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28 de setembro de 2019

Tem certeza que quer encarnar na Terra ? por Guido Antonio Barreto


"Tem certeza que quer encarnar na Terra?"

- Totalmente. A decisão está tomada.

- "Está ciente dos desafios que enfrentará?"

- Eu nunca encarnei naquele planeta antes, então não sei o que realmente significam os conceitos de "medo", "dor", "solidão" ou "tristeza". Talvez o que mais me preocupa seja o da "morte" ... Não entendo a ideia de deixar de existir para sempre: isso é impossível, mas os humanos acreditam que é assim. Seja como for, minha alma quer "descer" e experimentar tudo isso, trazer minha luz e contribuir com meu ser para a mudança de consciência.

- Quando está lá embaixo, limitado pelo corpo físico e se perguntando o que faz naquele lugar, "entenderá" ... Desse estado de consciência, não pode nem intuir o que significa experimentar densidade e limitação.

- "Eu assumo o desafio ...

- Então, se essa é a sua vontade, só posso lhe desejar uma feliz viagem pelo mundo tridimensional e lembrá-lo de que estaremos com você, a partir desta dimensão, observando e guiando você. Se você conseguir abrir o seu coração o suficiente, uma tarefa que não é nada simples, você será capaz de "ouvir" e perceber nossos sinais.

- "E qual é a melhor maneira de abrir o coração?"

- "Preste atenção nele." Escute sua voz interior. Deixe-se ir e deixe ir a resistência de que as coisas na Terra não são como você deseja ... Aceite, em resumo, como você é. Somente dessa maneira você pode aceitar os outros e honrar o aprendizado deles. A paz e o amor que surgirão em você como resultado dessa aceitação automaticamente o colocarão em "contato" conosco.

- "Ok, eu vou manter isso em mente."

- "Não, meu amigo ... você vai esquecer." São as regras. Você terá que se lembrar disso na medida que seu corpo físico, já contaminado com julgamentos, apegos e crenças negativas, cresce e se torna adulto. A luz da sua alma deve emergir através das trevas do medo, desconfiança e incompreensão. Confie, nosso amado: temos certeza de que você será capaz de alcançá-lo.

- O que é isso?

- "É a barriga da sua mãe terrena." E aquele pequeno embrião com membros que você pode ver por dentro é o corpo físico no qual você encarnará. Boa viagem, alma das estrelas!"


Guido Antonio Barreto.

15 de julho de 2019

A arte da autocura por Thich Nhat Hanh


"Cerca de quinze anos atrás, conheci um jovem em Montreal. Ele me disse que ia morrer. Ele tinha câncer. Os médicos disseram que ele tinha cerca de três semanas de vida, talvez menos, talvez mais. Eu estava sentada ao lado dele na mesa do café da manhã. Comi meu café da manhã conscientemente, sem pensar em como ajudá-lo. Eu apenas comi meu café da manhã conscientemente. Quando terminei, me virei para ele e conversei sobre como viver profundamente no momento presente. Mesmo que você tenha apenas uma ou duas semanas de vida, ainda pode praticar a vida em cada momento.
Eu disse a ele que algumas pessoas vivem por sessenta, setenta ou oitenta anos, mas não sabem como viver profundamente cada momento de suas vidas diárias. Elas não tiveram a chance de fazer isso. Setenta ou oitenta anos podem não significar muito. Se você sabe viver profundamente cada momento da sua vida diária, três semanas é muito. Ele estava interessado no que eu disse e lhe dei instruções sobre como respirar e caminhar. Mesmo com o diagnóstico, ele continuou a viver por outros onze anos. Ele recebeu os Cinco Treinamentos da Consciência e eu dei a ele o nome do Dharma de “Vida Verdadeira”.

O Buda disse que, se você tem uma ferida em seu corpo ou em sua mente, pode aprender a cuidar dela. Há muitas maneiras. Você permite que a ferida em seu corpo e alma se cure. Você não fica no caminho de sua cura. Mas muitas vezes fazemos exatamente isso. Proibimos que nosso corpo se cure; nós não permitimos que nossa mente, nossa consciência, se cure por causa de nossa ignorância. Sabemos que nosso corpo tem a capacidade de se curar. Quando cortamos nosso dedo, não precisamos fazer muito. Nós apenas limpamos e permitimos a cura - talvez por um ou dois dias. Se mexermos na ferida, se nos preocuparmos demais ou fizermos muitas coisas, ela pode não se curar. Especialmente quando nos preocupamos muito com isso.
O Buda deu o exemplo de alguém que é atingido por uma flecha. A pessoa sofre. Se logo depois uma segunda flecha o atinge exatamente no mesmo ponto, a dor não é apenas o dobro, é dez vezes mais intensa. Se você tem uma ferida em seu corpo e amplifica-a com sua preocupação e seu pânico, ela se tornará mais séria. Seria útil praticar a inspiração e expiração e compreender a natureza da ferida. Inspirando, pensamos: “Estou ciente de que isso é apenas uma ferida física. Ela pode ser curada se eu permitir que isso aconteça.

Se precisar, peça a um amigo ou médico que confirme que sua ferida é pequena e que você não deve se preocupar. Você não deve entrar em pânico, porque o pânico nasce da ignorância. Preocupação e pânico são formações mentais. Elas pioram a situação. Você deve confiar no seu conhecimento de seu próprio corpo. Você é inteligente. Não imagine que você vai morrer por causa de uma ferida menor em seu corpo ou alma. Saiba que quando um animal é ferido, ele procura um lugar calmo para descansar. A sabedoria está presente no corpo do animal. Ele sabe que o descanso é a melhor maneira para se curar. Ele não faz nada, nem mesmo come ou caça; apenas se deita. Alguns dias depois, pode levantar-se. Está curado. Os seres humanos perderam a confiança em seu corpo.
Nós entramos em pânico e tentamos fazer muitas coisas. Nós nos preocupamos muito com o nosso corpo. Nós não permitimos que ele se cure. Nós não sabemos como descansar. A respiração consciente nos ajuda a reaprender a arte de descansar. A respiração consciente é como uma mãe amorosa segurando seu bebê doente em seus braços dizendo: "Não se preocupe, eu vou cuidar bem de você, apenas descanse."
Temos que reaprender a arte de descansar. Muitos de nós sabem como aproveitar nossas férias. Muitas vezes estamos mais cansamos depois de umas férias do que antes. Espero que possamos reunir nossas ideias sobre como descansar em nossas discussões do Dharma.

Temos que acreditar na capacidade do nosso corpo de se curar. O poder de autocura é uma realidade, mas muitos de nós não acreditamos nisso. Em vez disso, tomamos muitas vitaminas e remédios que às vezes podem ser mais prejudiciais ao nosso corpo. Um animal sabe que quatro ou cinco dias sem comida não o prejudicarão. Isso ajudará. Mas temos medo de jejuar. Pensamos que, se não comermos, ficaremos enfraquecidos e a cura não ocorrerá. Isso não é verdade. Nos tempos antigos, as pessoas muitas vezes jejuavam por várias semanas. É uma maneira maravilhosa de começar a cura em nosso corpo e em nossa consciência. Em Plum Village, temos retiros em jejum. Nós não comemos por duas ou três semanas. Isso é algo que todos nós podemos fazer.
Durante o nosso jejum, seguimos nosso cronograma normal. Continuo dando palestras sobre o Dharma e pratico meditação andando ao ar livre com a Sangha. Eu continuo a praticar sentado e faço meus trabalhos diários. Se você está com medo, pode não conseguir fazer isso. Você precisa de confiança. Seu corpo pode ficar sem comida por várias semanas. Você começa pulando o jantar e usando esse tempo para relaxamento total ou meditação andando lenta. Quando você tiver experimentado a alegria do jejum, você terá fé na prática. A capacidade de autocura é uma realidade em seu corpo e sua consciência."

Do livro “The Path of Emancipation”– Thich Nhat Hanh

29 de dezembro de 2017

Escapando da Matrix- Formas de desprogramação....


"A Matrix é um sistema, Neo. Esse sistema é nosso inimigo. Mas quando você está dentro, você olha em volta, o que você vê? Empresários, professores, advogados, carpinteiros. As mentes das pessoas que estamos tentando salvar. Mas antes de nós conseguirmos isso, essas pessoas ainda fazem parte desse sistema e isso as torna nosso inimigo. Você precisa entender, a maioria dessas pessoas não está pronta para ser desconectada. E muitas delas estão tão habituadas, tão irremediavelmente dependentes do sistema, que irão lutar para protegê-lo. "~ Morpheus, The Matrix

"Pense na forma como a maioria das pessoas vive: acordar de manhã, vestir-se, dirigir para o trabalho, voltar para casa 8 horas depois, assistir TV e dormir... Os hábitos, a tradição e os sistemas de crença nos transformaram em autômatos que não apreciam a vida e seguem um caminho predeterminado pela sociedade. Esta programação, no entanto, pode ser quebrada.

Como se desprogramar:

1-Rompa os grilhões da religião organizada

A religião dogmática e organizada impõe às pessoas o que pensar e o que não fazer, o que é bom e o que é ruim, o que é certo e errado; levando à supressão emocional e dor.

2-Pare de entregar o seu poder à autoridade

A maioria de nós foi ensinada a duvidar de si mesma e a fazer apenas o que a autoridade ordena, mesmo que não tenha vontade. Agora, como adultos, não confiamos em nós mesmos. Votamos para os políticos - sob a ilusão de que, ao votar, temos o poder de escolher o nosso futuro. Assim, permitimos que um pequeno grupo de pessoas nos manipule para o seu próprio ganho pessoal, acreditando tolamente que eles querem contribuir para o melhoramento da sociedade - sem que sejamos os criadores do nosso destino.

3-Questione o sistema econômico atual

O dinheiro, em essência, é criado com dívidas, para ficarmos na ilusão de escassez de recursos, que obriga as pessoas a competir no mercado, como escravos assalariados. Isso inevitavelmente resulta no tremendo sofrimento e conflito social que prevalece em todo o mundo.

4-Desapegue-se do Materialismo

Sendo criados em uma cultura de consumo, acreditamos que o dinheiro pode comprar tudo o que precisamos ... não precisamos nem bens nem serviços, mas amor, a fraternidade e criatividade. Portanto,... invista seu tempo e esforços para alcançar experiências de abertura do coração e expansão da mente.

5-Lembre-se do que você colocou no seu corpo

Contribui para sua saúde ou está envenenando o seu organismo? É ambientalmente sustentável? Escolher cuidadosamente, é uma das melhores coisas que você pode fazer por si mesmo e pelo mundo.

6-Escolha suas fontes de notícias sabiamente

O conhecimento é poder. Um verdadeiro buscador de conhecimento não aceita nada por crença, mas tenta desenvolver uma compreensão esférica e critica do assunto que está investigando.

7-Leia livros com visão aberta e capacidade

Leia aqueles que toquem sua mente e coração e lhe forneçam novas perspectivas que o ajudem a entender melhor a si mesmo e ao mundo.

8-Escape da “mentalidade do rebanho”

Você é um indivíduo único com talentos e dons para oferecer ao mundo.
Infelizmente, a sociedade reprimiu nossa individualidade desde o dia em que nascemos. Nós fomos programados ... comece prestar atenção à sua voz interior, o que permitirá que você siga seu propósito e viva da maneira que realmente quer viver.

9-Experimente criar

Nós nascemos criativos, mas lentamente nossa criatividade foi tão suprimida que quase nos esquecemos de que somos criativos, e que temos o poder de manifestar o tipo de vida que desejamos.

10-Desenvolver a Consciência/Atenção plena

Aprender a viver no momento presente é uma ótima maneira de libertar-se do seu condicionamento. Ao estar atento ao aqui e agora, você poderá responder ao que acontece a cada momento espontaneamente, sem ser vítima do seu passado – isto é, agir através dos danos que ele causou."

Tradução baseada em artigo de Sofo Archon
Por Vilma Capuano
https://theunboundedspirit.com/deprogramming/

6 de março de 2017

Glândula Pineal: o nosso terceiro olho....


"Localizada no centro do cérebro, sua função é controlar o ritmo do corpo, como o relógio biológico e o sono. Algumas correntes religiosas chamam a também de terceiro olho, por ser muito semelhante e lembrar os traços dos nossos olhos.

E não só isso, cada vez mais estudos vem apontando que quanto mais revelada a glândula pineal, melhor a nossa relação com o mundo interior e exterior. Desde viver mais a espiritualidade até ser mais bondoso e trabalhar a mediunidade, como apresentada em estudos comportamentais.
Da glândula a alma

"O primeiro médico a falar sobra a glândula pineal, foi o grego Galen de Pergamum que afirmava que a sua função era apoiar os vasos sanguíneos. Essa opinião a respeito da glândula permaneceu intacta por muitos anos.

Até que no século 17, o filósofo francês René Descartes escreveu que a mesma tinha outro papel fundamental no nosso organismo, era dar origem ao pensamento. Disse também que era ali que a informação era processada e que teria uma relação com a consciência.

Muito se discutiu sobre essa caracterização de Descartes. Mesmo assim, muitas religiões e filosofias começaram a acreditar nesta afirmação. Por exemplo, na filosofia oriental que trabalha com o Reiki, a glândula pineal se alinha com a localização do chacra coronário.
O que é e qual a sua função?

A glândula pineal tem o tamanho de um caroço de azeitona. Ela é responsável pela produção da melanina, que regula o sono. Esta descoberta foi apenas realizada em 1950. Sendo hoje muito pesquisada devido a sua relação com distúrbios do sono e até câncer. Nas crianças a glândula pineal produz mais melanina, por isso que geralmente elas sentem mais sono que os adultos.
Como ativá-la e a deixar mais limpa?

Quanto menor a presença de elementos exteriores que impactam em seu funcionamento, melhor é. Estas dicas também se aplicam a tantos outros bons funcionamentos de um organismo.
Cuidado com o mercúrio: Este é um principal veneno que pode deixar a glândula com menor concentração e impossibilitar o seu funcionamento;
Dê preferência para alimentos orgânicos: Muitos pesticidas são prejudiciais para a glândula pineal. Alimentos orgânicos ajudam a desintoxicar as toxinas que se acumulam na glândula;
Alimentos industrializados: Quaisquer alimentos industrializados podem atrapalhar o melhor funcionamento da glândula pineal. Lembrem-se, as toxinas não são bem-vindas para a glândula;
Exercícios físicos como também mentais: eles são ótimos estimulantes para o funcionamento da glândula. Garantem um contato maior com você mesmo. Desde andar descalço, pisar na grama e até ter maior contato com a natureza ajuda bastante;

Você sabia?
Quanto mais aflorada a glândula pineal, maior o seu contato com uma energia mais espiritualizada?
Pesquisas ainda têm apontado que a glândula pineal pode ser a conexão do corpo e da alma?"

Autor:Eu sem fronteira
https://www.eusemfronteiras.com.br/glandula-pineal-o-nosso-terceiro-olho/

25 de junho de 2016

Construindo uma Nova Consciência... por Roberto Legey


"A vida do ser humano realmente não é fácil, crise econômica, desemprego, violência, problemas de saúde, dificuldades emocionais etc. Muitas são as provas enfrentados e, na maioria das vezes, não sabemos lidar com elas. E daí vem o medo, a angústia, a insegurança e a instabilidade emocional. Algumas vezes achamos que não vamos suportar. Quando tudo isso acontece a primeira saída é nos apegarmos aos nossos sistemas de crenças e o que acaba acontecendo é alimentarmos pensamentos ilusórios e, assim, perpetuamos o medo. Forçar um sorriso na cara ou tentar simplesmente ter pensamentos positivos não funciona. Simplesmente por que “debaixo dos panos” existem emoções negativas que precisam ser processadas.

Para acabar com essa ilusão, é necessário ir fundo dentro de si mesmo e reconhecer a presença desse medo. Em nosso mais profundo Eu vamos encontrar a paz e a segurança que tanto precisamos. É lá que reside o Grande Criador de tudo, a centelha de Deus-Fonte, que não pode ser destruída. É nesse Deus que está a nossa verdadeira Fonte de poder e ela está ao nosso alcance. Para acessar essa Fonte é preciso reconhecer a nossa verdadeira divindade e assim, nos ligarmos às maiores frequências do Universo. Para isso é preciso que joguemos fora todas crenças que adquirimos ao longo da vida e nos abrirmos para um novo entendimento. Abrirmos nossas mentes para a verdade que está sendo trazida neste momento. Esse entendimento, será responsável por mudanças extraordinárias em nós e em nosso planeta e estamos aqui exatamente para isso.

Ao acessarmos essa Fonte, a nossa forma de entender a vida vai se transformar. Nada nem nenhuma prova irá se transformar em um problema. A certeza de tudo o que acontece é para nosso bem irá afastar toda a resistência que é a fonte de todos os nosso sofrimentos. Quando isso acontecer uma grande transformação se dará início e isto é o que está planejado para todos nós.

Nós escolhemos participar deste momento, quisemos ajudar a humanidade a dar esse grande salto de evolução, apenas não nos lembramos disso. Se formos buscar no fundo de nosso coração, encontraremos essa verdade.

Tudo o que pensávamos que sabíamos e conhecíamos está mudando. O propósito e a direção de nossas vidas está mudando. Sei que mudanças nos assustam, tiram a gente de nossa zona de conforto mas confie e entregue. Não lute contra as oportunidades de crescimento e expansão que estão chegando.

Nós não somos aquilo que nos fizeram crer. Somos seres de Luz em processo de evolução e temos o poder de criar um novo mundo. Basta apenas tomarmos consciência desse nosso imenso poder. Abra os olhos, dispa-se de seus preconceitos, disponha-se a experimentar o novo. Arregace as mangas e comece a construir uma Nova Consciência."


Roberto Legey
Fonte:http://pensopositivo.com.br/construindo-uma-nova-consciencia/

22 de junho de 2016

Transformar o sofrimento em paz...por Eckhart Tolle


"Quando não há saída, ainda existe uma forma de passar. 
Por isso não se afaste da dor. Enfrente-a. Sinta-a plenamente. 
Sinta-a - não pense no assunto. Expresse-o se for necessário, mas não elabore um guião na sua mente à volta da questão. Dê toda a sua atenção ao sentimento, não á pessoa, ao acontecimento ou à situação que parece tê-lo provocado.

Não deixe que a mente utilize a dor para gerar uma identidade de vítima a partir disso. Sentir pena de si próprio e contar a sua história às outras pessoas vai mantê-lo preso no sofrimento. 

Dado ser impossível fugir do sentimento, a única possibilidade de mudança é entrar nele. De outro modo, nada se alterará.
Assim sendo, dê toda a sua atenção àquilo que sente e coíba-se de o rotular mentalmente. 
Conforme vai entrando no sentimento, esteja intensamente alerta.

No inicio, pode parecer-lhe um lugar escuro e aterrorizador e quando a vontade de se afastar dele vier, observe-o mas não aja de acordo com ele. Continue a manter a sua atenção na dor, continue a sentir a tristeza, o medo, o terror, a solidão, seja o que for.

Mantenha-se alerta, mantenha-se presente, presente com todo o seu Ser, com cada célula do seu corpo. Ao fazê-lo, está a trazer a luz para esta escuridão. É esta a chama da sua consciência."

Eckhart Tolle em português

27 de junho de 2015

Encontrando Alegria na Simplicidade Por: Deepak Chopra


"Existe dentro de cada um de nós um estado natural de consciência simples e aberta, em que nos sentimos felizes, iluminados, e em paz. Em contraste, o estado de sofrimento ou infelicidade é complicado. Complicações podem assumir muitas formas, incluindo um estilo de vida desequilibrado, relacionamentos tóxicos, dívidas emocionais reclusas, a resistência, a indecisão, vícios e crenças negativas condicionadas.

Quando a nossa vida é muito complicada, estamos sob o peso de coisas supérfluas em todos os níveis. Podemos começar a deixar de lado as complicações que nos fazem sofrer, cultivando um simples estado de consciência. Neste processo, pequenos passos podem produzir grandes resultados, em parte porque a simplicidade é o comportamento padrão da natureza. O sofrimento e as complicações que o alimentam não são naturais, desperdiçando energia para manter a complexidade. Enquanto você se concentrar na simplificação de sua vida, garanta que a sua abordagem para o processo seja amar e aceitar. Certifique-se que você está fazendo agora tudo o que você pode fazer neste instante, isso é tudo que qualquer um pode fazer. Quando você permanece no momento, você tem todo o tempo do mundo e tudo o que precisa ser feito será concluído no momento exato. 

Exercício: Desprendendo-se da Complexidade

Esta é uma prática que vai ajudá-lo a deixar ir embora o que não é mais você, e voltar para o seu estado inerente de plenitude, felicidade e bem-estar. Primeiro pergunte a si mesmo: “Há algo na minha vida me fazendo sentir uma sensação de mal-estar, desconforto ou dor?” Você pode escolher um problema persistente que tem incomodado você por anos ou pode ser algo que foi notado recentemente. Apesar de não haver problema em se concentrar em uma doença física crônica, este exercício não deve ser abordado como uma cura – estamos focando nos padrões de percepção que nos encorajam a nos agarrar ao sofrimento. 
Aqui estão algumas das complicações mais comuns:

Desordem: Considere o seu ambiente físico. A sua casa é uma bagunça? Sua mesa está enterrada sob pilhas de trabalho? Você está deixando os outros causarem desordem e bagunça no espaço que você compartilha?

Stress: Embora as pressões da vida sejam inevitáveis, se no final do dia, você não consegue se desapegar completamente do dia e retornar a uma calma, um estado interior centrado, então você está estressado. Faça uma lista dos principais fatores estressantes em sua vida e desenvolva idéias, seja para eliminar o elemento estressante, ou para alterar o impacto que ele está tendo em seu estado emocional. 

Relacionamentos tóxicos: Você está em relacionamentos com pessoas que não têm o seu bem-estar em consideração? Faça uma lista delas e considere o que você pode fazer para proteger-se de sua influência tóxica. Às vezes, estabelecer melhor os limites e praticar o uso consciente das ferramentas de comunicação pode ser transformador. Em alguns casos, o fim de um relacionamento pode ser necessário. Ao mesmo tempo, focalize em consolidar suas relações saudáveis, de modo que elas sejam ainda mais amorosas e gratificantes. 

Negatividade: Saúde e bem-estar são o estado natural do corpo e da mente. Por nos embrenharmos na negatividade, impedimos a nós mesmos de viver no simples estado de bem-estar. Você muitas vezes fofoca sobre os outros ou saboreia seus reveses? Você tende a escolher os amigos que gostam de criticar e reclamar? Você se sente obrigado a assistir a cada desastre ou catástrofe no noticiário da noite? Lembre-se, qualquer coisa em que colocamos nossa atenção, se expande em nossa experiência, por isso analise no que você está concentrando seu tempo e energia.

Estilo de Vida Não-saudável: A sua rotina diária, dieta e estilo de vida como um todo apoiam a sua saúde e bem-estar? Quando não temos o hábito de uma alimentação saudável, um sono reparador, exercício físico regular, uma prática espiritual diária, tais como a meditação ou diário, e outros hábitos de cura mente-corpo, inevitavelmente nos sentimos cansados, fora de equilíbrio, irritáveis, e às vezes até deprimidos. Que aspectos da sua vida que você gostaria de transformar para lhe trazer mais saúde e felicidade?

Para as próximas semanas, sente-se sozinho por pelo menos cinco minutos a cada dia com a intenção de limpar complicações. No tempo que você reserva para esta compensação, determine em que área você precisa se concentrar mais e trabalhe nisso. Pode ser uma das complicações mencionadas acima ou uma área diferente que o está impedindo de experimentar um estado de simplicidade pacífica.

Comece pensando na menor ação possível você pode tomar e, em seguida, faça-a. Em seguida, escolha a ação imediatamente inferior, e faça também. A ação pode ser realmente tão pequena quanto abrir o armário para ver se aqueles tênis confortáveis estão lá dentro. Então, no dia seguinte você pode se comprometer a colocar os tênis, e no outro dia você pode decidir ir a pé até a agência dos correios. Embora esses pequenos atos possam parecer triviais, com o tempo eles ajudam a criar impulso e transformam nossa experiência."

Autor:Deepak Chopra
Fonte:http://www.casajaya.com.br/encontrando-alegria-na-simplicidade-um-artigo-de-deepak-chopra/

23 de abril de 2015

Os adultos índigos...by Manoela Z.Bruscatto


"Os adultos índigos sentem e leem o campo energético das pessoas, eles são naturalmente leitores de manifestações energéticas. Estes adultos querem mais do que tudo aprender a equilibrar sua energia, assumir sua missão e dons, aprender a como se desenvolver e evoluir, ajudando os que seguem nascendo, as crianças e jovens. 

A frequência índigo está disponível a todos os seres humanos e pode ser acedida na medida em que nossa consciência vai se expandindo mais e mais. Quanto mais conscientes, mais aptos nós nos tornamos a perceber e aceder outros diferentes tipos de realidades, que antes nem imaginávamos existir.

Na medida em que mais e mais seres humanos índigos existam e convivam entre si, mais rápido se dará nossa evolução, nosso processo de ampliação da consciência. Com esta convivência estaremos nos aproximando cada vez mais da quarta e quinta dimensões, já que a Terra é originalmente um planeta da terceira dimensão, devido às consciências predominantes.

Abaixo, cito algumas características de adultos índigos para uma melhor compreensão da temática:

- São muito inteligentes, apesar de não terem tido as melhores notas na escola.

- Tinham aversão ou detestavam grande parte dos trabalhos repetitivos e obrigatórios da escola.

- Muitos experimentaram depressão existencial bem cedo e sentimentos de impotência ao decorrer de sua infância e adolescência.

- Tem dificuldade com empregos supervisionados, os adultos índigos resistem à autoridade e ao sistema hierárquico de trabalho.

- Tem problemas com sistemas que consideram falidos ou ineficazes, exemplo: sistema financeiro, político, médico, educacional.

- Frustração ou rejeição do tradicional “sonho” de carreira

- Um ardente desejo de fazer algo para mudar ou melhorar o mundo, porém podem demorar até reconhecer qual é a sua vocação para realizar este desejo.

- Desde muito novos tem interesses por assuntos espirituais e esotéricos.

- Possuem forte intuição.

- Tiveram experiências psíquicas, tais como premonições, ouvir e ver pessoas desencarnadas, experiências fora do corpo, etc.

Os índigos que hoje são adultos, especialmente aqueles que têm idade acima dos trinta anos, chegaram ao planeta em uma época em que ainda havia poucos índigos por aqui e, portanto, a energia era mais densa; os paradigmas eram outros e a consciência era ainda mais limitada. Os padrões eram mais rígidos e as mentes dos pais, professores e governantes era muito mais limitadas que hoje em dia.

Estes adultos índigo encarnaram na Terra em uma época em que a vida e a realidade eram totalmente enquadradas em alguns padrões socialmente aceites e tudo o que não fosse enquadrado nestes padrões era tido como inexistente.

Quando as crianças eram extremamente sensíveis, esta sensibilidade causou-lhes enormes dificuldades para adaptação. Eram crianças cuja essência apontava na direcção de uma vida espiritual, uma vida guiada por valores mais elevados. Imagine o quão difícil é encarnar numa época e num contexto tão contrário à manifestação dos seus dons.

A missão destes seres na Terra está voltada para a produção de mudança, para a revisão de valores e paradigmas por onde passarem. Para sua missão se concretizar é preciso deixar velhos hábitos e pensamentos para que novos paradigmas possam ser estabelecidos, assim a unidade e o amor encontrarão espaço para se manifestar.

No processo de desenvolvimento os adultos índigo presenciaram um choque significativo entre as energias mais subtis e as mais densas, oriundas principalmente de seu universo familiar e do seu entorno. Poucas famílias estavam espiritualizadas suficientemente para recebê-los e compreendê-los. Estas atitudes causaram-lhes grandes dificuldades de adaptação por onde quer que fossem. Seus dons não eram aceites em suas famílias e muitos se desviaram do caminho espiritual por não ter tido a devida aceitação por seus pais e amigos à sua volta.

Eles foram chamados de hiperactivos, loucos, bipolares, esquizofrénicos e muitos foram excessivamente medicados esquecendo-se de sua verdadeira essência.

Os índigos que compreendem sua missão sabem da importância de sua vinda a Terra, eles mantém a possibilidade de que a Terra continuará a evoluir. Tudo o que não serve à humanidade se desvanecerá com sua presença. Eles encarnaram para ajudar na transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta, independente das fronteiras e de classes sociais. São como catalisadores para desencadear as reacções necessárias para as transformações.

Os índigos não começaram a chegar a Terra somente nas últimas gerações; o que acontece é que o seu número está a aumentar cada vez mais para auxiliar o aumento vibracional da Terra, eles já são tantos que, finalmente, não podemos ignorá-los."

Fonte: Revolução dos Índigos
by Manoela Z.Bruscatto
http://verdademundial.com.br/2015/03/os-adultos-indigo

27 de fevereiro de 2015

Consciência e centramento - por Osho


"Primeiro é preciso entender o que significa consciência. 

Você está andando na rua. Está consciente de muitas coisas — das lojas, das pessoas que passam por você, do tráfego, de tudo. Está ciente de muitas coisas, menos de uma — você mesmo. 

Você está andando na rua, consciente de muitas coisas e esquecido de si mesmo! Essa consciência do eu George Gurdjiefif chamou de “lembrança de si mesmo”. 

Ele dizia: “Constantemente, onde quer que você esteja, lembre-se de si mesmo.” Não importa o que esteja fazendo, nunca deixe de fazer outra coisa interiormente: ficar consciente do que estiver fazendo. 

Você está comendo — fique consciente de si mesmo. Está caminhando — fique consciente de si mesmo. Está ouvindo, está falando — fique consciente de si mesmo. Quando estiver com raiva, fique consciente de que está com raiva. Essa lembrança constante de si mesmo cria uma energia sutil, uma energia muito sutil dentro de você. Você começa a ser um ser cristalizado.
Na maior parte do tempo, você é só um saco vazio! Nenhuma cristalização, nenhum centro de verdade — só liquidez, só uma combinação ao acaso de muitas coisas sem nenhum centro. Uma multidão, em constante mudança, mas sem ninguém que a comande. 

A consciência é o que faz de você o comandante do navio — e quando eu digo comandante não quero dizer alguém que detenha o comando. Quero dizer uma 
presença — uma presença contínua. Sempre que estiver fazendo alguma coisa, ou não estiver fazendo nada, uma coisa tem de ser constante na sua consciência: que você é.

O simples sentimento de si mesmo, e de que esse si mesmo é, cria um centro — um centro de calma, um centro de silêncio, um centro de comando interior. Trata-se de um poder interior. E quando eu digo “poder interior” quero dizer literalmente isso. É por isso que Buda fala do “fogo da consciência” — ela é um fogo. Se começar a ficar consciente, você começará a sentir uma energia nova em você, um fogo, uma vida nova. E, por causa dessa vida nova, desse poder, dessa energia, muitas coisas que dominavam você se dissipam. Você não tem de lutar contra elas.

Você tem de lutar contra a sua raiva, contra a sua ganância, contra o sexo, 
porque você é fraco. Portanto, na verdade, a ganância, a raiva, o sexo não são o problema, a fraqueza é o problema. 

Quando você começar a ficar mais forte interiormente, com um sentimento de 
presença interior — de que você é —, suas energias ficam concentradas, cristalizadas num único ponto, e nasce um eu. Veja, não nasce um ego, nasce um eu. 

O ego é um sentido falso de eu. Mesmo sem ter um eu, você continua acreditando que você é um eu — que na verdade é o ego. Ego significa falso eu — você não é um eu, embora acredite que seja.(...)
O ego é uma noção falsa de algo que ainda nem sequer existe. “Eu” significa um centro que pode prometer. Esse centro é criado pelo ser que está continuamente alerta, constantemente consciente. 

Tenha consciência de que você está fazendo algo — de que está sentado, de que agora você vai dormir, de que o sono está chegando, que você está caindo no sono. Tente ficar consciente o tempo todo e então você começará a sentir que nasce dentro de você um centro; as coisas começaram a se cristalizar, ocorre um centramento. Tudo passa a se relacionar com esse centro."

Osho em Consciência: A Chave Para Viver em Equilíbrio

30 de outubro de 2014

Até que ponto é difícil viver consigo mesmo? por Eckhart Tolle

 "Uma das maneiras pelas quais o ego tenta escapar da insatisfação que tem em relação a si próprio é ampliando e fortalecendo sua percepção do eu. Ele faz isso identificando-se com um grupo, que pode ser um país, um partido político, uma empresa, uma instituição, uma seita, um clube, uma turma, um time de futebol, etc.

Em alguns casos, o ego pessoal parece se dissolver completamente quando alguém dedica a vida a trabalhar com abnegação pelo bem maior de uma coletividade sem exigir recompensa, reconhecimento nem enaltecimento. Que alívio ser libertado da carga incômoda do eu pessoal. Os membros do grupo sentem-se felizes e satisfeitos, não importa quanto precisem trabalhar, quantos sacrifícios tenham que fazer. Eles parecem ter superado o ego. A questão é: será que se libertaram de verdade ou o ego apenas se mudou do plano pessoal para o coletivo?

Um ego coletivo manifesta as mesmas características do ego pessoal, como a necessidade de enfrentamentos e inimigos, de ter ou fazer mais, de estar certo e mostrar que os outros estão errados, etc. Cedo ou tarde, essa coletividade entrará em conflito com outras coletividades porque busca inconscientemente o desentendimento e precisa de oposição para definir seus limites e, assim, a própria identidade. Depois, seus integrantes experimentam o sofrimento, que é uma consequência inevitável de toda ação motivada pelo ego. A essa altura, eles podem despertar e compreender que seu grupo tem um forte componente de insanidade.

Pode ser doloroso acordar de repente e perceber que a coletividade com a qual nos identificamos e para a qual trabalhamos é, na verdade, insana. Nesse momento, há pessoas que se tornam cínicas ou amargas e, daí por diante, passam a negar todos os valores, tudo o que vale a pena. Isso significa que elas adotam rapidamente outro sistema de crenças quando o anterior é reconhecido como ilusório e, portanto, entra em colapso. Elas não encaram a morte do seu ego; em vez disso, fogem e reencarnam em outro.

Um ego coletivo costuma ser mais inconsciente do que os indivíduos que o constituem. Por exemplo, as multidões (que são entidades egóicas coletivas temporárias) são capazes de cometer atrocidades que a pessoa sozinha não seria capaz de praticar. Vez por outra, os países adotam um comportamento que seria imediatamente reconhecido como psicopático numa pessoa.

À medida que a nova consciência for surgindo, algumas pessoas se sentirão motivadas a formar grupos que a reflitam. E eles não serão egos coletivos. Seus membros não terão necessidade de estabelecer sua identidade por meio deles, pois já não estarão procurando nenhuma forma para definir quem são. Ainda que essas pessoas não estejam totalmente livres do ego, elas terão consciência bastante para reconhecê-lo em si mesmas ou nos outros tão logo ele se manifeste.
 
 No entanto, será preciso estar sempre alerta, uma vez que o ego tentará assumir o controle e se reafirmar de qualquer maneira. Dissolver o ego humano trazendo-o à luz da consciência – esse será um dos principais propósitos desses grupos formados por pessoas esclarecidas, sejam eles empresas, instituições de caridade, escolas ou comunidades. Essas coletividades vão cumprir uma função importante no surgimento da nova consciência. Enquanto os grupos egóicos pressionam no sentido da inconsciência e do sofrimento, as agremiações esclarecidas podem ser um vórtice para a consciência que irá acelerar a mudança planetária. "

Eckhart Tolle

30 de maio de 2014

Precisa-se de rebeldes: somentes individuos podem se inscrever... por OSHO!! [MARAVILHOSO]]

"Toda multidão é uma multidão heterogênea, mas nenhum indivíduo o é. Cada indivíduo é uma consciência autêntica. No momento em que ele se toma parte da multidão, ele perde a sua consciência; então ele é dominado pelo coletivo, pela mente mecânica.
Você está me perguntando o que estou fazendo? Estou fazendo uma coisa simples - tirando indivíduos para fora das multidões, devolvendo-lhes a sua individualidade e dignidade.

Eu não quero multidão alguma no mundo. Não importa se eles se juntaram em nome de religiões, ou em nome de nacionalidades, ou em nome de raças. Como tal, a multidão é feia, e as multidões cometeram os maiores crimes no mundo, porque a multidão não tem consciência. Ela é uma inconsciência coletiva.

A consciência torna a pessoa um indivíduo - um pinheiro solitário dançando ao vento, um solitário e ensolarado pico de montanha em sua completa glória e beleza, um solitário leão e seu rugido tremendamente belo que ecoa por quilômetros nos vales.

A multidão é sempre de ovelhas, e todo o esforço do passado tem sido o de converter cada indivíduo em uma peça de engrenagem, em uma parte morta de uma multidão morta. Quanto mais inconsciente ele é, e quanto mais o seu comportamento é dominado pela coletividade, menos perigoso ele se toma. Na verdade, ele se toma quase inofensivo. Ele não pode destruir nem mesmo sua própria escravidão.

Pelo contrário, ele começa a glorificar sua própria escravidão - sua religião, sua nação, sua raça, sua cor. Essas são as suas escravidões, mas ele começa a glorificá-las. Como indivíduo ele não pertence a nenhuma multidão. Toda criança nasce como um indivíduo, mas raramente um homem morre como um indivíduo.

Meu trabalho é fazer com que você encontre a sua morte com a mesma inocência, com a mesma integridade, com a mesma individualidade que você tinha ao nascer. Entre o seu nascimento e a sua morte, a sua dança deveria permanecer um consciente, um solitário alcançar as estrelas... sozinho, incorruptível - um espírito rebelde. A menos que você tenha um espírito rebelde, você não tem espírito algum. Não existem outros tipos de espíritos.

E você pode ficar descansado que eu não irei parar! Essa é a minha única alegria - tomar o maior número possível de pessoas livres de seus cativeiros, de suas celas escuras, de suas algemas, de suas correntes, e trazê-las para a luz, de tal forma que elas também possam conhecer as belezas deste planeta, a beleza deste céu, as belezas desta existência. Além disto, não existe Deus e nem qualquer templo de Deus.

Em liberdade, você pode entrar no templo.

Em uma coletividade, em uma multidão, você simplesmente se apega aos cadáveres do passado. Um homem, vivendo de acordo com a multidão, parou de viver. Ele está simplesmente seguindo como um robô.

Talvez os robôs sejam também um pouco mais indivíduos do que os assim-chamados indivíduos na multidão... porque justamente agora, no Japão, existem cem mil robôs - homens mecânicos - trabalhando nas fábricas. De repente, nos últimos dois meses, um estranho fenômeno está acontecendo. O governo está preocupado, os cientistas estão preocupados, e eles não foram capazes de encontrar qualquer explicação. Até agora os robôs tinham trabalhado silenciosamente; ninguém jamais pensou que eles iriam, de repente, começar uma rebelião. Mas dez pessoas foram mortas nos últimos dois meses.

Um robô está trabalhando - e um robô trabalha de acordo com um computador, de acordo com um plano pré-programado; ele não pode agir, de forma alguma, diferentemente do programa com que foi alimentado. Mas por estranho que pareça, de repente esses dez robôs pararam de trabalhar, agarraram algum homem que estava por perto e simplesmente o mataram. A cifra de dez homens mortos é dada pelo governo - não pode ser verdade. Nenhum governo fala a verdade.

Minha própria experiência é a de que é sempre bom multiplicar todos os números dados pelo governo pelo menos por dez. Se eles estão dizendo que dez pessoas morreram, cem pessoas devem ter morrido, ou mais. Eles estão tentando acalmar as massas - “Não se preocupem, nós descobriremos o que saiu errado.” Mas eles não têm ideia alguma.

Na verdade, o robô não é capaz de fazer qualquer ato que não esteja programado no computador - e esses não eram os programas. Os robôs mostraram algum sinal de liberdade, mostraram algum sinal de individualidade, alguma indicação de rebeldia.

Os computadores não podem responder a uma questão nova. Eles podem responder somente a questões para as quais informações já lhes foram dadas. Naturalmente - eles não têm inteligência, eles têm somente um sistema de memória, um sistema de arquivo que registra. E claro, eles são perfeitos em sua eficiência. Nenhum homem pode ser tão perfeito; de vez em quando você esquece.

E é absolutamente necessário, para que a vida continue, esquecer-se da maioria das coisas desnecessárias que estão acontecendo a cada dia, do contrário, seu sistema de memória ficará sobrecarregado. Mas o computador é um mecanismo. Você não o pode sobrecarregar demais, ele não tem vida.

Ouvi contar... um homem estava perguntando a um computador: “Você pode me dizer onde está meu pai?” Ele estava apenas brincando com o cientista que trabalhava naquele grande computador, e o computador disse: “Seu pai? Ele saiu para pescar há três horas.” O homem riu e disse ao cientista: “Você está criando um computador estúpido. Meu pai morreu há três anos.” E ele ficou chocado porque o computador deu uma gargalhada - para a qual nunca havia sido programado - e disse: “Não seja ingênuo. Não foi o seu pai que morreu há três anos, esse foi somente o esposo de sua mãe. Seu pai foi pescar há três horas; você pode ir para a praia e o encontrará.” No momento, essa é apenas uma história, mas olhando os fatos reais que estão acontecendo no Japão, a história toma uma certa realidade.

Mas o homem na multidão tem sempre agido cegamente. Se você puxa o mesmo homem para fora da multidão e lhe pergunta: “O que você estava fazendo? Você pode fazer isso sozinho, por você mesmo?” Ele se sentirá embaraçado. E você ficará surpreso ao ouvir a sua resposta: “Por minha própria conta não posso fazer uma coisa tão estúpida, mas quando estou numa multidão, algo estranho acontece.”

Por vinte anos vivi em uma cidade que era dividida proporcionalmente, meio a meio, entre hindus e muçulmanos. Eles eram igualmente poderosos, e quase todo ano aconteciam motins. Eu conhecia um professor na universidade onde eu ensinava. Eu nunca poderia ter sonhado que esse homem poderia atear fogo em um templo hindu; ele era um cavalheiro — gentil, bem-educado, de boa cultura. Durante um motim entre hindus e muçulmanos, eu estava observando da calçada. Os muçulmanos estavam queimando um templo hindu, os hindus estavam queimando uma mesquita muçulmana.

Eu vi esse professor envolvido na queima do templo hindu. Eu o puxei para fora e lhe perguntei:“Professor Farid, o que você está fazendo?”

Ele ficou muito envergonhado. Ele disse: “Sinto muito, eu me perdi na multidão. Porque todos os outros estavam fazendo isso, eu esqueci de minha própria responsabilidade. Pela primeira vez eu me senti tremendamente livre de responsabilidade. Ninguém poderia me acusar. Era uma multidão de muçulmanos, e eu era apenas parte dela.”

Em uma outra ocasião, uma relojoaria muçulmana estava sendo saqueada. Ela tinha a mais preciosa coleção de relógios. Um velho sacerdote hindu... as pessoas que estavam roubando esses relógios e destruindo a loja — eles haviam assassinado o dono da loja - eram todos hindus.

Um velho sacerdote que eu conhecia estava de pé nas escadas, gritando com muita raiva para as pessoas: “O que vocês estão fazendo? Isso vai contra nossa religião, contra nossa moralidade, contra nossa cultura. Isso não está certo.”

Eu estava vendo toda a cena de uma livraria no primeiro andar do prédio exatamente em frente à loja, do outro lado da rua. A maior surpresa ainda estava por vir. Quando as pessoas haviam levado todos os artigos de valor da loja, restou somente um velho relógio - muito grande, muito antigo. Vendo que as pessoas estavam indo embora, o velho colocou esse relógio sobre os seus ombros. Para ele era difícil carregá-lo, porque o relógio era pesado demais. Eu não podia acreditar em meus olhos! Ele estivera impedindo as pessoas, e esse era o último artigo da loja.

Eu tive que descer da livraria e parar o sacerdote. Eu perguntei-lhe: “Isso é estranho. O tempo todo você estava gritando, ‘Isso vai contra a nossa moralidade! Isso vai contra a nossa religião, não façam isso!’ E agora você está pegando o maior relógio da loja.”

Ele replicou: “Eu gritei o bastante, mas ninguém ouviu. E então, finalmente veio-me a ideia de que eu estou simplesmente gritando e desperdiçando o meu tempo, e todos os outros estão pegando alguma coisa. Então, é melhor pegar este relógio antes que algum outro o pegue, porque ele era o único artigo deixado.”

Eu perguntei: “Mas o que aconteceu com a religião, a moralidade, a cultura?”

Ele disse isto com uma cara envergonhada - mas disse: “Quando ninguém se preocupa com religião, cultura e moralidade, por que eu deveria ser a única vítima? Também sou parte da mesma multidão. Fiz o possível para convencê-los, mas se ninguém vai seguir a religião, a moralidade e o caminho correto, então não vou ser apenas um perdedor e parecer um estúpido parado aqui. Ninguém nem mesmo me escutou, ninguém me deu atenção.” E ele levou o relógio.

Eu vi pelo menos uma dúzia de motins naquela cidade, e perguntei aos indivíduos que haviam participado de atos incendiários, de assassinatos, de estupros: “Você é capaz de fazer isso sozinho, por você mesmo?” E todos eles, sem exceção, disseram: “Por conta própria não o podemos fazer. Foi porque tantas pessoas estavam fazendo aquilo e não havia responsabilidade pessoal. Não tínhamos que responder por aquilo, a multidão era a responsável.”

O homem perde tão facilmente sua pequena consciência no oceano coletivo da inconsciência. Essa é a causa de todas as guerras, de todos os motins, de todas as cruzadas, de todos os assassinatos.

Indivíduos cometeram muito poucos crimes comparados aos da multidão. E as razões dos indivíduos que cometeram crimes são totalmente diferentes - eles nasceram com uma mente criminosa, nasceram com uma química criminosa, necessitam de tratamento. Mas o homem que comete um crime porque ele é parte de uma multidão nada tem que deva ser tratado. Tudo o que é necessário é tirá-lo da multidão. Ele deveria ser limpo; limpo de todas as escravidões, limpo de todo o tipo de coletividade. Ele deveria se tomar um indivíduo novamente - assim como era quando veio ao mundo.

As multidões devem desaparecer do mundo.

Somente indivíduos deveriam permanecer.

Então, os indivíduos podem ter encontros, os indivíduos podem ter confraternizações, os indivíduos podem ter diálogos. No momento, sendo parte de uma multidão, eles não são livres, nem mesmo conscientes para terem um diálogo ou uma comunhão.

Meu trabalho é tirar os indivíduos para fora de qualquer multidão - cristã, muçulmana, hindu, judia... qualquer multidão política, qualquer multidão racial, qualquer multidão nacional - indiana, chinesa, japonesa. Eu sou contra a multidão e absolutamente pelo indivíduo, porque somente o indivíduo pode salvar o mundo. Somente o indivíduo pode ser o rebelde e o novo homem, a base para uma humanidade futura.

A professora está perguntando a três meninos em sua classe: “O que as suas mães estavam fazendo quando vocês saíram para a escola esta manhã?”

“Lavando roupa”, disse Tom.

“Limpando o quarto”, disse Dick.

“Aprontando-se para sair e caçar patos”, disse Harry.

“O quê? Do que você está falando, Harry?”, perguntou a professora.

“Bem, professora”, disse Harry, “meu pai fugiu de casa, então ela atirou suas calcinhas no fogo e disse que estava voltando à ação.”

As pessoas são imitadoras. Não estão agindo por conta própria; estão reagindo. O marido abandonou-a; isso se tomou uma reação nela, uma vingança - ela está voltando à ação. Essa não é uma ação vinda da consciência, não é uma indicação de individualidade.

É assim que a mente coletiva funciona - sempre de acordo com alguma outra pessoa. Contra ou a favor, não importa; conformista ou não-conformista, não importa. Mas ela está sempre dirigida, motivada, comandada por outros. Deixada por si mesma, ficará completamente perdida - o que fazer?

Estou ensinando o meu povo a ser meditador: a ser pessoas que possam desfrutar a solidão, que possam respeitar a si mesmas sem pertencerem a qualquer multidão, que não vendem as suas almas por recompensa, honraria, respeitabilidade e prestígio algum que a sociedade possa lhes dar. A sua honra, o seu prestígio e o seu poder estão dentro de seus próprios seres - na sua liberdade, no seu silêncio, no seu amor, na sua ação criativa - e não em sua reação. O que os outros fazem não é o que determina a sua vida.

A sua vida emerge do seu próprio interior. Ela tem as suas raízes na terra e os seus ramos no céu. Ela tem a sua aspiração própria de alcançar as estrelas.

Somente tal homem tem beleza e graça. Somente tal homem cumpriu o desejo da existência ao dar-lhe nascimento, ao dar-lhe uma oportunidade. Aqueles que permanecem parte da multidão perderam o trem."


Osho, "O Rebelde: O Verdadeiro Sal da Terra"


2 de abril de 2014

Abrandar as sensações incomodas e pensamentos negativos, por Miguel Lucas... (excelente!!)


(...)
"Ao conseguirmos relaxar o corpo e a mente mais facilmente conseguimos aceder à nossa consciência, ficamos menos propensos a influenciarmo-nos negativamente pelas emoções do momento, e assim podemos experimentar a quietude. 
A grande maioria de nós consegue experimentar este estado de forma natural, quando estamos sozinhos a contemplar algo que gostamos, ou quando estamos a realizar uma caminhada no bosque ou na praia, ou olhando pela janela observando o infinito, ou simplesmente quando observamos aquilo que pensamos, sem interferência. 

Aprender a relaxar e a acalmar a mente entrando num estado de quietude, é realmente a essência para deixar ir a dor advinda dos problemas que nos atormentam.
 Saber manter e voltar para a experiência de quietude quando os pensamentos negativos e incómodos começam a chegar (pensamentos como, mau, bom, deve, não deve, sou idiota, eles são injustos, sou um fracassado), permite que você se distancie do que lhe aparece na mente ou se faz sentir no seu corpo. 
É assim que podemos ter a experiência de desapego, e perceber que não somos limitados ao que pensamos e sentimos num determinado momento. 

Este processo permite-nos em consciência percebermos que estamos a ter uma determinada experiência interna, e ao mesmo tempo que não somos essa experiência. Nós somos aquele que determina o impacto da experiência, podendo limitar-nos à própria experiência e consequentemente sofrer com isso, ou distanciar-nos da nossa experiência, relativizar, e ir ao encontro de uma solução.

LIGAR-SE À SUA ESSÊNCIA E CONSCIÊNCIA

A prática de saber relaxar e ficar totalmente em quietude no momento presente, permite que você seja capaz de experienciar o seu coração a bater forte, a sua preocupação ou a sua angústia sem perder a noção da sua essência. Por exemplo, quando você acorda pela manhã, antes de uma conversa difícil, o medo ou o desconforto pode surgir.
 Esta prática é uma bela maneira de reivindicar a necessidade de aceitar o seu momento presente incómodo, sem se confundir com ele.
 Em outras palavras, é uma forma de reivindicar a sua coragem, a sua bondade, a sua força, a sua capacidade de orientar-se a si mesmo e perceber que pode distanciar-se do que percepcionou e aceder à sua essência, à sua consciência, e conhecer a razão do que está a expressar-se no seu corpo e o que fazer para lidar com o seu “problema”.

Sempre que algo idêntico ocorrer, você pode fazer uma breve pausa, relaxar, tranquilizar a sua mente e perceber a forma com se está sentindo fisicamente e mentalmente, e em seguida, conectar-se a si mesmo, ao seu ser mais amplo. 

Esta é uma maneira de aceitar o que está acontecendo com você no momento presente, sem problematizar. 
Você pode ter uma dor nas costas, uma dor de estômago, pânico, raiva, impaciência, calma, alegria, seja o que for, podendo apenas observar a forma como se manifesta em você, sem rotulá-lo de bom ou ruim, sem dizer se você deve ou não estar sentindo-se assim, sem problematizar.
 
Ao observar o que está acontecendo, com abertura e aceitação, você pode ir mais além com curiosidade e coragem, orientado por si mesmo em consciência. Eu chamo este passo de “salto da consciência“.


Autor:Miguel Lucas
Fonte:http://www.escolapsicologia.com/como-parar-de-problematizar-os-seus-problemas/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+escolapsicologia+%28Escola+Psicologia%29

14 de fevereiro de 2014

O medo da liberdade... por OSHO


"Olhe uma rosa: ela é bela, mas não existe liberdade alguma de florescer ou não florescer. Não existe problema, não existe escolha. A flor não pode dizer, "Eu não quero florescer", ou "Eu me recuso". Ela nada tem a dizer, nenhuma liberdade. É por isso que a natureza é tão silenciosa (...).

Com o surgimento do homem, pela primeira vez aparece a liberdade. O homem tem a liberdade de ser ou não ser. Por outro lado, surge a angústia, o medo de que ele possa ou não ser capaz, medo do que vai acontecer. Existe um tremor profundo. Todo momento é um momento em suspense. Nada é seguro ou certo, nada é previsível com o homem: tudo é imprevisível. 

Nós conversamos a respeito da liberdade, mas ninguém gosta de liberdade. Nós falamos sobre liberdade, mas criamos escravidão. Toda liberdade nossa é apenas uma troca de escravidão. Nós seguimos mudando de uma escravidão para outra, de um cativeiro para outro.

Ninguém gosta de liberdade porque liberdade cria medo. Com a liberdade você tem que decidir e escolher. Nós preferimos pedir a alguém ou a alguma coisa para nos dizer o que fazer – à sociedade, ao guru, às escrituras, à tradição, aos pais. Alguém deve nos dizer o que fazer: alguém deve mostrar o caminho, para que possamos seguir – mas nós não conseguimos nos mover por nós mesmos. A liberdade existe, mas existe o medo.

É por isso que existem tantas religiões. Não é por causa de Jesus, de Buda ou de Krishna. É por causa de um enraizado medo da liberdade. 
Você não consegue ser simplesmente um homem. Você tem que ser um hindu, um muçulmano ou um cristão. 
Apenas por ser um cristão, você perde a sua liberdade; sendo um hindu, você não é mais um homem – porque agora você diz, "eu seguirei uma tradição. Eu não vou caminhar no inexplorado, no desconhecido. Eu seguirei num caminho bem marcado com pegadas. Eu caminharei atrás de alguém; eu não seguirei sozinho. 
Eu sou um hindu, assim eu seguirei com uma multidão; eu não caminharei como um indivíduo. Se eu me mover como um indivíduo, sozinho, haverá liberdade. Então, a todo momento eu terei que decidir, eu terei que gerar a mim mesmo, a todo momento estarei criando a minha alma. E ninguém mais será responsável: somente eu serei o responsável final."

Nietzche disse ‘Deus está morto e o homem está totalmente livre.’ Se Deus está realmente morto, então o homem está totalmente livre. E o homem não tem tanto medo da morte de Deus: ele tem muito mais medo da sua liberdade. 
Se existe um Deus, então tudo está bem. Se não existe Deus, então você foi deixado totalmente livre – condenado a ser livre. Agora faça o que você gosta e sofra as consequências, e ninguém mais será responsável, só você. 

Erich Fromm escreveu um livro chamado "O Medo da Liberdade". Você se apaixona e começa a pensar em casamento. 
O amor é uma liberdade; o casamento é uma escravidão. Mas é difícil encontrar uma pessoa que se apaixona e não pense imediatamente em casamento.Existe o medo porque o amor é uma liberdade. O casamento é uma coisa segura; nele não existe medo. O casamento é uma instituição – morta; o amor é um evento – vivo. Ele se move; ele pode mudar. O casamento nunca se move, nunca muda. Por causa disso o casamento tem uma certeza, uma segurança.

O amor não tem certeza nem segurança. O amor é inseguro. A qualquer momento ele pode sumir de vista da mesma forma como apareceu do nada. A qualquer momento ele pode desaparecer! Ele é muito sobrenatural; ele não tem raízes na terra. Ele é imprevisível. Por isso, "é melhor casar. Assim, fincamos raízes. Agora esse casamento não vai evaporar no nada. Ele é uma instituição!" 

Em toda situação – exatamente como no amor –, quando encontramos liberdade, nós a transformamos em escravidão. E quanto mais cedo melhor! Assim nós podemos relaxar. Por isso, toda história de amor termina em casamento. "Eles se casaram e viveram felizes para sempre."

Ninguém está feliz, mas é bom terminar a história ali porque em seguida vai começar o inferno. Por isso toda história termina no momento mais bonito. E qual é esse momento? É quando a liberdade se torna escravidão! E isso não é apenas com o amor: isso é com tudo. Assim o casamento é uma coisa feia; é provável que venha a ser. Toda instituição tende a ser uma coisa feia porque ela é apenas um corpo morto de algo que um dia foi vivo. Mas com uma coisa viva, a incerteza provavelmente estará presente.

"Vivo" quer dizer que pode mover, pode mudar, pode ser diferente. Eu amo você; no próximo momento eu posso não amar. Mas se eu sou o seu marido, ou sua esposa, você pode ter a certeza de que no próximo momento eu também serei seu marido, ou sua esposa. Isso é uma instituição. Coisas mortas são muito permanentes; coisas vivas são momentâneas, mutáveis, estão num fluxo.

O homem tem medo de liberdade, mas a liberdade é a única coisa que faz de você um homem. Assim, nós somos suicidas – ao destruir nossa liberdade. E com essa destruição nós estamos destruindo toda nossa possibilidade de ser. Então você acha que ter é bom porque ter significa acumular coisas mortas. Você pode continuar acumulando; não existe um fim para isso. E quanto mais acumula, mais seguro você fica. 

Eu digo que agora o homem tem que caminhar conscientemente. Com isso eu quero dizer que você tem que estar consciente de sua liberdade e também consciente de seu medo da liberdade. 

Como usar essa liberdade? A religião nada mais é do que um esforço no sentido da evolução consciente, em saber como usar essa liberdade. O esforço de sua vontade agora é significativo. Qualquer coisa que você esteja fazendo não voluntariamente é apenas parte do passado na escala da evolução. O seu futuro depende de seus atos com vontade. Um ato muito simples feito com consciência, com vontade, dá a você um certo crescimento – ainda que seja um ato comum.

Por exemplo, você resolve jejuar, mas não porque você não tem comida. Você tem comida; você pode comê-la. Você tem fome; você pode comer. Você resolve jejuar: isso é um ato voluntário – um ato consciente. Nenhum animal pode fazer isso. Um animal jejua algumas vezes, quando não existe fome. Um animal terá que jejuar quando não existir alimento. Mas somente o homem pode jejuar quando existe ambos: a fome e o alimento.
 Isso é um ato voluntário. Você usa a sua liberdade. A fome não consegue incitar você. A fome não consegue empurrar você e o alimento não consegue puxar você.

Esse jejum é um ato de sua vontade, um ato consciente. Isso dará a você mais consciência. Você sentirá uma liberdade sutil: livre do alimento, livre da fome – na verdade, no fundo, livre do seu corpo, e ainda mais fundo, livre da natureza. A sua liberdade cresce e a sua consciência cresce. 

Na medida que sua consciência cresce, a sua liberdade cresce. Elas são correlacionadas. Seja mais livre e você será mais consciente; seja mais consciente e você será mais livre."

OSHO

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