9 de novembro de 2012

Nunca desista do sonho da vida - de Neale Donald Walsch


"Não importa quão sem esperança possa parecer, nunca deves desistir do Sonho da Vida. Se dói, não está a viver O Sonho, está a viver um pesadelo e a chamá-lo de sonho, esperando que ele se torne num. 

Pare com isso. Pare de lutar. O Sonho não tem luta. Se está a lutar, não está a viver O Sonho. 

Agora “lutar” não significa os pequenos desconfortos ou os sentimentos de vez em quando de não estar bem que são encontrados em cada duas pessoas que escolheram estar juntas intimamente. Isso não significa as pequenas diferenças que, de tempos a tempos têm, que ser trabalhadas. “Luta” significa apenas isso: luta. Dificuldades permanentes. Discórdias frequentes, recorrentes e sérias, desarmonia, desacordo. 

“Luta” significa que as coisas que deveriam ser simples se tornam complexas, momentos que poderiam facilmente ser serenos irrompem em tumultos. O nervosismo substitui o entusiasmo, a tristeza substitui a felicidade, andar em pezinhos de lã substitui andar nas nuvens. 

Estais a lutar na vossa relação quando a cautela supera a ânsia, quando a dor empurra a felicidade para fora da sala… e quando isto acontece com frequência. Não de vez em quando. Não agora e depois. Com frequência. 

Já não podemos mais descontrair completamente. Logo que parece que, bem, não é assim tão mau, eu consigo fazer este trabalho… a porta bate, a bomba cai, a doçura estala e revela-se não ser aquela coisa sólida com que se pode contar, mas uma coisa tão frágil que não pode sequer aguentar o suave toque da intimidade. 

Perguntam-me, mais que qualquer outra mera questão acerca de relacionamentos: quando é o momento de partir? Quando é o momento de desistir?

Perguntam-me: como posso saber que não é suposto eu estar aqui, a aprender algo? Como saber se isto não é tudo para o meu próprio bem, para a minha própria evolução? Como saber que não estou apenas a “desistir” – de novo…?

Perguntam-me: o que é preciso para fazer o “amor” funcionar? E eu respondo, “O amor não deve ser trabalho. O amor deve ser diversão. Eu devo sentir-me divertido e alegre, não tenso”. 
As relações íntimas nas vidas de muitas pessoas não têm durado muito. Felizes Para Sempre, não tem sido uma experiência universal (ou sequer comum). De facto, deve parecer por vezes a muitos que não há uma forma de fazer esta coisa chamada “Relação”, e de a fazer bem.

As pessoas olham-se no espelho e perguntam, “Sou só eu que não tenho a capacidade necessária? É somente a mim que falta compreensão suficiente? Sou só eu que fico aquém na vontade ou no empenho ou determinação ou capacidade ou na paciência ou na abnegação ou no que quer que seja preciso para fazer funcionar o Felizes Para Sempre?”

Ou será que os seres humanos estão simplesmente a perseguir um sonho impossível? Será o Sonho da maravilhosa alegria do amor verdadeiro e duradouro nada a não ser uma fantasia que nunca pode ser realizada?

Não. Não acredito nisso. E eu acredito que as pessoas que tentaram e tentaram e falharam têm, pelo menos, a oportunidade de aprender com as suas experiências. Não existe tal coisa como uma causa perdida. O Sonho do Amor pode ser vivido. Esta é a promessa de Deus. 

Há casais que o viveram, que conseguiram alcançar a Terra Prometida. Alguns encontraram-se um ao outro cedo na vida, outros encontraram-se mais tarde, depois de muitas tentativas e erros com os outros. Não tem sido tudo perfeito nas suas jornadas, não tem sido tudo sorrisos e gargalhadas sempre. Mas tem sido muito disso. E tudo isso valeu a pena. Cada minuto valeu a pena. 

Há aqueles que dizem que uma relação tem que ser “trabalhada”. Qualquer coisa vale a pena, vale a pena trabalhar para, o mantra funciona. Bom. Está bem. Mas este devia ser o tipo de “trabalho” que sabe tãooooooooooo bem fazer. Como a Barbra Streisand a cantar. Como o Richard Gere a dançar. Como a Nancy Kerrigan no gelo. Como a Anna Pavlova e Vaslay Nijinsky e Mikhail Baryshnikov em sapatilhas de ballet. Como o Warren Spahn jogando basebol. Sim, implica trabalho… mas oh, a alegria disso, a pura alegria disso!

Sim, o amor – o amor verdadeiro, o amor duradouro – pode ser “trabalho”, mas devia ser um trabalho artístico. Devia ser algo que se adora fazer. Uma pessoa sábia disse uma vez, “Possais sempre amar o amor que fazeis.”

Olhe para a sua relação agora. Está a amar o amor que está a fazer?

Se ama o amor que faz, não é “trabalho”, não no sentido de ser uma luta. É uma alegria. Trabalhar para criar algo é muito diferente de trabalhar para segurar alguma coisa juntos. Todos os que o fizeram conhecem a diferença. Pode sentir a diferença e ninguém tem que vos dizer o que se está a passar. 
Isto tem a ver com esforço e facilidade. 

Vós sabeis se, na vossa relação, estais num local de esforço ou se estais no da facilidade. 

A Barbra Streisand canta sem esforço. A graça de tirar o fôlego de Nancy Kerrigan é sem esforço. Isso é precisamente o que a torna uma graça de tirar o fôlego. Isto não é dizer que isso não envolveu trabalho. Certamente que sim. Envolveu trabalho e resultou alegria. Quando envolve trabalho mas não resulta em alegria, então o “trabalho” tornou-se “esforço”. 

Este é o estado de muitos relacionamentos.

Quando é que basta é basta?

Esta questão não pode ser respondida por alguém senão pela pessoa que a coloca. Mas a questão raramente vai sem resposta. O problema não é se a pessoa que coloca a questão SABE a resposta, mas se A ESCUTA." 

 Neale Donald Walsch
Fonte:http://www.luzdegaia.net/neale/walsch.html

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