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8 de agosto de 2014

Voce quer ser vitima ou criador de sua realidade? Por Isha

"Ao adotar uma atitude de abertura e receptividade,
estamos prontos para começar a destruir as ilusões que
nos impedem de acordar do pesadelo do sofrimento.
Quando eu digo destruir soa como algo negativo, mas a
verdade é que a sabedoria vem da destruição.
 
 O vácuo
vem da destruição da nossa conversa interna - das
ideias, opiniões, juízos e conceitos que estão lutando
para ter a vanguarda da nossa atenção.
Este ruído de fundo, esse zumbido de estática é o que
nos mantém distraídos, cegos, ignorantes de nossa
verdadeira natureza, da glória e da beleza de ser.
 
Presentes em nós mesmos é onde descobrimos o
assombro. Sendo - sem nada mais, apenas o ser puro - é
onde achamos a satisfação. Nesse vazio se descobre o
indescritível e podemos conseguir tudo aquilo pelo que
estivemos lutando, controlando, obtendo e nos queixando
no intento de realizá-lo, para ser alguém, para nos
superarmos.
Esteve aí o tempo todo, esperando por nós para levantar
as mãos com desespero e, finalmente, parar de buscar a
satisfação fora de nós. 
 
Quando achamos esse estado
interior, a alegria do amor-consciência começa a penetrar
cada momento, cada uma das nossas ações.
Nós nos tornamos artistas, criadores, entregando ao
mundo nossa própria expressão tão única. Não estamos
tentando tomar, nem nos concentramos em como
podemos nos beneficiar. Nós só estamos dando e
adicionando nosso próprio sabor à mistura.

Nesta troca é que cada um começa a encontrar a
felicidade e a satisfação. Nesta seção, é que destruindo
as ilusões que turvam nossa visão de nós mesmos e do
mundo, aprenderemos a transformar o vitimismo em
criatividade, descobrindo as limitações da comodidade,
destruindo a falsa noção da carência, superando a
passividade, transcendendo a discriminação, olhando
para além da aparente separação, transcendendo o
próprio julgamento, entendendo a natureza sufocante do
controle e começando a nos libertar de nossa própria
repressão.
 
As circunstâncias que moldaram nossas vidas são tão
únicas e individuais como a nossa personalidade -não há
duas pessoas iguais. No entanto, a nossa capacidade de
crescer como indivíduos, para evoluir como pessoas mais
compassivas, amorosas e conscientes, não depende do
que nos aconteceu, mas da nossa atitude em relação a
essas situações.
 
Diante das dificuldades nos encolhemos ou crescemos?
Resistimos ou usamos a situação para crescer?
Em última análise, só há duas atitudes que podemos
tomar na vida: a atitude de vítima ou de criador.
A vítima não pode ver a beleza, a abundância nem a
perfeição inerente de cada momento porque tem uma
ideia de como as coisas deveriam ser, uma ideia que tem
sido inevitavelmente violada, uma ideia que está em
desacordo com o que é.
Este sentimento de descontentamento gera raiva - raiva
perante a vida, perante Deus - mas manifesta-se na
vítima como passividade, peso depressivo, inércia e
aparente falta de interesse, mostrando-se mais como
tristeza que como raiva. Em última análise, representa o
ódio e a violência contra si mesmo.
É a rejeição suprema ao que é: a violência em relação à
vida.
 
A única maneira de quebrar com este padrão de
vitimização é pegando o papel de criador.
Um criador aprecia sua criação, a vítima a critica.
O criador vive em apreciação, uma vítima reclama, sem
assumir a responsabilidade.
São totalmente opostos.
O criador abraça tudo o que se apresenta.
Responde sim para tudo, o que lhe permite viver uma
vida em abundância.
A vítima, por outro lado, é ressentida e negativa. Não
pode ver a perfeição e beleza inerentes à vida porque tem
uma ideia rígida de como as coisas deveriam ser. Envolto
em um cobertor de passividade fervente, transforma-se
na ira suprema: a rejeição à existência, a negação ao que
é.
 
Toda vez que olho para a minha vida com um não ou
com uma ideia melhor de como as coisas deveriam ser,
estou rejeitando a vida.
A consciência vive na unidade do coração.
Quando você é criativo, vive no amor e a necessidade
desesperada de entender desaparece; o medo e
sofrimento desaparecem, absorvidos pela alegria plena do
ser puro."
 
Isha

4 de agosto de 2014

Autossabotagem: o medo do novo por Flávio Bastos


"Aquilo que não fazemos aflorar à consciência, aparece em nossa vida como destino". (Carl Jung)

"Sigmund Freud, o pai da psicanálise, escreveu certa vez em um artigo chamado "Os que fracassam ao triunfar", onde ele afirma que algumas pessoas não são capazes de aproveitar a satisfação que uma conquista pode trazer, sentindo apenas angústia e ansiedade, como se fosse um medo de ser feliz. Autossabotagem é um ciclo vicioso e nocivo, já que uma parte de si mesmo quer se sentir feliz, enquanto a outra sente culpa por esse desejo.

Muitos de nós tem uma grande dificuldade de aceitar o novo. No entanto, cada indivíduo é a vida que se movimenta. A busca pelo avanço, como registra Gurdjieff, inicia-se por um estado de insatisfação com o que somos e um desejo forte por sermos melhores e colocarmos um ponto final no sofrimento, medo e angústia.

Contudo, em alguns casos, por mais paradoxal que pareça, o desconforto psíquico, que esconde em seus bastidores a experiência da dor e do sofrimento, serve como "conforto", ou seja, um estado de coisas mantido pela mente com medo da mudança interior, do novo. Este empobrecimento que interfere na qualidade de vida pode permanecer por tempo indeterminado, até o protagonista de sua história de vida se conscientizar de que a quebra do atual paradigma comportamental é a solucão para o seu problema.

Baseado na minha experiência psicoterapêutica interdimensional, entendo que as pessoas são o que são, e somente "serão" com o processo de autotransformação. Fato que exige do individíduo acreditar e confiar na possibilidade de uma mudança interior que o liberte da zona de conforto que tornou-se a sua vida.

"Muitos destes comportamentos destrutivos estão quase fora do domínio da consciência", afirma o psicólogo americano Stanley Rosner. "A autonomia, a independência e o crescimento pessoal são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas", completa o autor do livro "O Ciclo da Autossabotagem".

Algumas verdades que são interpretadas durante o processo terapêutico, podem repercutir como ameaça para a zona de conforto do autossabotador, mesmo que ele esteja convicto da necessidade de ajuda para encontrar a solução de seu problema.

Recentemente, tratei de um caso em que a pessoa tinha plena consciência de sua situação, cujo histórico revelava repetidas experiências de autoboicote decorrente de traumas infantis que bloqueavam o seu crescimento pessoal. No entanto, à medida que as interpretações foram surgindo para que o indivíduo elaborasse uma libertação de nível consciente, o inconsciente puxou-o de volta para a zona de conforto através de uma nova autossabotagem. E o ciclo, com certeza, manteve-se gerando ganhos secundários à pessoa que teve medo de quebrar o próprio paradigma comportamental. 

Muitas pessoas fazem como o caracol que depende de sua casca para proteger-se dos perigos externos. Passam o tempo, às vezes a vida inteira, limitados pelos seus temores de desafiar o desconhecido além de suas áreas de proteção criadas pelos bloqueios internos. Queixam-se da vida, sentem-se vítimas de situações, entram em depressão, procuram ajuda nas terapias, mas algumas não conseguem se libertar do ciclo vicioso e retornam para o estado de coisas de suas vidas. E isso acontece bem mais do que imaginamos, pois o desconforto das verdades reveladas pode doer mais que as verdades não reveladas à luz da consciência.

O autoboicote tem muitas origens e também muitas formas de se manifestar. Para sabermos como isso se processa internamente, podemos começar com uma pergunta: "O que eu sei de mim mesmo que preferia não saber?". A resposta deve gerar em nós um processo, o autoconhecimento. É através dele que começamos a desmontar o mecanismo de autossabotagem.

Nesta lógica, a ligação com o passado é tão intensa que não conseguimos nos desligar de padrões de comportamento que nos acompanham de vivências passadas. Portanto, na abordagem psicoterapêutica, devemos considerar que trazemos um modelo comportamental de vidas pretéritas que pode ser alterado para melhor ou para pior, conforme as experiências infantis que tivemos na relação com os pais biológicos ou substitutos da vida atual.

Dissociar o foco do eu interdimensional, em benefício do ego exclusivamente dimensional, é limitar o autoconhecimento a um nível superficial da existência humana, sabotando um conhecimento que poderia -através da regressão de memória extracerebral- acrescentar profundidade e qualidade nas descobertas em relação a si próprio e em relação à natureza humana.

O ser dotado de excepcional capacidade de expansão consciencial se sabota quando sai de seu propósito existencial. Caminho que passa pelo processo de autoconhecimento que aponta onde queremos chegar e quais os caminhos e métodos que iremos escolher para alcançar e avançar. Somente diante desta clareza de intenções aplicadas à prática do cotidiano, é que teremos a certeza de que começamos a alterar um padrão comportamental pela influência de um novo foco: o foco do crescimento integral e sem limites para aquele que deseja expandir a sua consciência além das fronteiras do ego."
 


Flavio Bastos
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=40059

3 de agosto de 2014

Além da vítima por Rubia A. Dantés

 "Muitas vezes na vida nos sentimos como vítimas indefesas de pessoas e situações e passamos muito tempo presos em histórias que nos levam a estar nessa incômoda posição, da qual nem sempre é muito fácil sair se acreditamos que a culpa pelos nossos problemas é sempre do outro.

Recentemente, vi-me em uma situação onde me senti assim... e tudo parecia me dar força para crer que eu realmente era uma vítima indefesa naquele caso.
Nesse estado de agitação mental, percebi que não conseguiria controlar minhas reações na situação onde me sentia vítima, e por um instante de lucidez, lembrei-me do H'oponopono e ali mesmo comecei a praticar... 
 
As emoções e a certeza que era vítima eram bem fortes, mas, ao praticar o Ho'oponopono, elas foram deixadas de lado pouco a pouco e a consciência foi ficando mais clara.

E mesmo que sob o efeito das memórias, onde tudo o que me oprimia parecia vir de fora e ser culpa do outro, assumi os 100% de responsabilidade pelo que em mim estava causando aquela situação...
E depois de algumas horas de prática, adormeci falando as palavras mágicas... No dia seguinte, tive um insight sobre algo em mim que não percebera até então.... e que tinha a ver com a situação em questão... vi com muita clareza uma dificuldade que nunca havia percebido.... e aquela dificuldade me fazia atrair situações como aquela.

Passei da posição de vítima do outro para a posição de quem, ao descobrir em si mesmo um problema, faz algo para solucionar... e isso não tem preço. Me dediquei a isso com afinco, usando mais uma vez o Ho'oponopono, e alguns dias depois, surpreendia-me em como estava diferente e como as dificuldades que tinha em relação àquele problema foram se dissolvendo, revelando partes minhas que não tinham aquele problema. Soluções inesperadas foram acontecendo com tanta facilidade que me vendo agir parecia outra pessoa.

Muitas vezes nos sabotamos em algum ponto e atraímos situações que nos fazem parecer que somos vítimas indefesas e que o problema sempre está fora... na vida... no outro... e em mais um monte de configurações que criamos para nossa realidade, para não enfrentar determinadas dificuldades que temos... para evitar as coisas das quais temos medo...
 
Nessas sabotagens, atraímos situações que vão de alguma forma contribuir para que não vivamos aquelas coisas... e sempre parecemos que somos as vítimas e, por isso, não podemos fazer nada a não ser lamentar.
Imagina que você comprou um aparelho para fazer exercícios, mas nunca usou e os exercícios ficaram na eterna promessa... um dia você vê que alguém pegou seu aparelho e está fazendo exercícios com ele...
Você se sente triste porque um dia ia usar e passa a culpar a pessoa por não ter feito, a partir de então, os exercícios que iria fazer...
Fica magoada e triste e, ao invés de simplesmente pedir o aparelho e começar a usar, você não toma nenhuma atitude e se afunda no papel de vítima e nas queixas.
Aquela pessoa a deixou em um beco sem saída, porque, se você pedir o aparelho vai ter que usar e, como não deu conta de fazer isso por tanto tempo, prefere se queixar com os outros e com a vida e ser "a vítima" do que fazer algo para resolver o problema.
Você cria um outro problema para mascarar a sua falta de capacidade para fazer os exercícios...

Quase sempre quando nos sentimos vítimas de pessoas ou situações, ali está, na verdade, uma grande oportunidade de curarmos em nós coisas que não percebíamos. 
 
O outro está sempre nos revelando algo sobre nós mesmos e sempre podemos escolher se vamos perpetuar a vítima indefesa ou se vamos usar essas oportunidades mágicas para ir além e nos libertar de padrões e crenças que nos impedem de viver uma vida mais plena. Se você tiver coragem de sair do papel de vítima pode descobrir que é muito mais do que aparenta ser e que pode muito mais do que pensava até então."..
 
 Rubia A Dantés
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=13905
 

16 de fevereiro de 2013

Sindrome da Vitima - A INCAPACIDADE DE ACEITAR O MUNDO COMO ELE É...

"Todo o comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bastante distintos: aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca.

Nossa postura na vida depende do modo como estabelecemos essa relação: a relação entre nós e os outros, entre nós e os membros da nossa família, entre nós e outros membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho, entre nós e a realidade externa.

A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre essas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima.

O que é a vítima?

A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo.

Ela consegue ver apenas a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo.

Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer.

A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as outras pessoas. 

Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem.

E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é à outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas.

A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar‚ escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, as deficiências da parte que nos cabe.

Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas.

A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer.

Sofrendo de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a idéia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser.

Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contato com a realidade.

A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.

Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada.

Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes.

Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor.

Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante.

Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais. Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence.

A nossa fantasia está em querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes. Todos nós temos parte da responsabilidade naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver.

Os problemas da nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel.

Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução. Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis.

Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora.

Generalizamos para não solucionarmos, e como tudo aquilo que nos acontece está vinculado à realidade, todas as vezes que quisermos encontrar desculpas para nós basta olhar a imperfeição externa. 

Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia.

A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo.

Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio. A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros é que não prestam.

Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros têm que mudar.

A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas. 

A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo.

É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas. 

Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação.

As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer."

Autor: Antônio Roberto Soares/Psicólogo
http://telepatas.ning.com/forum/topic/

1 de janeiro de 2013

Causa e efeito - por Andrew Matthews


"Se a sua vida está estagnada, é preciso prestar mais atenção no que você faz por ela. A gente nunca ouve uma pessoa dizer: “Eu me levanto cedo, faço ginástica, estudo, cultivo minhas relações, esforço-me ao máximo no trabalho – e nada de bom acontece em minha vida”.
 A vida é um sistema de energia. Se nada de bom acontece, a culpa é sua. Assim que perceber que seu investimento molda as suas circunstâncias, você deixa de ser uma vítima... 

As regras de causa e efeito regem a vida de todo mundo. Nós recebemos na vida aquilo que pedimos. Bruce seduz as mulheres com brilhantes e perfumes; quando elas o abandonam, reclama que foi usado por causa do dinheiro... 

Wendy provoca comoção com seus decotes exagerados; ao mesmo tempo, queixa-se de que os homens a querem unicamente por causa do seu corpo... Aí eu pergunto – onde está o mistério? São as regras de causa e efeito.
 Se formos sinceros conosco mesmos, podemos listar quase tudo que nos aconteceu, e verificar o quanto colaboramos para que tenha sido assim. 

Não se preocupe com o que as leis do universo possam ter proporcionado ao seu vizinho. Observe apenas como a lei de causa e efeito opera em sua vida – nos relacionamentos, no sucesso, nas decepções. Descubra isso e você terá paz interior."
Trecho do Livro "Siga seu coração", Andrew Matthews
Fonte:http://www.fadadasrosas.com.br

25 de junho de 2011

Quanto menos nos gostamos, mais buscamos aprovação dos outros!




"O que significa ter baixa autoestima?Significa, entre muitas outras coisas: 

tratarmos a nós mesmos muito mal; nos colocarmos em segundo plano;termos uma visão negativa a nosso respeito; não acreditarmos na nossa própria capacidade; acreditarmos que somos vítimas das circunstâncias ou que as outras pessoas têm real poder sobre nós.

Poderia-se pensar que, com todas estas afirmações acima, a pessoa que não se ama seria incapaz de se dedicar a qualquer coisa. De fato, existem aquelas que ficam tão mal, que praticamente se auto-destroem. Porém, há aquelas que tentam um outro caminho. Em suas mentes trata-se de uma forma positiva de lidar com a situação, mas esta atitude apenas mascara o problema.

No caso do segundo tipo - os aparentemente positivos - quanto menos estas pessoas se gostam, mais dedicadas ficam em relação aos outros. Até parece que dependem de fato da aprovação alheia para existirem.

 Por isso, é tão fácil reconhecer o tipo: são indivíduos muito generosos, atenciosos e educados, que não falam "não" a nenhum tipo de tarefa ou favor, mesmo que tal evidentemente os atrapalhem ou prejudiquem, que se esforçam em serem os melhores, de modo que ninguém os possa repreender, julgar ou criticar, etc."Mas estas são pessoas muito boas, abnegadas, humildes" você pode pensar e afirmar. Então por que, mesmo assim, nada impede que você as trate com indiferença, desrespeito e abuso?

 Porque a energia verdadeira que emana delas, que é negativa, faz com que inconscientemente, você não as dê valor. Desse modo, tente ser sincero consigo mesmo. Quantas pessoas dedicadas assim não lhe dão mal estar? Não é por isso que geralmente as mulheres deixam os homens chamados de "bonzinhos" de lado para ficarem com aqueles que exalam autoconfiança e vice-versa?Para que haja paz, amor e compreensão, é preciso que ambas partes se policiem.

Por isso, se você encontrar alguém que faz de tudo para ser aceito, procure reagir de forma positiva. Por mais que tenha vontade de ignorar e abusar, seja justo e correto, dê oportunidade à pessoa de se modificar, de cuidar mais de si mesma. Não a deixe ficar se humilhando do seu lado. Agora, caso seja você a pessoa que sofre de baixa autoestima, pare de culpar os outros por sua situação. Não fique no eterno círculo vicioso do "eu faço tudo por eles e não recebo nem um obrigado", pois o agradecimento realmente não irá aparecer. Faça o que é melhor para você, sempre. É esta sensação de bem-estar e de respeito por si mesmo que levará os outros a lhe tratarem no mesmo nível.E como aprender a gostar de si mesmo, quando estamos há anos nos punindo?De fato não é fácil, mas é preciso começar de algum lugar. 

Que tal estas dicas simples para iniciar novos hábitos?

Não tenha tanta pressa em se justificar quando alguém apontar um erro ou desconforto.

Evite também ficar se justificando em pensamento; Se alguém lhe elogiar, aceite e agradeça.

 Não retruque, desvalorizando-se; Se você errar, não se sinta mal. Errar lhe ajuda a aprender melhor;

 Aprenda a dizer não e também não assuma a responsabilidade dos outros. Cada um deve aprender com os próprios desafios;

 Se quiser algo, assuma. Nada de dizer: "Você que sabe", "O que for melhor para você"; Reserve um tempo para seus lazeres pessoais, sem culpa;

 Fique perto de pessoas otimistas e que se gostam, assim, você evita ficar sem energia perto das vítimas e dos reclamões;

 Não se ofenda com tanta facilidade. Se alguém perde a calma, é bruto ou egoísta, isso diz mais sobre a pessoa do que sobre você.

 Por fim, não sejamos nem vítima, nem algozes. É preciso aprender a ouvir e sentir mais, ao invés de simplesmente reagir, sem consciência."

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