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15 de abril de 2015

Você quer controlar tudo? por Robert Holden

"Os relacionamentos que você mais tenta controlar são os que mais são prejudicados. Controle é medo. Tentar controlar as pessoas que você ama revela antigas mágoas, antigas desilusões e antigas dores. O controle não assegura um relacionamento. Pelo contrário, o controle liquida a confiança, a intimidade, o romance, a espontaneidade e o crescimento. Não é possível controlar o amor incondicional. Você precisa abdicar do controle e do medo para ganhar o amor.

Nos relacionamentos, geralmente o controle causa conflitos de poder, desencantamento e rupturas tristes. Sempre que você tenta mudar alguém, você está tentando controlar essa pessoa. Sempre que você tenta fazer escolhas por essa pessoa, você está tentando controlá-la. Seu relacionamento não se baseia mais em amor e em respeito, mas em manipulação e dominação. Surge um conflito de poder, uma guerra, e ambos perdem – a menos que se abra mão do controle.

Renunciar ao controle é, de modo geral, o primeiro passo rumo a uma maior criatividade, inspiração e cura. No entanto, requer coragem.

Normalmente, o controle revela a tentativa de ‘fazer’ a vida por conta própria. Tem ranço de ego, de mentalidade estreita, de medo de mudança, até de medo do sucesso. Controle em demasia pode bloquear a recepção, a parceria, a sinergia e o crescimento. Pode isolá-lo de uma ideia melhor, de novos caminhos, de ajuda extra e de mais abundância. Pode deixá-lo limitado aos seus próprios pensamentos mesquinhos, e com isso você perde de vista o todo.

Como você pode saber se está aplicando controle em demasia? É simples. A sua vida não estará funcionando a seu favor. Onde o controle é excessivo, não há fluxo, não há abundância, não há alegria. O controle é o calcanhar-de-aquiles que você arrasta enquanto abre caminho pela luta, conflito e dor.

Sempre que você estiver exercendo um excesso de controle, pergunte-se: ‘Neste caso, o que poderia funcionar melhor que o controle? Afirme: ‘Deus é quem toma conta aqui’, ou algo similar."

Robert Holden
Fonte:https://universonatural.wordpress.com

16 de março de 2013

O fim do conflito por Krishnamurti...


 "(...)Existe possibilidade de se encontrar alegria duradoura? Existe; mas, para vivermos essa alegria, é preciso que haja liberdade. Sem a liberdade, não pode ser descoberta a verdade; sem a liberdade, não é possível o conhecimento do Real.
 A liberdade deve ser procurada com diligência.
 Libertai-vos dos que se dizem salvadores, mestres, guias; libertai-vos das muralhas egocêntricas do bem e do mal; libertai-vos de autoridades e modelos; libertai-vos do “ego”, o causador de conflito e sofrimento.

Enquanto o anseio, nas suas diferentes formas, não for compreendido, haverá conflito e sofrimento. 
O conflito não terminará com uma nova e superficial definição dos valores, nem com trocas de mestres e guias. A solução definitiva se encontra no libertar-nos do anseio; não está noutro, porém em vós mesmos, o meio de o conseguirdes. A batalha incessante que se trava dentro de todos nós e a qual chamamos viver, não terá desfecho enquanto não compreendermos e transcendermos o anseio.

O conflito da aquisição manifesta-se na atividades culturais, na vida de relação, na acumulação de bens materiais. 
A tendência aquisitiva, sob qualquer forma que seja, gera a desigualdade e a brutalidade. Tal divisão e conflito entre os homens não podem ser abolidos por uma simples reforma dos efeitos e valores externos.
 A igualdade de posses não é a saída pela qual nos livraremos das tribulações e da estupidez que em escala tão vasta nos circundam e envolvem. Revolução alguma pode libertar o homem do espírito de exclusividade. Despojai-o de seus bens, mediante a legislação pela revolução, e vê-lo-eis apegar-se à exclusividade nas suas relações ou crenças. 

O espírito de exclusividade, nos seus diferentes planos, não pode ser abolido mediante reforma exterior, nem mediante com pulsão ou disciplinamento. É, todavia, esse espírito de exclusividade que gera desigualdade e dissensão. A tendência aquisitiva não lança o homem contra o homem? Pode implantar-se a igualdade e a compaixão por qualquer meio concebido pela mente? Não é necessário procurá-las em outra parte? Não cessa a exclusividade, apenas, quando reina o Amor, quando reina a Verdade ?

A unidade humana só pode encontrar-se no amor, no esclarecimento que nos traz a Verdade. Essa unidade do homem não pode estabelecer-se mediante simples ajustamento econômico e social. 
O mundo está perenemente ocupado nesse superficial ajustamento; está sempre tentando reordenar os valores, dentro do padrão da vontade aquisitiva; quer assentar a segurança na base insegura do desejo e, com isso, só atrai desastres.
 Contamos que uma revolução externa, uma reforma exterior dos valores, transformem o homem. 
Embora, sem dúvida, essas coisas produzam certos efeitos no homem, a sua vontade aquisitiva, encontrando satisfação em outros planos, continua a existir. 
Essa atividade aquisitiva, infinita e vã, não pode em tempo algum trazer a paz ao homem, e é só quando o indivíduo está livre dela que pode haver o esta do criador.

A aquisição cria a divisão dos que estão à frente e dos que ficam atrás.
 Deveis de ser simultaneamente Mestre e discípulo na busca da Verdade; deveis de investigar diretamente, sem o conflito de oposição entre modelo e imitador. 
É preciso haver persistente autovigilância, e quanto mais fordes diligentes e ardorosos, tanto mais se libertará o pensamento dos vínculos por ele próprio criados.

Na bem-aventurança do Real não existe “experiente” nem “experiência”. Uma mente-coração sobrecarregada das lembranças do passado não pode viver no eterno presente. Deve a mente-coração morrer em cada dia, para que haja Eternidade."

Krishnamurti
Conferências com perguntas e respostas realizadas nos anos de 1945 e 1946, em Ojai, Califórnia, Estados Unidos da América. Do livro: O Egoísmo e o Problema da Paz – Ed. ICK - 1946

19 de julho de 2012

O Poder do Silêncio ... por Eckhart Tolle [trechos 2]


“Pensar fragmenta a realidade, cortando-a em pequenos pedaços que são os conceitos. A mente pensante é útil e poderosa, mas torna-se muito limitadora quando invade completamente sua vida, impedindo você de perceber que a mente é apenas um pequeno aspecto da Consciência que você é realmente.”

“Sempre que você mergulha em pensamentos compulsivos, está impedindo o que existe. Você está se negando a estar onde está: Aqui. Agora.”

“Despertar espiritualmente é despertar do sonho do pensamento. Quando você deixa de acreditar em tudo o que pensa, você sai do pensamento e vê claramente que quem está pensando não é quem você é realmente.”

“Quando a mente fica entediada, quer satisfazer sua fome lendo um livro, assistindo à tevê, navegando na internet. A alternativa é aceitar o tédio e a ansiedade e observar como é sentir-se entediado e ansioso. À medida que você se dá conta dessa sensação, surge um espaço arejado e uma calma em volta da sensação. O tédio, a ansiedade, a raiva, a tristeza e o medo não são seus. Eles são estados da mente. É por isso que vão e voltam. Nada que vai e volta é você.”
“Estou triste. Quem percebe isso? Estou com medo. Quem percebe isso? Você é a pessoa que percebe isso. Você não é os seus sentimentos.”

“No estado de calma e consciência, se você precisar da mente para um fim prático, ela estará presente. Na verdade a mente funciona muito bem quando a inteligência maior e real que é você se expressa através dela, como uma ferramenta.”
“Aprenda a sentir-se à vontade dentro do não-saber. A mente teme o não-saber, mas um conhecimento mais profundo que não é baseado em qualquer conceito vai emergir desse estado.”

“A mente está sempre querendo alimentar-se para continuar pensando. Ela procura alimento para sua própria identidade, para seu sentido de ser. É assim que o ego se cria e recria continuamente.”

“Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro? Quem percebe isso? É o Eu-Sou. Esse é o seu eu mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro. Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não pára de falar, percebe que você vem se identificando com a corrente do pensamento. Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe. Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz.”

Autor: Eckhart Tolle
Compartilhado do blog:http://www.livredesi.com/ postado por Sebastianvalle

6 de agosto de 2011

Desenvolva seu lado espiritual na vida diária!

 
 "Outro dia, lendo uma revista, li a resposta da Monja Coen sobre como podemos desenvolver a espiritualidade na vida diária.

Ela disse:

“Não pense que espiritualidade está apenas em templos, igrejas e montanhas: ela está onde você está. A palavra espírito vem da nossa capacidade de inspirar e expirar. Se alguém me insulta e sou capaz de compreendê-lo, sem me deixar levar pela raiva, pela vingança ou pela tristeza, estou praticando a espiritualidade. O estresse, a pressa e o trânsito são ótimas oportunidades de prática espiritual. Ao perceber a tensão, já me coloco em outro patamar: inicio um processo de autoconhecimento, percebo o que impulsiona e o que me retrai. A vida urbana nos dá ótimas oportunidades para aprimorar a paciência, a tolerância, o respeito à vida, a sabedoria e a compaixão. Todos os seres são conectados. Faça o seu melhor, respira profundamente e seja gentil.”

Gostaria que você fizesse uma contemplação sobre esses sábios ensinamentos Contemplar (praticar dharana)é um passo importante do yoga para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.

Consiste em autoindagação, autoinvestigação, sem fazer julgamentos, sem cobranças. É um momento de reflexão para perceber seus erros, sem se culpar. E, sim, com a intenção de aprendizado e aprimoramento de virtudes.

Para fazer isso, gostaria que você lesse novamente a resposta da Monja Coen.

Agora, contemple como você pode aplicar esses ensinamentos na sua realidade, no seu dia a dia.

Reflita como pode viver o princípio Ético do Yoga: A não violência, nos relacionamentos familiares, com os amigos, com o chefe, com os colegas de trabalho, no trânsito, nas reuniões de trabalho e de condomínio.

Perceba como pode desenvolver tolerância, paciência e gentileza com você, com as outras pessoas, no trânsito, no meio de toda a sua atividade diária.

Abra-se para perdoar, esquecer conflitos e libertar-se da raiva.

Essa tem sido minha busca pela espiritualidade. Entendi que não basta ir apenas a igrejas, participar de reuniões espirituais ou palestras, mas é essencial a prática da não violência comigo, com os outros, com a natureza e o aprimoramento das virtudes.

Tenho procurado desenvolver as virtudes divinas, que já existem dentro de mim (e de nós!), como jóias preciosas. Qualidades como: compaixão, tolerância, paciência, bondade, perdão e gentileza.

Essas virtudes são nossos tesouros interiores, esperando para serem desenvolvidas por nós.

Com a prática regular da meditação, encontrei meu santuário interior. E, hoje basta fechar meus olhos, que logo me conecto com esse espaço de paz dentro de mim. Esse apoio interno me traz confiança e serenidade.

Essa serenidade é uma grande conquista, pois precisamos senti-la nos momentos felizes e também nos momentos tristes.

Em vários momentos desafiantes de minha vida, essa serenidade veio de dentro, me apoiando, me fazendo superar, de maneira mais fácil, as dificuldades, as dores do corpo e também as dores da alma.

Essa serenidade é o fruto das minhas práticas espirituais do yoga: meditação, canto de mantras, contemplação, altruísmo, o cumprimento do dharma (missão de vida), que é o nosso correto dever, sem querer o fruto de nossas ações.

Superei muitos medos, dissolvi mágoas, raiva e ansiedade. Abri meu coração para perdoar a mim e as outras pessoas. E, desta maneira, fui me libertando, sentido alegria interior e paz de espírito.

Minha maior conquista tem sido me libertar da raiva, nosso maior inimigo nesse planeta. Se, por acaso, sinto raiva, procuro dissolvê-la imediatamente com o mantra Om Namah Shivaya, com a respiração, com pensamentos de Deus.

Compreendi que sentir raiva é humano, mas não devemos dormir com raiva, nem alimentá-la o dia todo. Procuro transcender a raiva, com o autoconhecimento, tolerância e compreensão. Evoluídos sentem raiva só por um minuto -

Perguntaram a Santa Rabi’: “Você alguma vez sente raiva?

Ela respondeu: “Sim, mas só quando me esqueço de Deus.”

Tenho procurado aplicar esse grande ensinamento. Se eu preencho meu coração com amor por Deus, não haverá espaço para a raiva.

Na Bhagavad Gita, escritura do yoga, Krishna diz a Arjuna:

“Oh! Arjuna, deixe de pensar em seus inimigos externos. E, em vez disso, conquiste seus inimigos internos."

A Bhagavad Gita diz que a raiva é nosso pior inimigo. Ela nos causa um dano enorme, tirando nossa paz e plenitude.

Perceba como a raiva muda seu humor, seu coração, tira sua alegria e serenidade.

Se você deseja evoluir espiritualmente, aprenda a vencer essa tendência de ficar com raiva. Se você controlá-la, transcendê-la, ela se transformará em coragem, em amor. Fique em paz! Namastê! Deus em mim saúda Deus em você”!"

por Emilce Shrividya Starling

16 de dezembro de 2010

Queremos Paz ou Conflito? - Eckhart Tolle

"Desejamos paz.
Não existe ninguém que não a queira. Ainda assim, há algo em nós que pede o conflito, o enfrentamento. Talvez você não seja capaz de perceber isso neste instante. Pode ser que tenha que esperar por uma situação ou até mesmo por um pensamento que disparem uma reação da sua parte: alguém que o acuse de algo, que não o reconheça, que se intrometa no seu territorio, que questione sua maneira de fazer as coisas, que provoque uma discussão sobre dinheiro etc.

Diante de uma circunstância desse tipo, voce consegue sentir o imenso impulso de força que começa a atravessá-lo, o medo que talvez esteja sendo mascarado por raiva ou hostilidade? 

É capaz de ouvir sua própria voz se tornando áspera, estridente? Tem consciência de que sua mente está correndo para defender a posição dela, justificar, atacar, condenar? 

Em outras palavras, tem capacidade de despertar nesse momento de insconsciência? Sente que algo em você está em guerra, alguma coisa que se vê ameaçada e quer sobreviver a todo custo, que precisa do confronto para afirmar a própria identidade como o personagem vitorioso dentro dessa produção teatral? 

Consegue sentir que existe algo em você que preferia estar certo a estar em paz?" 

Autor:Eckhart Tolle
Fonte: Livro O despertar de uma nova consciência, editora sextante

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