25 de julho de 2010

O corpo de Dor!


"Ao longo de milhares de anos, a mente vem intensificando seu domínio sobre a humanidade, que deixou de ser capaz de reconhecer a entidade que se apossa de nós como o “não-eu”. Por causa dessa completa identificação com a mente, uma falsa percepção do eu passa a existir – o ego. A densidade dele depende do grau em que nós – a consciência -nos identificamos com a mente com o pensamento. Pensar não é mais do que um minúsculo aspecto da totalidade da consciência de quem somos.

O grau de identificação com a mente difere de individuo para individuo. Algumas pessoas desfrutam de períodos em que se encontram libertas do domínio da mente, ainda que brevemente. A paz, a alegria e o ânimo que elas experimentam nesses momentos fazem a vida valer a pena. Essas também são as ocasiões em que a criatividade, o amor, e a compaixão se manifestam. Outras pessoas se mantêm presas ao estado egóico de modo contínuo. Permanecem alienadas de si mesmas, assim como dos demais e do mundo ao redor. Quando as observamos, conseguimos ver a tensão na sua face, talvez a testa franzida ou um olhar vago e distante. A maior parte da sua atenção está sendo absorvida pelo pensamento, por isso não nos vêem nem nos escutam. Elas não estão presentes em nenhuma situação – sua atenção está ou no passado ou no futuro, que, é claro são formas de pensamento que existem apenas na mente.

Ou, se estabelecem um relacionamento conosco, fazem isso por meio de algum tipo de papel que interpretam e, assim, não são elas mesmas. As pessoas em sua maioria, vivem alienadas de quem elas são. Ás vezes esse estado chega a tal ponto que a maneira como se comportam e se relacionam é reconhecida como “falsa” por quase todo mundo, a não ser por aqueles que também são falsos e igualmente alienados de quem são.

Alienação que dizer que não nos sentimos á vontade em nenhuma situação, em nenhum lugar nem com ninguém, nem conosco mesmo. Estamos sempre tentando nos sentir “em casa”, mas isso nunca acontece. Alguns dos maiores escritores do século XX, como Frank Kafka, Albert Camus, T.S.Elliot e James Joyce, não só reconheceram a alienação como o dilema universal da existência humana como é provável que a tenham sentido em si mesmos de modo profundo, e assim, foram capazes de expressá-la excepcionalmente em suas obras. Eles não ofereceram uma solução. Sua contribuição foi nos proporcionar uma reflexão sobre essa dificuldade humana, para que pudéssemos vê-la com mais clareza. Ter uma visão mais nítida de uma situação complicada em que nos encontramos é o primeiro passo no sentido de superá-la."

Autor: Eckhart Tolle - "O despertar de uma nova consciencia. 


Estar certo e tornar o outro errado -

"Nada fortalece mais o ego do que estar certo. Isso o identifica com uma posição mental-uma perspectiva, uma opinião, um julgamento, uma historia. Obviamente, para termos razão, é necessário que alguém esteja errado. Assim, o ego adora apontar a falha para que possa mostrar que está certo. Em outras palavras precisamos fazer com que os outros estejam equivocados ´para nos sentir mais fortes que somos. Assim como uma pessoa, também uma situação pode ser considerada errada por meio de queixas e de algum tipo de ração, atitudes que sempre deixam subtendidas a idéia "isso não deveria estar acontecendo". Estarmos certos nos coloca numa posição de superioridade moral imaginada em relação á pessoa ou á situação que está sendo julgada. É esse sentimento de superioridade que o ego adora e por meio do qual se destaca."

Autor: Eckhart Tolle - Livro: O despertar de uma nova consciência - 

24 de julho de 2010

Espiritualidade e consciência!

 
"Espiritualidade é um estado de consciência; não é doutrina, não!
É o que se leva dentro do coração.
É o discernimento em ação!
É o amor em profusão.
É a luz nas idéias e equilíbrio na senda.
É o valor consciente da alegria na jornada.
É a valorização da vida e de todos os aprendizados.
É mais do que só viver; é sentir a vida que pulsa em todas as coisas.
É respeitar a si mesmo, para respeitar o próximo e a Natureza.

É ter a plena noção de que nada acaba na morte do corpo, pois a alma segue além, algures, na eternidade... É saber disso - com certeza -, e não apenas crer nisso.
É viver isso - com clareza -, sem fraquejar na senda.
É ser um presente, para si mesmo, para os outros e para a própria vida.

Espiritualidade é brilho nos olhos e luz nas mãos.
E isso não depende dessa ou daquela doutrina;
depende apenas do próprio despertar espiritual;
depende do discernimento de se unir aos sentimentos legais,
no equilíbrio das próprias energias, nos atos da vida.

Ah, espiritualidade é qualidade perene; não se perde nem se ganha; apenas é!
É valor interno, que descerra o olhar para o infinito...
Para além dos sentidos convencionais.
É janela espiritual que se abre, dentro de si mesmo, para ver a luz que está em tudo!

Espiritualidade é essa maravilha: o encontro consigo mesmo, em paz.
Espiritualidade é ser feliz, mesmo que ninguém entenda por quê.
É quando você se alegra, só pelo fato de estar vivo!
É quando o seu chacra do coração se abre igual a uma rosa, e você se sente possuído por um amor
que não é condicionado a coisa alguma, mas que ama tudo.
É quando você nem sabe explicar porque ama; só sabe que ama.

Espiritualidade não depende de estar na Terra ou no Espaço;
de estar solteiro ou casado;
de pertencer a esse ou aquele lugar;
ou de crer nisso ou naquilo.

É valor de consciência, alcançado por esforço próprio e faz o viver se tornar sadio.
Espiritualidade é apenas isso: Ser feliz!
Ou, como ensinavam os sábios celtas de outrora: Ser um ser presente!"

Texto de: Wagner Borges.

Controlando a Mente!


"O principal entrave para que entremos em contato com nossa real natureza é a mente. Aos poucos, na medida em que avançamos em nosso autoconhecimento, a principal descoberta que realizamos é a total ausência de controle que temos sobre nossos pensamentos.

Ser dominado pela mente é o que nos impede de acessar a dimensão divina de nosso ser. Somente quando ela silencia o turbilhão de pensamentos é que o silêncio se faz presente e podemos, então, ouvir a voz que se oculta em nosso interior.

Mas, como conseguir parar a mente? Esta não é uma tarefa fácil, pois somente a consciência e um permanente estado de alerta sobre nossos pensamentos, sentimentos e sensações físicas, podem nos ajudar a alcançar este objetivo.

A meditação é o caminho, mas podemos também aprender uma técnica bem simples, que consiste em finalmente assumir o papel de senhor da mente, ao invés de escravo dela.

Através do poder das palavras, podemos enviar comandos à nossa mente, ordenando-lhe o oposto daquilo que ela nos apresenta. Se ela nos apresenta o medo, podemos contrapor a ele a palavra coragem.

Além disso, a palavra silêncio, tem o poder de parar por alguns segundos o turbilhão de pensamentos, quando a utilizamos repetidamente.

Os mantras funcionam do mesmo modo e, ao repeti-los, a mente se vê obrigada a entrar na energia daquele som. E, assim, vamos nos surpreendendo ao descobrir que podemos determinar o padrão de pensamentos de nossa mente.

Esta é uma diferença essencial entre o viver no estado de adormecimento e na condição de ser desperto e consciente.

"PALAVRAS - OSHO
Palavras não são apenas palavras. Elas têm disposições de ânimo, climas próprios.

Quando uma palavra se aloja dentro de você, ela traz um clima diferente à sua mente, uma abordagem diferente, uma visão diferente. Chame a mesma coisa de um nome diferente e perceberá: algo fica imediatamente diferente.

Existem as palavras dos sentimentos e as palavras intelectuais. Abandone cada vez mais as palavras intelectuais, use cada vez mais palavras dos sentimentos. Existem palavras políticas e palavras religiosas. Abandone as palavras políticas. Existem palavras que imediatamente criam conflito. No momento em que você pronuncia, surgem discussões. Assim, nunca use uma linguagem lógica e argumentativa. Use a linguagem do afeto, do carinho, do amor, para que não surja discussão alguma.

Se você começar a ficar consciente disso, perceberá uma imensa mudança surgindo. Se você estiver um pouco alerta na vida, muitas infelicidades poderão ser evitadas. Uma única palavra pronunciada na inconsciência pode criar uma longa corrente de aflição. Uma leve diferença, apenas uma virada muito pequena, e isso cria mudança. Você deveria ser muito cuidadoso e usar as palavras quando absolutamente necessário. Evite palavras contaminadas. Use palavras arejadas, não controversas, que não são argumentos, mas apenas expressões de suas impressões.

Se você puder se tornar um especialista em palavras, toda a sua vida será totalmente diferente. Se uma palavra trouxer infelicidade, raiva, conflito ou discussão, abandone-a. Qual é o sentido de carregá-la? Substitua-a por algo melhor. O melhor é o silêncio, depois é o canto, a poesia, o amor."

Osho, A Rose is a Rose Is a Rose.

:: Elisabeth Cavalcante :: 
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=10047 

23 de julho de 2010

Fizeram a gente acreditar!

 
"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. 
 
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. 
 
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
 
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."
.
[John Lennon]

21 de julho de 2010

Humana e Divina Criatura!


"O homem moderno é o primeiro em toda a história que não tem uma idéia do sagrado, que vive uma vida muito mundana. Ele está interessado em dinheiro, poder, prestígio, e acha que isso é tudo. É uma noção muito estúpida". - Osho

"As tragédias que abalam o coração humano e trazem sofrimentos para milhares de pessoas, são acontecimentos que nos trazem reflexões sobre a vida, seus encantos, seus mistérios e suas aparentes contradições. O que será que a vida quer de nós? 

Se prestarmos atenção, quase sempre nas tragédias há algo de premeditado ou anunciado. Por intuição, aqueles que serão protagonistas ou vítimas percebem a aproximação de algo que irá mudar suas vidas, e lá no fundo sentem que passarão pela porta estreita da morte dolorosa para resgatar algum carma, ou como instrumentos da vida para ensinar aos outros; quase sempre deixam avisos e mensagens aqui e ali subliminarmente, mesmo que não consigam decifrar os sinais de suas próprias intuições. Todos os que passarão pelas provas são atraídos para os locais delas, sem saber porque, e aqueles que não são parte do grupo perdem o trem, o avião, o tempo de chegar lá. 

Mas, as tragédias não são necessariamente um mal se soubermos tirar lições delas. Do alto da visão cósmica, são mais avisos e cumprimento do destino, que castigos. Mas, ainda poucos são os que entendem os avisos, pois quase nada muda em relação ao essencial, e quando alguma coisa muda geralmente fica restrito ao campo material, filosófico ou político; pouco se entende do espiritual. O ser humano ainda engatinha como criança em se tratando de espiritualidade, e falta muito ainda para se tornar consciente de si mesmo e de sua realidade espiritual. Entre dogmas religiosos e outros apelos, vai deixando de lado a sua espiritualidade, porque ainda confunde espiritualidade com crença ou fé na religião.

A religião tanto pode despertar a consciência espiritual, como pode adormecê-la ainda mais. Dependendo dos métodos, a religião pode ensinar o caminho individual da evolução espiritual e da responsabilidade de cada um sobre si mesmo, ou não, quando há outros interesses mesclados à supremacia dos dogmas. Na contramão da religiosidade, o ser humano tem se desleixado de sua espiritualidade. Espiritualidade é reconhecer-se como espírito, com alma e coração em corpo vivo. 

O ser humano, embolado e embalado por sonhos, ilusões e desejos materialistas imediatistas, esquece-se de sua transitoriedade por aqui e de sua eternidade espiritual. Falta ao ser humano mais atenção para com as coisas que não se vê, mas se percebe por outros sentidos, os da alma que reflete a inteligência espiritual por intuição. Negar a intuição é o mesmo que negar a alma. 

Por medo e desconhecimento de si, da vida e do universo, o ser humano busca abrigo seguro nas instituições, que nem sempre o conduzem para o bom desenvolvimento de suas faculdades espirituais. Não há instituição alguma que possa substituir a sua responsabilidade sobre a sua evolução, e não há instituição ou sacerdote que tenha poder sobre você, a menos que o conceda você mesmo. A quem se entrega, só resta o atraso como premio. 

Poucas vezes o ser humano se coloca diante de si mesmo, em silêncio meditativo. Poucos conseguem parar a balburdia mental e permanecer em silêncio e ausência de ocupação. O ser humano parece que perdeu a capacidade de ficar um minuto sem fazer algo, sem algum barulho ou algum movimento. Estranho é ver alguém hoje em dia, nessa modernidade avançada em tecnologias e cheia de promessas de felicidade por meio de bugigangas e mandingas, que se preze ao silêncio e interiorização - a meditação. Parar passou a ser sinônimo de perda de tempo. Mas, qual tempo se perde? No entanto, a maior necessidade do ser humano é a de ir ao encontro de si mesmo, buscando em si mesmo as respostas para as suas ansiedades e inquietações; e isso se faz na quietude do silêncio da meditação. 

Até as religiões estão cada vez mais barulhentas, quando seus templos deveriam ser centros de meditação silenciosa. É no silêncio e interiorização que o ser humano se torna religioso. A verdadeira oração é silenciosa; a verdadeira religião é meditativa. Em meditação é que o espírito, essência do ser humano, entra em sintonia com as forças espirituais superiores; com Deus. Jesus recomendou recolhimento e silêncio na oração, mas ao que parece são os sacerdotes, "seus representantes", quem mais agitam. O barulho, ao contrario de acordar, faz o ser humano adormecer mais profundamente no sono da inconsciência. Somente em silêncio a consciência se torna luz que clareia a percepção, e a oração tem foco; somente no silêncio você alcança a sua alma e o espírito se conecta com a Fonte de Tudo.

Paz na tua alma!"
Luiz Antônio Trevizani

20 de julho de 2010

QUAL É O PROPÓSITO DA SUA ALMA?



"O propósito da alma!?!
Nós somos almas vivenciando uma experiência na matéria. Sabemos disso, claro!
O que isto significa na prática? Já pensaram? Já refletiram?
Somos a nossa alma, antes de ser um corpo encarnado neste plano.
E nossa alma veio até aqui com certo propósito. Se assim não fosse, o que estaria nossa alma fazendo aqui?!?

Porém, quando aqui chegamos, encontramos a matéria. E como experiênciá-la?
Temos o corpo físico à serviço da alma! Temos a matéria  a serviço do propósito da alma!
E,..., acho que nos perdemos um pouco no meio do caminho! E passamos a nos identificar com o corpo, com a matéria.
E começamos a imaginar que o propósito de nossa existência está no corpo e na matéria.
Criamos o propósito da matéria, totalmente desligado do propósito da alma!
Invertemos a ordem e assim ... perdemos o propósito da alma!

Além disso, tendemos a copiar os propósitos criados por outros, colocando o nosso principal foco no externo, e assim ... perdemos o propósito da alma!Começamos a crer que existe certo e errado em nossas atitudes e nos obrigamos a seguir modelos externos.
E seguir modelos externos nos coloca totalmente fora do nosso Real propósito.
Passamos a sofrer, porque desligar-se do propósito Maior da nossa alma nos traz uma sensação de vazio, de um viver sem sentido, de dificuldades e uma busca em vão do preenchimento através dos objetos, das pessoas, das situações...

Desta forma, quando o que está fora não está bom, também não estamos bem!
E porque isso acontece? Porque o propósito criado a partir do foco invertido (de fora para dentro) envolve o ego e o ego não nos preenche completamente.
Invertemos a ordem e no fundo do nosso Ser sabemos que não estamos dentro do propósito da alma. Frustração e vazio é o que sentimos quando nosso propósito Maior não consegue se manifestar.
Nos perdemos tanto que já não sabemos mais o propósito da nossa alma!
Como saber qual é o propósito da nossa alma?
É chegado o momento de re-descobirmos a essência e os objetivos da alma em cada momento e em cada experiência!

O propósito da nossa alma é em primeiro lugar vivenciar a felicidade. Onde você encontra felicidade, estímulo, alegria, vontade de viver,..., é onde está o propósito da alma! O propósito da alma está no nível mais elevado do Ser. O propósito da alma está dentro e não fora.

Quando fazemos o que não gostamos, estamos fora do propósito da alma.
Quando nos sentimos infelizes em certos lugares, em certos relacionamentos, estamos fora do propósito da nossa alma.
Quando nos submetemos a limites e sofrimentos, estamos fora do propósito de nossa alma.
Quando nos julgamos e nos criticamos, estamos fora do propósito da alma.
Quando julgamos e criticamos outros, estamos fora do propósito da alma.
Quando tudo está travado e bloqueado, estamos fora do propósito da nossa alma.

O propósito da alma é nobre e não está submetido ás leis do ego e da matéria.
O propósito da alma é nobre e inclui vivenciar a matéria com todas as suas possibilidades, aprendendo a dominá-la, e não abandoná-la! E dentro desse propósito de alma não há certo ou errado. Há apenas o propósito da alma que está sempre no nível mais elevado do Ser. E desta forma, não há como posicionar-se de forma “errada”!

Quantas vezes deixamos de seguir o impulso da alma rumo a seu propósito simplesmente porque o julgamos errado, ou sentimos vergonha ou mesmo nos comparamos com outros!?
O momento agora é re-ligar-se com o propósito da alma! Porque o planeta não suporta mais pessoas infelizes. E nossa alma também não suporta mais experiências que levam ao sofrimento. E tornar-se feliz tornou-se uma necessidade planetária! Apenas pessoas sentindo-se felizes e realizadas, que consigam manifestar o propósito da alma conseguirão abrir-se para o Amor que a alma possui como característica inerente a Si mesma e contribuir efetivamente para a elevação do planeta como um todo! 
Apenas pessoas felizes conseguirão projetar energias mais elevadas ao seu redor!
Para re-ligar é preciso que olhemos para nós mesmos e para tudo ao nosso redor de um nível mais elevado, buscando aquilo que nossa alma pede para sermos felizes, onde o foco principal é o lado interno e nobre do Ser, sem ego e sem limites.
É preciso coragem nessa mudança, porque teremos que fazer diferente. Teremos que nos perguntar: " - O que gosto de fazer?" E partir para a ação em busca do lado gostoso da vida, deixando de lado as crenças que estão nos limitando e nos tornando infelizes!

“Comer o pão que o diabo amassou, há que trabalhar arduamente, trabalho e prazer não se combinam, relacionamentos são difíceis, Deus e dinheiro não se combinam,..." (Não é assim que se fala por aí?),..., e tantos outros limites que nos impusemos!!

Lembre-se que estamos aqui para vivenciar a matéria, e não abandoná-la ou mesmo sofrer nela ou por ela! Se fosse para abandonar a matéria, não estaríamos aqui, concordam? Porém, temos que nos re-posicionar diante dela, colocando as coisas em seus devidos lugares!

Já que o propósito Maior da alma é experienciar a matéria, será que não deveríamos nos posicionar com alegria, usufruindo dela e aprendendo tudo de bom que esta experiência pode nos proporcionar? Sem limites, carências e sofrimento!?
Vamos encontrar o propósito da nossa alma? Vamos buscar a felicidade?"
Tania Resende

19 de julho de 2010

As Queixas!



"Queixar-se é uma das estratégias prediletas do ego para se fortalecer. Cada reclamação é uma pequena história que a mente cria e na qual acreditamos inteiramente. Não importa se ela é feita em voz alta ou apenas em pensamento. Alguns egos que talvez não tenham muito mais com o que se identificar sobrevivem apenas com queixas. Quando estamos presos a um ego assim, reclamar, sobretudo de alguém, é habitual e, é claro, inconsciente, o que mostra que não sabemos o que estamos fazendo.

Uma atitude típica desse padrão é aplicar rótulos mentais negativos às pessoas, seja na frente delas ou, como é mais comum, falando sobre elas com alguém ou apenas pensando nelas. Xingar é o modo mais rude de atribuir esses rótulos e de mostrar a necessidade que o ego tem de estar certo e triunfar sobre os outros: idiota, desgraçado, prostituta, todas essas afirmações sobre as quais não se pode argumentar. No nível seguinte, descendo pela escada da inconsciência, estão os gritos. Não muito abaixo disso se encontra a violência física.

Veja se você consegue capturar, ou melhor, perceber, a voz na sua cabeça - talvez no exato instante em que ela está reclamando de algo - e reconhecê-la pelo que ela é: a voz do ego, não mais que um padrão condicionado, um pensamento. Sempre que a observar, compreenderá que você não é ela, e sim aquele que tem consciência dela. Na verdade, você é a consciência que está consciente da voz. Atrás, em segundo plano, está a consciência. À frente, se situa a voz, aquele que pensa. Dessa maneira, você estará se libertando do ego, livrando-se da mente não observada

No momento em que você se torna consciente do ego, a rigor ele não será mais o ego, e sim um velho padrão mental condicionado. O ego implica em inconsciência. Ele e a consciência não podem coexistir. O velho padrão mental, ou hábito mental, pode sobreviver e se manifestar por um tempo porque tem o impulso de milhares de anos de inconsciência humana coletiva atrás de si. No entanto, toda vez que é reconhecido, ele se enfraquece."

Eckhart Tolle

Magnified Healing

18 de julho de 2010

O Tamanho da Sua Cegueira - Uma História de Buda

Do Livro: Buda, Sua Vida e Seus Ensinamentos – Osho

Gautama Buda chegou numa cidade, e a cidade tinha um cego muito lógico, muito racional, e toda a cidade tentava lhe dizer que a luz existia, mas ninguém podia provar que isso era verdade. Não há como provar que a luz existe. Ou você pode vê-la ou não pode, mas não há outra prova.

O cego dizia: “Estou pronto. Posso tocar as coisas e posso senti-las com as minhas mãos. Traga-me a luz; eu gostaria de tocá-la e de senti-la”.

Mas a luz não é algo palpável, e as pessoas diziam: “Não, ela não pode ser tocada ou sentida”.

Ele dizia: “Tenho outros sentidos; posso cheirá-la, posso prová-la, posso bater nela e ouvir o som, mas estes são meus únicos instrumentos: meus ouvidos, meu nariz, minha língua, minhas mãos, e estou deixando à disposição de vocês todas essas minhas faculdades. Eu deveria escutar meu próprio bom senso ou deveria escutar vocês? Digo que a luz não existe, que ela é apenas uma invenção, uma invenção de pessoas espertas para enganar pessoas simples como eu, a fim de que possam provar que sou cego e que elas têm olhos. Vocês não estão interessados na luz, mas em provar que têm olhos e que eu não tenho. Vocês querem ser superiores, mais elevados. Por vocês não poderem ser lógica e racionalmente superiores a mim, criaram algo absurdo. Esqueçam-se de tudo isso, todos vocês são cegos. Ninguém viu a luz porque ela não existe”.

Quando as pessoas ouviram que Buda viria à cidade, elas disseram: “Essa é uma boa oportunidade. Deveríamos levar nosso cego lógico para Gautama Buda; talvez ele possa convencê-lo, e não podemos encontrar uma pessoa melhor para fazer isso”.

Elas trouxeram o cego para Gautama Buda e lhe contaram toda a história, que um cego estava provando que todas as pessoas eram cegas, estava provando que a luz não existe e que elas eram absolutamente incapazes de provar a existência da luz.

Vale a pena lembrar as palavras de Buda; ele disse: “Vocês o trouxeram à pessoa errada. Ele não precisa de um filósofo, mas de um médico. Não é uma questão de convencê-lo, mas de curar os olhos dele. Mas não se preocupem, meu médico particular está aqui”. Um dos imperadores daqueles dias oferecera seu próprio médico particular para Gautama Buda, para que ele tomasse conta de Buda 24 horas por dia, para acompanhá-lo como uma sombra.

Ele pediu ao médico: “Por favor, cuide dos olhos desse homem”.

O médico examinou os olhos do homem e disse: “Esse não é um caso complicado; uma certa doença está prejudicando os olhos dele, mas ela pode ser tratada. Vai levar no máximo seis meses”.

Buda deixou seu médico na vila, e, após seis meses, o homem abriu os olhos. Toda a sua lógica e toda a sua racionalidade desapareceram. Ele disse: “Meu Deus, eu estava dizendo a essas pessoas simples que elas estavam me trapaceando, me enganando. A luz existe; eu era cego! Se eu tivesse aceito há mais tempo a idéia de que era cego, não haveria necessidade de viver na cegueira por toda a minha vida”.

Naqueles seis meses Buda tinha se afastado bastante da vila, mas o homem foi até ele dançando, caiu a seus pés e lhe disse: “Sua compaixão foi enorme por não ter argumentado comigo, por não ter tentado me convencer de que a luz existe; em vez disso, você me deu um médico!”.

Buda disse: “Esse é todo o meu trabalho. Há pessoas espiritualmente cegas por toda a parte, e o meu trabalho não é o de convencê-las sobre a beleza, o estado de plenitude e o êxtase da existência; meu trabalho é o de um médico”
Do Livro: Buda, Sua Vida e Seus Ensinamentos – Osho

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