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16 de novembro de 2013

Meditação e cura.....


(...) "Quando nossos desejos, medos e sentimentos de indignação são reprimidos, ficam quais sementes que não recebem o oxigênio nem a água de que precisam para crescer e se transformar em algo belo; e podemos experimentar, tanto no corpo como na alma, sintomas que se originam desse bloqueio. 
Apesar dessas formações mentais terem sido reprimidas, ainda têm a função de nos prender e dirigir, tornando-se assim nós interiores muito fortes. Temos o hábito de virar-lhes as costas, agindo como se elas não existissem, e é por isso que elas não têm oportunidade de emergir e aparecer em nossa consciência mental. Procuramos esquecer, consumindo mais coisas.

 Não queremos encarar esses sentimentos de dor e de abatimento. Queremos preencher a área da consciência mental de modo que o espaço todo seja ocupado e os sentimentos de pesar que estão no fundo não encontrem lugar para se manifestar. Assistimos aos programas de televisão, ouvimos rádio, folheamos livros, lemos jornais, conversamos, jogamos cartas e bebemos bebidas alcoólicas, tudo para esquecer.

Quando nosso sangue já não pode circular, aparecem sintomas de doenças em nosso corpo. Da mesma forma, quando as formações mentais são reprimidas e não podem circular, começam a aparecer sintomas de doenças físicas e mentais. Precisamos saber como parar com a repressão, para que as formações mentais de desejo, medo, indignação, etc. tenham oportunidade de se manifestar, ser reconhecidas e transformadas. Cultivar a energia da mente alerta através da meditação pode ajudar-nos a fazer isso. Praticar a mente alerta através da prática diária da meditação vai ajudar-nos a reconhecer, acolher e transformar nossos sentimentos de sofrimento.

Quando reconhecemos e acolhemos essas formações mentais, em vez de reprimi-las, sua energia negativa diminui um pouco. Contudo, meditar sobre essas formações mentais por cinco ou dez minutos pode ajudar. Na próxima vez que surgirem, serão novamente reconhecidas e acolhidas e voltarão ao depósito de consciência. Se permanecermos nesta prática, não mais temeremos nossas formações mentais negativas, não mais as empurraremos para baixo ou as reprimiremos como fizemos até agora.

A boa circulação em nossa mente pode ser restabelecida e as complicações psicológicas que causam bloqueios no corpo podem desaparecer aos poucos.

A mente alerta é sobretudo a capacidade de simplesmente reconhecer a presença de um objeto sem tomar partido, sem julgar, sem cobiçar e sem desprezar este objeto. Por exemplo, suponhamos que exista um lugar dolorido em nosso corpo. Com a mente alerta, nós simplesmente reconhecemos esta dor. Isto pode ser um tipo de oração bem diferente daquele a que você está acostumado, mas sentar em meditação e estar consciente desta dor, isto também é oração.
 
Com a energia da concentração e da introspecção, somos capazes de ver e entender a importância dessa dor, o verdadeiro motivo por que surgiu e a maneira como seremos capazes de curá-la, com base na compreensão que provém da mente alerta e da concentração. Se tivermos ansiedade demais, se estivermos imaginando sempre coisas, esta ansiedade e estas imaginações vão trazer estresse à nossa mente, e a dor aumentará. Não é câncer, mas nós imaginamos que é câncer, e nós nos preocupamos e lamentamos até não mais conseguir comer nem dormir. A dor redobra e pode levar a uma situação mais grave.

Em um sutra, o Buda dá o exemplo de duas flechas. Se uma segunda flecha é lançada para dentro da ferida causada pela primeira flecha, a dor não será apenas dobrada, mas dez vezes maior. Não deveríamos deixar que uma segunda ou terceira flechas chegassem e nos ferissem ainda mais por causa de nossa imaginação e de nossas preocupações.

Quando perseguimos os objetos do desejo dos nossos sentidos como dinheiro, fama, poder e sexo, não estamos em condições de produzir autêntica felicidade.
 Ao contrário, criamos muito sofrimento para nós e para os outros. Os seres humanos estão repletos de desejos. Dia e noite correm atrás desses desejos e, por isso, não são livres. Se não forem livres, não se sentem à vontade e não experimentam a felicidade. Se tivermos poucos desejos, ficamos satisfeitos com uma vida simples e saudável, com viver profundamente cada instante da vida diária, com amar e cuidar de nossos entes queridos. Este é o segredo da verdadeira felicidade. Na nossa sociedade atual, muitíssimas pessoas procuram a felicidade na satisfação dos desejos dos sentidos. Aumentou em muito o sofrimento e o desespero.

O sutra da Floresta fala do desejo como de uma armadilha. Se formos pegos na armadilha do desejo, vamos lamentar e perder toda nossa liberdade, e não podemos ter verdadeira felicidade. O medo e a ansiedade também geram sofrimento. Se tivermos suficiente compreensão para aceitar uma vida simples e estar satisfeitos com o que temos, não nos precisamos preocupar mais nem temer nada. É só porque achamos que amanhã podemos perder nosso emprego e não receber o salário mensal que vivemos em constante nervosismo e ansiedade. Por isso, a única saída para nossa civilização é consumir pouco e produzir mais felicidade."

Do livro “A energia da oração” – Thich Nhat Hanh
Fonte:http://budavirtual.com/2013/09/16/meditacao-e-cura/

23 de agosto de 2010

O CASO MOSHÊ - por Zev Roth (a importância da gratidão)


"Em Jerusalém
Em agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu-americano, viajou para Israel a negócios.

Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George, centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha tanto tempo.

Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.

Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Homem-bomba
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s…

Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.

Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, dos quais seis eram crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo explosivo adicional montado pelos terroristas já estava sendo desmontado pelo exército.

Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.
Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. 
Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.

Em Nova Iorque
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.

Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.

Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila."
Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.

Salvo pela segunda vez
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001, Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center."

Fonte:http://www.saindodamatrix.com.br

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