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23 de agosto de 2010

O CASO MOSHÊ - por Zev Roth (a importância da gratidão)


"Em Jerusalém
Em agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem sucedido empresário judeu-americano, viajou para Israel a negócios.

Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George, centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha tanto tempo.

Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.

Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Homem-bomba
Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s…

Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estava na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.

Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.
A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, dos quais seis eram crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma. Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo explosivo adicional montado pelos terroristas já estava sendo desmontado pelo exército.

Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.
Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.
Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.
Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. 
Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.

Em Nova Iorque
Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.

Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.

Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila."
Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.

Salvo pela segunda vez
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de setembro de 2001, Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World Trade Center."

Fonte:http://www.saindodamatrix.com.br

13 de julho de 2010

O TEMPO DA TRAVESSIA -

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Oferecemos para reflexão uma verdadeira pérola do poeta português Fernando Pessoa (1888-1935). Trata-se deum convite para irmos além das limitações, já que parece pertencer à natureza humana a necessidade de criar “espaços de conforto”, delimitados por obstáculos que impedem o seguir adiante.

Os espaços de conforto, nada possuem de confortável, ao contrário, são apenas “lugares” conhecidos que trazem a ilusão de estarmos seguros.

Criamos estes espaços por estarmos esquecidos de que somos seres infinitos em capacidades e possibilidades e, com isso, desenvolvemos o triste hábito de nos considerarmos vítimas das situações que a vida nos apresenta. Culpamos o entorno por nossos infortúnios, dificultando nossa caminhada em direção a horizontes mais amplos e distantes, vivendo presos a lamúrias pouco edificantes.

Mas chega um momento em que somos convidados, de alguma forma, a sairmos do espaço confortável que criamos para buscar outras possibilidades de expressão. Nesses momentos geralmente somos acometidos pelo medo, já que o desconhecido sempre nos assombra.

E os convites à mudança podem vir de variadas maneiras, infelizmente, nem sempre originados por eventos felizes.

Perdas, doenças, rompimentos podem nos convidar a sair de posturas velhas e apegadas para irmos além de nós mesmos. São também convites à travessia. Em contrário, viveríamos eternamente em processos estagnados e talvez deteriorados.

A verdade é que quando estes convites nos chegam seria bom que nos soltássemos ao aprendizado que eles nos trazem e tivéssemos a ousadia de passar com confiança para o estágio seguinte, seja ele qual for.
É um novo emprego, pós-demissão? É a experiência de ficar só depois de tanto tempo em companhia de alguém? É a reestruturação da vida depois de alguém ter nos deixado para sempre? Não importa. Somos perfeitamente capazes de fazer essa travessia e nos surpreendermos com os resultados.

O apego nos aprisiona em crenças e valores do passado nos levando a autopiedade a cada vez que o convite chega para sairmos de nossas zonas de conforto. Ao nos desapegarmos e nos soltarmos ao aprendizado revelamos nosso potencial de renovação, o qual carregamos em nosso interior.

Ser fiel às nossas convicções mais elevadas nos ajuda a não desistirmos facilmente para tentar re-criar o que nada mais nos acrescenta. Ao contrário, nos torna cônscios de nossa verdadeira natureza indestrutível.
Se o convite à travessia chegar para você, anime-se e ouse fazê-la. Se o medo vier, transcenda-o. Se precisar, peça ajuda, mas, não esmoreça ficando à margem de si mesmo. Isso seria pequeno para o grande ser que você é.
Boa travessia a todos!

Ines S. Mártims

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