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12 de fevereiro de 2012

A inconsciência comum e a inconsciência profunda... por Eckhart Tolle


"Como você provavelmente sabe, o ser humano se desloca constantemente entre fases do sono em que sonha e que não sonha.
 Da mesma forma, a maioria das pessoas, quando acordada, se alterna entre a inconsciência comum e a inconsciência profunda. 

Chamo de inconsciência comum essa identificação com os nossos processos de pensamentos e emoções, nossas reações, desejos e aversões. É o estado normal da maioria das pessoas. 
Nesse estado, somos governados pela mente e não temos consciência do Ser. Não se trata de um estado de sofrimento agudo ou de infelicidade, mas de um nível baixo e contínuo de desconforto, descontentamento, enfado ou nervosismo, como uma espécie de estática ao fundo.

 Talvez você não perceba muito bem essa situação porque ela já faz parte da nossa vida “normal”, da mesma forma que você não percebe um barulho contínuo ao fundo, como o zumbido do ar-condicionado, até ele parar. Quando isso acontece de repente, ocorre uma sensação de alívio. 

Muitas pessoas usam a bebida, as drogas, o sexo, a comida, o trabalho, a televisão, ou até mesmo o ato de fazer compras como anestésicos, em uma tentativa inconsciente para acabar com esse desconforto básico. Quando isso acontece,
 uma atividade que poderia ser muito agradável, se feita com moderação, passa a ter um componente de compulsão ou dependência, e tudo o que se obtém sob essa influência traz uma sensação de alívio por um período extremamente curto.
A sensação de desconforto da inconsciência comum se transforma no sofrimento da inconsciência profunda,
 ou seja, um estado de sofrimento ou infelicidade mais agudo e mais perceptível quando as coisas “vão mal”, quando o ego é ameaçado ou quando existe um desafio maior, tal como uma perda real ou imaginária em nossa situação de vida, ou um conflito numa relação.

 A inconsciência profunda é uma versão ampliada da inconsciência comum, da qual difere na intensidade, mas não na espécie.

Na inconsciência comum, uma resistência habitual ou uma negação daquilo que é cria um desconforto que a maioria das pessoas aceita como algo normal.
 Quando essa resistência se intensifica através de algum desafio ou ameaça ao ego, faz aflorar uma negatividade intensa que se manifesta sob a forma de raiva, medo profundo, agressão, depressão, etc.

 A inconsciência profunda significa, com freqüência, que o sofrimento começou e que você passou a se identificar com ele. A violência física não aconteceria sem o estado de inconsciência profunda. Ela pode explodir com facilidade quando as pessoas geram um campo coletivo de energia negativa.

O melhor indicador do nível de consciência é a maneira como você lida com os desafios da vida. É através desses desafios que uma pessoa já inconsciente tende a se tornar mais profundamente inconsciente, e uma pessoa consciente a se tornar mais intensamente consciente.

 Podemos nos valer de um desafio para nos acordar ou para permitir que ele nos empurre para um sono ainda mais profundo. O sonho no nível da inconsciência comum se transforma, então, em pesadelo.

Se você não consegue estar presente mesmo em situações normais, como, por exemplo, quando está sozinho em uma sala, caminhando no campo ou ouvindo alguém, certamente não será capaz de permanecer consciente quando alguma coisa “vai mal”. 

Será dominado por uma reação, que é sempre, em última análise, alguma forma de medo, e empurrado para uma inconsciência profunda. Esses desafios são os seus testes. Só o modo como você lida com eles lhe mostrará onde você está no que se refere ao seu estado de consciência, e não a quantidade de horas que você consegue ficar sentado com os olhos fechados.
Portanto, é fundamental colocar mais consciência em sua vida durante as situações comuns, quando tudo está correndo de modo relativamente tranqüilo.

 É assim que se aumenta o poder de presença. Ele gera um campo energético de alta freqüência vibracional em você e ao seu redor. Nenhuma inconsciência, nenhuma negatividade, nenhuma discórdia ou violência pode penetrar nesse campo e sobreviver, do mesmo modo que a escuridão não consegue sobreviver na presença da luz."

Autor:Eckhart Tolle
Fonte:http://toquenaunidade.com.br/

21 de julho de 2010

Humana e Divina Criatura!


"O homem moderno é o primeiro em toda a história que não tem uma idéia do sagrado, que vive uma vida muito mundana. Ele está interessado em dinheiro, poder, prestígio, e acha que isso é tudo. É uma noção muito estúpida". - Osho

"As tragédias que abalam o coração humano e trazem sofrimentos para milhares de pessoas, são acontecimentos que nos trazem reflexões sobre a vida, seus encantos, seus mistérios e suas aparentes contradições. O que será que a vida quer de nós? 

Se prestarmos atenção, quase sempre nas tragédias há algo de premeditado ou anunciado. Por intuição, aqueles que serão protagonistas ou vítimas percebem a aproximação de algo que irá mudar suas vidas, e lá no fundo sentem que passarão pela porta estreita da morte dolorosa para resgatar algum carma, ou como instrumentos da vida para ensinar aos outros; quase sempre deixam avisos e mensagens aqui e ali subliminarmente, mesmo que não consigam decifrar os sinais de suas próprias intuições. Todos os que passarão pelas provas são atraídos para os locais delas, sem saber porque, e aqueles que não são parte do grupo perdem o trem, o avião, o tempo de chegar lá. 

Mas, as tragédias não são necessariamente um mal se soubermos tirar lições delas. Do alto da visão cósmica, são mais avisos e cumprimento do destino, que castigos. Mas, ainda poucos são os que entendem os avisos, pois quase nada muda em relação ao essencial, e quando alguma coisa muda geralmente fica restrito ao campo material, filosófico ou político; pouco se entende do espiritual. O ser humano ainda engatinha como criança em se tratando de espiritualidade, e falta muito ainda para se tornar consciente de si mesmo e de sua realidade espiritual. Entre dogmas religiosos e outros apelos, vai deixando de lado a sua espiritualidade, porque ainda confunde espiritualidade com crença ou fé na religião.

A religião tanto pode despertar a consciência espiritual, como pode adormecê-la ainda mais. Dependendo dos métodos, a religião pode ensinar o caminho individual da evolução espiritual e da responsabilidade de cada um sobre si mesmo, ou não, quando há outros interesses mesclados à supremacia dos dogmas. Na contramão da religiosidade, o ser humano tem se desleixado de sua espiritualidade. Espiritualidade é reconhecer-se como espírito, com alma e coração em corpo vivo. 

O ser humano, embolado e embalado por sonhos, ilusões e desejos materialistas imediatistas, esquece-se de sua transitoriedade por aqui e de sua eternidade espiritual. Falta ao ser humano mais atenção para com as coisas que não se vê, mas se percebe por outros sentidos, os da alma que reflete a inteligência espiritual por intuição. Negar a intuição é o mesmo que negar a alma. 

Por medo e desconhecimento de si, da vida e do universo, o ser humano busca abrigo seguro nas instituições, que nem sempre o conduzem para o bom desenvolvimento de suas faculdades espirituais. Não há instituição alguma que possa substituir a sua responsabilidade sobre a sua evolução, e não há instituição ou sacerdote que tenha poder sobre você, a menos que o conceda você mesmo. A quem se entrega, só resta o atraso como premio. 

Poucas vezes o ser humano se coloca diante de si mesmo, em silêncio meditativo. Poucos conseguem parar a balburdia mental e permanecer em silêncio e ausência de ocupação. O ser humano parece que perdeu a capacidade de ficar um minuto sem fazer algo, sem algum barulho ou algum movimento. Estranho é ver alguém hoje em dia, nessa modernidade avançada em tecnologias e cheia de promessas de felicidade por meio de bugigangas e mandingas, que se preze ao silêncio e interiorização - a meditação. Parar passou a ser sinônimo de perda de tempo. Mas, qual tempo se perde? No entanto, a maior necessidade do ser humano é a de ir ao encontro de si mesmo, buscando em si mesmo as respostas para as suas ansiedades e inquietações; e isso se faz na quietude do silêncio da meditação. 

Até as religiões estão cada vez mais barulhentas, quando seus templos deveriam ser centros de meditação silenciosa. É no silêncio e interiorização que o ser humano se torna religioso. A verdadeira oração é silenciosa; a verdadeira religião é meditativa. Em meditação é que o espírito, essência do ser humano, entra em sintonia com as forças espirituais superiores; com Deus. Jesus recomendou recolhimento e silêncio na oração, mas ao que parece são os sacerdotes, "seus representantes", quem mais agitam. O barulho, ao contrario de acordar, faz o ser humano adormecer mais profundamente no sono da inconsciência. Somente em silêncio a consciência se torna luz que clareia a percepção, e a oração tem foco; somente no silêncio você alcança a sua alma e o espírito se conecta com a Fonte de Tudo.

Paz na tua alma!"
Luiz Antônio Trevizani

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