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Um espaço criado com muito carinho,voltado para o autoconhecimento,percepções espirituais,metafisicas. O despertar de uma alma é enriquecedor, é profundo, reflexivo e busca o entendimento da necessidade de fortalecer a semente da consciência espiritual que existe em nós.As postagens são preciosas mensagens e textos selecionados da internet, numa homenagem agradecida aos seus autores, por traduzirem e expressarem a linguagem universal dos anseios e sabedorias das almas que caminham para a LUZ!
14 de setembro de 2010
Silêncio interior - Quinze minutos que vão fazer diferença no seu dia ... de Sérgio Savian
11 de setembro de 2010
A dor do não vivido de Carlos Drummond de Andrade
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas
E não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
Apenas agradecer por termos conhecido
Uma pessoa tão bacana,
Que gerou em nós um sentimento intenso
E que nos fez companhia por um tempo razoável,
Um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer
Pelas nossas projeções irrealizadas,
Por todas as cidades que gostaríamos
De ter conhecido ao lado do nosso amor
E não conhecemos,
Por todos os filhos que
Gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
Por todos os shows e livros e silêncios
Que gostaríamos de ter compartilhado,
E não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
Pela eternidade.
Sofremos
não por que
Nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
Mas por todas as horas livres
Que deixamos de ter para ir ao cinema,
Para conversar com um amigo,
Para nadar, para namorar.
Sofremos
não porque nossa mãe
É impaciente conosco,
Mas por todos os momentos em que
Poderíamos estar confidenciando a ela
Nossas mais profundas angústias
Se ela estivesse interessada
Em nos compreender.
Sofremos
não porque nosso time perdeu,
Mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
Mas porque o futuro está sendo
Confiscado de nós,
Impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
Todas aquelas com as quais sonhamos e
Nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
Mais me convenço de que o
Desperdício da vida
Está no amor que não damos,
Nas forças que não usamos,
Na prudência egoísta que nada arrisca,
E que, esquivando-se do sofrimento,
Perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."
19 de agosto de 2010
A Arte de Ouvir ! de Rubem Alves
Não nos sentimos em casa no silêncio. Quando a conversa para por não haver o que dizer tratamos logo de falar qualquer coisa, para por um fim no silêncio. Vez por outra tenho vontade de escrever um ensaio sobre a psicologia dos elevadores. Ali estamos, nós dois, fechados naquele cubículo. Um diante do outro. Olhamos nos olhos um do outro? Ou olhamos para o chão? Nada temos a falar. Esse silêncio, é como se fosse uma ofensa. Aí falamos sobre o tempo. Mas nós dois bem sabemos que se trata de uma farsa para encher o tempo até que o elevador pare.
Os orientais entendem melhor do que nós. Se não me engano o nome do filme é “Aconteceu em Tóquio”. Duas velhinhas se visitavam. Por horas ficavam juntas, sem dizer uma única palavra. Nada diziam porque no seu silêncio morava um mundo. Faziam silêncio não por não ter nada a dizer, mas porque o que tinham a dizer não cabia em palavras. A filosofia ocidental é obcecada pela questão do Ser. A filosofia oriental, pela questão do Vazio, do Nada. É no Vazio da jarra que se colocam flores.
O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos. A prática educativa tradicional se inicia com a palavra do professor. A menininha, Andréa, voltava do seu primeiro dia na creche. “Como é a professora?”, sua mãe lhe perguntou. Ao que ela respondeu: “Ela grita...” Não bastava que a professora falasse. Ela gritava. Não me lembro de que minha primeira professora, Da. Clotilde, tivesse jamais gritado. Mas me lembro dos gritos esganiçados que vinham da sala ao lado. Um único grito enche o espaço de medo. Na escola a violência começa com estupros verbais.
Milan Kundera conta a estória de Tamina, uma garçonete. “Todo mundo gosta de Tamina. Porque ela sabe ouvir o que lhe contam. Mas será que ela ouve mesmo? Não sei... O que conta é que ela não interrompe a fala. Vocês sabem o que acontece quando duas pessoas falam. Uma fala e outra lhe corta a palavra: ‘é exatamente como eu, eu...’ e começa a falar de si até que a primeira consiga por sua vez cortar: ‘é exatamente como eu, eu...’Essa frase ‘é exatamente como eu...’ parece ser uma maneira de continuar a reflexão do outro, mas é um engodo. É uma revolta brutal contra uma violência brutal: um esforço para libertar o nosso ouvido da escravidão e ocupar à força o ouvido do adversário. Pois toda a vida do homem entre os seus semelhantes nada mais é do que um combate para se apossar do ouvido do outro...”
Será que era isso que acontecia na escola tradicional? O professor se apossando do ouvido do aluno ( pois não é essa a sua missão?), penetrando-o com a sua fala fálica e estuprando-o com a força da autoridade e a ameaça de castigos, sem se dar conta de que no ouvido silencioso do aluno há uma melodia que se toca. Talvez seja essa a razão porque há tantos cursos de oratória, procurados por políticos e executivos, mas não haja cursos de escutarória. Todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir.
Todo mundo quer ser escutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago do escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana “Cem Mondialità” a sugestão de que, antes de se iniciarem as atividades de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças.
Sugiro então aos professores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma justa preocupação com o escutar claro. Amamos não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assentar...
14 de agosto de 2010
O Silêncio dos Indios(tradução) - de Kent Nerburn
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríam pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio."
On Forgotten Roads with an Indian Elder" – Kent Nerburn
Texto traduzido por Leela, Porto Alegre
11 de agosto de 2010
Meu Coração e Minha Língua ..
As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às idéias. Por isso é impossível dominar nossas palavras se não somos senhores de nossos sentimentos; e estes sentimentos irão se acalmando segundo a força de nossas idéias.
A um coração que não se domina, responderão palavras violentas e ferinas; a um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais.
Por conseguinte, me calarei quando meu coração não estiver sossegado e em calma; não falarei, pois seguramente me arrependerei do que disser ou, pelo menos, do modo como o disser, ou do momento em que o disser.
Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.
5 de agosto de 2010
O Poder do Silêncio! - Aldo Novak
"O erro não dito é um silencioso acerto”
"Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio" (Xenócrate)
Pense em alguém poderoso. Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota
Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade.
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "me arrependo de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio".
Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas."
Aldo Novak
www.academianovak.com.br
1 de agosto de 2010
A sabedoria do silêncio - Tao.
"Fale apenas quando for necessário.
Pense no que vai dizer antes de abrir a boca.
Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palavra,deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (energia). Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia.
Nunca faças promessas que não possas cumprir.
Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário, palavras que projetem imagens negativas
porque se produzirão ao redor de ti, tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de Chi.
Se não tens nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada.
Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia.
O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, Porque o universo aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam em nossas vidas.
Se te identificas com o êxito, terás êxito. Se te identificas com o fracasso, terás fracasso.
Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna.
Aprende a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuízos.
Porque sendo como um espelho sem emoções aprendemos a falar de outra maneira.Com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas,simplesmente permite uma comunicação sincera e fluida.
Não te dês muita importância, e sejas humilde,pois quanto mais te mostras superior, inteligente e prepotente, mais te tornas prisioneiro de tua própria imagem e vives em um mundo de tensão e ilusões.
Sê discreto, preserva tua vida íntima,desta forma te libertas da opinião dos outros e terás uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
Não entres em competição com os demais, torna-te como a terra que nos nutre que nos dá o necessário.
Ajuda ao próximo a perceber suas qualidades, a perceber suas virtudes, a brilhar.O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos . Tem confiança em ti mesmo.preserva tua paz interior evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.
Não te comprometas facilmente, se agires de maneira precipitada sem ter consciência profunda da situação,vais criar complicações.
As pessoas não têm confiança naqueles que muito facilmente dizem “sim” porque sabem que esse famoso “sim” não é sólido e lhe falta valor. Toma um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti e só então tome uma decisão.
Assim desenvolverás a confiança em ti mesmo e a Sabedoria.
Se realmente há algo que não sabes, ou não tenhas a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato. O fato de não saber é muito incômodo para o ego porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal.
Na realidade, o ego nada sabe simplesmente faz acreditar que sabe.
Evite julgar ou criticar, o TAO é imparcial em seus juízos não critica a ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julgas alguém a única coisa que fazes é expressar tua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar, é uma maneira de esconder tuas próprias fraquezas.
O Sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra.
Recorda que tudo que te incomoda nos outros é uma projeção de tudo que não venceu em ti mesmo.
Deixa que cada um resolva seus problemas e concentra tua energia em tua própria vida.Ocupa-te de ti mesmo, não te defendas.
Quando tentas defender-te na realidade estás dando demasiada importância às palavras dos outros, dando mais força à agressão deles. Se aceitas não defender-te estarás mostrando que as opiniões dos demais não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessitas convencer aos outros para ser feliz.
Teu silêncio interno o torna impassível.
Faz uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mau costume de falar o tempo todo.
Pratique a arte do não falar. Toma um dia da semana para abster-se de falar. Ou pelo menos algumas horas no dia, segundo permita tua organização pessoal.
Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, ao invés de tentar explicar com palavras o que é o TAO.
Progressivamente, desenvolverás a arte de falar sem falar, e tua verdadeira natureza interna substituirá
ttua personalidade artificial, deixando aparecer a luz de teu coração e o poder da sabedoria do silêncio.
Graças a essa força, atrairás para ti tudo que necessitas para tua própria realização e completa liberação. Porem tens que ter cuidado para que o ego não se infiltre…
O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio.Se teu ego se impõe e abusa desse Poder o mesmo Poder se converterá em um veneno, e todo teu ser se envenenará rapidamente.
Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno.
Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo.
Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser. Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO".
Texto taoísta
24 de julho de 2010
Controlando a Mente!
Ser dominado pela mente é o que nos impede de acessar a dimensão divina de nosso ser. Somente quando ela silencia o turbilhão de pensamentos é que o silêncio se faz presente e podemos, então, ouvir a voz que se oculta em nosso interior.
Mas, como conseguir parar a mente? Esta não é uma tarefa fácil, pois somente a consciência e um permanente estado de alerta sobre nossos pensamentos, sentimentos e sensações físicas, podem nos ajudar a alcançar este objetivo.
A meditação é o caminho, mas podemos também aprender uma técnica bem simples, que consiste em finalmente assumir o papel de senhor da mente, ao invés de escravo dela.
Através do poder das palavras, podemos enviar comandos à nossa mente, ordenando-lhe o oposto daquilo que ela nos apresenta. Se ela nos apresenta o medo, podemos contrapor a ele a palavra coragem.
Além disso, a palavra silêncio, tem o poder de parar por alguns segundos o turbilhão de pensamentos, quando a utilizamos repetidamente.
Os mantras funcionam do mesmo modo e, ao repeti-los, a mente se vê obrigada a entrar na energia daquele som. E, assim, vamos nos surpreendendo ao descobrir que podemos determinar o padrão de pensamentos de nossa mente.
Esta é uma diferença essencial entre o viver no estado de adormecimento e na condição de ser desperto e consciente.
"PALAVRAS - OSHO
Palavras não são apenas palavras. Elas têm disposições de ânimo, climas próprios.
Quando uma palavra se aloja dentro de você, ela traz um clima diferente à sua mente, uma abordagem diferente, uma visão diferente. Chame a mesma coisa de um nome diferente e perceberá: algo fica imediatamente diferente.
Existem as palavras dos sentimentos e as palavras intelectuais. Abandone cada vez mais as palavras intelectuais, use cada vez mais palavras dos sentimentos. Existem palavras políticas e palavras religiosas. Abandone as palavras políticas. Existem palavras que imediatamente criam conflito. No momento em que você pronuncia, surgem discussões. Assim, nunca use uma linguagem lógica e argumentativa. Use a linguagem do afeto, do carinho, do amor, para que não surja discussão alguma.
Se você começar a ficar consciente disso, perceberá uma imensa mudança surgindo. Se você estiver um pouco alerta na vida, muitas infelicidades poderão ser evitadas. Uma única palavra pronunciada na inconsciência pode criar uma longa corrente de aflição. Uma leve diferença, apenas uma virada muito pequena, e isso cria mudança. Você deveria ser muito cuidadoso e usar as palavras quando absolutamente necessário. Evite palavras contaminadas. Use palavras arejadas, não controversas, que não são argumentos, mas apenas expressões de suas impressões.
Se você puder se tornar um especialista em palavras, toda a sua vida será totalmente diferente. Se uma palavra trouxer infelicidade, raiva, conflito ou discussão, abandone-a. Qual é o sentido de carregá-la? Substitua-a por algo melhor. O melhor é o silêncio, depois é o canto, a poesia, o amor."
Osho, A Rose is a Rose Is a Rose.
:: Elisabeth Cavalcante ::
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=10047
21 de julho de 2010
Humana e Divina Criatura!
15 de julho de 2010
SENDA ESPIRITUAL !
"No redemoinho moderno em que vivemos torna-se cada vez mais difícil mantermos conexão com o mais Alto e percebermos os benefícios advindos de se trilhar um caminho espiritual.
O corre-corre diário, com suas idas e vindas, apelos, apegos e dissabores tende a nos manter o tempo todo ilhados em vãos pensamentos nascidos do labirinto mental.
Trilhar um caminho espiritual, em princípio, requer disposição para o autoconhecimento e o cultivo de pensamentos e sentimentos mais elevados, amorosos e positivos, com a intenção de colocarmos em evidência o nosso maior poder, o de co-criadores.
Construir a própria história a partir de uma decisão fundamentada em princípios que nos direcionem a uma dimensão mais ampla da realidade, pode ser estranho e desafiador para alguns. No entanto, crescer como pessoas e nos desenvolvermos como espíritos em evolução, talvez sejam os principais objetivos de nossa existência.
Motivação e discernimento são imprescindíveis àqueles que decidem por essa trilha, já que a primeira mantém a firme vontade de seguir adiante, e o segundo nos protege das fantasias espirituais, tão comuns aos desavisados.
Um caminho espiritual para nós ocidentais, não significa afastamento da realidade cotidiana. É preciso descobrir ‘como’ conciliar de modo equilibrado a experiência de estar num mundo material, no qual precisamos nos manter vivos e ativos, e ao mesmo tempo, ter o olhar voltado às coisas do espírito.
Dessa forma, sugerem os budistas, o caminho espiritual precisa ser como um espelho: devemos usá-lo para nos enxergarmos. Não pode ser como uma janela, pela qual olhamos para fora e nos perdemos em julgamentos e distrações. Se o nosso rosto estiver sujo ao olharmos no espelho, é o rosto que precisa ser limpo, caso queiramos ver uma imagem limpa nele refletida.
As percepções advindas de um silêncio meditativo, certamente serão úteis àqueles que desejam enveredar por uma senda espiritual. Aquietar o coração e submeter a mente ao silêncio criativo nos ajuda a mergulhar nas profundezas do próprio ser de onde provem as orientações necessárias ao avanço no caminho.
A palavra senda tem por sinônimo: rumo, direção, orientação, mas, também aponta para uma trilha não livre de obstáculos. Obstáculos estes que encontraremos certamente numa senda espiritual. Atualmente, parece ser a demanda externa, com todos os seus atrativos nos convidando sempre ao consumo sem critério, às distrações e aos excessos de toda natureza.
Descobrir qual é a ‘nota’ que soa em nós, em que ponto do caminho nos encontramos e o que realmente pretendemos realizar na atual existência pode ser muito proveitoso a todo aquele que busca caminhar e desenvolver-se espiritualmente.
O resultado compensará o esforço. Demais percepções e disposição para avançar virão por acréscimo.
Ines S. Mártims
SEJA HONESTO COM SUAS EMOÇÕES!
Pode haver muitas coisas ocultas envolvidas nisso. Alguns ciúmes da infância estão fadados a estar lá. Você os reprimiu, ela os reprimiu, porque somos ensinados a ser refinados uns com os outros, e isso é uma das coisas mais perigosas. Somos ensinados que precisamos ser refinados para com nossa irmã, para com nosso irmão. As emoções são reprimidas e a pessoa se torna desonesta com as emoções.
Agora que você está meditando, essas emoções irão borbulhar e elas borbulharão nela também. Assim você terá que passar através de um período da sua infância que você perdeu. Mas não há nada com o que se preocupar. Isso é natural, porque tudo que é reprimido e inibido começará a ser expresso. Então você irá perder a comunicação.
De fato, isso nunca existiu. Apenas ser polido não é comunicação. Apenas ser refinado não é suficiente para a comunicação porque se você estiver reprimindo alguma coisa, a comunicação fica superficial, apenas verbal. Você está simplesmente fazendo gestos vazios, movimentos sem sentido. Você pode dizer ‘alô’ para uma pessoa sem dizer ‘alô’. Você pode sorrir para uma pessoa sem sorrir de maneira alguma. Você pode falar e ser agradável, é o que se espera de nós, sem sermos agradáveis de maneira nenhuma. Todo esse gesto pode ser uma profunda abstenção. Sua polidez, sua finura, sua bondade, pode ser só uma armadura porque você teme que se você tornar-se verdadeiro, as emoções que têm sido reprimidas irão borbulhar. E a outra pessoa também está tentando ser refinada. Ela está tão temerosa quanto você.
Assim pode parecer que há comunicação, mas não há. Se houvesse, então a meditação a tornaria mais profunda. Se houvesse alguma comunicação, meditação a tornaria uma comunhão, algo mais profundo do que comunicação. Mas se isso não estivesse lá, a meditação lhe tornaria cônscio disso.
Aquilo que não é, pode ser removido. Aquilo que não é sempre é removido pela meditação porque é falso, e meditação é um esforço para ser verdadeiro, autêntico. Aquilo que é, sempre é valorizado pela meditação. Aquilo que não é, sempre é removido. Isso é o que Jesus quer dizer na frase ‘Para aqueles que têm mais será dado, e aqueles que não têm, até o que têm lhes será tomado’.
Então, é melhor porque agora você está ficando mais cônscio da realidade que você tem evitado por toda sua vida. Irmãos, irmãs, só aparentam ser refinados um ao outro. Senão eles seriam inimigos porque eles são os principais competidores.
Numa pequena casa, quando nasce o primeiro filho, ele é tudo e único. Então chega outro filho. Ele começa a competir; competição é natural. Essa criança quer mais atenção e a primeira criança se sente ofendida pela presença dessa outra criança. Ele sente como se seu monopólio tivesse sido quebrado. E é natural que a mãe possa dar mais atenção para a nova criança; ela necessita mais. Assim surgem os ciúmes.
Quando há muitas crianças numa casa, está fadado a acontecer que uma criança terá mais atenção do que as outras. Haverá uma hierarquia; É assim que a mente funciona. A mãe pode amar mais uma criança, a outra um pouco menos. Existem favoritos, porque a mãe também é humana. Você não pode esperar que ela amasse absolutamente igual; isso não é possível. Ela pode fingir. Ela finge bem, mas as crianças são muito perceptivas. Elas podem ver imediatamente que alguém é mais amado, alguém é menos amado e que essa pretensão é bem falsa.
Há um conflito interior, luta, surge a ambição. Cada criança é diferente. Alguém é muito talentoso, alguém não é. Alguém possui um talento musical, alguém não possui. Alguém tem um talento matemático e alguém não tem. Alguém é fisicamente mais bonito do que outro ou um tem um certo charme da personalidade que está faltando no outro. Desse modo, surgem cada vez mais problemas, e somos ensinados a ser refinados, nunca a ser verdadeiro.
Eles ficarão zangados, eles irão brigar e dizer coisas duras para o outro e então eles param com isso, porque as crianças se livram das coisas facilmente. Se eles estão zangados, eles estarão zangados, quentes, quase um vulcão, mas no próximo momento eles estarão segurando a mão um do outro e tudo é esquecido. Eles são muito simples, porém, essa simplicidade não é permitida. É dito para eles serem refinados, a qualquer custo. Eles são proibidos de ficarem zangados um com o outro. Ela é sua irmã, ele é seu irmão. Como é que você pode ficar raivoso?
Essas raivas, ciúmes e mil e uma mágoas, cicatrizes, vão se acumulando. Um dia em sua vida, se você encontrar algo como a meditação, então elas irão borbulhar. Isso é o que está acontecendo. Assim, dessa vez, por favor não as reprima novamente. Dessa vez enfrente a situação. Se você estiver raivoso, se ela estiver raivosa, então fiquem raivosos. Lutem. Acabem com ela! Diga coisas que você sempre quis dizer e nunca disse, e ela deve dizer coisas que sempre quis dizer e não disse porque ambos estavam brincando o jogo de ser refinados. Abandone essa bobagem e imediatamente você verá: Se você puder encarar um ao outro com raiva verdadeira, ciúmes, se você puder lutar com isso – imediatamente após, no despertar disso, um profundo amor e compaixão irá surgir. E isso será a coisa real. Assim a comunicação será possível.
Portanto, essa é a grande oportunidade. Parece difícil, mas se você puder enfrentá-la, alguma coisa de tremendo valor acontecerá a você. Uma vez que fica a vontade com a sua irmã, algo como um bloqueio irá cair de seu peito. Isso lhe ajudará a ser mais comunicativo com os outros também porque toda sua comunicação está bloqueada. Isso irá lhe ajudar de todas as maneiras: com seus amigos, com sua amante, com os pais, com toda a sociedade. Você começará a se sentir diferente. Você está carregando algo, ela está carregando algo. Agora seja corajoso e enfrente isso. Converse sobre isso com ela.
E não seja desonesto. Traga tudo pra fora. Derrame todo seu inconsciente e diga a ela, exija que ela também derrame o dela. E isso só pode ser feito quando você estiver aquecido. Isso nunca pode ser feito quando você está frio. Quando você estiver aquecido e fervendo, as coisas acontecem. Quando você está frio, elas congelam, não podem fluir. Quando você está quente, você se torna líquido. Quando você está frio, você fica sólido.
Portanto, o que estou lhe dizendo, diga a ela e tenha um encontro agradável com ela. Você e ela ambos serão aliviados e ambos serão beneficiados. Dessa vez, deixe que a verdade seja a meta... não a etiqueta, não a formalidade. Apenas abra seu coração e deixe que ela também abra o dela. E após isso, como se uma tempestade tivesse passado, surge um grande silêncio e esse silêncio lhe tornará comunicativo. Mesmo a comunhão é possível.
Isso acontecerá… tenha um pouco de coragem.
Osho, Extraído de: A Rose is a Rose is a Rose
27 de abril de 2010
NO SILENCIO!
Não dito
In silence we heard - Em silêncio ouvimos
The whisper of our heart - O sussurro do nosso coração
The beat of our veins - A batida de nossas veias
The melody of our spirits - A melodia do nosso espírito
In silence we felt - Em silêncio sentimos
The strength of our being - A força do nosso ser
The ruggedness of our feelings - A robustez de nossos sentimentos
Our mouth sealed, - Nossa boca fechada,
But we spoke thousands - Mas falamos milhares
As we dive into the ocean of silence - À medida que mergulha no oceano do silêncio
Fasika Ayalew
Dificil é calar as vozes, dificil é eliminar as sombras que teimam em fazer presença.... porque não basta fechar a boca, ou cobrir os olhos é preciso calar os gritos, os sons e as imagens que teimam em se apresentar...fazer presença.. na ilusão da existencia.. pura alegoria holográfica!
Quisera ausentar-me deste turbilhão de sons que machuca, que confunde...que instiga, preciso libertar-me.. preciso aprendar a levitar.. descortinar meu eu original .. por isso preciso do silencio, para fazer renascer a minha alma!!
Quero desvendar este territorio etéreo, origem embrionária do meu ser cativo neste invólucro no qual me debato.. desfazendo-me da angustia e da ignorancia .. porque agora sei que sou desperto... o silencio me revela e alimenta a certeza que me guia e a luz que me orienta.
Silencio.. profundo silencio.. reencontro.... nada mais!