11 de julho de 2011

Aqui e agora, onde e quando tudo acontece.!


"A maior parte da dor humana é desnecessária. Cria-se a si própria enquanto for a mente inobservada a dirigir a sua vida. A dor que você criar agora será sempre uma certa forma de não aceitação, uma certa forma de resistência inconsciente àquilo que é. Ao nível do pensamento, a resistência é uma certa forma de julgamento. Ao nível emocional, é uma certa forma de negatividade.

A intensidade da dor depende do grau de resistência ao momento presente, e essa resistência por seu lado depende de quão fortemente você estiver identificado com a sua mente. A mente procura sempre recusar o Agora e fugir a ele. Por outras palavras, quanto mais identificado você estiver com a sua mente, mais sofrerá. Ou poderá colocar a questão deste modo: quanto mais você honrar e aceitar o Agora, mais livre estará da dor, do sofrimento – e da mente egoica.
Porque é que a mente recusa ou resiste habitualmente ao Agora? Porque ela não consegue funcionar nem permanecer no poder sem o tempo, que é passado e futuro e, por conseguinte, para ela o Agora representa uma ameaça. De facto, o tempo e a mente são inseparáveis.   Imagine a Terra desprovida de vida humana, habitada apenas por plantas e animais. 
Teria ela ainda um passado e um futuro? Poderíamos nós falar de tempo de maneira que fizesse sentido? As perguntas "Que horas são?" ou "Que dia é hoje?" — se houvesse quem as fizesse — não fariam qualquer sentido. O carvalho ou a águia ficariam estupefactos com tais perguntas. "Que horas são?" perguntariam. "Bem, é claro que é agora. Que mais poderia ser?" Sim, é certo que precisamos da mente assim como do tempo para funcionarmos neste mundo, mas a certa altura eles tomam conta das nossas vidas, e é aí que a disfunção, a dor e o desgosto se instalam.
A mente, para garantir que permanece no poder, procura constantemente encobrir o momento presente com o passado e o futuro e, assim, ao mesmo tempo que a vitalidade e o infinito potencial criativo do Ser, que é inseparável do Agora, começam a ficar encobertos pelo tempo, também a sua verdadeira natureza começa a ficar encoberta pela mente.
Um fardo de tempo, cada vez mais pesado, tem vindo a acumular-se na mente humana. Todos os indivíduos sofrem sob esse fardo, mas também o tornam mais pesado a cada momento, sempre que ignoram ou recusam esse precioso Agora ou o reduzem a um meio para alcançarem um determinado momento futuro, o qual só existe na mente e nunca na actualidade. A acumulação de tempo na mente humana, colectiva e individual, contém igualmente uma enorme quantidade de dor residual que vem do passado.
Se quiser deixar de criar dor para si e para os outros, se quiser deixar de acrescentar mais dor ao resíduo da dor passada que continua a viver em si, então deixe de criar mais tempo, ou pelo menos crie apenas o tempo necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo? Compreendendo profundamente que o momento presente é tudo o que você algum dia terá. Faça do Agora o foco principal da sua vida.
Atendendo a que antes você vivia no tempo e fazia curtas visitas ao Agora, estabeleça a sua morada no Agora e faça curtas visitas ao passado e ao futuro quando precisar de lidar com os aspectos práticos da sua situação de vida.
Diga sempre "sim" ao momento presente. Que poderia ser mais fútil, mais insensato do que criar resistência interior a algo que já é? Que poderia ser mais insensato do que opor-se à própria vida, que é agora e sempre será agora? Submeta-se àquilo que é.
Diga "sim" à vida — e verá como de repente a vida começará a trabalhar para si cm vez de contra si."
Texto extraído do livro: "O Poder do Agora", de Eckhart Tolle

10 de julho de 2011

O Silêncio!


"Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos, aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua, aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido, evitar reclamações vazias e sem sentido, aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores.

…. Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim. Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, complete a sua tarefa.

 Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que você possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .

 Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares, aprende com o silêncio a respeitar o seu “eu”, a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o santuário que é a sua vida.

 Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial."


Paulo Roberto Gaefke

Crise – A dança da vida!


 "A vida nos convida à dança.
Nesta dança, há um convite explícito para trabalharmos os opostos. É fácil de aprender.
É só observar os sinais e ficar atento aos passos e, então tentar através do compasso e descompasso, adquirir leveza para lidar melhor com os percalços da vida.
Crise……ai que coisa mais incômoda, dolorida, que nos tira do prumo, que mexe conosco e faz tudo ficar fora do lugar.
Assim pensamos e ingenuamente, temos a tendência de considerar o fluxo de nossa vida como algo seguro, regrado, “imexível”, como se pudéssemos direcioná-lo e administrá-lo com total controle; sem abalos, sem mudanças, amarrados a um “porto seguro”. Uma vez Iludidos com esse panorama seguimos nosso caminho sem nos aperceber que, muitas vezes, a estrutura atual não serve mais, não tem mais função, caducou, precisa ser renovada, ou seja, precisamos abandonar o nosso “porto seguro” para que ele seja reestruturado. É nesse momento que a crise vem.
Claro que a crise não é nenhuma “belezura”, nada agradável, ela traz consigo sentimentos conflituosos e dolorosos, simplesmente porque não conseguimos vivenciá-la favoravelmente, de forma natural e positiva.
Apesar de entendermos a crise como uma tormenta, um obstáculo que nos estanca, ela é paradoxalmente, uma ocasião de crescimento, uma oportunidade. É um momento de reavaliação, reflexão, amadurecimento de idéias, compreensão dos ciclos, desapegos e principalmente de aprendizagem. Isto quer dizer que, não há aperfeiçoamento sem crise!
Os chineses representam bem a palavra crise em dois ideogramas: um significando perigo e o outro simbolizando oportunidade, mostrando essa relação oposta e ao mesmo tempo complementar, onde perigo se torna uma oportunidade.
Outra coisa importante a ser lembrada em relação á crise é que ela é eterna. Passaremos a vida envoltos em desestruturação e reestruturação…..faz parte da vida, é algo natural
Então, Estruturar e Desestruturar,
Equilibrar e Desequilibrar,
eis a Dança da Vida.
Muitas pessoas resistem à crise, ao enfrentamento do conflito. Vão negando, fingindo que o problema não existe, colocando a culpa nos outros, tocando a vida como se não fosse com elas, como se nada tivesse acontecido. Apesar dessa dissimulação, o conflito continua presente e vai aparecer em algum momento. Uma vez iniciada a crise, não existe possibilidade de voltar aos padrões antigos.
A não aceitação da crise nos torna mais vulneráveis a ela. Permite com que a ameaça interna se torne mais forte do que realmente é, o conflito se reforça, surgindo os sentimentos de angustia, medos, ansiedades, frustrações, etc… levando-nos a um caos desestruturante.
O caos nos coloca para baixo, mas ao mesmo tempo, permite que reflitamos sem dissimular o conflito. Não há mais como dissimular, o mundo caiu, o conflito está ali na nossa frente, sem máscaras, pronto para ser digerido.
Lembre-se: o caos precisa ser respeitado, cada pessoa tem o seu tempo de desestruturação, de desconstrução para depois iniciar uma nova construção. É necessário honrar aquele momento de dor. É um período de questionamentos, do que fazer, do que vale a pena ou não, do que abrir mão, do que ….do que…..É a morte da inércia. Nessa digestão da crise, as idéias começam a se flexibilizar e já existe a possibilidade de mudança.
Esse momento é crucial, talvez um dos mais importantes do processo. Quando vemos alguém no auge de crise, a primeira coisa que vem a cabeça é tentar tirá-la dessa situação, oferecendo-lhe oportunidades de distração. Esse é um erro gravíssimo, pois é nessa fase que a pessoa precisa estar com ela mesma, sem distração, esvaziando-se. É no vazio que está a possibilidade de tudo…. é na ausência, que se consegue algo significativo.
Um pequeno trecho do livro Perdas e Danos de Lia Luft, retrata bem essa situação:
“Não vou me alegrar jantando fora quando perdi meu amor, perdi minha saúde, pedi meu amigo, perdi meu emprego, perdi minha ilusão…perdi algo que dói, seja o que for. Então, por um momento, uma semana, um mês ou mais, me deixem sofrer. Permitam-me os lutos no período sensato. Me ajudem não interferindo demais. O telefonema, a flor, a visita, o abraço, sim, mas, por favor, não me peçam alegria sempre e sem trégua.”
 Uma vez vazia, a pessoa pode colocar em uso a sua capacidade adaptativa. Esta é a arte de transitar entre o passado e o presente sem se perder: observando as lições do passado e recriando novas possibilidades para o presente.
Muitas vezes a nossa reserva emocional, por si só, não é suficiente para enfrentarmos situações difíceis como as de crises. Quando isso se torna insuficiente a terapia Floral entra como um recurso a mais reforçando a reserva enfraquecida."
por: Sonia Parucker

9 de julho de 2011

Ajuda-te e o céu te ajudará!


"Vivemos em tempos dinâmicos e propícios para adotarmos uma excelente e renovadora idéia: a reciclagem de pensamentos.
Já ganhou corpo, na sociedade terrestre, a necessária reciclagem de papel, metais, tecidos e outros elementos que antes iam para o lixo ou ficavam inúteis, em nossas casas. Mas estender essa prática saudável aplicando-a em nós mesmos, reciclando o que pensamos, ainda está em processo de gestação na conduta humana.


 Lentamente cai a ficha de que somos os únicos responsáveis pelos pensamos que cultivamos, apesar do que aprendemos com a família, a escola e os amigos. Às vezes essa verdade incomoda tanto que temos visto pessoas negá-la, sem exame, e sem se dar a mínima chance de alguma experiência que mostre esse ou aquele resultado.
Incomoda por que? Porque estamos social e religiosamente condicionados, por séculos, a responsabilizar Deus, o destino, os pais, a família, os educadores e a sociedade, pelo que pensamos. A interpretação é de sermos vítimas dessas forças e subjugados, de tal forma, que nada se pode fazer. É a continuidade da idéia do pecado capital, desdobrada e funcionando sub-repticiamente.
Se encarar esse fato pode criar coceiras psicológicas, é preciso ampliar a análise e observar que a ciência atual, materialista, corrobora com essa postura, ao entender que somos fruto dos genes que recebemos dos pais, numa combinação que só dependeu da sorte ou do azar que cada um tenha tido, na gestação. São eles que determinam o que pensamos, sentimos e somos. E assim, as pessoas que não sejam reencarnacionistas e muito menos espíritas, continuam vivenciando o pecado capital, sob o determinismo da genética.
Mas… será  nós que  já estamos convencidos de nossa total responsabilidade pela escolha ou aceitação de pensamentos e atos, apesar do grau evolutivo de cada um e das injustiças, convenções e pressões sociais?
Obviamente, a mudança de hábitos arraigados precisa de nossa colaboração, que começa pelo reconhecimento de como estamos agindo e porquê; passa pela escolha consciente de outra forma de pensar; requer persistência na troca e na observação atenta dos resultados que vão sendo obtidos. Ah, sim! Há que se encarar as resistências internas, ou seja, a preguiça mental ante o esforço necessário e as externas, feitas do descontentamento daqueles a quem essa mudança desagrada…
Ajuda-te e o céu te ajudará, resume uma boa postura quando notamos que é preciso mudar algo em nossas vidas e entendemos que isso começa pelo modo de pensar sobre os fatos. Pode-se reciclar pensamentos. Haverá outra forma de se ver a mesma situação? Estaremos limitados ao nosso foco, sem atinar que há muitos ângulos que podem nos mostrar uma solução mais adequada e eficiente? Haverá em mim tanta vaidade que não me deixa observar, sentir e pensar diferente do que tenho feito?
Trabalhar-se; redobrar sua atenção consigo; flexibilizar preconceitos; examinar como sente e o que dispara suas reações; quais são elas? … Mas, sem culpar-se e sem cobranças! Ter respeito consigo mesmo, é sinal de um mínimo de educação espiritual/espírita. Estamos em processo evolutivo e os equívocos nada têm a ver com atos vergonhosos.
Trabalhar para o sustento já faz parte de nossas vidas. Trabalhar-se, atentar para a forma descuidada e deselegante que temos tido conosco ante as circunstâncias da vida, ainda requer atitude. Tanto que as doenças é que tem sido a motivação da maioria, para dar-se a atenção devida. Porem,  somos os únicos responsáveis por nós mesmos, por sermos indivíduos dotados de livre arbítrio. Deus não decide por nós…
A colaboração constante dos bons Espíritos não é sinônimo de que nos substituem naquilo que já podemos fazer por nós mesmos. E como há uma grande diferença entre o saber e o fazer, motivada pela imaturidade espiritual de cada um -coisa que eles sabem distinguir- insuflam-nos sempre novas/velhas idéias, na busca de atingirem nossa sensibilidade. Eles conhecem muito bem, o orgulho, a vaidade, a prepotência e a arrogância humanos e vêem nisso o comportamento espiritualmente infantil, deseducado e indisciplinado, que ilusoriamente pensamos ser superior e espírita" …
Por: Cristina Helena Sarraf 

A paz só depende de cada um!


 
"Vivemos em um momento planetário em que a necessidade de encontrar um refúgio de paz está cada vez mais forte e presente. No entanto, muitas vezes não percebemos que a paz deve partir de dentro para fora, de nossos corações para o ambiente que vivemos em nosso dia a dia. Mas, de fato, quantos de nós têm consciência disso? Ou pelo menos quantos de nós lutam para conseguir o sucesso no controle de emoções mais complicadas?

Todo plano de paz, seja ele interno ou externo, deve estar aliado à consciência de sua real necessidade. Sem essa consciência certamente ele não terá sucesso. Para que essa consciência seja desenvolvida, é preciso compreender alguns fundamentos essenciais. Primeiro, que a vida está presente em todas as partes e o carinho e o respeito por ela deve ser desenvolvido.


Segundo, que existe apenas uma vida, apesar da diversidade dentro dessa indivisível Unidade - ela é a única que temos. Terceiro, que toda vida se dirige a um objetivo, qualquer que seja a forma em que a vida possa se manifestar, e seja esse objetivo consciente ou não.Quarto, que todos nascemos de uma mesma Energia e, por isso, toda manifestação de vida está pautada nessa verdade: somos todos pertencentes a uma única e grande família, a uma fraternidade.


 No entanto, como quinto fundamento, encontramos o desenvolvimento de nossa individualidade, que existe apesar de pertencemos a uma unidade.A consciência desses cinco fundamentos faz com que todo processo direcionado à criação  seja possível. Por isso há a necessidade de refletir sobre esses eles.


Podemos começar a desenvolver a paz em um plano individual. Para isso, devemos desenvolver internamente a reverência, o companheirismo e a compaixão. Somente dessa maneira poderemos construir em nossos corações um templo da paz.


 Não existe paz coletiva sem a consciência da necessidade de construir um templo individual e familiar de paz.De nada adiantam movimentos em nome da paz, se nem ao menos conseguimos nos relacionar pacificamente com nossos pais, maridos, mulheres, filhos, amigos ou vizinhos.


 A reverência está relacionada à deferência, o respeito à vida e a tudo o que for vivo, o companheirismo ao convívio amoroso e preocupação com o bem estar do outro. E a cordialidade e compaixão à preocupação sincera pelo bem estar emocional de todos.Pare para refletir e perceba qual ponto desse triângulo ainda é deficiente em você e se proponha a desenvolvê-lo".

Eunice Ferrari 

7 de julho de 2011

Tire sua mente do 'piloto automático' e volte-se para a atenção plena



"Atenção plena - "Em vez de focar em uma coisa só, a pessoa se concentra no que está acontecendo. Sem julgar, ou seja, curiosa. É uma apreciação profunda do momento, e de tudo que surge nele. É a plena consciência da presença da mente e do corpo. Por exemplo: se você está tomando chá, está tomando chá, percebendo todas as sensações desse ato, de seu corpo, nesse momento"Sempre estamos em um dos dois estados básicos. O habitual que podemos chamar de ‘piloto automático’ e o do 'plenamente presente'
.

No 'piloto automático' ficamos remoendo ou prevendo situações, imaginando circunstâncias desagradáveis antes que elas aconteçam. E pagamos um preço alto por isso. Nem é uma questão técnica, mas de vida. Lembra-se de Shakespeare: ‘Ser ou não ser?’.Se você está permanentemente no piloto automático, com impulsos de rejeitar problemas, pode passar a ter pânico, tensão muscular, insônia. Tudo piora.

O “piloto automático” é o primeiro estado e o segundo é aquele do ‘plenamente presente’ – de Atenção Plena. Se deixa vir o problema, o incômodo, a dor, sabendo que o desagradável faz parte da vida, pode diminuir os efeitos secundários. A aceitação profunda já melhora o drama. Com a atenção plena, trabalhamos com o que está realmente acontecendo, sempre visando a melhorar a qualidade de vida.Atenção plena é um estado humano. É uma maneira específica de SÓ prestar atenção, diferente de tipos de atenção comuns que permeam o nosso dia a dia.

Atenção plena não é estar alerta, não é policiar pensamento. É sutil. Por causa disso é melhor cultivá-la, em primeiro lugar, numa prática mais silenciosa, como a meditação. Melhor ainda aprender num curso de dois meses. Em atenção plena a pessoa fica completamente aberta, aos poucos, para o que está acontecendo. É ter qualidade de consciência, sem levar tão a sério os conceitos de “certo” e “errado”. É gentileza profunda, sem julgamentos. É ser carinhoso consigo mesmo, com o que vamos experimentando até mesmo dentro do corpo.

Claro, tudo isso não é facil aprender. Porém, realmente vale a pena.


Em vez de focar em uma coisa só, a pessoa se concentra no que está acontecendo. Sem julgar, ou seja, curiosa. É uma apreciação profunda do momento, e de tudo que surge nele. É a plena consciência da presença da mente e do corpo. Por exemplo: se você está tomando chá, está tomando chá, percebendo todas as sensações desse ato, de seu corpo, nesse momento. 

Nesse estado, os pensamentos - no que vai fazer daqui a pouco, ou no ano que vem – ainda sugem. Porém, na prática de atenção plena aprendemos como deixar o pensamento vir e fluir, sempre retornando a nossa atenção gentilmente ao presente. Com o tempo, a tendência daqueles pensamentos e humores automáticos de dominar a nossa mente fica mais tranquilla.

Seja diante de estresse ou dor crônica, ainda assim é ‘deixar vir’, perceber o que está acontecendo e não julgar. A atenção plena nos ensina a sentir a existência, com gentileza e paciência. E se cultivo essa qualidade de atenção focada em mim, gradualmente passo a enxergar melhor o outro também. Num texto anterior falei sobre o simples exemplo de olhar uma lagartixa que se move na parede. Um outro exemplo de se voltar para si é simplesmente prestar atenção no ar que sai e entra no seu corpo."

Autor: Stephen Little

A carta de Deus!

"Você é um ser humano, é o Meu Milagre. Você é forte, capaz, inteligente, e pleno de dons e talentos. Entusiasme-se com eles. Reconheça-se. Encontre-se. Aceite-se. Anime-se. Pense que desde este momento sua vida pode mudar para o bem, se você se propuser e se entusiasmar e, sobretudo, se perceber toda a felicidade que pode conseguir somente com o ato de desejá-la.

Você é a minha criação maior. Você é o Meu Milagre. Não tenha medo de começar uma nova vida. Como temer se você é o Meu Milagre? Você está dotado de poderes desconhecidos para todas as criaturas do Universo. Você é único. Ninguém é igual a você. está somente em você aceitar o caminho da felicidade, enfrentá-lo e seguir adiante. Até o fim. Simplesmente porque você é livre.

Eu o fiz perfeito para que aproveitasse a sua capacidade e não para que se destruísse... Eu lhe dei o poder de pensar e o poder de imaginar, o de amar e o de criar, o de rir e o de falar, o da vontade e o da escolha. Eu lhe dei o poder de rezar e o poder de eleger o seu próprio destino usando a sua vontade e assim o coloquei acima dos anjos.

O que você tem feito dessas imensas forças? Use sabiamente os seus poderes. Prefira amar em vez de odiar. Rir e não chorar. Criar e não descobrir. Prefira dar em vez de tirar. Atuar e não postergar. Prefira crescer em vez de consumir-se. Abençoar e não renegar. Prefira agradecer em vez de blasfemar. Prefira viver em vez de morrer miseravelmente à margem da verdade.

Aprenda a sentir a minha presença em cada ato de sua vida. Cresça cada dia em otimismo e esperança. Abandone os  medos e os sentimentos negativos.
Eu sou a Luz e estou sempre com você. Chame-me. Procure-me. Lembre-se de Mim. Vivo em você desde sempre, amando-o e se você vem a Mim, encontrará o amor e a paz que tanto deseja.

Procure tornar-se simples, inocente, generoso, dadivoso, desperte sua capacidade de assombro e comova-se diante da Criação, sinta-se humano... porque, se você pode compreender uma lágrima ou a dor, pode conhecer o meu Amor.

 Não se esqueça de que você é o Meu Milagre; use seus dons, troque a escuridão pela luz, modifique o seu lugar contagiando-o com esperança, alegria, otimismo e faça-o sem temor, porque "EU  ESTOU COM VOCÊ".

Autor: Desconheço

Meditação e ansiedade!

  
"Meditação e ansiedade sempre estiveram inversamente relacionados. É comum vermos anúncios com fotos de meditadores, tendo escrito embaixo "no stress". Mas, o que dizem alguns estudos sobre o tema? Sobre isso, falaremos hoje.

O primeiro estudo que focou sua atenção sobre meditadores e estado ansioso foi publicado em 1976, por Williams, Francis e Durham, utilizando a meditação transcendental. Os voluntários praticaram durante 6 meses e, ao final, viu-se menor tendência a quadros neuróticos, especialmente entre os homens. 

Além de perceber o aparente efeito da meditação sobre a ansiedade, esses autores teriam percebido uma ação que possivelmente varia com o gênero do voluntário. Contudo, vale lembrar que, àquela época, a ansiedade parecia ser um evento preferencialmente masculino, enquanto a depressão era tida como evento tipicamente feminino; bem diferente do que ocorre nos dias atuais, quando a freqüência de quadro ansioso, entre as mulheres, também já atingiu patamares preocupantes.

A primeira revisão sobre o tema foi feita por WEST, em 1979, mostrando que os trabalhos, de forma geral, apontavam menor ansiedade e/ou irritabilidade entre meditadores. Um dado importante é que, já neste artigo, WEST chamava atenção, pela primeira vez, para a "redução do alerta" proporcionada pela meditação.

 O cognominado "estado de alerta" resulta na ativação do sistema nervoso simpático - responsável pelo preparo do corpo para as situações de emergência. Quando somos surpreendidos, por exemplo, pelo encontro com um cão bravo, nossa mente e nosso corpo disparam uma série de reações psicofísicas, e uma delas é o aumento do "alerta", a saber, da atenção focada em direção ao item mais importante naquele momento; neste caso: o cão feroz.

 Imagine que, antes do susto, você vinha pensando na vida, nas contas, nas próximas férias, relaxadamente, sem stress. Agora, frente ao risco de levar umas mordidas, todos aqueles pensamentos vão para um segundo plano, e todo seu foco, toda sua atenção dirige-se exclusivamente para o animal. Mesmo depois de passado o perigo, sempre que você andar por aquela rua, ou aquelas adjacências, você estará focado na possibilidade daquele animal estar por lá novamente; ou seja, você estará alerta.

 Mais ainda, nós estamos quase sempre "preocupados" com alguma coisa, seja com o cão bravo, seja com a conta a ser paga, seja com a porta do vagão do metrô que já vai se fechar, seja com o sinal que já vai ficar vermelho. "Tudo" provoca o nosso alerta, e passamos a viver algo que talvez pudéssemos chamar de "estado de alerta - ou semialerta - contínuo".

 Naturalmente, há uma relação entre esse alerta e o "disparo" do sistema nervoso simpático. É como se estivéssemos sempre "prontos para o combate", mesmo que não exista combate algum, mesmo que não haja nenhum perigo real e iminente. O alerta permanece, e o nosso corpo se desgasta com essas reações desnecessárias, tal como um automóvel que usasse a primeira marcha para arrancar em uma situação de emergência, mas depois fosse conduzido sempre em primeira marcha, forçando o motor desnecessariamente.

 É claro que o automóvel não suportaria isso para sempre; e é claro que nosso corpo também não pode tolerar isso indefinidamente. Por isso, quando WEST descreveu a redução do alerta entre meditadores, acabou indiciando um efeito muito desejável sobre indivíduos ansiosos.

Em 1982, o Prof Herbert Benson escreve sobre o método, focando-se no que o grupo de Harvard chama de "resposta de relaxamento", ou seja, o estado psicofísico resultante de algumas intervenções, especialmente a meditação.

 A resposta de relaxamento tem, entre seus itens, a diminuição dos parâmetros do alerta; ela cursa com menor freqüência cardíaca, diminuição da freqüência respiratória, redução do tônus muscular, menor metabolismo (diminui o gasto de energia), dentre vários outros.

 Segundo ele, os meditadores apresentavam a resposta de relaxamento, e frequentemente relatavam uma sensação que chamavam de "paz mental".Vários outros autores (MILLER et al., 1995; SHAPIRO et al., 1998; KOZASA et al, 2005; COPOLLA, 2007; TAN ET al., 2007; ), pesquisaram a pontuação de ansiedade entre meditadores, sempre percebendo a clara redução do escore em meio aos praticantes.

Tantos são os relatos que nos parece clara o efeito da meditação como redutor de ansiedade. Apesar disso, os organismos internacionais (Cochrane, NCCAM, AHQR), ao revisarem os artigos relacionados à técnica, consideram que precisa haver estudos ainda mais amplos e, frequentemente, queixam-se da falta de metodologia empregada nos diferentes trabalhos.

  De fato, há pesquisas com número pequeno de casos, ou com voluntários previamente afeitos aos esperados resultados (ex: alunos de yoga), ou falta de operacionalização adequada (ex: associando meditação com imaginação criativa, ou palestras de motivação, etc). Contudo, com metodologia mais esmerada, acreditamos que é apenas questão de tempo, provar-se o papel da meditação na ansiedade.

Quem medita, logo percebe o quanto este método reduz o stress, foca a atenção no agora, relaxa o corpo, aumenta a concentração e, especialmente, nos faz aceitar melhor algumas coisas que, antes, facilmente nos irritariam.

Em 2001, a Organização Mundial de Saúde mostrava em seu relatório anual que 7,9% da população mundial parecia sofrer de ansiedade a ponto de buscar ajuda médica. Multiplique-se isso pelo total de habitantes do planeta e considerem-se os casos sub-relatados (que não chegam a procurar ajuda), e talvez chegássemos a algo próximo de um bilhão e quinhentos mil habitantes (1/4 da população global) ansiosos.

 Sendo isto verdadeiro, pergunta-se: onde vamos parar? Até onde vai a saúde humana, antes de adotarmos medidas que evitem essa pandemia de ansiedade?Essas questões chamam por outras: como abordar um número tão grande de pessoas? Como fazer a profilaxia dos danos pela ansiedade? Como obter recursos para evitar as mortes decorrentes das doenças do stress?

 Para isso, precisaríamos de um método eficaz, de baixo custo, raros efeitos colaterais e altamente efetivo.Esse método existe, e se chama meditação. Imagino, através da meditação, uma ação ampla e eficaz, contra a epidemia de ansiedade que assola os terráqueos de hoje.

Mais do que remédio para a ansiedade instalada, a meditação pode ser o método do futuro, que não quer apenas curar a doença, mas sim evitá-la, reduzindo custos e sofrimento; melhorando a saúde e o bem-estar.Para isso, temos trabalhado. Sobre este tema, focamos nossos esforços"

Autor:  Roberto Cardoso/graduado em Medicina pela Universidade de Brasília,Coordenador do Programa de Qualidade de Vida “Viver Bem”, do FEMME – Laboratório da Mulher – São Paulo.  Mestre em Obstetrícia e Doutor em Ciências pela UNIFESP, com linha de pesquisa envolvendo intervenções comportamentais em saúde.Autor de artigos médicos na área comportamental, Autor do livro “Medicina e Meditação”, da MG Editores(...)

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