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24 de maio de 2013

A Sombra e Luz [em nós]...


"Todos nós nascemos emocionalmente saudáveis. Nos amamos e nos aceitamos, sem julgar sobre quais são nossas partes boas ou ruins. Nosso ser está íntegro, vive o momento e manifesta livremente o “Eu”. Ao crescermos, começamos a aprender com as pessoas à nossa volta que nos dizem como agir, quando comer, quando dormir, e começamos a fazer distinções, Percebemos quais são os comportamentos que nos garantem aceitação e quais os que provocam rejeição. Com isso, passamos a confiar ou odiar àqueles que nos rodeiam, de acordo com essas respostas. Tudo isso nos desvia da possibilidade de viver o agora e impede que nos expressemos espontaneamente.

Aprendemos que o amor é uma expressão apenas da compaixão e da generosidade. Mas não é bem assim. O amor se representa também pelos sentimentos da raiva, do ódio, do desejo, do ciúme, da dissimulação, da vingança. Jung uma vez disse: “Prefiro sentir-me inteiro do que ser bom”. 

“A sombra é tudo aquilo que está em nós que não gostaríamos de ser. A sombra se apresenta com muitas faces: aterrorizada, ambiciosa, zangada, vingativa, maligna, egoísta, manipulativa, preguiçosa, controladora, hostil, feia, subserviente, vulgar, fraca, crítica, censora etc. Devemos nos perdoar por sermos humanos, imperfeitos”. Afirma Debbie Ford, em seu livro "O Lado Sombrio dos Buscadores da Luz", da editora Pensamento.

Percebi trabalhando em consultório que as pessoas se ressentiam por serem boas e fazerem bem os seus papéis de mães, esposas, funcionárias, filhas, etc. e que não obtinham resultados ou aprovação, muitas vezes se vendo criticadas por detalhes irrelevantes. O primeiro impulso era sempre de culpar o outro por não lhe acolherem ou elogiarem, mas, na verdade, as pessoas do lado de fora apenas estão fazendo o seu papel de mostrarem a elas o quanto elas estão vivendo apenas uma parte delas mesmas. Essas pessoas passaram um bom tempo de suas vidas ouvindo “não seja isso ou não faça aquilo”.

Essas “más qualidades” acabam constituindo sua sombra. E, com o passar do tempo, toda essa repressão torna-se uma bomba-relógio ambulante esperando para explodir em cima de qualquer um que cruze o seu caminho. Perde-se muito tempo tentando esconder o lado imperfeito de si mesmo que acaba não vivendo o lado bonito, Todos nós temos uma sombra que é parte da nossa realidade total, e essa sombra está presente para nos indicar em que ponto estamos incompletos. 
Como consequência, você não tem paciência com os outros que expõem suas imperfeições, tornando-se intolerante e crítico(a). Diante do seu julgamento, ninguém é bom o bastante, o mundo é um lugar terrível e todos estão metidos em encrenca. 
Você começa a achar que o seu problema surgiu porque nasceu na família errada, teve os amigos errados, seu rosto e seu corpo não são o que deveriam ser e, ainda por cima, mora na cidade errada e freqüenta os lugares errados. 
Você acredita que essas circunstâncias externas são a causa da sua solidão, da raiva e da insatisfação. 

Nossa sombra nos ensina sobre o amor, a compaixão e o perdão. Aqueles ingredientes necessários para tocarmos a nossa essência divina que, por ser perfeita, convive bem com os dois lados de expressão. Lembre-se que você ainda vive num sistema de dualidade, portanto, precisa viver as 2 manifestações ditas do bem e do mal.

Mas a repressão dessa sombra também nos leva a reprimir a nossa luz. Muitas vezes não deixamos sair os nossos melhores talentos pelo mesmo motivo. O que reprimimos seja de bom ou de ruim, nos faz restritos, limitados em nossa vida.

Cada filamento do seu DNA carrega a história completa da evolução da vida e das características de toda a humanidade. Isso significa que você, nesse momento, pode ser qualquer coisa, basta focalizar dentro de você essa característica e ela se projetará em oportunidades externas. Se você se vê como uma pessoa feliz, bem sucedida, realizada em seus projetos, isso se expressará do lado de fora, criando os caminhos pelos quais você trafegará. Somos o que pensamos, por isso, o que pensamos encontra primeiro eco do lado de dentro para depois buscar o espelho do lado de fora e vice-versa. Gunther Bernard disse: “Nós escolhemos esquecer quem somos e depois esquecer que esquecemos”.

Na infância, temos as primeiras referências que são pai e mãe. Essas imagens ficam internalizadas em nós e passamos a admirá-los, respeitá-los, e também odiá-los. A partir de então, ou nos aproximamos deles copiando-lhes o comportamento ou nos distanciamos deles sendo diametralmente opostos. De um jeito ou de outro, não somos nós mesmos.(...)

Amor e compaixão por nós mesmos é um sábio sentimento para que possamos viver plenamente o nosso Ser. Não se chega à luz sem atravessar a sombra. Todos os seres que atravessam o nosso caminho estão nos mostrando algo que se reagirmos mal, certamente ainda não está resolvido em nós ou mesmo consciente. Quanto mais reprimimos o que nos parece feio em nossa personalidade, menos expressamos o que é considerado bonito nela.

Um exercício bom para isso é fazer uma lista do que não gostamos em nós, junto com as características que vivemos criticando nos outros. Depois da lista pronta, inicie dizendo “eu reconheço e me aceito assim………… (comece pelo item 1) e me perdôo, pois tenho certeza que tornarei essa característica a meu favor”. Faça para cada um deles, mesmo que seja difícil no começo, repita quantas vezes puder. Verá que as pessoas que o estão provocando sobre as coisas que você não quer ver em você, mudam de atitude e até de sentimentos sobre você. 

Tudo isso serve também com o lado considerado positivo. Se você admira uma qualidade em alguém, ela estará reprimida em você também. Repita o exercício acima para o positivo. Deixe-o sair. Se alguém traz algo para você ver e você fica fascinado(a), com certeza esse talento faz parte de você. Permita-o existir livremente, mas sem compará-lo, pois cada um de nós é talentoso de uma forma especial. 

Todos somos o que todos são. Por isso, nada de julgar ou criticar. Diga a você que se aceita com todas as partes boas ou ruins reconhecendo-as com o mesmo amor. A partir dessa atitude você está pronto(a) para SER plenamente e inteiramente a expressão de Deus."


4 de fevereiro de 2013

A Vida merece ser vivida - por Debbie Ford

...(...)"Em vez de dizer: “Não posso fazer isso”, você precisa perguntar: “Por que eu não faria isso? Estou com medo de quê?” Essas perguntas desafiam as amarras que o mantêm preso. O objetivo é fazer você descobrir qual é a finalidade da sua vida.
Indagar-se se você está no caminho certo parece fácil. A parte difícil é ouvir a resposta do coração. Sua mente terá uma resposta, mas seu coração talvez tenha outra.

O medo pode incitá-lo a manter o rumo atual, enquanto o amor pode instigá-lo a mudar de rumo. Você precisa acalmar a mente para ouvir qual é o chamado mais alto e abrir o coração para descobrir onde mora o amor.
Se decidir seguir suas paixões e seus desejos, precisa ser forte o suficiente para ouvir as respostas da sua alma. Se você se mantiver na superfície, o cenário parecerá sempre o mesmo.

Aventure-se em águas mais profundas e um mundo mágico estará à sua espera.
Mas temos medo de afundar, de errar, de falhar.

Seus desejos são suficientemente importantes para fazer você enfrentar seus medos? Você os quer realizar de verdade? A escolha é sua: você pode mudar sua atitude de resignação para uma de comprometimento; passar de uma condição de medo para um estado amoroso.
O primeiro passo é questionar a si mesmo, para transformar radicalmente suas certezas em perguntas.

Troque: “Sou um fracassado” por “Eu poderia ser um sucesso?” Mude: “Estou aborrecido com minha vida” para “Eu seria capaz de ser animado?” Transforme: “Minha vida não faz diferença” em “Eu faria alguma diferença para o mundo?”

A necessidade de ser corretos de nos sentirmos seguros nos impede de assumir um compromisso com a vida. Ficamos inseguros ao questionar nossos motivos.

O que você prefere: estar certo a respeito de ser um fraco ou estar errado quanto à sua capacidade de ser grande? Você escolheria estar no controle de uma pequena soma de dinheiro ou inseguro em relação a como equilibrar uma conta bancária polpuda? Entre permanecer num emprego de que você não gosta e se arriscar criando um empreendimento próprio, qual seria sua escolha?

Se soubesse que só tem um ano de vida, você continuaria a fazer o que está fazendo agora?

Você faria as mesmas escolhas para a sua vida?

Feche os olhos e focalize mentalmente um lugar dentro de você, bem no fundo, onde se sinta a salvo e à vontade. Pergunte a você mesmo o que gostaria de estar fazendo nesse exato momento da sua vida.
 Por que não está se dedicando à busca desse sonho? Do que você tem medo? Faça a você mesmo a pergunta que lhe fiz: o que você faria se tivesse apenas um ano de vida? O que você mudaria?

Mantendo as respostas na quietude do seu coração, comprometa-se a mudar sua vida, de forma a poder manifestar seus sonhos.

Comprometa-se a sempre prestar atenção à sua própria verdade e a dar ouvidos a ela.

Proponha-se a deixar o Universo guiá-lo em direção àquilo que o seu coração deseja.

Só esses compromissos já mudarão sua vida.

Ao fazer isso, você estará dizendo a você e ao mundo todo:
“Mereço ter o que quero e farei o que for necessário para realizar meu desejo”.

W. H. Murray escreveu:

Até que uma pessoa se comprometa, há a vacilação, a oportunidade de recuar, a ineficiência de sempre. 
No que diz respeito a todos os atos de iniciativa (e criação), só existe uma verdade elementar: o fato de não sabermos o que mata inúmeras ideias e esplêndidos planos e que, no instante em que alguém se compromete definitivamente, a Providência muda também.
 Então, para ajudar essa pessoa, acontecem coisas que de outra forma jamais ocorreriam. Uma sucessão de acontecimentos emana da decisão tomada, gerando toda espécie de incidentes imprevistos, encontros e apoio material que favorecem essa pessoa e que ninguém jamais sonharia que se apresentariam dessa forma. 
Dê início a qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar. A ousadia tem talento, poder e magia.

Sem comprometimento, o Universo não pode produzir os acontecimentos de que precisamos para realizar nossos desejos.

Infelizmente, a maioria das pessoas não se compromete com aquilo que quer. À noite, na cama, rezamos para ter uma vida melhor, um corpo melhor, um emprego melhor, mas nada muda.

Isso acontece porque mentimos para nós mesmos. Em geral, o que pedimos em nossas orações e aquilo com que estamos comprometidos são coisas totalmente diferentes. Rezamos para ter uma vida mais saudável, mas somos sedentários. Pedimos a Deus um relacionamento gratificante, mas ficamos sentados em casa. Estamos mais à vontade com o status quo.

Porém, quando percebemos que ninguém está vindo para nos salvar ou fazer algo por nós e que nossas velhas feridas continuam lá, quer gostemos delas ou não, então nos damos conta de que somos nós que temos de exercer o nosso potencial."


Debbie Ford
Fonte: livro: O lado sombrio dos buscadores da luz - Editora Cultrix

5 de agosto de 2010

O Poder do Silêncio! - Aldo Novak


"O erro não dito é um silencioso acerto”
"Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio" (Xenócrate)

Pense em alguém poderoso. Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo? Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.

Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos. Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.

Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota
Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente.

Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade.

Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.

Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "me arrependo de coisas que disse, mas jamais de meu silêncio".

Durante os próximos sete dias, responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos. Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.

E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas."

Aldo Novak
www.academianovak.com.br
http://www.fadadasrosas.com.b

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