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2 de novembro de 2012

A morte não é nada - de Santo Agostinho


"A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.

Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.

Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.

O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria for a de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?

Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.

Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais."
Autor:Santo Agostinho

18 de setembro de 2011

Ame e Manifeste esse Amor!

 
 " Pense em alguém que você gosta muito. Do passado, do presente ou do futuro. Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável. Pense e sinta.

Sinta esse amor, agora, aqui, em você. Conecte-se com esse amor que habita em você.Comece a incluir nessa amorosidade todas as pessoas que estão próximas a você. Vá expandindo sua capacidade de amar. Inclua todas as pessoas que você conhece. Agora inclua as que você não conhece. Inclua pessoas próximas e distantes. Inclua pessoas que você jamais viu. Os povos africanos, asiáticos, australianos... 

Os povos e tribos de toda a terra. Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos, flores e pássaros. Mares, rios e oceanos. Inclua a vegetação da Amazônia e da Patagônia. Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara...
Não deixe o Pequeno Príncipe de fora. Inclua os Lusíadas, a Odisséia, Kojiki... Inclua toda a literatura mundial, um pouco de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Shakespeare, um tanto de Saragosa , uma gota de Jorge Amado, banhado por Herman Hesse e Amon Oz...
Inclua todas as religiões. Como se não houvesse dentro nem fora. Imagine como John Lennon, que o mundo é um só. O mundo é único. O mundo, o universo, o pluriverso é um só.
Nós somos unas e unos com o Uno. Perceba. Isto que digo é a verdade. E só há esse caminho. Inúmeras analogias, linguagens éticas, expressões regionais e temporais para tentar atingir o atemporal, o fluir incessante, incandescente, brilhante, da vida em movimento, o transformador.
Somos a vida da Terra. Somos a vida do Universo. Somos a vida do Multiverso.
E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes de ir além deste saquinho de pele que chamamos o eu, então contatamos com a essência da vida. Que é a nossa própria essência.
E de tudo que é, assim como é.
Algum nome? Nenhum nome? Caminhemos. Tornemo-nos o caminho a cada passo. Que cada passo seja um passo de paz. Que todo ano se abra com a abertura dos corações-mentes de todos nós seres humanos. Abertura para o infinito. Abertura para a imensidão. Abertura para a ternura.
Abertura para a sabedoria. Abertura para compaixão.
Que todos os seres em todas as esferas e todos os tempos se beneficiem com esse amor imenso que, aqui e agora, juntas e juntos, nos tornamos.E ao nos tornarmos Amor tudo se torna vida e vida em abundância. Ame e manifeste esse amor agora."

                                     Autora:Monja Coen    Fonte:www.monjacoen.com.br



27 de agosto de 2010

Começando a despertar - texto de Ana Jácomo (lindo!!)

 
"Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que tudo começou a ganhar uma cara que, no fundo, eu já conhecia, mas havia esquecido como era. Comecei a despertar do sono estéril que, com suas mãos feitas de medo e neblina, fez minha alma calar. E foi então que comecei a ouvir o canto de força e ternura que a vida tem.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que ninguém começa a despertar antes do instante em que algo em nós consegue deixar à mostra o truque que o medo faz. Só então a gente começa, devagarinho, para não assustar o medo, a refazer o caminho que nos leva a parir estrelas por dentro e a querer presentear o mundo com o brilho do riso que elas cantam. Só então a gente começa a entender o que é esse sol que mora no coração de todas as coisas. Não importa com que roupa elas se vistam: ele está lá.


]Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade.


Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a compreender o respeito e a reverência que a experiência humana merece. A me dar conta de delícias que passaram despercebidas durante um sono inteiro. E a lembrar do que estou fazendo aqui. Ainda que eu não faça. Ainda que os vícios que o sono deixou costumem me atrapalhar. Ainda que, de vez em quando, finja continuar dormindo. Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem.


Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a querer brincar, com uma percepção mais nítida do que é o brinquedo, mas também com um olhar mais puro para o que é o prazer. A ouvir o chamado da minha alma e a querer desenhar uma vida que passe por ele. A assumir a intenção de acordar a cada manhã sabendo para o quê estou levantando e comprometida com isso, seja lá o que isso for, porque, definitivamente, cansei de perambular pelos dias sem um compromisso genuíno. E comecei a gritar por liberdade de uma forma que me surpreendeu. Antes eu também gritava, mas o medo sufocava o grito para que eu não me desse conta do quanto estava presa.


Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora. Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma. Que ninguém pode nos ferir sem a nossa cumplicidade. Que, sem que a gente perceba, estamos o tempo todo criando o que vivemos. Que o nosso menor gesto toca toda a vida porque nada está separado. Que a fé é uma palavra curta que arrumamos para denominar essa amplidão que é o nosso próprio poder.


Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que não importam todos os rabiscos que já fizemos nem todos os papéis amassados na lixeira, porque todo texto bom de ser lido antes foi rascunho. E, por mais belo que seja, é natural que, ao relê-lo, percebamos uma palavra para ser acrescentada, trocada, excluída. A ausência de uma vírgula. A necessidade de um ponto. Uma interrogação que surge de repente. Viver é refazer o próprio texto muitas, incontáveis, vezes.



Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. O que sei é que não quero aquele sono outra vez."



Ana Jácomo

http://anajacomo.blogspot.com/

26 de agosto de 2010

Declaro-me Vivo! texto de Chamalú, Índio Quechua

 
"Saboreio cada momento. 
Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava. Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário! Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.

A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais.

Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.

Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.


É possível que tenhamos que ser apenas humanos. Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz. Por esta razão
é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.

Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.


A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado
.

A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa.

Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.

Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar.
Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido.

É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós. Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.

Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.

As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha. As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.

A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.

Peço-lhes perdão, mas… DECLARO-ME VIVO!!! "

[Chamalú, Índio Quéchua]

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