22 de julho de 2018

Cérebro Reptiliano I ...



"Na medicina essa parte do nosso cérebro é conhecida como Complexo-R. Foi pesquisada pelo neurocientista Paul MacLean. Seu livro “The triune brain in evolution”, Ed. Kluwer Print on Dema, custa 1.352,70 reais. Um livro com este preço deve ser sobre um assunto extremamente importante e valioso, não acham? E também estar ao alcance de muitos poucos é claro!

Para uma descrição científica vejam: http://pt.wikipedia.org/wiki/Encéfalo

O cérebro reptiliano é responsável pela auto-preservação e agressão. Essa é sua função principal. Já está visto o quanto ele é responsável pela situação da pessoa na vida, seu dinheiro, sua saúde, seus relacionamentos, etc. O comportamento humano está na função direta do Complexo-R. Ele explica o porquê da tremenda auto-sabotagem que os humanos fazem. Entendida a função do Cérebro Reptiliano entende-se praticamente todo o comportamento humano, todos os problemas que existem nesse planeta e também qual é a solução. 
Não estou falando do cérebro dos crocodilos. O Complexo-R ou Cérebro Reptiliano é o nosso cérebro. A parte mais profunda dele. É da maior importância entender como ele funciona, pois ai a solução dos problemas aparece como passe de mágica. Já perceberam todos os comportamentos repetitivos de auto-sabotagem que os humanos fazem? O Complexo-R é o responsável. Lembram quando falo que é preciso limpar toda a programação negativa ou passar pela catarse? É nele que está toda essa programação.

Quando é associado com o cérebro límbico e a amígdala é imbatível na manipulação.
No livro “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman está uma descrição extensa do que é um seqüestro emocional.

Todos os desejos instintivos e reações de luta/fuga provem dele. Vejamos suas características:

Todas as reações de agressividade com todas a gama de violência implícita, decorre dele. É por isso que é tão fácil criar uma guerra. Toda vez que a pessoa age sem pensar, na verdade está pensando apenas com o cérebro reptiliano. Vejam a diferença de velocidade na resposta à informação entre a amígdala e o neocortex.

Toda a sociedade está repleta de comportamentos ritualísticos. É essencialmente uma função do Complexo-R. É lógico que esses rituais implicam numa hierarquia. Em todos os setores de atividade existe a hierarquia. Toda cerimônia está baseada nisso. Isso permite a dominação, a manipulação e a exploração. Evidentemente que numa hierarquia a informação é segmentada para que apenas quem esteja no topo tenha toda a informação. Embaixo cada um sabe apenas uma pequena parte. Quando eu trabalhei em processamento de dados numa empresa pequena tinha acesso a todos os sistemas e todos os programas de cada sistema. Toda a informação passava por mim. Depois fui trabalhar numa gigantesca multinacional e ai só tinha acesso a uma pequena parte de uma parte de uma parte de um sistema. Cada analista só tinha acesso a uma diminuta parte do sistema. Ninguém conseguia entender o que fazia o sistema. Somente o gerente sabia o que aquilo significava. Se você entender até onde a informação pode ser segmentada entenderá o quão poucas pessoas entendem realmente a realidade.

Como informação é poder fica evidente que a informação não pode ser codificada de forma simples e inteligível. Ela tem de ter múltiplos significados. Desta forma pode-se falar qualquer coisa e somente poucos entenderão o alcance do que se está a falar. O cérebro reptiliano é perfeito para isso. Pois ele trabalha com símbolos. Símbolos são extremamente eficientes para passar uma informação e muito econômicos. Veja um outdoor numa estrada dizendo que dali a 29 quilômetros encontrará uma determinada lanchonete. Basta colocar o logotipo e a distância. Todo o resto da informação sobre a lanchonete está implícito no logotipo. O mesmo se aplica com a ideia de poder. Pode-se simbolizar o poder para que quem o veja saiba com o que está lidando.

Essa questão do comportamento perante o poder (o cérebro reptiliano está programado para submeter-se ao poder) é muito clara quando se vivencia isso. Uma vez um gerente de processamento de dados estava conversando comigo e tomando um café. Segurava nas mãos o copinho de café quando ouviu o diretor gritar o seu nome. O gerente ficou paralisado e não sabia o que fazer com o copo de café. Se pudesse teria deixado o copo no ar e corrido para a sala do diretor. Levou uns segundos para poder se concentrar e colocar o copo numa mesa e sair correndo para a sala do diretor. Outros podem sistematicamente ser contra o chefe, mesmo que isso seja ilógico.

A insensibilidade é outra característica do cérebro reptiliano. Pode-se ver isso nos tratamentos cruéis em relação aos animais, crianças, mulheres e pessoas mais fracas em geral. Vejam nosso DVD sobre mutilação genital feminina para ter uma ideia. Outra forma é a racionalização. Outro dia estava almoçando e ouvi uma conversa sobre uma série de televisão. Uma pessoa disse que o comportamento assassino de um líder era para defender a comunidade! É assim que se justificam milhões de mortes numa guerra, por exemplo.

O cérebro reptiliano adora controlar tudo que for possível. Nenhuma variável pode ser deixada de lado. Somente o controle absoluto interessa e é perseguido a todo custo. Isso é uma coisa compulsiva e infinita. Não passa pela cabeça dele que exista algo como Teoria do Caos, que impede o controle absoluto. Da mesma forma o Principio da Incerteza é um pesadelo para o Complexo-R. Ele abomina a indeterminação e as probabilidades da Mecânica Quântica. Daí vocês já podem ter ideia de onde vem toda a resistência em entender a Mecânica Quântica. Qualquer informação que coloque em cheque a visão dominante é abolida imediatamente. Sem nenhuma análise. Se uma pessoa afirma que a Terra gira em volta do Sol é queimada na fogueira!

Para se ter poder absoluto é preciso controlar tudo. Uma coisa implica na outra. Desta forma qualquer visão de mundo que permita divergência de opinião deve ser abolida. Somente uma única visão de mundo pode existir. Daí temos as perseguições políticas, as guerras, a Inquisição, a queima de livros, da Biblioteca de Alexandria, da Biblioteca de Atenas, os genocídios, etc. Na busca de um único controle e poder absoluto.

Uma coisa puxa a outra. Para se ter poder absoluto é preciso possuir tudo. Partes não são suficientes. Somente tudo satisfará. E esse tudo é uma coisa complicada porque o Universo é grande... Daí vem a insatisfação com qualquer quantia de dinheiro que se ganhe, com as quantidades de comida além do necessário que se come, com as compras compulsivas (lembram daquela senhora que tinha 800 pares de sapatos?), etc.. Nunca é suficiente. E a posse tem de ser sobre tudo e todos. Nada pode ficar fora do alcance.

Para se possuir tudo é preciso controlar o território. E cada um marca o território como pode. Alguns com bombas atômicas e outros fazendo xixi no poste!

O sentido de domínio dá uma enorme satisfação para o cérebro reptiliano. Lembram que Nietsche disse que somente tem dois tipos de pessoas felizes neste mundo? Os que tem o cérebro reptiliano totalmente no controle.
Toda compulsão vem da necessidade de controlar, possuir, dominar tudo e todos. Essa necessidade nunca é satisfeita, porque o medo de não ter o suficiente é inato ao cérebro reptiliano. Portanto, nunca é suficiente.

Os comportamentos obsessivos são a mesma coisa. O medo é inerente ao cérebro reptiliano. Ele teme o tempo todo. Procura a segurança absoluta o tempo todo. Imagine um alarme de carro que nunca se desliga, nem quando você está dirigindo o carro!. 

É lógico que se todos procuram o domínio total a todo custo teremos conflitos eternos. É justamente isso que acontece. Enquanto um determinado cérebro reptiliano não consegue o controle absoluto, ele se submete à outro. É uma forma de segurança também. Enquanto ele não arruma um jeito de derrubar o que está acima dele. É por isso que o superior é sempre cruel e impiedoso. Sabe que se vacilar o inferior toma seu lugar. Desta forma temos as hierarquias, que funcionam tão bem. Isso permite enfrentar outras hierarquias concorrentes. Já viram no Animal Planet um grupo de crocodilos comendo um boi? Muito instrutivo! Essa necessidade de submeter-se para garantir a segurança permite as guerras e todas as atrocidades, que são feitas “apenas cumprindo ordens”.

Para o cérebro reptiliano tudo é uma questão de sobrevivência do mais forte, mais apto, mais adaptável. Soa familiar? Isso justifica toda a barbaridade das guerras.
Da submissão à adoração temos apenas um passo. É uma forma mais eficiente de controlar criando uma adoração do que tendo de insuflar medo o tempo todo. É mais econômico. Aqui entra também a manutenção do status quo.

É claro que para criar uma estrutura assim só pode haver um tipo de comportamento. A rigidez, sem nada alternativo ou maleável. Sem pensar, sem questionar, sem analisar, etc.. Toda superstição é perfeita para isso. Se não se analisar é possível implantar qualquer crença ou superstição da maneira mais perfeita possível. Lembram que foi dito que uma mentira repetida o número adequado de vezes tomará ares de verdade? Mais fácil que tirar doce das criancinhas ou roubar o passe do metrô da velhinha!

Depois de um certo tempo, fica mais fácil ainda porque sempre foi feito daquela forma! É a tradição! Lembram da história dos chimpanzés que espancavam outro chimpanzé simplesmente porque sempre foi assim que foi feito? E se um chimpanzé questionar isso também será espancado.

Aqui também entra a visão de que este-mundo-é-tudo-que-existe. Esta visão de mundo dá um sentido de segurança muito agradável para o cérebro reptiliano. Só existe o que percebo com os meus sentidos. É por isso que posso usar celulares e não pensar em ondas. Qualquer mudança no status quo é visto como ameaça e deve ser eliminada ou ignorada. É por isso que a ciência avança funeral após funeral, como disse um físico.

O sistema de promoção por idade também é do cérebro reptiliano. Não importa a eficiência e sim a idade. 
O sistema de leis também é seguido fielmente por ele. Por mais absurdas que sejam as leis elas são seguidas. Não segui-las tem conseqüências para os que estão abaixo do Macho Alfa. O cérebro reptiliano sabe identificar isso prontamente.
Qualquer tipo de crença pode ser implantada se for suficientemente repetida. A história está repleta desses exemplos o tempo todo. Ela funciona em função de todas as características explicada acima. Da mesma forma qualquer cultura pode ser implantada facilmente. Basta ter os meios de divulgar o que quer que seja.

Sentir compaixão pela dor alheia é um sinal de evolução. Isso seria uma função do neocórtex. O cérebro reptiliano é o inverso. Para ele tudo é comida.
Cérebro reptiliano e entropia psíquica têm tudo a ver. A entropia psíquica acontece quando não controlamos nossa mente e a deixamos “vagar”. Imediatamente aparecem os pensamentos negativos. Isso porque a energia tem de ser controlada senão decai, isto é, perde energia e organização. Para que haja crescimento tem de haver um foco mental organizador. Temos de controlar nossa mente para não ter pensamentos negativos. Já sabem que tudo que pensamentos e sentimos nós atraímos. Acontece que se nós controlarmos nossa mente (isso é uma função do neocórtex) o cérebro reptiliano perde o controle. Já viram que ele tem pânico de perder o controle, portanto, ele fará de tudo para retomá-lo, isto é, para que você volte a ter pensamentos negativos. Soa familiar?

O sentimento dominante do cérebro reptiliano é o medo. Medo de tudo e de todos. Isso vai até o medo extremo de pensar que o mundo pode não ser como se pensa que é. Esse é um pânico existencial. Imagine o stress que isso causa. Para o cérebro reptiliano o continuum espaço/tempo não existe. Só existe o agora. Portanto, qualquer trauma trazido à memória provoca a mesma reação da primeira vez. Isso é uma valiosa ferramenta de manipulação! E vocês sabem que todas as funções orgânicas automáticas são controladas pelo cérebro reptiliano. Não precisamos pensar para respirar, digerir a comida, etc. Pense no poder que o cérebro reptiliano tem para moldar suas emoções, seus sentimentos e seus comportamentos. É assim que a pessoa bate o carro para estragar o aparelho que toca o cd!

Outra característica é que ele é um servo mecanismo, isto é, não aprende com os próprios erros. Isso é função do neocórtex. Portanto, os mesmos erros serão cometidos vezes sem conta. A auto-sabotagem acontece uma vez após outra. Sempre na mesma situação, seja um cargo, um salário, uma situação de melhoria na vida, etc.. É por isso que a programação do cérebro reptiliano é feita na infância com total eficiência. Tudo que a criança experienciar será gravado a ferro e fogo. Esse comportamento será repetido pela vida a fora. A não ser que seja apagado.

Toda a questão sexual está controlada pelo cérebro reptiliano, portanto, tudo diz respeito a sexo tem uma importância transcendental na nossa sociedade. Porque é pelo sexo que se programa facilmente o cérebro reptiliano. Toda lavagem cerebral feita com traumas sexuais é extremamente eficaz. Vejam os casos tidos como Transtorno de Múltiplas Personalidades. E quanto mais cedo o trauma for impingido maior a eficiência.

Em vista do explicado acima o que fazer?
Queremos ser livres ou não? Queremos ser felizes ou não? Queremos evolução ou não? É simples escapar de tudo isso acima. A simples mudança de consciência. A Consciência cria a realidade. Mudou a Consciência mudou a realidade. Nenhum ato físico é preciso. Só mudar a consciência. A visão de mundo. É uma mudança puramente interna. A mudança da consciência para um novo paradigma. Basta trocar a visão de mundo. Expandir a consciência do que é a realidade. É possível diminuir e anular o controle do cérebro reptiliano. Ele pode ser transmutado totalmente. É possível ficar livre do cérebro reptiliano. Quando a pessoa atingiu o nível de Consciência de união com o Todo, ela está livre do cérebro reptiliano.

Isso é o que a Ressonância Harmônica permite fazer. Esse é o objetivo final."



Hélio Couto

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Copyright © Hélio Couto. Todos os direitos reservados.
Você pode copiar e redistribuir este material contanto que não o altere de nenhuma forma, que o conteúdo permaneça completo e inclua esta nota de direito e o link: www.heliocouto.com

9 de julho de 2018

O corpo é um espelho das nossas crenças... por Louise Hay


"Embora muitas pessoas me vejam como alguém com o poder de curar os outros, eu não curo ninguém.
Meu trabalho é ajudar as pessoas a compreenderem como seus pensamentos criam, constantemente, suas próprias experiências de vida - todas elas, tanto as boas quanto as que chamamos de más experiências.

Você já se viu indo para o trabalho remoendo ressentimentos em relação a um colega ou alimentando sua insegurança por causa de uma tarefa que lhe foi solicitada?
É um exemplo simples, mas que ajuda a entender o que afirmo. Se, em vez de pensar negativamente, você procurasse pensar nas razões que poderiam ter levado o companheiro de escritório à atitude agressiva, e imaginasse formas afetuosas de resolver o conflito, seu encontro com ele poderia gerar uma aproximação feliz para ambos.

Se, em vez de inventariar suas próprias falhas, você tomasse consciência de sua capacidade e repetisse para si que poderia realizar a tarefa solicitada com sucesso - pedindo ajuda se precisasse, provavelmente você a desempenharia com outro ânimo e competência.
Nossos pensamentos podem, da mesma forma, estar contribuindo para o bem-estar ou para o mal-estar de nossos corpos.
Não queremos ficar doentes e, no entanto, precisamos de cada doença que contraímos.

É a maneira que nossos corpos encontram para nos dizerem que estamos com uma idéia errada, com uma percepção falsa, e que precisamos mudar nossa forma de pensar.
Tenho uma amiga que precisou passar por uma pneumonia grave para concluir que era indispensável mudar seu ritmo de vida e fazer uma terapia que a ajudasse a rever seus relacionamentos.
Há pessoas que usam a doença como forma de não assumir compromissos, mantendo-se permanentemente numa situação fragilizada.

Cada doença é uma lição que precisamos aprender.
Por favor, não fique só reclamando: "quero me livrar desta doença."
Isso não vai trazer a cura que você deseja e você não vai aprender a lição de que necessita.
Não se coloque também numa atitude defensiva, como se a doença fosse uma espécie de acusação. Não se trata de condenar nem de sentir nenhuma culpa.

Tanto na doença quanto em qualquer situação de vida, o importante é observar o que está acontecendo conosco para entender o que precisa ser libertado e transformado.
Então eu lhe digo: é hora de se curar, de tornar sua vida e seu corpo íntegros, que significa que você deseja investir na sua saúde.
Eu sei que você tem, dentro de si, tudo de que precisa para conseguir isso.

Quando você começar a compreender o processo que leva à saúde ou à doença, será capaz de assumir o controle consciente das mudanças que deseja fazer.
É um processo muito emocionante que vai se tornar uma das aventuras mais felizes da sua vida.
Acredito que existe um centro de sabedoria dentro de cada um de nós e que, quando estamos prontos para fazer mudanças positivas, atraímos o que é necessário para nos ajudar.

Pode ter certeza de que alguma coisa dentro de você se transformou e o processo de cura já começou.
Pare um instante a leitura e diga em voz alta: Eu já comecei o meu processo de cura.
O corpo é um espelho das nossas crenças e dos nossos pensamentos mais íntimos.
O corpo está sempre conversando conosco. É preciso aprender a escutar o que ele tem a dizer.

Cada célula reage a cada pensamento seu, a cada palavra que você pronuncia.
Por isso, se prolongamos durante muito tempo determinadas formas de pensar e de falar, elas irão produzir comportamentos e posturas corporais, assim como um maior ou menor bem-estar.
Suas palavras e pensamentos contribuem para sua saúde ou sua doença.

Uma pessoa que está sempre com o rosto fechado provavelmente não tem muitos pensamentos alegres e amorosos. Os rostos e corpos dos mais velhos mostram claramente como foi sua vida e seus comportamentos.
Pare um pouco e pense: que aparência eu vou ter quando entrar na terceira idade?

Como acredito que todos nós nascemos com o direito de ser completamente saudáveis e satisfeitos em todas as áreas de nossas vidas, quero ajudar você a conquistar esse direito agora.
Algumas das coisas que vou sugerir talvez pareçam simples demais, mas fique sabendo que estas idéias foram testadas muitas vezes com enorme sucesso.

Elas funcionam de verdade.
Antes de continuar a ler este texto, repare no seu corpo.
Coloque-se numa posição confortável, respire fundo e procure relaxar.
Abra-se para acolher todas as idéias, aceitando apenas as que se aplicam ou fazem sentido para você.

Acredito que toda doença é uma criação própria.
É claro que não dizemos quero ter tal doença, mas criamos um Ambiente mental que faz com que a doença apareça e se desenvolva.
Volto a repetir: nossos diálogos interiores provocam reações em cada célula do corpo.
Ouvi um médico dizer recentemente: "Se um cirurgião operar um paciente sem fazer coisa alguma para ajudar a descobrir e curar a causa da doença, ele estará apenas adiando o problema, pois o paciente criará um outro mal-estar."

Não basta tratar o sintoma. Precisamos eliminar a causa da doença.
E para isso precisamos penetrar no lugar, dentro de nós mesmos, onde o processo teve início.
Somos profundamente responsáveis por quase todas as experiências por que passamos em nossas vidas.
Tanto as melhores quanto as piores.
Porque, como já disse, somos nós que criamos nossas experiências através dos pensamentos que temos e das palavras que pronunciamos.

O universo apóia completamente nosso diálogo interior.
Nosso subconsciente aceita como verdade aquilo em que escolhemos acreditar.
Isto significa que o que acredito ser verdade a meu próprio respeito e a respeito da vida se tornará verdade para mim.
Essa é uma escolha que você faz.

É claro que os pensamentos vêm à cabeça sem nosso controle, mas, ao reconhecê-los, você pode alimentá-los ou procurar desapegar-se deles, tentando olhar a realidade de outra perspectiva.
Temos também o impulso de pronunciar certas palavras, mas somos capazes de silenciá-las ou substituí-las por outras mais amorosas, impregnadas de compreensão e tolerância.

O que pensamos e sentimos a respeito de nós mesmos e de nossa vida formou-se desde criança, pelas reações e comportamentos dos adultos que nos rodeavam.
Assim, se você viveu com pessoas assustadas ou com pessoas extremamente infelizes, aprendeu uma porção de coisas negativas a seu próprio respeito e a respeito da vida.
E é possível que ainda acredite nelas.

Não estou dizendo isso para que culpemos nossos pais. Eles provavelmente foram vítimas de seus próprios pais e não podiam nos ensinar o que não sabiam.
Se sua mãe não gostava dela mesma e se seu pai não sabia ser carinhoso e atento, eles não teriam condições de ensinar você a se amar e a se tratar com carinho e atenção.
Por mais bem intencionados que fossem.

Acredito que escolhemos nossos pais. Cada um de nós decide encarnar neste planeta em épocas e locais específicos. Fazemos assim porque estamos neste mundo para aprender as lições que nos farão avançar em nosso caminho espiritual.
Para isso, escolhemos nosso sexo, nossa cor, nosso país e as pessoas que nos farão ter as experiências de que precisamos para evoluir.
Muitas vezes, quando crescemos, acusamos nossos pais e nos queixamos: "foi você quem fez isto comigo, a culpa é sua".

Mas, na verdade, nós os escolhemos, porque era com eles que podíamos viver aquilo que queríamos aprender a superar.
Passamos a vida criando experiências que combinem com as crenças adquiridas na infância.
lhe para trás e observe quantas vezes você passou pelo mesmo tipo de relacionamento e pela mesma qualidade de problema.

É bem possível que você tenha criado essas experiências repetidamente porque elas refletem o que você pensa a seu respeito.
Mas não adianta ficar remoendo os problemas do passado, porque é o momento presente que importa.

O que aconteceu no passado, até este momento, foi criado por você, com seus próprios pensamentos e antigas crenças, sem que você se desse conta.
Mas o que você escolhe pensar, acreditar e dizer hoje, neste exato lugar, neste exato momento, está criando o seu futuro.
Seu diálogo interior de agora está criando o seu amanhã, a semana que vem, o próximo mês e o ano que vem.
Então, preste atenção no que você está pensando neste instante. Você quer que este pensamento crie o seu futuro?
Ele é negativo ou é positivo? Observe, preste atenção.

Não existe certo ou errado no que pensamos, e volto a dizer que não quero nunca explorar o sentimento de culpa. Pelo contrário, quero eliminá-lo, porque ele paralisa e não faz crescer.
Estou querendo apenas que você entre em contato com o que está pensando, porque, em geral nós tomamos muito pouca consciência do que se passa em nossas mentes e em nossos corpos.
Só prestamos atenção quando ficamos doentes ou quando sentimos dor.
E, se não sabemos o que está se passando dentro de nós, como poderemos mudar?"

Louise Hay

7 de julho de 2018

O que é uma emoção negativa? por Eckhart Tolle



"Uma emoção que é tóxica ao corpo e que interfere com o seu equilíbrio e o funcionamento harmonioso. Medo, ansiedade, raiva, rancor, tristeza, ódio ou intensa antipatia, ciúme, inveja – são emoções que interrompem o fluxo de energia através do corpo, afetam o coração, o sistema imunológico, a digestão, a produção dos hormônios e assim por diante.

Até mesmo a medicina tradicional, embora ela saiba ainda muito pouco sobre como o ego opera, está começando a reconhecer a ligação entre os estados emocionais negativos e a doença física.

Uma emoção que faz mal ao corpo também infecta as pessoas com quem você entra em contato e, indiretamente, através de um processo de reação em cadeia, inúmeros outros que você nunca encontra. Há um termo genérico para todas as emoções negativas: infelicidade.

Será que as emoções positivas têm, então, o efeito oposto no corpo físico? Será que elas fortalecem o sistema imunológico, revigoram e curam o corpo? Ela o fazem, na verdade, mas precisamos diferenciar entre as emoções positivas que são geradas pelo ego e as emoções mais profundas que emanam do seu estado natural de conexão com o Ser.

As emoções positivas geradas pelo ego já contêm em si mesmas o seu oposto em que elas podem rapidamente se transformar. Aqui estão alguns exemplos: O que o ego chama de amor é a possessividade e o apego, que pode se transformar em ódio em questão de segundos.

A expectativa sobre um evento futuro, que é a supervalorização do ego sobre o futuro, transforma-se facilmente em seu oposto – decepção ou desânimo – quando o evento termina ou não preenche as expectativas do ego. Louvor e reconhecimento o fazem se sentir vivo e feliz um dia; ser criticado ou ignorado o tornam deprimido e infeliz no seguinte. O prazer de uma grande festa se transforma em frieza e ressaca na manhã seguinte.

Emoções geradas pelo ego são derivadas da identificação da mente com fatores externos que são, é claro, instáveis e sujeitos a alterações a qualquer momento. As emoções mais profundas não são realmente emoções, sob qualquer condição, mas estados do Ser. 
As Emoções existem no reino dos opostos. Os Estados do Ser podem ser obscurecidos, mas eles não têm oposto. 

Eles emanam de dentro de você como o amor, a alegria e a paz, que são aspectos de sua verdadeira natureza."


Eckhart Tolle

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