16 de março de 2013

O fim do conflito por Krishnamurti...


 "(...)Existe possibilidade de se encontrar alegria duradoura? Existe; mas, para vivermos essa alegria, é preciso que haja liberdade. Sem a liberdade, não pode ser descoberta a verdade; sem a liberdade, não é possível o conhecimento do Real.
 A liberdade deve ser procurada com diligência.
 Libertai-vos dos que se dizem salvadores, mestres, guias; libertai-vos das muralhas egocêntricas do bem e do mal; libertai-vos de autoridades e modelos; libertai-vos do “ego”, o causador de conflito e sofrimento.

Enquanto o anseio, nas suas diferentes formas, não for compreendido, haverá conflito e sofrimento. 
O conflito não terminará com uma nova e superficial definição dos valores, nem com trocas de mestres e guias. A solução definitiva se encontra no libertar-nos do anseio; não está noutro, porém em vós mesmos, o meio de o conseguirdes. A batalha incessante que se trava dentro de todos nós e a qual chamamos viver, não terá desfecho enquanto não compreendermos e transcendermos o anseio.

O conflito da aquisição manifesta-se na atividades culturais, na vida de relação, na acumulação de bens materiais. 
A tendência aquisitiva, sob qualquer forma que seja, gera a desigualdade e a brutalidade. Tal divisão e conflito entre os homens não podem ser abolidos por uma simples reforma dos efeitos e valores externos.
 A igualdade de posses não é a saída pela qual nos livraremos das tribulações e da estupidez que em escala tão vasta nos circundam e envolvem. Revolução alguma pode libertar o homem do espírito de exclusividade. Despojai-o de seus bens, mediante a legislação pela revolução, e vê-lo-eis apegar-se à exclusividade nas suas relações ou crenças. 

O espírito de exclusividade, nos seus diferentes planos, não pode ser abolido mediante reforma exterior, nem mediante com pulsão ou disciplinamento. É, todavia, esse espírito de exclusividade que gera desigualdade e dissensão. A tendência aquisitiva não lança o homem contra o homem? Pode implantar-se a igualdade e a compaixão por qualquer meio concebido pela mente? Não é necessário procurá-las em outra parte? Não cessa a exclusividade, apenas, quando reina o Amor, quando reina a Verdade ?

A unidade humana só pode encontrar-se no amor, no esclarecimento que nos traz a Verdade. Essa unidade do homem não pode estabelecer-se mediante simples ajustamento econômico e social. 
O mundo está perenemente ocupado nesse superficial ajustamento; está sempre tentando reordenar os valores, dentro do padrão da vontade aquisitiva; quer assentar a segurança na base insegura do desejo e, com isso, só atrai desastres.
 Contamos que uma revolução externa, uma reforma exterior dos valores, transformem o homem. 
Embora, sem dúvida, essas coisas produzam certos efeitos no homem, a sua vontade aquisitiva, encontrando satisfação em outros planos, continua a existir. 
Essa atividade aquisitiva, infinita e vã, não pode em tempo algum trazer a paz ao homem, e é só quando o indivíduo está livre dela que pode haver o esta do criador.

A aquisição cria a divisão dos que estão à frente e dos que ficam atrás.
 Deveis de ser simultaneamente Mestre e discípulo na busca da Verdade; deveis de investigar diretamente, sem o conflito de oposição entre modelo e imitador. 
É preciso haver persistente autovigilância, e quanto mais fordes diligentes e ardorosos, tanto mais se libertará o pensamento dos vínculos por ele próprio criados.

Na bem-aventurança do Real não existe “experiente” nem “experiência”. Uma mente-coração sobrecarregada das lembranças do passado não pode viver no eterno presente. Deve a mente-coração morrer em cada dia, para que haja Eternidade."

Krishnamurti
Conferências com perguntas e respostas realizadas nos anos de 1945 e 1946, em Ojai, Califórnia, Estados Unidos da América. Do livro: O Egoísmo e o Problema da Paz – Ed. ICK - 1946

Recupere o seu poder, por Suzanne Hosang

"Poder é a capacidade de agir. Quando você entrega o seu poder, o que essencialmente faz é tirar o ponto de referência de você, e colocá-lo lá fora, para a coisa que você dá seu poder. 
Agora isto é significativo porque, para ser poderoso, você precisa ter a capacidade de fazer escolhas que vêm da sua vontade, (não de outra pessoa) e ativar estas escolhas, se assim o desejar, que é o que é o poder. 
Assim, uma questão pertinente agora, que você é um adulto, é: Você tem a capacidade de fazer escolhas que vêm de sua vontade e de ativar essas escolhas se assim o desejar?

Se não, então quem tem o seu poder? É o seu chefe? Ou é o seu parceiro, seu amante, ou cônjuge? O medo tem o seu poder? Ou você tem dado o seu poder para costumes sociais, ou instituições como o governo, uma religião ou uma filosofia? 
São os médicos ou advogados que tem o seu poder? Ou são os líderes espirituais como rabinos, padres, ministros, ou gurus? Você o entrega para pessoas controladoras e dominadoras? Entregou seu poder para alimentos de conforto, álcool, drogas ou outras formas de escape? Você o deu para cuidar de todos os outros? 
Ou, você deixa as pessoas que são infelizes drenarem e sugarem sua energia? Você deu o seu poder ao dinheiro, tempo, ou a escassez e a falta deles?

O problema decorre do fato de que muitas vezes, enquanto crianças, recebemos definições muito distorcidas e deformadas de poder. 
Fomos informados de que você não pode ter o seu ponto de referência como VOCÊ, porque é ser egoísta. 
Isso é egoísmo. Isso é ruim. Você precisa cuidar, amar e servir aos outros. Não pense em si mesmo, ou ninguém vai gostar de você. 
Foi-nos dito coisas como: “Ah, essa pessoa é poderosa”, mas quando olhamos para aquela pessoa, o que vimos foi uma pessoa dominadora, controladora e vazia. 
Assim, concluímos que, para sermos poderosos, tínhamos de ser resistentes, fortes, e ter poder sobre as pessoas;
 não queríamos ser um ‘daqueles’ então nos esquivamos do poder.

Para você entrar em seu poder, você deve tomar o seu poder de volta a partir dessas definições distorcidas e deformadas. Você teve o poder apenas para entregá-lo a outros e você precisa tomá-lo de volta de todas as autoridades a quem você o deu. 
Abaixo está uma poderosa técnica para que você possa recuperar seu poder:

1. Em sua mente, veja a pessoa ou coisa a quem você está dando sua energia. Se é uma coisa, então a personifique.

2. Imagine o poder como uma bola de luz e mentalmente a alcance e agarre o poder dela e traga-a de volta para você.

3. Enquanto isso, tome um fôlego grande, enquanto diz: “O Poder que eu dei a você, volta para mim. Poder volte para mim.” Repita isso três vezes.

4. Agora, sinta-se como sendo muito grande cerca de 5-6 metros e se veja olhando para esta pessoa (ou coisa). Você ficou maior porque tomou o seu poder de volta. Observe que esta pessoa (ou coisa) não é tão sólido, tão vibrante porque toda a sua intensidade de poder era a sua energia.

5. Em sua mente, agradeça a pessoa (ou coisa) por mostrar onde você deu o seu poder e pela oportunidade de pegá-lo de volta.

6. Então perdoe (a pessoa ou coisa.)

7. Por fim, perdoe-se por entregar seu poder a pessoa (ou coisa).

Você nunca é impotente porque você tem escolha em cada momento. 
Você tinha inclusive o poder de fazer a escolha de ser impotente. 
Por que não fazer uma escolha agora e ser poderoso? Por que não usar seu poder para trazer o seu ponto de referência de volta para você, e fazer valer os seus pontos fortes, suas habilidades, seus dons e seus talentos? 
Se você possui seu poder, você vai achar que você pode mudar qualquer coisa."

Suzanne Hosang

14 de março de 2013

Semelhante atrai semelhante por OSHO...

"Somente uma pessoa amorosa, aquela que realmente é amorosa, pode encontrar o parceiro certo.
Essa é minha observação: se você está infeliz você irá encontrar alguém também infeliz. Pessoas infelizes são atraídas pelas pessoas infelizes. E isso é bom, é natural. É bom que as pessoas infelizes não sejam atraídas pelas pessoas felizes; senão elas destruiriam a felicidade delas.

Está perfeitamente bem. 
Somente pessoas felizes são atraídas pelas pessoas felizes. O semelhante atrai o semelhante. Pessoas inteligentes são atraídas pelas pessoas inteligentes; 
pessoas estúpidas são atraídas pelas pessoas estúpidas.

Você encontra as pessoas do mesmo plano. Então a primeira coisa a lembrar é: um relacionamento está fadado a ser amargo se ele surgiu da infelicidade.

Primeiro seja feliz, seja alegre, seja festivo e então você encontrará alguma outra alma festiva e haverá um encontro de duas almas dançantes e uma grande dança irá surgir disso.

Não peça por um relacionamento a partir da solidão, não. Assim você estará indo na direção errada.
 Então o outro será usado como um meio e o outro lhe usará como um meio. E ninguém quer ser usado como um meio! Cada indivíduo único é um fim em si mesmo. É imoral usar alguém como um meio. Primeiro aprenda como ser só. A meditação é um caminho para ficar sozinho.

Se você puder ser feliz quando você está só, você aprendeu o segredo de ser feliz. Agora você pode ser feliz acompanhado. Se você é feliz, então você tem alguma coisa para compartilhar, para dar. E quando você dá, você obtém; não é de outra maneira. Assim surge uma necessidade de amar alguém. 
Geralmente a necessidade é de ser amado por alguém. É a necessidade errada. É uma necessidade infantil; você não está amadurecido. É uma atitude infantil.
Uma criança nasce. Naturalmente, a criança não pode amar a mãe; ela não sabe o que é amar e ela não sabe quem é a mãe e quem é o pai. Ela está totalmente desamparada. Seu ser ainda está para ser integrado; ela ainda não está reunida. Ela é somente uma possibilidade. 

A mãe precisa amar, o pai precisa amar, a família precisa banhar a criança de amor. Agora ela aprende uma coisa: que todos têm que amá-la. Ela nunca aprende que ela precisa amar. Agora a criança irá crescer e se ela permanecer presa nessa atitude de que todo mundo tem que amá-la, ela irá sofrer por toda sua vida. 
Seu corpo cresceu, mas sua mente permaneceu imatura.

Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém. A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade. 

E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não."
Osho

8 de março de 2013

Tempo de Estar e Tempo de Ser de Artur da Távola



"Eu creio que você vai me entender: a gente nem sempre é a posição em que está. Falei claro? A gente foi a posição em que está. Ao assumi-la a gente já mudou. A posição em que a gente está, é condicionada por causas temporais e passageiras.

Por justa, linda e generosa que seja, a posição em que se está é sempre muito menos do que a gente é. A gente é um composto que inclui, entre tantas outras coisas, a posição em que se está. Estar é parar. Ser é avançar.

Você crê numa coisa. Toma posição ao lado dela. Faz muito bem! Mas não englobe nem comprometa todo o seu ser, pois você é muito mais rico e complexo do que a posição na qual julga ter encontrado resposta para todos os seus problemas naquele instante.

Você é, inclusive, a negação da posição em que está. Ela e a negação dela compõem o que você é. 
Mas, a posição em que você está precisa negar tudo o que não esteja de acordo com ela. Principalmente o ser, pois o ser é sempre mais livre. Já, estar é mais cômodo. Porque estático. 
Estático é a condição do que está. 

Quanto menos confiança na posição em que você está, mais acirrado em sua defesa você será. Quanto mais você perceba que é muito mais do que a posição em que está, mais ameaçado por ela ficará. 
Se está complicado, perdão. 
Se está complexo, ainda bem! Cada vez que você deixar de ser para estar, você está abrindo mão de partes suas importantes e valorosas, trocando-as por coerências aparentes, por lógicas que a nada levam. 

O estar é uma categoria do ser. 
É possível ser sem estar. 
Porque ser é abrangente, é total. 
Não é possível, porém, estar sem ser. 
O máximo que é permitido ao estar é coincidir, por vezes, com o ser. 
O ser pertence ao cosmos. O estar pertence ao momento. O ser é necessário. O estar é contingente. 

A posição em que você está é a expressão momentânea dos seus humores, das suas necessidades e das influências que você sofreu. Passará e mudará na medida em que elas mudarem. 
O que você É pertence a uma ordem diversa de valores, 
feita dos mistérios ou verdades de sua vida; das suas partes desconhecidas; das revelações; das partes sabidas; das suas relações com o amplo, o total, o uno, o completo. 

No mundo das aparências ser é menos sedutor do que estar. Estar é viver cercado de acólitos, seguidores, justificadores, beneficiários, companheiros. Ser é solitário. 

Eu venho do tempo dos que estão. 
Dos que desistiram de ser para estar. 
Todos com o melhor dos propósitos e as mais elevadas teorias de solidariedade humana, mas Muitos Estando e Poucos Sendo. 
O tempo de quem desistiu de ser para estar gerou guerras, destruições, deixando como herança, apenas e tão-somente, uma profunda vontade de Ser: porque a gente é sempre mais do que a posição em que se está. 

Eu mudo sempre. 
Por isso sou alguém que já não fui. Alguém que pretende estar apenas e até onde conseguir ser. 
Pouco. Mas todo."
"Artur da Távola escreveu estas palavras na década de 70, mas elas continuam atuais como nunca."
Compartilhei este maravilhoso texto da comunidade do autor no facebook a quem agradeço por esta oportunidade maravilhosa e enriquecedora de traduzir tão maravilhosamente meus sentimentos e anseios...

2 de março de 2013

Um pouco de silêncio, por Lya Luft.

"Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade.
Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações.
 Muitas desnecessárias, outras impossíveis, algumas que não combinam conosco nem nos interessam. Não há perdão nem anistia para os que ficam de fora da ciranda: os que não se submetem mas questionam, os que pagam o preço de sua relativa autonomia, os que não se deixam escravizar, pelo menos sem alguma resistência.

 O normal é ser atualizado, produtivo e bem-informado. É indispensável circular, estar enturmado. Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho. Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo - ou em trilhas determinadas - feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação.
Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença.
 Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo, ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma. Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém - como se amizade ou amor se "arrumasse" em loja. Com relação a homem pode até ser libertário: enfim só, ninguém pendurado nele controlando, cobrando, chateando. Enfim, livre!
Mulher, não. Se está só, em nossa mente preconceituosa é sempre porque está abandonada: ninguém a quer.

Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Logo pensamos em depressão: quem sabe terapia e antidepressivo? 
Criança que não brinca ou salta nem participa de atividades frenéticas está com algum problema.
O silêncio nos assusta por retumbar no vazio dentro de nós.
 Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se enxerga outro ângulo de nós mesmos. Nos damos conta de que não somos apenas figurinhas atarantadas correndo entre casa, trabalho e bar, praia ou campo.
Existe em nós, geralmente nem percebido e nada valorizado, algo além desse que paga contas, transa, ganha dinheiro, e come, envelhece, e um dia (mas isso é só para os outros!) vai morrer. Quem é esse que afinal sou eu? Quais seus desejos e medos, seus projetos e sonhos?
No susto que essa idéia provoca, queremos ruído, ruídos.
Chegamos em casa e ligamos a televisão antes de largar a bolsa ou pasta. Não é para assistir a um programa: é pela distração.

Silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconserto nosso. 
Com medo de ver quem - ou o que - somos, adia-se o defrontamento com nossa alma sem máscaras.

Mas, se a gente aprende a gostar um pouco de sossego, descobre - em si e no outro - regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente ruins.
Nunca esqueci a experiência de quando alguém botou a mão no meu ombro de criança e disse:
- Fica quietinha, um momento só, escuta a chuva chegando.
E ela chegou: intensa e lenta, tornando tudo singularmente novo. A quietude pode ser como essa chuva: nela a gente se refaz para voltar mais inteiro ao convívio, às tantas frases, às tarefas, aos amores.

 Então, por favor, me dêem isso: um pouco de silêncio bom para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos."
Autora:Lya Luft

Retirado  do livro Pensar é Transgredir

27 de fevereiro de 2013

Glândula Timo - a chave da energia vital


"No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz "eu", fica uma pequena glândula chamada timo.
Seu nome em grego, thýmos, significa energia vital. Precisa dizer mais?
Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos.

Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho.
Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses de raios X achando que seu "tamanho anormal" poderiam causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fóra e para dentro.
Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.

Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos. 
Amor e ódio o afetam profundamente.
Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias.
Já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes.

Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.
O teste do pensamento

Um teste simples pode demonstrar essa conexão.

Feche os dedos polegar e indicador na posição de o.k, aperte com força e peça para alguém tentar abrí-los enquanto você pensa " estou feliz".

Depois repita pensando " estou infeliz".

A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando pensa infeliz. (Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de chocolate para ver o que acontece...)

Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas.

Por exemplo, quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abcessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado.

As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a médicos acupunturistas.

O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito..."
Fiquei de coração apertadinho", por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração.
O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem mais a ver com o timo do que com o coração - e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá a passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?".

Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem estar e felicidade. Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir.

a) Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.

b) Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o rítmo assim: uma forte e duas fracas.

Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica.
O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e garganta.
Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional, abraço. Ótimo, íntimo, cheio de estímulo."

Fonte: Sonia Hirsch - Jornalista e pesquisadora naturista
J. C. Dantas Pimentel - Curitiba - PR 
http://www.senado.gov.br/portaldoservidor/jornal/jornal83/saude_timo.asp

23 de fevereiro de 2013

Lembre-se de que você é a fonte por OSHO

"Alguém insultou você — a raiva irrompe de repente e você fervilha de raiva. A raiva está fluindo na direção da pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre o outro.
Ele não fez nada. Se insultou você, o que ele fez de fato? Só lhe deu uma alfinetada, ajudou a sua raiva a aflorar — mas a raiva é sua.

O outro não é a fonte; a fonte está sempre dentro de você. O outro está atingindo a fonte, mas, se não houvesse raiva dentro de você, ela não poderia aflorar. Se você bater num buda, só provocará compaixão, porque só existe compaixão dentro dele. A raiva não vai aflorar porque não existe raiva.

Se você jogar um balde num poço vazio, ele voltará vazio. Se jogar um balde num poço cheio de água, ele sairá de lá cheio de água, mas a água será do poço. O balde só a ajudou a vir para fora.

Portanto, a pessoa que o insultou só está jogando um balde em você, e ele sairá de lá cheio de raiva, do ódio ou do fogo que existe em você. Você é a fonte, lembre-se.
Para praticar esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que projeta sobre os outros. E sempre que sentir uma disposição a favor ou contra, no mesmo instante volte-se para si e busque a fonte de onde o ódio está partindo.

Fique centrado ali; não dê atenção ao objeto. Alguém lhe deu a chance de tomar consciência da sua própria raiva; agradeça-o imediatamente e esqueça-o. Feche os olhos, volte-se para dentro e agora olhe a fonte de onde esse amor ou essa raiva está vindo.

De onde ela vem? Vá para dentro de si mesmo, volte-se para dentro. Você descobrirá ali a fonte, pois a raiva está vindo dali.
O ódio, o amor ou seja o que for, tudo vem da sua fonte. E é fácil encontrar a fonte quando você está com raiva, ou sentindo amor, ou cheio de ódio, porque nesse momento você está quente. É fácil voltar-se para dentro nessa hora.

A fiação está quente e você pode senti-la dentro de você e se guiar pelo calor. E, quando atingir um ponto frio interior, descobrirá de repente uma outra dimensão, um mundo diferente abrindo-se para você. Use a raiva, use o ódio, use o amor para mergulhar em si mesmo.
Um dos maiores mestres zen, Lin Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Eu tinha um barquinho e remava sozinho num lago. Eu ficava ali durante horas.

"Uma vez, eu estava no meu barco, de olhos fechados, meditando, numa noite esplêndida. Então um outro barco veio flutuando, trazido pela corrente, e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados, então eu pensei. 'Alguém bateu o barco no meu'. Enchi-me de raiva.

"Abri os olhos e estava a ponto de vociferar algo para o homem, quando percebi que o barco estava vazio! Então não havia onde descarregar a minha raiva. Em quem eu iria extravasá-la? O barco estava vazio, à deriva no lago e tinha colidido com o meu. Então não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar a raiva num barco vazio."

Então Lin Chi continuou: "Eu fechei os olhos. A raiva estava ali. Mas não sabia como extravasar. Eu fechei os olhos simplesmente e flutuei de volta com a raiva. E esse barco vazio tornou-se a minha descoberta. Eu atingi um ponto dentro de mim naquela noite silenciosa. Esse barco vazio foi meu mestre. E, se agora alguém vem me insultar, eu rio e digo: 'Esse barco também está vazio'. Fecho os olhos e mergulho dentro de mim". "

Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa.
Fonte:http://despertandodeuses.blogspot.com.br

20 de fevereiro de 2013

A Perda de Si mesmo - por Antonio Lopes de Sá

"Contrariedades são comuns na vida, mas, existem algumas que ultrapassam os limites, tornando-se traumáticas. As mais fortes provocam desequilíbrios que podem levar a uma sensação de “perda de si mesmo”.

Em tal estado os sintomas de medo, tristeza, desilusão, desânimo profundo, tiram o encanto de viver.O descontrole emocional, levando a depressão, ao estado de profunda melancolia, não só perturba a vítima, mas, também, contamina o ambiente, influindo negativamente sobre outras pessoas.

A incapacidade de reação passa a exigir tratamento, inclusive físico, com a ingestão de medicamentos que estimulem a glândula cerebral afetada, mas, disso pode resultar dependência gravosa, e, então, a plena liberdade não é alcançada.
O acompanhamento por um psicoterapeuta geralmente é o caminho e este não só assume o papel de protetor, de guia, como provoca a análise do trauma.A referida apreciação detalhada consiste em fazer com que o paciente relembre ou liberte tudo o que na mente se aninhou e que foi motivo da lesão.

Esse processo é similar ao que Freud sugeria como forma de “enfrentar” os denominados “reflexos condicionados” que causam as neuroses (embora modernamente existam progressos apreciáveis sobre a questão).Tal descrição procedida teve a intenção de relatar um fenômeno que atinge a muitos seres, Devendo, todavia, ensejar reflexões de maior amplitude ainda.

O que as neurociências explicam e pesquisam é o que lhes cabe dentro dos limites convencionais do conhecimento pertinente, mas, além de tudo isso é cabível reflexão.Entre as coisas ligadas a matéria como são as emoções, as ações cerebrais, existe a causa que tudo move e que são as questões ligadas à energia vital, ou seja, as do espírito.

Fenômenos paranormais narrados por pessoas cujas palavras merecem crédito e muitos dos quais tenho observado e testemunhado, embora ainda sem rigor científico desejável, evidenciam, entretanto, que algo mais pode amenizar os traumas mentais.
O considerado por vezes “extra lógico”, por paradoxal que pareça, pode oferecer razões à Lógica, se admitirmos que entre causa e efeito dos fatos possa haver uma interferência chamada “destino”.

Ou seja, existe força essencial organizada em finalidades definidas que parece a tudo reger, concepção que levou por vezes Einstein a afirmar que “Deus não joga dados” (embora o conceito da divindade para o emérito cientista não tivesse conotação religiosa).
Minha longa experiência de vida fez-me entender que somos movidos por determinações, aquelas que nos deram a própria origem, uma vez que não somos os autores de nossas próprias existências.Nada acontece sem uma razão determinada e coisa alguma se determina por si mesma.

O dualismo que a tudo rege é eloqüente para demonstrar que o equilíbrio se faz de opostos. A própria afirmação é a negação de algo, como a negação é uma afirmação.É nessa base, no nível da energia, do espírito, que admito que os traumas possam ser desfeitos, ou seja, pela afirmação das causas se caminha para a negação dos efeitos do mesmo.

A conversão do mal em bem depende do próprio mal desnudado, ou ainda, dentro do mesmo princípio das vacinas que faz injetar no individuo o veneno de uma serpente para curar o veneno que a mesma naquele injetou.

O cérebro, ao fechar-se para a ação do espírito precisa ser liberado através não só de meios materiais, de pensamentos como efeitos, mas, substancialmente de uma evocação para a recôndita força da alma.
O “milagre” está dentro de cada um de nós; opera-se pelo reencontro com o perdido que em verdade nunca se perdeu, pois, a luz interna só se opacifica[torna-se opaca] quando não se dissipam as nuvens do medo, estas que somos nós mesmos que as produzimos pela falta de confiança na grandeza cósmica de nossa origem." 
Autor: Dr. Antonio Lopes de Sá
Fonte:http://www2.masterdirect.com.br/448892

16 de fevereiro de 2013

Sindrome da Vitima - A INCAPACIDADE DE ACEITAR O MUNDO COMO ELE É...

"Todo o comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bastante distintos: aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca.

Nossa postura na vida depende do modo como estabelecemos essa relação: a relação entre nós e os outros, entre nós e os membros da nossa família, entre nós e outros membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho, entre nós e a realidade externa.

A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre essas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima.

O que é a vítima?

A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo.

Ela consegue ver apenas a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo.

Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer.

A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as outras pessoas. 

Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem.

E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é à outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas.

A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar‚ escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, as deficiências da parte que nos cabe.

Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas.

A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer.

Sofrendo de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a idéia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser.

Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contato com a realidade.

A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.

Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada.

Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes.

Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor.

Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante.

Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais. Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence.

A nossa fantasia está em querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes. Todos nós temos parte da responsabilidade naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver.

Os problemas da nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel.

Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução. Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis.

Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora.

Generalizamos para não solucionarmos, e como tudo aquilo que nos acontece está vinculado à realidade, todas as vezes que quisermos encontrar desculpas para nós basta olhar a imperfeição externa. 

Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia.

A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo.

Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio. A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros é que não prestam.

Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros têm que mudar.

A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas. 

A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo.

É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas. 

Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação.

As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer."

Autor: Antônio Roberto Soares/Psicólogo
http://telepatas.ning.com/forum/topic/

12 de fevereiro de 2013

O Medo de se Expor - por OSHO


"Quem não fica? Expor-se cria um grande medo. É natural, 
porque expor-se significa expor todo o lixo que você carrega em sua mente, o 
lixo que tem sido amontoado por séculos, por muitas vidas. Expor a si mesma 
significa expor todas as suas fraquezas, limitações, falhas. Expor-se significa, 
por fim, expor sua vulnerabilidade. 

...Por trás de todo esse lixo e 
barulho da mente existe uma dimensão de completo vazio. Sem Deus a pessoa é oca, 
é um simples vazio e nada. Ela quer esconder essa nudez, esse vazio, essa 
fealdade. Então, ela cobre isso com belas flores e decora essa cobertura. Ela 
pelo menos finge que é alguma coisa, que é alguém. E isso não é algo pessoal 
para você. Isso é universal. Esse é o caso de todo mundo.

Ninguém 
consegue ser como um livro aberto. O medo toma conta: "O que as pessoas pensarão 
de mim?" Desde a sua infância lhe foi ensinado usar máscaras, belas máscaras. 
Não há necessidade de se ter uma bela face, só uma bela máscara é o bastante, e 
a máscara é barata. É árduo transformar a sua face, mas pintá-la é muito 
simples.

Agora, de repente, expor a sua face verdadeira lhe dá um arrepio 
no mais profundo centro do seu ser. Uma tremedeira surge: as pessoas gostarão 
disso? as pessoas irão aceitá-la, as pessoas continuarão a amá-la e respeitá-la? 
quem sabe?
Porque eles amavam a sua máscara, eles respeitavam o seu caráter, 
eles glorificavam o seu vestuário. Agora o medo aparece. "Se eu, de repente, 
ficar nu, eles irão continuar a me amar, a me respeitar, a me valorizar, ou 
todos eles irão fugir para longe de mim? Eles podem retornar para seus caminhos 
e eu posso ficar só".
As pessoas, então, seguem representando. Devido ao 
medo, há o fingimento, devido ao medo, todas as falsidades. Para ser autêntica, 
a pessoa precisa não ter medo.

...Se você conseguir expor-se 
religiosamente, não na privacidade, não com seu psicanalista, mas simplesmente 
em todos os seus relacionamentos... isso é autopsicanálise. Isso é vinte quatro 
horas de psicanálise, todos os dias. 
Isso é psicanálise em todo tipo de 
situação: com a esposa, com o amigo, com os parentes, com o inimigo, com o 
estranho, com o chefe, com o seu funcionário. Por vinte e quatro horas você está 
se relacionando. 
Se você continuar se expondo... No começo vai ser 
realmente muito assustador, mas logo você começará a ganhar força porque uma vez 
que a verdade é exposta, ela se torna mais forte e a não verdade morre. E com a 
verdade tornando-se mais forte, você se tornará mais enraizado e centrado. Você 
começa a se tornar um indivíduo. A personalidade desaparece e o indivíduo 
aparece.

A personalidade é falsa e a individualidade é substancial. A 
personalidade é simplesmente uma fachada e a individualidade é a sua verdade. A 
personalidade lhe é imposta de fora, é uma persona, uma máscara. A 
individualidade é a sua realidade, ela é como Deus o fez. A personalidade é uma 
sofisticação social, um polimento social. A individualidade é crua, selvagem, 
forte e com tremendo poder. 

Somente no começo, haverá medo. Por isso a 
necessidade de um Mestre, para que no começo ele possa segurar suas mãos, para 
que no começo ele possa lhe dar suporte, para que ele possa levar-lhe a dar 
alguns passos com ele. O Mestre não é um psicanalista. Ele é muito mais. O 
psicanalista é um profissional e o Mestre não é um profissional. Não é sua 
profissão ajudar as pessoas, é a sua vocação, é o seu amor, é a sua compaixão. E 
por causa dessa compaixão ele a conduz apenas o tanto que você precisa dele. No 
momento em que ele sente que você pode ir por si mesma, ele começa a soltar as 
suas mãos. Embora você quisesse continuar agarrada, ele não pode permitir isso. 

Uma vez que você esteja pronto, corajoso e desafiador; uma vez que você 
tenha experimentado a liberdade da verdade, a liberdade de expor a sua 
realidade, você poderá seguir por si mesmo. Você conseguirá ser uma luz para si 
mesmo.

Mas o medo é natural porque desde o início da infância, lhe foram 
ensinadas falsidades, e você se tornou tão identificado com o falso que 
abandoná-lo quase parece cometer suicídio. E o medo surge porque uma grande 
crise de identidade aparece.

...O medo é natural. Não o condene e não 
sinta que ele é algo errado. Ele é apenas parte de toda essa educação social. 
Nós temos que aceitá-lo e ir além dele. Sem condená-lo, nós temos que ir além 
dele. 

Exponha pouco a pouco, não há qualquer necessidade de você dar 
saltos que você não possa administrar. Vá passo a passo, gradualmente... Você 
nunca alcançará uma outra identidade. A sua velha identidade terá ido embora e, 
pela primeira vez, você começará a sentir-se como uma onda no oceano de Deus. 
Isso não será uma identidade porque você não estará ali. Você terá desaparecido. 
Deus terá se apoderado de você. 

Se você colocar em risco o falso, a 
verdade poderá ser sua. E ela vale isso, porque você coloca em risco apenas o 
falso e ganha a verdade. Você nada arrisca e ganha tudo.
...O inconsciente é 
uma criação da civilização. Quanto mais civilizado você for, mais inconsciente 
você será. Se você for absolutamente civilizado, você será um robô, você será 
absolutamente inconsciente. Isso é o que está acontecendo.

Esta calamidade está acontecendo em todo o mundo. Isso tem 
que parar. E a única maneira de parar isso é ajudando as pessoas a colocar para 
fora os seus inconscientes nas meditações".

OSHO - THE GHEST.
Fonte:http://telepatas.ning.com/

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