
- "Não, não estou dizendo isso, estou falando sobre o hábito de sofrer que as pessoas-ímã têm, é como um costume, uma atitude perante a vida, não é fácil promover essa mudança, pois muitas forças interiores, muitos ganhos secundários, muitas compensações psíquicas procurarão dar um jeito de boicotar o desejo de mudança, inclusive irritando-se, me criticando, e até sentindo uma inveja que faça com que acione os mecanismos de defesa, o da negação, o da contestação, como já está acontecendo agora". Explicou o farol.

- "Inveja? Pra falar a verdade, eu lhe acho meio metido mesmo, sempre brilhando, chega nos lugares, parece que ilumina o ambiente, todos querem se aproximar, parece que querem absorver a luz que brota naturalmente de você, enquanto eu procuro me esconder, me enfiar num canto, pra não pegar as coisas dos outros, a energia deles, tudo me faz mal, me dá dor de cabeça, dor no corpo, fico enjoado, acho que você tem razão, preciso deixar de ser imã e ir virando farol. Aceita discípulo, amado Mestre?"
- "Não sou Mestre e não aceito discípulos, eu sou um discípulo. Meu Pai é Deus, minha Mãe é a Nossa Senhora, meu Guia é Jesus, sou um instrumento da Consciência Universal, sou um canal por onde jorra a Luz Divina, sou um mensageiro da Esperança, sou um atalho para a Vida."

- "Como faço para ser um farol?", perguntou o ímã.
- "Comece a evitar sofrer pelos demais, a perceber sem agregar, a escutar sem assimilar, a sentir sem captar, e quando não conseguir, tem de aprender a despachar, a eliminar, a enviar para o Alto, para que saia de você e retorne ao Todo".

- "Eu vou procurar fazer isso, farol. De vez em quando posso vir aqui conversar com você?"
- "Sempre que quiser, ímã, eu estou sempre aqui, lembra?"

- "É verdade. Obrigado pelos conselhos, vou procurar segui-los, eu ficarei melhor e as pessoas que se aproximarem de mim, também ficarão, não é mesmo?"
- "Certamente, e fico feliz percebendo que está entendendo que é melhor jorrar Luz do que captar a escuridão, que é mais saudável irradiar a Cura do que captar a doença, que é mais curador transbordar a Claridade sobre o sofrimento do que servir de esgoto para ele. Boa sorte, ímã, apareça".

- "Apareço, sim, farol, fique com Deus".

- "Estou sintonizado com Ele."
-" Mais do que acreditar em Deus, procure permanecer sintonizado com Ele".

- "Sim, farei isso"."

4 de novembro de 2012

Agitação mental: quando a mente pula de galho em galho de Bel Cesar


"A consciência relativa é simbolizada por um macaco que pula de galho em galho. Assim como explica Lama Gangchen Rinpoche em seu livroAutocura Tântrica III (Ed. Gaia): O resultado da causa e condição do surgimento interdependente negativo das ações projetoras é nossa consciência-macaco surgida interdependentemente, que se move ininterruptamente para cima e para baixo da árvore do samsara, sem conseguir ficar quieta nem por um momento.

Nosso fluxo de consciência e de energia de vida está sempre instável, sempre movendo-se em meio à escuridão e à luz dos reinos inferiores e superiores. Nossa consciência surgida interdependentemente faz com que as sombras de nosso apego e raiva egoístas se desenvolvam e cresçam: a autodestruição - o oposto da autocura. A mente inquieta, movida pelo condicionamento do apego e da raiva, busca então, freneticamente, por equilíbrio. 

Certa vez Lama Gangchen disse em seus ensinamentos: Nossa mente é como uma bolinha solta no ar, ao mais leve toque ela se agita e move-se sem parar. Meditar é ensinar a nossa mente a ficar estável no ar. No entanto, este é um longo caminho. Por meio da meditação podemos aprender a estabilizar a nossa mente, isto é, experimentar as coisas diretamente como são, no momento presente. 

No entanto, nossa mente condicionada em geral está agitada, lembrando do passado e preocupando-se com o futuro. Na meditação, como uma forma de autoconhecimento profundo, treinamos nossa mente a voltar-se para o momento presente. Pois é preciso desacelerar a mente para observá-la melhor. Desta forma, ao passo que nos soltarmos gradualmente dos padrões de pensamentos repetitivos, poderemos recuperar o equilíbrio interno e nos tornarmos cada vez mais próximos do fluxo natural de nossa mente, não contaminado pelo apego ou pela raiva. 

Apesar de associarmos a palavra consciência a um estado de clareza mental, a denominação consciência relativa para o terceiro Elo de Interdependência indica um baixo nível de elaboração mental, pois ele refere-se à dinâmica do movimento de nossa mente e não ao conteúdo que ela revela. Assim como esclarece Heloisa Gioia em seu livro Um caminho Iluminado (Editorial Cone Sul): O nível de Consciência neste elo da cadeia interdependente é o mesmo nível de Consciência que tem o pular do macaco, de galho em galho, sem saber por quê e para quê.

É como nós, que pulamos de uma situação para outra, de um interesse para outro, de uma paixão para outra, sem termos a clareza do por quê e para quê. É uma consciência ainda parcialmente estruturada, uma simples decorrência da Motivação Ignorante que a impulsionou. É a energia de base sobre a qual estão nossos pensamentos. 

Se esta energia de base for positiva, o resultado do impulso de nossos pensamentos também será positivo. Lama Gangchen denomina esta energia de base positiva de Mente de Paz. 

Lama Gangchen Rinpoche nos ensina: Uma mente tensa é como estar com as mãos tensas: você não consegue tocar nada. Por isso, precisamos nos decidir por não cultivar uma mente estúpida e nos programar com algo muito preciso. É só uma questão de não seguir as emoções negativas, de aceitar a paz e segui-la. Depois de ter paz, tudo passa a vir automaticamente de modo positivo. 

Assim, é possível criar a interdependência positiva. Se você quer deixar o seu namorado feliz, esteja interiormente bem, porque assim criam-se condições de harmonia para a relação. Nossa inquietação afasta o outro. De fato, a inquietação interna nos afasta até de nós mesmos: ficamos deprimidos. A falta de concentração indica que estamos sofrendo queda na produção de um neurotransmissor, a dopamina. 

A dopamina orienta a atenção e produz uma sensação de expectativa prazerosa. Ela age diretamente sobre os neurônios responsáveis pela memória de trabalho. Stefan Klein explica em A Fórmula da Felicidade (Ed. Sextante): Na opinião de alguns cientistas, uma das principais funções dessa substância é fazer com que o cérebro saiba distinguir entre informações importantes e ruídos, definidos como estímulos que não contêm dados relevantes para nós. É possível que o ato da concentração esteja associado a um lubrificante do intelecto. Sob sua influência reagimos e pensamos com mais rapidez. Além disso, fazemos associações com mais facilidade, e as idéias nos surgem aos borbotões, pois o cérebro é capaz de processar as informações com mais eficiência. 

Isso explicaria o aparente paradoxo de que uma concentração intensa e um máximo de esforço mental produzam simultaneamente sentimentos agradáveis. Portanto, o que nos desgasta não é o esforço mental em si, mas ter uma dinâmica mental desordenada e confusa. 

No entanto, se quisermos evoluir internamente não basta encontrarmos atividades mentais que organizem nossa mente. Precisamos desenvolver também um bom coração. 

Os mestres budistas nos ensinam a aprender a diferença entre a mente-coração e a mente pensante. A mente pensante está sempre insatisfeita, enquanto que a mente-coração manifesta-se sempre tranqüila. Quando acessamos a mente-coração vemos tudo com clareza. Pois ela é o fluxo natural de nossa energia de base positiva, a mente de paz. 

Ao passo que relaxamos em nossa qualidade de base energética positiva, conseguimos pouco a pouco romper o hábito de atacar ou defender, seja de nós mesmos ou dos outros. Uma vez menos reativos, nos tornamos mais suaves. A suavidade é uma qualidade inerente a essa energia de base pura: ela indica que finalmente acessamos a mente-coração."
Bel Cesar

2 de novembro de 2012

O Medo de se expor por Catia Bazzan

"Uma das maiores dificuldades que o ser humano tem é a de demonstrar quem ele realmente é e de expressar seus sentimentos. O receio de ser mal interpretado e da incompreensão é algo que nos impede de assumirmos para o mundo aquilo que realmente gostaríamos de ser.
Só que, na verdade, não percebemos que é do desconhecido que nós temos medo. Ora se não nos conhecemos, se não compreendemos quem habita este corpo físico, como poderemos demonstrar quem somos para as pessoas e para o mundo?

Tomar atitudes, resolver as coisas, enfrentar as adversidades da vida, dizer para o outro o que sentimos, é algo que precisaremos fazer algum dia, com ajuda ou sozinhos, não importa. O importante é que em algum momento teremos que assumir nossas vontades. Porque se não fizermos isso, adoeceremos. E a dor virá como um sinal de alerta. Como não ouvimos o nosso coração e não prestamos atenção na nossa essência divina, com o tempo nos sentiremos descontentes e sofreremos por reprimir nossos desejos mais íntimos.
Por isso, a primeira coisa que precisamos fazer para enfrentar o medo é assumir que o temos. Reconhecer nossos limites, tendo consciência de que essas barreiras precisam ser vencidas e que elas não podem ficar escondidas. Isto porque é comum não reconhecermos nossos limites para poder superar, ir além. Mas como poderemos avançar sem vencer esta dificuldade? É provável que mais adiante, nós tenhamos desafios iguais ou parecidos que se apresentarão para nos testar. Caso o medo permaneça nos consumindo, a dificuldade se apresentará novamente. E assim sucessivamente. Até nós aprendermos.

Depois de identificarmos que algo nos apavora, é necessário refletir profundamente o que nos amedronta realmente, perguntando-nos: do que temos medo? Quando identificamos claramente o que nos impede de avançarmos, fica mais fácil de vencer essas dificuldades e principalmente mudar a sintonia negativa.
E nessa busca pela compreensão do que sentimos, nós vamos descobrindo mais e mais tudo o que guardamos dentro de nós. Além de proporcionar autoconhecimento, algo que nos liberta do medo e nos traz mais coragem, segurança e confiança nas nossas decisões e, consequentemente, no nosso modo de agir.

Hoje em dia, nós ficamos sintonizados no medo de várias formas, especialmente através dos noticiários, os quais nos mostra um mundo injusto, uma política corrupta, a criminalidade, a violência... Tudo isto reforça nossa sintonia negativa, pois nos faz acreditar que tudo é ruim.
Enfim, o que ocorre é que isto tira o nosso poder pessoal. E este poder é o responsável por alimentar uma força interna que nos move em direção aos nossos objetivos. E esta força é capaz de sustentar a certeza de que as coisas podem dar certo.

E mais, a maioria dos indivíduos nem sabem que tudo o que a mídia nos transmite é uma minoria. Talvez um por cento do que ela transmita realmente acontece no mundo. Só que infelizmente as pessoas se prendem mais as tragédias. Para a maioria de nós, por causa da sintonia negativa, não é muito interessante ver bons acontecimentos. Infelizmente, coisas boas não prendem as pessoas na frente da televisão. Deste modo, esta ideia de que temos inúmeros motivos para ter medo é incutido em nós, sem nem mesmo percebermos.
Para os grandes líderes do mundo é conveniente que nós tenhamos medo não expondo, assim, nossas ideias. Imaginemos se as pessoas se rebelassem contra o governo, por exemplo. Isso geraria uma bagunça tremenda. Por isso, é muito melhor prender-nos pelo pânico de que se nós não formos iguais a todos, seremos excluídos. Porque o medo de sermos excluídos nos apavora. E é por isso que continuamos na mesma vidinha de sempre, reprimindo nossas vontades.
Então, para deixar de sentir medo, precisamos, primeiramente, romper com o que ouvimos e lemos e que nos amedronta. Depois, observar o que realmente nos causa tal sentimento, para sairmos desta sintonia. Essas atitudes acarretarão grandes mudanças, que se tornarão grandes aliadas.

Após mudar o hábito, podemos começar a mudar o pensamento. Ao invés de sofrer por achar que não é possível resolver tal coisa, podemos trocar por “eu consigo, eu posso”. Pelo menos mentalmente. E isto já é meio caminho andando para chegar ao objetivo. Todavia, este precisa ser um compromisso. Todas as vezes que vier um pensamento negativo, temos que mudar o foco.
A partir disto é provável que novas oportunidades surjam para nos testar. O universo vai vibrar naquilo que pedimos. Então precisamos nos preparar, tendo certeza de que queremos deixar de sermos vítimas do medo.
E por fim, para expor o que sentimos e o que somos, podemos primeiro exercitar escrevendo, para aos poucos criar coragem, enfrentar e agir."

Cátia Bazzan

A morte não é nada - de Santo Agostinho


"A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.

Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.

Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.

O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria for a de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?

Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.

Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais."
Autor:Santo Agostinho

1 de novembro de 2012

Refletindo sobre A vida e a finitude....


A certeza que o corpo é finito, limitado
caráter transitório, prazo determinado,
torna o homem transtornado,angustiado,exaltado, 
pois é falsa a onipotencia do eu-humano encarnado.

O homem tenta em vão esquecer este dia
e vive como fosse para sempre viver
agarra-se a ilusão e a frágil fantasia
de que o corpo é eterno
e que ele não vai morrer.

A impotencia diante da certeza da morte
nos conduz a refletir sobre a existencia vivida,
que riqueza, poder,ou qualificação humana
tem significado ao findar uma vida?

A consciencia da temporalidade
trará ao homem responsabilidade
de construir uma existencia na posteridade
que enalteça a vida e a humanidade
transformando o mundo, a historia, o inevitável
porque a vida é única, inequivoca, individual.
http://www.recantodasletras.com.br/poesiastranscendentais/3958586

Pensando neste dia de Finados, além de ter "ousado" fazer uma poesia sobre este tema complexo, sofrido encontrei este texto excelente  denominado:
"Os cinco maiores arrependimentos daqueles que estão para morrer.", que serve para reflexão de todos nós: 

"Uma enfermeira que aconselhou muitas pessoas em seus últimos dias de vida escreveu um livro com os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas antes de morrer.
Bronnie Ware é um enfermeira que passou muitos anos trabalhando com cuidados paliativos, cuidando de pacientes em seus últimos três meses de vida. Em "The Top Five Regrets of the Dying" ("Top Cinco Arrependimentos Daqueles que Estão Para Morrer"), ela conta que os pacientes ganharam uma clareza de pensamento incrível no fim de suas vidas e que podemos aprender muito desta sabedoria.
"Quando questionados sobre desejos e arrependimentos, alguns temas comuns surgiam repetidamente", disse Bronnie ao jornal britânico "The Guardian".
Confira a lista e os comentários da enfermeira:
1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver a vida que eu quisesse, não a vida que os outros esperavam que eu vivesse.
"Esse foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que a vida delas está quase no fim e olham para trás, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não realizou nem metade dos seus sonhos e têm de morrer sabendo que isso aconteceu por causa de decisões que tomaram, ou não tomaram. A saúde traz uma liberdade que poucos conseguem perceber, até que eles não a têm mais."

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.
"Eu ouvi isso de todo paciente masculino que eu trabalhei. Eles sentiam falta de ter vivido mais a juventude dos filhos e a companhia de seus parceiros. As mulheres também falaram desse arrependimento, mas como a maioria era de uma geração mais antiga, muitas não tiveram uma carreira. Todos os homens com quem eu conversei se arrependeram de passar tanto tempo de suas vidas no ambiente de trabalho."

3. Eu queria ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
"Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para ficar em paz com os outros. Como resultado, eles se acomodaram em uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eles realmente eram capazes de ser. Muitos desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ressentimento que eles carregavam."

4. Eu gostaria de ter ficado em contato com os meus amigos.
"Frequentemente eles não percebiam as vantagens de ter velhos amigos até eles chegarem em suas últimas semanas de vida e não era sempre possível rastrear essas pessoas. Muitos ficaram tão envolvidos em suas próprias vidas que eles deixaram amizades de ouro se perderem ao longo dos anos. Tiveram muito arrependimentos profundos sobre não ter dedicado tempo e esforço às amizades. Todo mundo sente falta dos amigos quando está morrendo."

5. Eu gostaria de ter me permitido ser mais feliz.
"Esse é um arrependimento surpreendentemente comum. Muitos só percebem isso no fim da vida que a felicidade é uma escolha. As pessoas ficam presas em antigos hábitos e padrões. O famoso 'conforto' com as coisas que são familiares O medo da mudança fez com que ele fingissem para os outros e para si mesmos que eles estavam contentes quando, no fundo, eles ansiavam por rir de verdade e aproveitar as coisas bobas em suas vidas de novo."

Linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...