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16 de novembro de 2013

Meditação e cura.....


(...) "Quando nossos desejos, medos e sentimentos de indignação são reprimidos, ficam quais sementes que não recebem o oxigênio nem a água de que precisam para crescer e se transformar em algo belo; e podemos experimentar, tanto no corpo como na alma, sintomas que se originam desse bloqueio. 
Apesar dessas formações mentais terem sido reprimidas, ainda têm a função de nos prender e dirigir, tornando-se assim nós interiores muito fortes. Temos o hábito de virar-lhes as costas, agindo como se elas não existissem, e é por isso que elas não têm oportunidade de emergir e aparecer em nossa consciência mental. Procuramos esquecer, consumindo mais coisas.

 Não queremos encarar esses sentimentos de dor e de abatimento. Queremos preencher a área da consciência mental de modo que o espaço todo seja ocupado e os sentimentos de pesar que estão no fundo não encontrem lugar para se manifestar. Assistimos aos programas de televisão, ouvimos rádio, folheamos livros, lemos jornais, conversamos, jogamos cartas e bebemos bebidas alcoólicas, tudo para esquecer.

Quando nosso sangue já não pode circular, aparecem sintomas de doenças em nosso corpo. Da mesma forma, quando as formações mentais são reprimidas e não podem circular, começam a aparecer sintomas de doenças físicas e mentais. Precisamos saber como parar com a repressão, para que as formações mentais de desejo, medo, indignação, etc. tenham oportunidade de se manifestar, ser reconhecidas e transformadas. Cultivar a energia da mente alerta através da meditação pode ajudar-nos a fazer isso. Praticar a mente alerta através da prática diária da meditação vai ajudar-nos a reconhecer, acolher e transformar nossos sentimentos de sofrimento.

Quando reconhecemos e acolhemos essas formações mentais, em vez de reprimi-las, sua energia negativa diminui um pouco. Contudo, meditar sobre essas formações mentais por cinco ou dez minutos pode ajudar. Na próxima vez que surgirem, serão novamente reconhecidas e acolhidas e voltarão ao depósito de consciência. Se permanecermos nesta prática, não mais temeremos nossas formações mentais negativas, não mais as empurraremos para baixo ou as reprimiremos como fizemos até agora.

A boa circulação em nossa mente pode ser restabelecida e as complicações psicológicas que causam bloqueios no corpo podem desaparecer aos poucos.

A mente alerta é sobretudo a capacidade de simplesmente reconhecer a presença de um objeto sem tomar partido, sem julgar, sem cobiçar e sem desprezar este objeto. Por exemplo, suponhamos que exista um lugar dolorido em nosso corpo. Com a mente alerta, nós simplesmente reconhecemos esta dor. Isto pode ser um tipo de oração bem diferente daquele a que você está acostumado, mas sentar em meditação e estar consciente desta dor, isto também é oração.
 
Com a energia da concentração e da introspecção, somos capazes de ver e entender a importância dessa dor, o verdadeiro motivo por que surgiu e a maneira como seremos capazes de curá-la, com base na compreensão que provém da mente alerta e da concentração. Se tivermos ansiedade demais, se estivermos imaginando sempre coisas, esta ansiedade e estas imaginações vão trazer estresse à nossa mente, e a dor aumentará. Não é câncer, mas nós imaginamos que é câncer, e nós nos preocupamos e lamentamos até não mais conseguir comer nem dormir. A dor redobra e pode levar a uma situação mais grave.

Em um sutra, o Buda dá o exemplo de duas flechas. Se uma segunda flecha é lançada para dentro da ferida causada pela primeira flecha, a dor não será apenas dobrada, mas dez vezes maior. Não deveríamos deixar que uma segunda ou terceira flechas chegassem e nos ferissem ainda mais por causa de nossa imaginação e de nossas preocupações.

Quando perseguimos os objetos do desejo dos nossos sentidos como dinheiro, fama, poder e sexo, não estamos em condições de produzir autêntica felicidade.
 Ao contrário, criamos muito sofrimento para nós e para os outros. Os seres humanos estão repletos de desejos. Dia e noite correm atrás desses desejos e, por isso, não são livres. Se não forem livres, não se sentem à vontade e não experimentam a felicidade. Se tivermos poucos desejos, ficamos satisfeitos com uma vida simples e saudável, com viver profundamente cada instante da vida diária, com amar e cuidar de nossos entes queridos. Este é o segredo da verdadeira felicidade. Na nossa sociedade atual, muitíssimas pessoas procuram a felicidade na satisfação dos desejos dos sentidos. Aumentou em muito o sofrimento e o desespero.

O sutra da Floresta fala do desejo como de uma armadilha. Se formos pegos na armadilha do desejo, vamos lamentar e perder toda nossa liberdade, e não podemos ter verdadeira felicidade. O medo e a ansiedade também geram sofrimento. Se tivermos suficiente compreensão para aceitar uma vida simples e estar satisfeitos com o que temos, não nos precisamos preocupar mais nem temer nada. É só porque achamos que amanhã podemos perder nosso emprego e não receber o salário mensal que vivemos em constante nervosismo e ansiedade. Por isso, a única saída para nossa civilização é consumir pouco e produzir mais felicidade."

Do livro “A energia da oração” – Thich Nhat Hanh
Fonte:http://budavirtual.com/2013/09/16/meditacao-e-cura/

21 de outubro de 2013

Nem passado, nem futuro....


"Você está sofrendo de estresse? Pensa tanto no futuro que o presente está reduzido a um meio para chegar lá?
O estresse é causado pelo estar “aqui” embora se deseje estar “lá”, ou por se estar no presente desejando estar no futuro.
É uma divisão que corta a pessoa por dentro. Criar e viver com essa divisão é insano.

O fato de que todas as pessoas estão agindo assim não torna ninguém menos insano. Se você não pode fugir disso, tem de se movimentar rápido, trabalhar rápido, ou até mesmo correr, sem se projetar no futuro e sem resistir ao presente. 

Quando se movimentar, trabalhar e correr, faça tudo por inteiro.Desfrute o fluxo de energia, a alta energia desse momento. Agora não há mais estresse, não há mais divisão por dois, apenas o movimento, a corrida, o trabalho. Desfrute essas atitudes. Ou você também pode abandonar tudo e se sentar num banco do parque. Mas, ao fazê-lo, observe a sua mente. Pode ser que ela diga: “Você devia estar trabalhando. Está perdendo o seu tempo”. Observe a mente. Sorria para ela.

O passado toma uma grande parte da sua atenção? Você frequentemente fala e pensa sobre ele, tanto de forma positiva quanto negativa? As grandes coisas que você conquistou, suas experiências e aventuras, ou as coisas horrorosas que lhe aconteceram, ou talvez que você fez a alguém? Será que seus pensamentos estão gerando culpa, orgulho, ressentimento, raiva, arrependimento ou autopiedade?

Então, você está não só dando mais força ao falso eu interior, como também ajudando a acelerar o processo de envelhecimento do seu corpo através da criação de um acúmulo de passado na sua psique. Constate isso observando à sua volta aquelas pessoas que têm uma forte tendência para se apegar ao passado.

Morra para o passado a cada instante. Você não precisa dele. Refira-se a ele apenas quando totalmente relevante para o presente. Sinta o poder do momento presente e a plenitude do Ser. Sinta a sua presença."

Eckhart Tolle

20 de outubro de 2013

Como transformar sua vida e sentir-se bem...

"(...)Você pode literalmente transformar a sua vida fazendo uma coisa: DECIDIR SENTIR-SE BEM.

 (...)Não é a evasão ou negação.
 Não é enfiar a cabeça na areia e esperar uma situação ruim ir embora.
 O pensamento positivo é uma mudança na maneira de perceber o mundo, as imagens e palavras que você usa, e as crenças que você cria. O resultado final é que você se sente bem, e as coisas começam a seguir o seu caminho porque as crenças positivas promovem pensamentos positivos, e pensamentos positivos levam a ações positivas. 
Depois, você pode aproveitar os frutos de suas ações!

Aqui estão algumas dicas úteis para preparar o cenário para o pensamento positivo:

1. Cuide de si mesmo:
 dê ao seu corpo o presente de uma excelente nutrição, exercícios diários, relaxamento (incluindo meditação) e sono adequado. O stress é a razão número um da sua saúde não ser ideal e por seus ciclos de sono estarem perturbados. Somos muitas vezes tão ocupados com as obrigações que nos esquecemos o quanto é essencial cuidar de nós mesmos. Tomar algum "tempo para si" não é ser egoísta - se você pode cuidar de si mesmo, você poderá fazer um trabalho muito melhor de cuidar dos outros e de suas obrigações!

2. Cerque-se de pessoas positivas e energia positiva: 
Evite os infortúnios e as rainhas do drama, e se cerque de pessoas que são felizes e otimistas.
Negatividade é contagiosa e muito insidiosa. Ela pode esgueirar-se em sua vida lentamente até que esteja tão arraigada que você nem sequer a reconheça - mas está lá, e é poderosa, se você já ouviu-se a julgar, reclamar, culpar ou condenar. 
Preste atenção à maneira como você fala, para ver se a negatividade ou positividade tem mais influência com você!Quanto mais você pensar positivamente, mais você naturalmente irá gravitar em torno de pessoas e situaçãoes positivas e a negatividade velha vai ficar longe de sua vida.

3. Monitore a si mesmo:
 Verifique a sua atitude, seu humor, suas emoções e seus pensamentos sempre que puder. Isso não quer dizer que você deve sempre estar ciente do que você está pensando - primeiro de tudo o que é impossível, e você vai perder a experiência da vida. Basta tentar perceber como você está sentindo quando você está fazendo as coisas que você normalmente faz. Seus sentimentos são enormes sinais que apontam para a sua atitude mental / emocional. Se você se sente bem, você está sendo positivo, se você não se sente bem, você está sendo negativo.

4. Mude sua perspectiva:
 É possível que sua maneira de ver uma situação não seja a única maneira de vê-la? Claro que é. Todos nós temos maneiras habituais de olhar para as coisas - literalmente, para cada pessoa viva, existe um ponto de vista diferente. Levando-se para fora de suas percepções limitadas significa que você se torna aberto a alternativas. Você pode, por exemplo, experimentar e se divertir imaginando que você está olhando para a sua situação a partir da perspectiva de alguém rico e bem sucedido - como é que um grande empreendedor vê sua situação?
 Como a sua situação seria tratada? Olhando para as coisas de um ponto de vista"eu posso fazer isso" é um componente do pensamento positivo. Esta técnica também contribui com a resolução de conflitos.

 A Perspectiva de todos é 100% válida e correta, em seu ponto de vista. Aprendendo a aceitar esse fato - de que o SEU caminho não é O caminho - é um passo extremamente importante para o crescimento pessoal que vai deixar você mais feliz, mais compassivo, mais conectado e mais confiante.

5. Utilize afirmações positivas para imprimir positividade: 
De preferência o faça num estado relaxado, de ondas cerebrais alfa, onde você pode fazer seu trabalho crescimento pessoal e auto-programação muito melhor . Este nível de atividade do cérebro é menos frenético do que o estado de caminhada normal. Está mais sintonizado com a intuição e menos afetado pela negatividade. Imagine sua mente livre e clara da conversa mental, e aberta e disposta a novos padrões de pensamentos positivos. Todos esses pensamentos positivos vão influenciar suas ações para resultados muito mais satisfatórios!

6. Seja gentil com você mesmo:
 Conforme você retoma o controle de sua mente, você vai se deparar com crenças que sustenta que são desagradáveis​​para você (crenças que você não teria escolhido a si mesmo).
Você pode começar a se sentir mal, mas evite a tentação de ser duro consigo mesmo.
 Lembre-se que a maioria das crenças que você adquiriu toda a sua vida tenham sido inconscientemente adotadas de outras pessoas (principalmente os pais, colegas e professores) - essas crenças não são suas realmente, então sinta-se à vontade para liberá-las. 
Use o humor - é uma ótima maneira de tirar a dor de sentir-se errado sobre segurar uma certa crença!

7. Use sua imaginação:
 Crie imagens mentais da vida que você quer.Então, com a repetição consistente de imagens positivas e afirmações positivas, você vai reprogramar sua mente para se alinhar com o que você quer. Você tem o poder de imaginar qualquer coisa.

8. Medite:
 Pode parecer contra-intuitivo sentar-se e "não fazer nada", mas é uma das coisas mais importantes que você pode fazer (ou tecnicamente, não "fazer", mas "ser").
 Este momento de introspecção lhe dará uma idéia muito melhor de quanto a negatividade está entrincheirada em sua mente, e você vai desenvolver o domínio de escolher os seus pensamentos e imagens, e gradualmente reprogramar a negatividade da sua vida. 

Estamos tão programados para sempre fazer, fazer, fazer, mas tomar o tempo para "ser" é uma daquelas coisas que, quando cultivada, vai fazer a vida parecer mais como uma experiência prazerosa do que uma série de tarefas."
Por: Laura Silva
http://despertandodeuses.blogspot.com.br/2012/07/o-pensamento-positivo-pode-mudar-sua.html

Escolha ser feliz...


"1 – Pense no bem, e o bem se seguirá! Pense no mal, e o mal se seguirá! Você é aquilo que pensa, no decorrer de todos os seus dias!

2 – O seu subconsciente, nunca discute com você se está correto ou não! Ele apenas aceita o que, a sua mente consciente determinar!

3 – Você sempre tem o poder de escolher o bom ou o mau! Você pode escolher a cordialidade ou, se preferir, ser antipático!
Escolha saúde, felicidade, ser prestativo, alegre, cordial e simpático, e todo o mundo lhe corresponderá!

4 – A sua mente consciente é a sentinela no portão! E tem como principal função proteger o subconsciente das impressões falsas! Procure acreditar que algo de bom vai acontecer, e está acontecendo agora mesmo, neste exato momento! 
O seu maior poder é a sua capacidade de escolha; por isso, escolha tudo que lhe faça sentir-se bem!

5 – As sugestões e afirmações dos outros não têm qualquer poder para prejudicá-lo! 
O único poder é a ação do seu próprio pensamento em relação a isso e como reagirá!

6 – Tome cuidado com o que você diz! Você terá que prestar contas por cada palavra irresponsável! Nunca diga “vou fracassar”; o seu subconsciente não sabe identificar se isso é uma piada ou realidade! Ele simplesmente faz com que todas essas coisas se tornem verdades!

7 – A sua mente não é voltada para o mal! E nenhuma Força da Natureza o é! Tudo depende de como você usa os poderes da natureza!

8 – Nunca diga que não pode fazer determinada coisa! Supere o seu medo, substituindo-o pela seguinte afirmação: “Posso fazer todas as coisas através do poder da minha mente subconsciente!”

9 – Você é o capitão da sua alma (subconsciente), é o senhor do seu destino!

Lembre-se: “você tem a capacidade de escolher! Escolha a felicidade!”

10 – O que quer que a sua mente consciente acredite ser verdade, o seu subconsciente aceitará e fará com que se transforme em verdade mesmo! Acredite nas bênçãos da vida!"

Dr. Joseph Murphy.

2 de setembro de 2013

Resistência, o Medo Disfarçado ... de Eckhart Tolle

""O ego acredita que a nossa força reside em nossa resistência, quando, na verdade, a resistência nos separa do Ser, o único lugar de força verdadeira.

A resistência é a fraqueza e o medo disfarçados de força.
O que o ego vê como fraqueza é o Ser em sua pureza, inocência e poder. O que ele vê como força é fraqueza.
Assim, o ego existe num modo contínuo de resistência e desempenha papéis falsos para encobrir a “fraqueza”, que, na verdade, é o nosso poder.

Até que haja a entrega, a representação inconsciente de determinados papéis se constitui em grande parte da interação humana. Na entrega, não mais precisamos das defesas do ego e das falsas máscaras. Passamos a ser muito simples, muito reais. “Isso é perigoso”, diz o ego, “Você vai se machucar. Vai ficar vulnerável.”

O ego não sabe, é claro, que somente quando deixamos de resistir, quando nos tornamos “vulneráveis”, é que podemos descobrir a nossa verdadeira e fundamental invulnerabilidade.

Sempre que acontecer uma desgraça ou alguma coisa de ruim na sua situação de vida – uma doença, a perda da casa, do patrimônio ou de uma posição social, o rompimento de um relacionamento amoroso, a morte ou o sofrimento por alguém, ou a proximidade da sua própria morte -, saiba que existe um outro lado e que você está a apenas um passo de distância de algo inacreditável: uma completa transformação alquímica da base de metal da dor e do sofrimento em ouro. Esse passo simples é chamado de entrega.

Quando a sua dor é profunda, tudo o que se disser a respeito vai, provavelmente, lhe parecer superficial e sem sentido. 
Quando o seu sofrimento é profundo, você provavelmente tem um grande anseio de escapar e de não se entregar a ele. Você não quer sentir o que está sentindo. O que pode ser mais normal? Mas não tem escapatória, nenhuma saída.

Existem algumas pseudo-saídas como o trabalho, a bebida, as drogas, o sexo, a raiva, as projeções, as abstenções, etc., mas elas não libertam você do sofrimento. O sofrimento não diminui de intensidade quando você o torna inconsciente. Quando você nega o sofrimento emocional, tudo o que você faz ou pensa fica contaminado por ele.
Você o irradia, por assim dizer, como a energia que se desprende de você, e outros vão captá-lo subliminarmente.
Se essas pessoas estiverem inconscientes, podem até se ver compelidas a agredir ou machucar você de alguma forma, ou você pode machucá-las em uma projeção inconsciente do seu sofrimento. Você atrai e transmite aquilo que corresponde ao seu estado interior.

De quanto tempo você precisa para ser capaz de dizer:
“Não vou mais criar dores, nem sofrimentos”?
Quanto você ainda tem de sofrer antes de fazer essa escolha?
Se você pensa que precisa de mais tempo, você terá mais tempo – e mais sofrimento. O tempo e o sofrimento são inseparáveis.
Como a resistência é inseparável da mente, o abandono da resistência – a entrega – é o fim da atuação dominadora da mente, do impostor fingindo ser “você”, o falso deus. Todo o julgamento e toda a negatividade se dissolvem.

A região do Ser, que tinha sido encoberta pela mente, se abre.
De repente, surge uma grande serenidade dentro de você, uma imensa sensação de paz.
E, dentro dessa paz, existe uma grande alegria.
E, dentro dessa alegria, existe amor."

Trecho do livro "O Poder do Agora", Eckhart Tolle

18 de março de 2013

Muito além da mente por Eckhart Tolle

 
"Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independentemente dos seus pensamentos.

Nesse estado de consciência, se você precisar usar a mente para algum fim prático, ela estará presente. E a mente funciona muito bem quando a inteligência maior que é você se expressa através dela. 
Talvez você não tenha se dado conta, mas aqueles breves períodos em que fica “consciente sem pensar” já estão ocorrendo natural e espontaneamente em sua vida. Você pode estar fazendo algum trabalho manual, andando pela casa, aguardando o embarque num aeroporto e estar tão presente que a estática habitual do pensamento se interrompe e é substituída por um estado de alerta.
 Ou você pode estar olhando o céu ou ouvindo alguém falar, sem fazer qualquer comentário mental. Suas percepções se tornam transparentes como cristal, sem qualquer pensamento para obscurecê-las.

Mesmo que você não perceba, a verdade é que essa é a coisa mais importante que pode acontecer a você. É o começo do processo de mudança, do pensar para o estar presente, alerta e atento.
 Sinta-se à vontade com o “não saber”. Isso leva você para além da mente, pois ela está sempre querendo tirar conclusões e interpretar. A mente teme não saber. Assim, quando consegue ficar à vontade com o “não saber”, você já foi além da mente. Um conhecimento mais profundo que não é baseado em qualquer conceito vai emergir desse estado.

Quando há um domínio completo da criação artística, dos esportes, da dança, do ensino, do aconselhamento, é sinal de que a mente pensante não está mais envolvida ou, no mínimo, está em segundo plano.
 Nessas áreas predominam uma força e uma inteligência que são maiores do que você e, ao mesmo tempo, fazem parte de você. Não existe mais um processo de decisão. As ações corretas acontecem espontaneamente, e não é “você” quem as faz. 
Ter o domínio completo da vida é o contrário de controlá-la. Você entra em sintonia com a consciência maior. É ela quem age, fala e faz o que é necessário.

A Verdade nos leva muito além do que a mente é capaz de compreender. 
Nenhum pensamento pode conter toda a Verdade. No máximo, pode apontar para a Verdade dizendo, por exemplo: “Todas as coisas são intrinsecamente uma só.” Essa é uma indicação, não uma explicação.

Compreender essas palavras é sentir profundamente dentro de si mesmo a Verdade para a qual elas apontam.

Quando você pensa ou fala a respeito de si mesmo, quando diz “eu”, está se referindo a “eu e a minha história”. Está falando do ego com seus gostos e desgostos, medos e desejos, o ego que nunca se satisfaz por muito tempo. 
Essa é a noção que a sua mente tem de você, condicionada pelo passado e buscando encontrar sua plenitude no futuro. Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro como uma onda na superfície do mar? Quem percebe isso?
 Quem compreende que sua forma física e psicológica é passageira? 
É o Eu Sou.

Esse é o “Eu” mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro.

Quando cada pensamento absorve toda a sua atenção, isso mostra que você se identifica com a voz que está dentro da sua cabeça.
 O pensamento se confunde então com o sentido do “eu”. Esse é o “eu” criado pela mente, o que chamamos de “ego”.

Esse ego construído pela mente se sente totalmente incompleto e precário. 
Por isso o medo e o desejo são as emoções e forças dominantes e motivadoras desse ego. 
Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não para de falar, percebe que, de forma inconsciente, você vem se identificando com a corrente do pensamento. 
Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe.

Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz."

Eckhart Tolle

20 de fevereiro de 2013

A Perda de Si mesmo - por Antonio Lopes de Sá

"Contrariedades são comuns na vida, mas, existem algumas que ultrapassam os limites, tornando-se traumáticas. As mais fortes provocam desequilíbrios que podem levar a uma sensação de “perda de si mesmo”.

Em tal estado os sintomas de medo, tristeza, desilusão, desânimo profundo, tiram o encanto de viver.O descontrole emocional, levando a depressão, ao estado de profunda melancolia, não só perturba a vítima, mas, também, contamina o ambiente, influindo negativamente sobre outras pessoas.

A incapacidade de reação passa a exigir tratamento, inclusive físico, com a ingestão de medicamentos que estimulem a glândula cerebral afetada, mas, disso pode resultar dependência gravosa, e, então, a plena liberdade não é alcançada.
O acompanhamento por um psicoterapeuta geralmente é o caminho e este não só assume o papel de protetor, de guia, como provoca a análise do trauma.A referida apreciação detalhada consiste em fazer com que o paciente relembre ou liberte tudo o que na mente se aninhou e que foi motivo da lesão.

Esse processo é similar ao que Freud sugeria como forma de “enfrentar” os denominados “reflexos condicionados” que causam as neuroses (embora modernamente existam progressos apreciáveis sobre a questão).Tal descrição procedida teve a intenção de relatar um fenômeno que atinge a muitos seres, Devendo, todavia, ensejar reflexões de maior amplitude ainda.

O que as neurociências explicam e pesquisam é o que lhes cabe dentro dos limites convencionais do conhecimento pertinente, mas, além de tudo isso é cabível reflexão.Entre as coisas ligadas a matéria como são as emoções, as ações cerebrais, existe a causa que tudo move e que são as questões ligadas à energia vital, ou seja, as do espírito.

Fenômenos paranormais narrados por pessoas cujas palavras merecem crédito e muitos dos quais tenho observado e testemunhado, embora ainda sem rigor científico desejável, evidenciam, entretanto, que algo mais pode amenizar os traumas mentais.
O considerado por vezes “extra lógico”, por paradoxal que pareça, pode oferecer razões à Lógica, se admitirmos que entre causa e efeito dos fatos possa haver uma interferência chamada “destino”.

Ou seja, existe força essencial organizada em finalidades definidas que parece a tudo reger, concepção que levou por vezes Einstein a afirmar que “Deus não joga dados” (embora o conceito da divindade para o emérito cientista não tivesse conotação religiosa).
Minha longa experiência de vida fez-me entender que somos movidos por determinações, aquelas que nos deram a própria origem, uma vez que não somos os autores de nossas próprias existências.Nada acontece sem uma razão determinada e coisa alguma se determina por si mesma.

O dualismo que a tudo rege é eloqüente para demonstrar que o equilíbrio se faz de opostos. A própria afirmação é a negação de algo, como a negação é uma afirmação.É nessa base, no nível da energia, do espírito, que admito que os traumas possam ser desfeitos, ou seja, pela afirmação das causas se caminha para a negação dos efeitos do mesmo.

A conversão do mal em bem depende do próprio mal desnudado, ou ainda, dentro do mesmo princípio das vacinas que faz injetar no individuo o veneno de uma serpente para curar o veneno que a mesma naquele injetou.

O cérebro, ao fechar-se para a ação do espírito precisa ser liberado através não só de meios materiais, de pensamentos como efeitos, mas, substancialmente de uma evocação para a recôndita força da alma.
O “milagre” está dentro de cada um de nós; opera-se pelo reencontro com o perdido que em verdade nunca se perdeu, pois, a luz interna só se opacifica[torna-se opaca] quando não se dissipam as nuvens do medo, estas que somos nós mesmos que as produzimos pela falta de confiança na grandeza cósmica de nossa origem." 
Autor: Dr. Antonio Lopes de Sá
Fonte:http://www2.masterdirect.com.br/448892

1 de dezembro de 2012

... E Surge o verdadeiro Eu por Osho


"Através do ego a sociedade controla você. Você tem que se comportar de certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar desse jeito, você tem que rir assim, você deve seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você não sabe onde está, você não sabe quem você é.

Os outros deram-lhe a ideia. E essa ideia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. 
E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o Eu. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o Eu. E lembre-se: vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará se despedaçando, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo; quando todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.

Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas…

Até mesmo o fato de ser infeliz lhe dá a sensação de “eu sou”. 
Afastando-se do que é conhecido, o medo toma conta; você começa sentir medo da escuridão e do caos – porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte de seu ser… É o mesmo que penetrar numa floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca – a floresta, a selva. Mas aqui dentro tudo está bem: você planejou tudo.

Foi assim que aconteceu. A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente, e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que ali você possa se sentir em casa.

E então você passa a sentir medo. Além da cerca existe perigo.

Além da cerca você é, tal como você é dentro da cerca – e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto.

Precisamos ser ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.

Por um certo tempo, todos os limite ficarão perdidos. Por um certo tempo, você vai se sentir atordoado. Por um certo tempo, você vai se sentir muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.

Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o Eu.

Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade.
 Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos, nasce uma nova ordem. Mas essa não é a ordem da sociedade – essa é a própria ordem da existência.

É o que Buda chama de Dhamma*, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiura delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas…

O ego tem uma certa qualidade: a de que ele está morto. Ele é de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não precisa procurar por ele; a busca não é necessária. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente mais um na multidão. Você é apenas uma turba. Se você não tem um centro autêntico, como pode ser um indivíduo?

O ego não é individual. O ego é um fenômeno social – ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o Eu.
 E por isso você é tão infeliz. Como você pode ser feliz com uma vida de plástico? Como você pode estar em êxtase ser bem-aventurado com uma vida falsa? E esse ego cria muitos tormentos. O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego segue encontrando motivos para sofrer…

E assim as pessoas se tornam dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.

Tente entender isso. E comece a procurar o ego – não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro entrou em choque com alguém.

Você esperava algo e isso não aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu – seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.

As causas não estão fora de você.

A causa básica está dentro de você – mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: ‘Quem está me tornando infeliz?’ ‘Quem está causando a minha raiva?’ ‘Quem está causando a minha angústia?’

Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.

E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo – porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.

Mas lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego. Você não o pode abandonar. E se você tentar abandoná-lo, simplesmente estará conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: ‘tornei-me humilde’…

Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria – então ela simplesmente desaparece. Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que esse é o inferno, ele desaparece.

E então você nunca diz: ‘eu abandonei o ego’. Você simplesmente irá rir de toda essa história, dessa piada, pois você era o criador de toda essa infelicidade…

É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.

Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente o observe.

Não tenha pressa em abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.

Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo… e então o verdadeiro centro surge.

E esse centro verdadeiro é a alma, o Eu, o deus, a verdade, ou como quiser chamá-lo. Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir.”

OSHO, Além das Fronteiras da Mente.
Fonte:http://www.palavrasdeosho.com

25 de novembro de 2012

As vozes da mente por Elisabeth Cavalcante

"No caminho da confiança, encontramos muitos obstáculos, o principal deles são as vozes que ouvimos o tempo todo em nossa mente. Enquanto não despertamos para esta realidade, deixamo-nos dominar por elas incessantemente.

E estas vozes mudam continuamente, gerando uma verdadeira gangorra de emoções que nos desestabilizam e nos fazem entrar num processo de ansiedade que pode até mesmo nos levar a um surto de loucura, um colapso nervoso.

Escapar deste estado de miséria é o que a maioria da humanidade deseja, mas, infelizmente, muitos prosseguem como cegos, sem sequer ter idéia de como podem se libertar.

Aqueles que, felizmente, já obtiveram ao menos um pequeno vislumbre de consciência, aprenderam que dar ouvidos ao turbilhão de vozes que invadem nossa mente, principalmente em momentos difíceis da vida, quando nos defrontamos com experiências como a perda afetiva ou a derrocada financeira, significa permanecer rodando em círculos, sem encontrar qualquer possibilidade de saída.

A luz só se fará se, exatamente nestes momentos, formos capazes de permanecer alheios a estas vozes, sem dar a elas energia para que continuem a nos escravizar.

Embora difícil, é exatamente nestas ocasiões que precisamos parar, permanecer quietos, apenas observando as vozes para que, aos poucos, possamos adentrar numa atmosfera de quietude, onde a ansiedade e o desespero começam a dar lugar ao silêncio, ao vazio.

E, ao contrário do que possamos imaginar, é exatamente aí que somos preenchidos com uma imensa claridade, pois a luz se faz presente e nos ajuda a encontrar a saída para nossas angústias, por maiores que elas sejam.

"Osho,
Estou sempre a ouvir vozes interiores. Mas uma voz diz uma coisa e outro diz exatamente o oposto. O que devo fazer?

Osho:
Há muitas pessoas aqui que seguem ouvindo vozes interiores. Estas vozes são apenas lixo. Elas são apenas fragmentos de sua mente, pois elas não têm valor. E às vezes você pode pensar que você está ouvindo algum guia interior ou você está ouvindo algum mestre do além...- ou algum espírito, um espírito tibetano - e você pode seguir imaginando essas coisas. E você estará simplesmente enganando a si mesmo.

Estes são todos seus fragmentos. E se você continuar a segui-los, você vai ficar louco - porque uma parte vai te puxar para o norte, outra parte para o sul. Você vai começar a desmoronar.

Lembre-se, isso é neurose -você tem que aprendar a observar todas essas vozes. Não confie em nenhuma. Somente confie no silêncio. 
Não confie em qualquer voz - porque todas as vozes são da mente. E você não tem uma mente, você tem muitas. Essa falácia persiste - nós achamos que temos apenas uma mente. Isso está errado.

Você tem muitas mentes. Na parte da manhã, uma mente está no topo. Ao meio-dia, uma outra mente está no topo. À noite, uma terceira mente - e você tem muitas. Gurdjieff costumava dizer que você tem muitos eus, Mahavira disse que o homem é polypsyquico. Você é uma multidão! Se você ouvir essas vozes e segui-las, você irá simplesmente destruir toda a sua vida.

...Você vai ficar louco. E você está me perguntando: 'O que eu devo fazer?' Você não deve fazer nada de acordo com essas vozes. Você deve esperar o silêncio surgir.
Observá-las - indiferente, distante. Basta olhar para elas, observá-las, sem se identificar com qualquer voz. Vai levar um pouco de tempo para você criar a distância - porque há vozes que são muito satisfatórias, há vozes que são muito gratificantes para o ego.

...Não acredite em nenhuma voz. Apenas permaneça distante, apenas assista. E observando, elas vão desaparecer - porque se você não se identificou, não irá alimentá-las, nutri-las. Quando todas as vozes se forem, então, haverá silêncio absoluto. O silêncio é a voz de Deus.

Lembre-se, Deus não tem voz exceto o silêncio. Ele nunca diz algo. Não há nada para dizer, não há comunicação verbal. Mas aquele silêncio, aquele silêncio absoluto, lhe dá clareza, lhe dá luz, torna-o capaz de mover-se corretamente. Não que ele dê alguma direção, não que ele dê a você algum mapa, não que ele forneça a você algum guia, - nada do tipo. Ele simplesmente lhe dá olhos para ver o seu caminho.

E, então, você começa a se mover na vida com olhos. Normalmente, você está se movendo cego. Um homem cego precisa de guias, um homem cego precisa de vozes, um homem cego precisa de mapas. Um homem que tem olhos não precisa de nada. Deus vem para você como silêncio. Deus é silêncio. Lembre-se: somente confie no silêncio e nada mais - caso contrário você vai ficar preso pela mente de novo e de novo. E ser preso pela mente é estar na miséria. Estar livre da miséria é saber o que é felicidade, é saber o que é benção". 
OSHO - A Revolução - O nascimento do novo.
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=12554

4 de novembro de 2012

Agitação mental: quando a mente pula de galho em galho de Bel Cesar


"A consciência relativa é simbolizada por um macaco que pula de galho em galho. Assim como explica Lama Gangchen Rinpoche em seu livroAutocura Tântrica III (Ed. Gaia): O resultado da causa e condição do surgimento interdependente negativo das ações projetoras é nossa consciência-macaco surgida interdependentemente, que se move ininterruptamente para cima e para baixo da árvore do samsara, sem conseguir ficar quieta nem por um momento.

Nosso fluxo de consciência e de energia de vida está sempre instável, sempre movendo-se em meio à escuridão e à luz dos reinos inferiores e superiores. Nossa consciência surgida interdependentemente faz com que as sombras de nosso apego e raiva egoístas se desenvolvam e cresçam: a autodestruição - o oposto da autocura. A mente inquieta, movida pelo condicionamento do apego e da raiva, busca então, freneticamente, por equilíbrio. 

Certa vez Lama Gangchen disse em seus ensinamentos: Nossa mente é como uma bolinha solta no ar, ao mais leve toque ela se agita e move-se sem parar. Meditar é ensinar a nossa mente a ficar estável no ar. No entanto, este é um longo caminho. Por meio da meditação podemos aprender a estabilizar a nossa mente, isto é, experimentar as coisas diretamente como são, no momento presente. 

No entanto, nossa mente condicionada em geral está agitada, lembrando do passado e preocupando-se com o futuro. Na meditação, como uma forma de autoconhecimento profundo, treinamos nossa mente a voltar-se para o momento presente. Pois é preciso desacelerar a mente para observá-la melhor. Desta forma, ao passo que nos soltarmos gradualmente dos padrões de pensamentos repetitivos, poderemos recuperar o equilíbrio interno e nos tornarmos cada vez mais próximos do fluxo natural de nossa mente, não contaminado pelo apego ou pela raiva. 

Apesar de associarmos a palavra consciência a um estado de clareza mental, a denominação consciência relativa para o terceiro Elo de Interdependência indica um baixo nível de elaboração mental, pois ele refere-se à dinâmica do movimento de nossa mente e não ao conteúdo que ela revela. Assim como esclarece Heloisa Gioia em seu livro Um caminho Iluminado (Editorial Cone Sul): O nível de Consciência neste elo da cadeia interdependente é o mesmo nível de Consciência que tem o pular do macaco, de galho em galho, sem saber por quê e para quê.

É como nós, que pulamos de uma situação para outra, de um interesse para outro, de uma paixão para outra, sem termos a clareza do por quê e para quê. É uma consciência ainda parcialmente estruturada, uma simples decorrência da Motivação Ignorante que a impulsionou. É a energia de base sobre a qual estão nossos pensamentos. 

Se esta energia de base for positiva, o resultado do impulso de nossos pensamentos também será positivo. Lama Gangchen denomina esta energia de base positiva de Mente de Paz. 

Lama Gangchen Rinpoche nos ensina: Uma mente tensa é como estar com as mãos tensas: você não consegue tocar nada. Por isso, precisamos nos decidir por não cultivar uma mente estúpida e nos programar com algo muito preciso. É só uma questão de não seguir as emoções negativas, de aceitar a paz e segui-la. Depois de ter paz, tudo passa a vir automaticamente de modo positivo. 

Assim, é possível criar a interdependência positiva. Se você quer deixar o seu namorado feliz, esteja interiormente bem, porque assim criam-se condições de harmonia para a relação. Nossa inquietação afasta o outro. De fato, a inquietação interna nos afasta até de nós mesmos: ficamos deprimidos. A falta de concentração indica que estamos sofrendo queda na produção de um neurotransmissor, a dopamina. 

A dopamina orienta a atenção e produz uma sensação de expectativa prazerosa. Ela age diretamente sobre os neurônios responsáveis pela memória de trabalho. Stefan Klein explica em A Fórmula da Felicidade (Ed. Sextante): Na opinião de alguns cientistas, uma das principais funções dessa substância é fazer com que o cérebro saiba distinguir entre informações importantes e ruídos, definidos como estímulos que não contêm dados relevantes para nós. É possível que o ato da concentração esteja associado a um lubrificante do intelecto. Sob sua influência reagimos e pensamos com mais rapidez. Além disso, fazemos associações com mais facilidade, e as idéias nos surgem aos borbotões, pois o cérebro é capaz de processar as informações com mais eficiência. 

Isso explicaria o aparente paradoxo de que uma concentração intensa e um máximo de esforço mental produzam simultaneamente sentimentos agradáveis. Portanto, o que nos desgasta não é o esforço mental em si, mas ter uma dinâmica mental desordenada e confusa. 

No entanto, se quisermos evoluir internamente não basta encontrarmos atividades mentais que organizem nossa mente. Precisamos desenvolver também um bom coração. 

Os mestres budistas nos ensinam a aprender a diferença entre a mente-coração e a mente pensante. A mente pensante está sempre insatisfeita, enquanto que a mente-coração manifesta-se sempre tranqüila. Quando acessamos a mente-coração vemos tudo com clareza. Pois ela é o fluxo natural de nossa energia de base positiva, a mente de paz. 

Ao passo que relaxamos em nossa qualidade de base energética positiva, conseguimos pouco a pouco romper o hábito de atacar ou defender, seja de nós mesmos ou dos outros. Uma vez menos reativos, nos tornamos mais suaves. A suavidade é uma qualidade inerente a essa energia de base pura: ela indica que finalmente acessamos a mente-coração."
Bel Cesar

2 de novembro de 2012

O Medo de se expor por Catia Bazzan

"Uma das maiores dificuldades que o ser humano tem é a de demonstrar quem ele realmente é e de expressar seus sentimentos. O receio de ser mal interpretado e da incompreensão é algo que nos impede de assumirmos para o mundo aquilo que realmente gostaríamos de ser.
Só que, na verdade, não percebemos que é do desconhecido que nós temos medo. Ora se não nos conhecemos, se não compreendemos quem habita este corpo físico, como poderemos demonstrar quem somos para as pessoas e para o mundo?

Tomar atitudes, resolver as coisas, enfrentar as adversidades da vida, dizer para o outro o que sentimos, é algo que precisaremos fazer algum dia, com ajuda ou sozinhos, não importa. O importante é que em algum momento teremos que assumir nossas vontades. Porque se não fizermos isso, adoeceremos. E a dor virá como um sinal de alerta. Como não ouvimos o nosso coração e não prestamos atenção na nossa essência divina, com o tempo nos sentiremos descontentes e sofreremos por reprimir nossos desejos mais íntimos.
Por isso, a primeira coisa que precisamos fazer para enfrentar o medo é assumir que o temos. Reconhecer nossos limites, tendo consciência de que essas barreiras precisam ser vencidas e que elas não podem ficar escondidas. Isto porque é comum não reconhecermos nossos limites para poder superar, ir além. Mas como poderemos avançar sem vencer esta dificuldade? É provável que mais adiante, nós tenhamos desafios iguais ou parecidos que se apresentarão para nos testar. Caso o medo permaneça nos consumindo, a dificuldade se apresentará novamente. E assim sucessivamente. Até nós aprendermos.

Depois de identificarmos que algo nos apavora, é necessário refletir profundamente o que nos amedronta realmente, perguntando-nos: do que temos medo? Quando identificamos claramente o que nos impede de avançarmos, fica mais fácil de vencer essas dificuldades e principalmente mudar a sintonia negativa.
E nessa busca pela compreensão do que sentimos, nós vamos descobrindo mais e mais tudo o que guardamos dentro de nós. Além de proporcionar autoconhecimento, algo que nos liberta do medo e nos traz mais coragem, segurança e confiança nas nossas decisões e, consequentemente, no nosso modo de agir.

Hoje em dia, nós ficamos sintonizados no medo de várias formas, especialmente através dos noticiários, os quais nos mostra um mundo injusto, uma política corrupta, a criminalidade, a violência... Tudo isto reforça nossa sintonia negativa, pois nos faz acreditar que tudo é ruim.
Enfim, o que ocorre é que isto tira o nosso poder pessoal. E este poder é o responsável por alimentar uma força interna que nos move em direção aos nossos objetivos. E esta força é capaz de sustentar a certeza de que as coisas podem dar certo.

E mais, a maioria dos indivíduos nem sabem que tudo o que a mídia nos transmite é uma minoria. Talvez um por cento do que ela transmita realmente acontece no mundo. Só que infelizmente as pessoas se prendem mais as tragédias. Para a maioria de nós, por causa da sintonia negativa, não é muito interessante ver bons acontecimentos. Infelizmente, coisas boas não prendem as pessoas na frente da televisão. Deste modo, esta ideia de que temos inúmeros motivos para ter medo é incutido em nós, sem nem mesmo percebermos.
Para os grandes líderes do mundo é conveniente que nós tenhamos medo não expondo, assim, nossas ideias. Imaginemos se as pessoas se rebelassem contra o governo, por exemplo. Isso geraria uma bagunça tremenda. Por isso, é muito melhor prender-nos pelo pânico de que se nós não formos iguais a todos, seremos excluídos. Porque o medo de sermos excluídos nos apavora. E é por isso que continuamos na mesma vidinha de sempre, reprimindo nossas vontades.
Então, para deixar de sentir medo, precisamos, primeiramente, romper com o que ouvimos e lemos e que nos amedronta. Depois, observar o que realmente nos causa tal sentimento, para sairmos desta sintonia. Essas atitudes acarretarão grandes mudanças, que se tornarão grandes aliadas.

Após mudar o hábito, podemos começar a mudar o pensamento. Ao invés de sofrer por achar que não é possível resolver tal coisa, podemos trocar por “eu consigo, eu posso”. Pelo menos mentalmente. E isto já é meio caminho andando para chegar ao objetivo. Todavia, este precisa ser um compromisso. Todas as vezes que vier um pensamento negativo, temos que mudar o foco.
A partir disto é provável que novas oportunidades surjam para nos testar. O universo vai vibrar naquilo que pedimos. Então precisamos nos preparar, tendo certeza de que queremos deixar de sermos vítimas do medo.
E por fim, para expor o que sentimos e o que somos, podemos primeiro exercitar escrevendo, para aos poucos criar coragem, enfrentar e agir."

Cátia Bazzan

17 de outubro de 2012

Emoção: a reação do corpo á mente de Eckhart Tolle


"A Nossa mente, não é apenas pensamento. Ela inclui as emoções, assim como todos os padrões de reações mentais e emocionais inconscientes. 
A emoção nasce no lugar onde a mente e o corpo se encontram. É a reação do corpo à nossa mente ou, podemos dizer, um reflexo da mente no corpo.
 Por exemplo, um pensamento agressivo ou hostil vai acumulando, aos poucos, uma energia no corpo – a raiva. O corpo está se preparando para lutar. Já a idéia de que nos encontramos sob uma ameaça física ou psicológica faz com que o corpo se contraia, o que é a manifestação física daquilo que chamamos medo. As pesquisas têm demonstrado que as emoções fortes causam até mesmo mudanças na bioquímica do corpo. Essas mudanças bioquímicas representam o aspecto físico ou material da emoção. Em geral, não temos consciência de todos os nossos padrões de pensamento. Só é possível trazê-los à consciência quando observamos nossas emoções.

Quanto mais identificados estivermos com nosso pensamento, com as coisas que nos agradam ou não, com nossos julgamentos e interpretações, ou seja, quanto menos presentes estivermos como consciência observadora, mais forte será a carga de energia emocional, tenhamos ou não consciência disso.
 Se você não consegue sentir as suas emoções, se as mantém à distância; terminará por senti-Ias em um nível puramente físico, como um sintoma ou um problema físico.

É possível que um forte padrão emocional inconsciente venha a se manifestar como um acontecimento externo, algo que parece acontecer só com você. Por exemplo, tenho observado que as pessoas que guardam muita raiva dentro de si mesma – mesmo sem ter consciência e sem falar sobre o assunto – são mais propensas a ser atacadas verbalmente, ou até mesmo fisicamente, por outras pessoas cheias de raiva.
 Com freqüência, sem qualquer motivo aparente. A razão é que elas desprendem uma raiva tão forte que acaba sendo captada de forma subconsciente por outras pessoas, e isso aciona a raiva latente que essas trazem dentro de si.

Se você tem dificuldade de sentir suas emoções, comece concentrando a atenção na área de energia interior do seu corpo. Sinta o seu corpo lá no fundo. Essa prática colocará você em contato com as suas emoções.

A emoção é o reflexo da mente no corpo. Mas, às vezes, ocorre um conflito entre os dois quando a mente diz “não” e a emoção diz “sim”, ou vice-versa.

Se quisermos conhecer mesmo a nossa mente, o corpo sempre nos dará um reflexo confiável. Portanto, observe a sua emoção, ou melhor, sinta-a em seu corpo. Se houver um aparente conflito entre os dois, a verdade estará na emoção e não no pensamento. Não a verdade definitiva sobre quem você é, mas a verdade relativa ao estado da sua mente naquele momento.

É bastante comum ocorrerem conflitos entre os pensamentos superficiais e os processos mentais inconscientes. Mesmo que você ainda não seja capaz de trazer a sua atividade mental inconsciente para um estado de consciência sob a forma de pensamento, ela estará sempre refletida no seu corpo como uma emoção, e isso você pode passar a perceber.
 Observar uma emoção por esse ângulo é basicamente o mesmo que ouvir ou observar um pensamento, como descrevi anteriormente. A única diferença é que o pensamento está na sua cabeça, enquanto a emoção, por conter um forte componente físico, se manifesta em primeiro lugar no corpo. Você pode permitir que a emoção esteja ali, sem deixar que ela assuma o controle. Você não é mais a emoção. Você é o observador, a presença que observa. Ao praticar isso, tudo o que está inconsciente será trazido à luz da sua consciência."

Eckhart Tolle

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