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7 de agosto de 2011

EGO, o falso centro!

 

"O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.

Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro.

Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso.

Nascimento significa vir a esse mundo: o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce nesse mundo. Ela abre os olhos e vê os outros. O outro significa o tu.

Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Esse também é o ‘outro’, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo. É dessa maneira que a criança cresce.

Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, com tu, ela se torna consciente de si mesma.

Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que ela pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se a mãe aprecia a criança, se diz ‘você é bonita’, se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Assim, um ego começa a nascer.

Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é ela boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro refletido. Ele não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.

E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce – um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida, sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é ego. Isso também é um reflexo.

Primeiro a mãe. A mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.

O ego é um fenômeno cumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.

O verdadeiro só pode ser conhecido através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ele é uma disciplina. O verdadeiro só pode ser conhecido através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente.

Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.

O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade.

E todos refletem. Você irá à escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com as outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estarão adicionando algo ao seu ego, e todos estarão tentando modificá-lo, de modo que você não se torne um problema para a sociedade.

Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade. A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Eles não estão interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. 

Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.

Assim, estão interessados em dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro…

Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade. Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. 

A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao autoconhecimento.

A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O Eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o Eu – não é possível.

E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que esse é o seu centro, o ego dado pela sociedade.

Uma criança volta para casa. Se ela foi o primeiro lugar na escola, a família inteira fica feliz. Você a abraça e beija; você a coloca sobre os ombros e começa a dançar e diz ‘que linda criança! você é um motivo de orgulho para nós.’ Você está dando um ego para ela, um ego sutil. 

E se a criança chega em casa abatida, fracassada, foi um fiasco na escola – ela não passou de ano ou tirou o último lugar, então ninguém a aprecia e a criança se sente rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.

O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. E é por isso que você está continuamente pedindo atenção.

Você obtém dos outros a ideia de quem você é. Não é uma experiência direta.

É dos outros que você obtém a ideia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele.

Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o Eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade – o ego. Esse é algo falso – é um grande truque.

 Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. 

Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem você é."

OSHO, Além das Fronteiras da Mente

30 de julho de 2011

Permitindo a diminuição do ego - por Eckhart Tolle


"O ego está sempre atento a qualquer tipo de diminuição que ele perceba.

Seus mecanismos automáticos de reparo entram em ação para restaurar a forma mental relativa a “mim”.

Quando alguém nos culpa ou censura, ele tenta corrigir no ato essa sensação de diminuição do eu se justificando, se defendendo ou acusando.

Se a outra pessoa está certa ou errada, isso é algo irrelevante para o ego, que está muito mais interessado na preservação de si mesmo do que na verdade.

Até mesmo um comportamento tão corriqueiro quanto responder gritando quando outro motorista nos chama de “barbeiro” é um procedimento de reparo automático e inconsciente utilizado por ele.

Outro mecanismo bastante comum é a raiva, que faz o ego inflar temporariamente, mas de forma intensa. Todos os recursos que o ego usa para executar os “consertos” fazem total sentido para ele, porém, na verdade, são disfunções.

Os que representam os distúrbios mais extremos são a violência física e as ilusões na forma de fantasias grandiosas.

Uma técnica espiritual eficaz é permitir conscientemente a diminuição do ego quando ela acontecer e não tomar nenhuma iniciativa para restaurá-lo.

Recomendo a você que realize um teste de vez em quando.

Por exemplo, quando alguém lhe dirigir críticas, censuras ou xingamentos, em vez de revidar no ato ou se defender, não faça nada.

Deixe que sua auto-imagem permaneça diminuída e fique atento ao que isso desperta no seu interior.

Por alguns segundos, pode parecer desagradável, como se seu corpo tivesse encolhido. Depois, talvez você experimente uma viva sensação de amplitude interior. Você não foi diminuído nem um pouco.

Na verdade, se expandiu.

É provável, então, que chegue a uma conclusão impressionante: quando parece que você é diminuído de alguma maneira e não adota nenhuma reação – nem externa nem interna -, compreende que nada real foi reduzido e que, tornando-se “menos”, se transforma em mais.

Quando deixa de se defender ou de tentar fortalecer a forma do seu eu, você se afasta da identificação com a forma, com sua auto-imagem mental.

Por admitir ser menos (na percepção do ego), na verdade você passa por uma expansão e cria espaço para o Ser entrar.

O verdadeiro poder, aquilo que você é além da forma, pode então brilhar através da forma aparentemente enfraquecida.

Esse foi o sentido das palavras de Jesus quando ele disse: “Negue a si mesmo” ou “Ofereça a outra face”.

Isso não significa, é claro, que você deva suportar maus-tratos nem se converter numa vítima de pessoas inconscientes.

Algumas vezes, uma situação pode exigir que você diga a alguém para “sair de perto” de modo bem claro.

Sem a atitude defensiva do ego, haverá poder por trás das suas palavras e nenhuma força de reação.

Se necessário, pode dizer não a alguém com toda firmeza e convicção, e isso será o que eu chamo de “um não de alta qualidade”, que é livre de todo negativismo.

Se você está contente com o fato de não ser ninguém em particular, de não estar em evidência, se alinhará com o poder do universo.

O que se parece com fraqueza para o ego é, na realidade, força verdadeira.

Essa verdade espiritual é essencialmente oposta aos valores da nossa cultura contemporânea e à maneira como as pessoas são condicionadas a se comportar.

Em vez de tentar ser uma montanha, ensina o Tao Te Ching, “seja o vale do universo”.

Dessa maneira, estará reintegrado à totalidade e assim “todas as coisas acontecerão a você”.

De modo semelhante, Jesus ensina numa de suas parábolas: “Mas, quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, passa mais para cima.

Então serás honrado na presença de todos os convivas.

Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado”

Outro aspecto dessa técnica é evitar as tentativas de fortalecer seu eu se exibindo, procurando aparecer, querendo ser especial, causando impressão ou exigindo atenção.

De vez em quando, pode ser o caso de você se conter e não manifestar suas opinião num momento em que todos estão expressando as próprias idéias.

Depois, observe como se sente a respeito."


Autor:Eckhart Tolle- O Despertar de Uma Nova Consciência,Editora Sextante

10 de junho de 2011

Entre o Ego e a Alma!

 
"Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas, o EGO desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais do que ela.
Não há nada que vença o EGO em termos de separações!
E como é que ele age?

No casamento e nas relações amorosas: em nome da “incompatibilidade de gênios”, homens e mulheres se separam, sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos – de comum acordo – cedessem um pouco.
Não! Para o EGO não tem acordo quando se trata de ceder. Seria “rebaixar-se! Ele só entende assim.
 Nas amizades:uma atitude ou palavra mal colocada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.Não! O EGO não admite erros nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição! Ele só entende assim.
Nas famílias: tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades, de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra.Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.Não! O EGO quer deter o poder sobre tudo e sobre todos. Limites seriam um caso de obediência! Ele só entende assim.
Nas carreiras: pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a precisão de ser “a melhor”.A consciência de que “o sol nasce para todos” faria isso parar.
Não! O EGO quer ganhar sempre, custe o que custar. Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.
Em toda situação conflitiva que determina separações o EGO se faz presente e sempre quer ganhar.
É nos carros, em brincad
eiras desnecessárias; é no trabalho, em críticas contra colegas; é nas escolas, em exibições de notas; é nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte; é na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante... Infinitamente...Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do EGO.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas. Não! Não é a morte o que mais promove essas apartações!
É o EGO, o filho predileto do orgulho!
Sua ALMA e seu EGO ocupam o mesmo “castelo”.
Deixe que sua ALMA 
seja a rainha vitalícia do lugar!Ela é aquela parte sua que deseja Paz e Reconciliações.
O EGO é o mal dentro de você.
Dê-lhe um “cala-boca” bem dado. Assim – e só assim – a Vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene Felicidade".
Sílvia Schmidt – Entre o Ego e a Alma

20 de abril de 2011

Ego- o pior dos males..

 "Eu sempre te disse que o ego era o pior dos males. É o ego quem te ensina a querer e a lutar por coisas que energeticamente não são para ti. É ele quem dá e «desdá» as ordens dentro do teu cérebro. É ele quem te faz vibrar pela restrição e pelo medo. É esse mesmo quem fabrica uma bolha de ilusão à tua volta, para que acredites mesmo no que queres acreditar:

Que vais ser feliz, que não dês ouvidos a essa insatisfação crescente que mora no teu peito. Que no dia em que tiveres uma roupa nova, um computador novo, um carro novo, uma casa, enfim, quando tiveres aquilo que realmente mereces, serás feliz.

E quando te cansas de esperar, ele convence-te a não parar, convence-te de que está quase… «Trabalha arduamente só mais um bocadinho, tapa o que sentes só mais um bocadinho, luta só mais um bocadinho.» E esse bocadinho não acaba nunca.

Mas o ego insiste que a resistência e a luta são a única via. Ele não te deixa ver que a resistência e a luta não são via nenhuma, ou melhor, são a via para a manutenção do equívoco energético em que te meteste. A grande via não é a resistência e a luta. É o oposto.

A grande via é a aceitação e a fruição. Aceitar a situação em que te encontras e começar a deixar fluir a bóia para a corrente te levar a bom porto, para que te consigas encaminhar para o que é para ti nesta encarnação."

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado

18 de abril de 2011

O MERGULHO EM SI MESMO!


"Para alcançar uma esfera mais alta de consciência, precisamos mergulhar profundamente em nosso interior e renascer libertos dos medos, dúvidas, vícios e conflitos.

Meus amigos, não esperem a morte chegar para desenfaixá-los da carne. Comecem imediatamente um processo interno de profunda renovação consciencial. Morrer não significa crescer!

Viver é crescer. A morte apenas faz o espírito mudar de endereço vibracional. A pessoa é a mesma, com suas virtudes e defeitos, seja dentro ou fora do corpo, em qualquer dimensão.

Não tenham medo de mergulhar em si mesmos e escalpelar o próprio ego. Rasguem a pele do medo nas trilhas do discernimento! Contudo, não se enganem. Há dor nesse processo. Não é fácil, mas é factível a quem quer crescer municiado de plena luz interior.

O mergulho em si mesmo é uma espécie de morte: a morte do ser velho e seu renascimento constante.

Se vocês padecem do medo da dor de crescer e olhar objetivamente a si mesmos, então, pensem nas dores que já lhes acompanham tão freqüentemente: violência íntima, agonia, medo, vazio existencial, falta de motivação, falta de espiritualidade e uma terrível treva espiritual, envolvendo suas melhores aspirações.

Façam uma medição na balança de seus corações e observem o que dói mais: crescer ou ser súdito da agonia do vazio consciencial?

O que dói mais? Ser medíocre e desconhecido de si mesmo ou lutar para evoluir e seguir?

O que dá mais trabalho? Manter vícios que custam tanto ou lutar para vencê-los?

Quais são seus objetivos vitais? Agonia íntima ou crescimento consciencial?

Vocês esperarão a morte sendo súditos da inércia?

Ou aumentarão a motivação de viver e aprender?

Quando esse ser velho e medroso será cremado no fogo do discernimento?

Quando será o funeral de suas dores íntimas?

Quando a fagulha divina que já mora em seus corações há de brilhar mais?
Renasçam a cada instante! Presenteiem suas vidas com uma nova luz nos pensamentos e sentimentos. Promovam aquela alquimia íntima: ser antigo, fora!, ser renovado, agora!

Quem poderá crescer por vocês?

Quem irá pôr fim à dor de vocês?

Que salvador poderá evoluir por vocês?

Quem poderá digerir essas toneladas de mágoas?

Quem promoverá o apocalipse do ego dentro do calendário da própria alma?

Quem liquidará o asteróide do medo no planeta de seus corações?
Mergulhando em si mesmos, sem medo, sem trevas, vocês encontrarão dores, sim, mas qual renascimento é isento de dor? Pior já é a dor de sentir-se um estranho no próprio mundo íntimo.

Usem a água da espiritualidade e o remédio da sabedoria para lavar os sofrimentos e curar as feridas internas. Usem o antiácido da alegria e curem as úlceras emocionais. Agradeçam as dores do parto de um ser divino dentro de vocês. É a dor de um mestre nascendo!

Há um menino Jesus, um menino Krishna e a paz do Buda nascendo no menino-coração de cada um de vocês. Confraternizem mais, sorriam sem medo! 
Ninguém morre vítima da morte, que apenas devolve a consciência à sua casa celestial

. Mas é possível morrer em vida, de agonia e falta de lucidez. É possível ser um cadáver vivo: basta sentir-se vazio, sem alma, murcho de alegrias e renovações.

Meus amigos, cremem o ego e renasçam das cinzas. Façam uma fogueira de seus medos. Depois, joguem as cinzas ao vento da vida e gritem bem alto:
"Meus medos já eram! Só tem luz em meu coração! Sou divino e há um sol interno despertando na aurora de minha vida!"

Não esperem a morte para morrer só de corpo. Aliem-se à vida para que morram seus dramas e seus egos. Que esses escritos possam matar suas dores de vazio espiritual, e que possam enchê-los de vida, de luz e de um grande amor.

Que Deus abençoe seus renascimentos!"

Wagner Borges

12 de dezembro de 2010

A origem do medo - Eckhart Tolle

"A doença psicológica do medo não está presa a qualquer perigo imediato concreto e verdadeiro. Manifesta-se de várias formas, tais como agitação, preocupação, ansiedade, nervosismo, tensão, pavor, fobia, etc. Esse tipo de medo psicológico é sempre de alguma coisa que poderá acontecer, não de alguma coisa que está acontecendo neste momento.

Você está aqui e agora, ao passo que a sua mente está no futuro. Essa situação cria um espaço de angústia. E, caso estejamos identificados com as nossas mentes e tenhamos perdido o contato com o poder e a simplicidade do Agora, essa angústia será nossa companhia constante. Podemos sempre lidar com uma situação no momento em que ela se apresenta, mas não podemos lidar com algo que é apenas uma projeção mental. Não podemos lidar com o futuro.
 
Além do mais, enquanto estivermos identificados com a mente, o ego regerá as nossas vidas. Por conta da sua natureza ilusória e apesar dos elaborados mecanismos de defesa, o ego é muito vulnerável e inseguro e vê a si mesmo sob constante ameaça.

Esse é o caso aqui, mesmo que o ego seja muito confiante, em sua forma externa. Agora, lembre-se de que uma emoção é a reação do corpo à mente. Que mensagem o corpo está recebendo permanentemente do ego, o falso eu interior construído pela mente? Perigo está sob ameaça. E qual é a emoção gerada por essa mensagem permanente? Medo é claro.

O medo parece ter várias causas. Tememos perder, falhar, nos machucar, mas em última análise todos os medos se resumem a um só: o medo que o ego tem da morte e da destruição. Para o ego, a morte está bem ali na esquina. No estado de identificação com a mente, o medo da morte afeta cada aspecto da nossa vida. Por exemplo, mesmo uma coisa aparentemente trivial ou “normal”, como a necessidade compulsiva de estar certo em um argumento e demonstrar à outra pessoa que ela está errada, acontece por causa do medo da morte.

Se estivermos identificados com uma atitude mental e descobrirmos que estamos errados, nosso sentido de eu interior baseado na mente correrá um sério risco de destruição. Portanto, assim como o ego, você não pode errar. Errar é morrer. Muitas guerras foram disputadas por causa disso, e inúmeros relacionamentos foram destruídos.

Uma vez que não estejamos mais identificados com a mente, não faz a menor diferença para o nosso eu interior estarmos certos ou errados. Assim, a necessidade compulsiva e profundamente inconsciente de termos sempre razão -o que é uma forma de violência – vai desaparecer. 

Você poderá declarar de modo calmo e firme como se sente ou o que pensa a respeito de algum assunto, mas sem agressividade ou qualquer sentido de defesa. O sentido do eu interior passa a se originar de um lugar profundo verdadeiro dentro de você, não mais de sua mente.

Tenha cuidado com qualquer tipo de defesa dentro de você. Está se defendendo de quê? De uma identidade ilusória, de uma imagem em sua mente, de uma entidade fictícia. Ao trazer esse padrão à consciência, ao testemunhá-lo, você deixa de se identificar com ele. À luz da sua consciência, o padrão de inconsciência irá se dissolver rapidamente.

Esse é o fim de todos os argumentos e jogos de poder, tão prejudiciais aos relacionamentos. O poder sobre os outros é a fraqueza disfarçada de força. O verdadeiro poder é interior e está à sua disposição agora.

A mente procura sempre negar e escapar do Agora. Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente.

Se não quer gerar mais sofrimento para você e para os outros, se não quer acrescentar mais nada ao resíduo do sofrimento do passado que ainda vive em você, não crie mais tempo, ou, pelo menos, não mais do que o necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo?

Tendo uma profunda consciência de que o momento presente é tudo o que você tem. 

Faça do Agora o foco principal da sua vida. Se antes você se fixava no tempo e fazia rápidas visitas ao Agora, inverta essa lógica, fixando-se no Agora e fazendo visitas rápidas ao passado e ao futuro quando precisar lidar com os aspectos práticos da sua vida. 

Diga sempre “sim” ao momento atual."

Autor:Eckhart Tolle - 
Fonte: do livro Praticando o poder do agora - cap. 02

1 de dezembro de 2010

Ajuda - de Alexandra Solnado

"Eu sei que gostas de ajudar. Sei que te esforças, queres passar às pessoas tudo o que sabes,tudo o que aprendeste comigo. E pensas que é legítimo. Eu compreendo. Fazes o que sabes e achas que está certo. Não te pões em causa. Não consideras, por um só momento, que essa tua desmesurada dádiva pode ser ego. Não pensas nisso. Eu compreendo.

Mas se até aqui era de alguma forma aceitável que fizesses isso, depois de leres esta mensagem vais compreender que não é. E a lógica é simples. Presta atenção: Quando vais ajudar alguém, como é que fazes? Tens pena da pessoa, achas que ela está a passar um mau bocado, então engendras uma estratégia para a retirar daquele estado. Nada mais legítimo, pensas tu.

Eu compreendo que penses desta maneira. Mas não é. Percebe que a estratégia que definiste para ajudar essa pessoa tem a tua lógica. Tem a tua energia. Só a tua energia. Não tem a energia da pessoa. Ou melhor. A pessoa não tem a energia da estratégia que desenvolveste para ela. Por isso, é pouco provável que ela consiga pô-la em prática. E mesmo que o faça, é pouco provável que dê certo. Porquê?

Porque sempre que uma pessoa faz algo que não tem a sua energia, quando começam a vir as consequências, quando é preciso tomar decisões quotidianas em relação a essa estratégia, a pessoa pura e simplesmente não domina aquela
lógica. Não vai saber, por isso, tomar decisões referentes à estratégia e consequentemente as coisas não vão dar certo.

E porque é que eu digo que é ego ajudar desta maneira? Porque só o ego quer impingir a sua lógica ao outro. A alma não impinge nada. E a alma também pode ajudar. A alma, essa, olha para a pessoa que está à sua frente. A alma sente profundamente essa pessoa. A alma consegue descobrir onde é que está a alma dessa pessoa. E consegue «puxá-la» lá de dentro. E consegue fazer com que ela se liberte do medo, e livre do medo já pode fazer escolhas com a sua própria lógica.

Isto é que é ajuda. Não é decidires, opinares, resolveres pelos outros. A verdadeira ajuda é conseguires, através da compaixão, limpeza e amor, fazer brilhar a alma do outro. E como eu digo muitas vezes, a melhor coisa que se pode fazer a uma pessoa que está mal, além de limpar, é dizer: «Eu sei que tu vais conseguir.» E no dia seguinte, telefonar, talvez para limpar outra vez, e dizer essa frase vezes sem conta até a alma dela se manifestar. Até ela própria conseguir. Isto é que é ajudar."

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde
de Alexandra Solnado

Fonte: http://www.alexandrasolnado.com/

23 de setembro de 2010

Proteja-se das energias ruins! (elas existem meeesmo!)- Luiz Gasparetto

"O vampiro reclamador se queixa de tudo e quer sua atenção. Você comenta qualquer coisa, diz que precisa ir, mas ele te segura e insiste em reclamar. Daí, você se coloca no lugar dele e dá dicas de como ser otimista. É isso o que ele quer. O coitadinho precisa de seu socorro, sua companhia, sua vida. Esse tipo é comum entre os idosos. Reclamam que se doaram a vida toda para os outros, mas pagaram caro. E fazem joguinho: “Vai sair e me deixar sozinho?”. Com pena e achando que é sua responsabilidade, você cede. Grande tolice!

Tem também o vampiro desesperado, o mais comum, mimado, mas não “ajudável”, pois nunca faz nada por si. Ele quer que você faça tudo por ele e ainda arma escândalo, faz barulho e se desespera tanto que acaba te deixando aflita. Daí, ele fica aliviado, e você, agitada e ansiosa, com a aura dominada pela energia negativa.

O vampiro adulador vem cheio de elogios: “Obrigado por existir. Você é a pessoa mais maravilhosa que conheço!”. Logo em seguida, vem a dentada. E por que ele quer pôr o seu ego lá em cima? Porque, quando mexe com sua vaidade, você não enxerga mais nada e se rende a qualquer pedido. Basta uma puxadinha de saco e você fica totalmente dominada. Cuidado!

A frase típica do vampiro impotente é: “Eu não consigo”. Ele já chega com um ar de que nada dá certo. Se você tenta levantá-lo, ele reforça sua impotência. Uma vez, eu estava com uma pessoa assim e, logo que percebi sua postura, disse: “Sua vida está uma droga e acho que você não quer melhorá-la. Está falando isso com tanto prazer!”. Quando você bate de frente, o sujeito empalidece, perde o rumo. É o que basta para não se deixar sugar.

Por fim, há o vampiro desencarnado, ou o encosto. Você está superbem e, do nada, fica irritada, crítica, começa a se cobrar ou sente outro desconforto. Se acontecer algo assim, pare e se pergunte: “Por que estou sentindo isso?”. Quando você descobre que se trata de um vampiro desencarnado, a questão está quase resolvida. Alguns encostos percebem que você se ligou e vão embora. Uma pena que, na maioria das vezes, a gente não se dê conta da existência deles. Por isso, antena ligada. Para se defender, entenda que esse estado de ânimo não é seu"

Luis Gasparetto
Fonte:http://mdemulher.abril.com.br

4 de setembro de 2010

Ego – o Grande Logro! de Manuel Alfaia**

 "Comentários com base nos textos de Eckart Tolle

O Mental
Para muitos de nós o processo de pensar é quase sempre uma actividade involuntária, automática, repetitiva e frequentemente compulsiva. É como que uma espécie de electricidade estática mental. 
A maior parte do tempo não sou eu quem pensa, é o pensamento que corre por si só, cinema mental non-stop.
Como o pensamento depende directamente do meu passado, estou contínuamente a projectar esse passado.
Quando estou identificado com o mental, com essa interrupta voz interior, estou possuído pelo ego – que assumo ser eu. O que é um logro, visto que o mental é só uma pequena parte da totalidade da minha cosciência, da totalidade daquilo que Sou.

O Agora
Para o ego o momento presente praticamente não existe. Apenas o passado e o futuro são considerados importantes.
Assim, o ego preocupa-se constantemente em manter vivo o passado porque sem ele, quem seria eu?
Ao mesmo tempo projecta-se constantemente no futuro para garantir a continuidade da sua sobrevivência e para procurar algum tipo de libertação ou satisfação. Ex: um dia quando isto ou aquilo acontecer, vou ser feliz, vou ter paz...
Mesmo quando o ego parece preocupar-se com o presente não é o presente que vê: distorce-o completamente porque o vê através dos olhos do passado. Ou então, reduz o presente a um meio para alcançar um fim, fim esse que fica sempre no futuro que a mente projecta.
O momento presente possui a chave para a libertação mas não o podemos descobrir enquanto formos, isto é, estivermos identificados com a nossa mente.

O Ego
Muitos de nós estão totalmente identificados ao “cinema mental” que nos habita. Há em nós uma incessante de pensamentos involuntários,compulsivos,“coloridos” pelas emoções que os acompanham.
Poderemos dizer que estamos possuídos pelo mental; e enquanto permanecermos
completamente inconscientes deste processo assumimos que somos esse mental: “penso logo existo”.


O conteúdo do meu mental é condicionado pelo meu passado, quer dizer: pelo que experienciei, pela educação que recebi, pela minha cultura, família, grupo social, etc.
Isto é o ego.

Usamos este termo porque há um certo sentido de eu em cada pensamento, cada recordação, cada interpretação, opinião, ponto de vista,reacção, emoção.
Assim, o ego é constituído por:
o pensamentos;
as emoções;
Um amontoado de recordações com as quais me identifico e a que chamo “eu
e a história da minha vida”;o papéis, funções, que desempenho inconscientemente, de identificação colectiva com a minha nacionalidade, religião, clube, raça, classe social, sexo masculino/feminino, filiação política, emprego, ser pai/mãe/filho(a), etc;
Identificações com posses, opiniões, aparência exterior, sucessos e perdas,
velhos ressentimentos, conceitos de que sou melhor que os outros, ou pelo
contrário sou incapaz, feio, gordo, desafinado, careca, etc.

 
O conteúdo do ego difere de uma pessoa para a outra, mas a estrutura é sempre a mesma. Os egos só diferem superficialmente, no fundo são todos semelhantes.
São semelhantes pelo facto de que todos se alimentam de identificação e
divisão.(...)"


Manuel Alfaia
 www.curaquantica.com
**(Página 01/02 doc pdf)

24 de agosto de 2010

Aceitar viver a vida intensamente- texto de Regis Mesquita


"Uma mulher me escreve e conta que terá que fazer exames, pois está com suspeita de ter câncer. Desde que teve a notícia ela “travou” e não consegue fazer os exames. Ela me pergunta como superar o medo.
Esta mulher provavelmente passou grande parte da vida evitando ter experiências intensas. Portanto, sua mente não está preparada para lidar com este stress que é a possibilidade de ter uma doença grave. Ela perdeu as boas oportunidades de ter uma vida intensa, agora terá que enfrentar o desafio da intensidade em uma situação ruim.

O medo a domina. Ela não quer ter medo. Ela se treinou durante anos a querer isto, querer aquilo. Agora ela não quer ter medo. Quer superar o medo para fazer os exames. Portanto, ela tem dois trabalhos: 1) superar o medo. 2) ir fazer exames. O ego é um complicador. Ele agrega e dificulta. Além de ter que fazer exames ela quer superar o medo.

A realidade é simples. Ela tem que fazer exames. Ela pode e deve fazer os exames com medo. Ela tem que deixar de complicar a vida e não de colocar seus desejos em primeiro lugar.
Eu digo: tenha uma vida intensa. Faça o exame mesmo que esteja morrendo de medo. Priorize sempre a realidade e jamais seus desejos.

Os desejos são ótimos como dicas. Jamais devem ser elevados à categoria de prioridade.
Ao contrário do que muitos pensam, os desejos são grandes dificultadores da vida intensa, pois eles pouco se ligam à realidade. Um sábio diz: “o ego, baseado no desejo, nunca quer estar ali (na realidade)”. A mulher não quer estar ali, com o medo e com a suspeita de câncer. Ela não quer, mas esta é a realidade e quem vive no presente tem mais oportunidades e mais aprendizado.

A imensa maioria das nossas vivências reais não comporta o querer ou não querer. Quando desejamos poluímos a realidade, complicamos e nos desgastamos. O ser humano deve sempre seguir o foco prioritário e real da vida. Ou seja, combater o medo deveria ser a última opção desta pessoa. Mas, infelizmente se tornou a primeira. Suas prioridades mentais estão invertidas.

Para que serve o desejo? O desejo serve para ajudar a pessoa a decidir, em algumas situações, para onde vai dirigir seus esforços. É o que acontece quando escolhemos prestar vestibular: o desejo nos facilita escolher o curso.

 A vida intensa de uma pessoa que escolheu prestar vestibular é estudar muito para entrar em uma ótima universidade. O ego, normalmente, boicota esta vida intensa. Pois agrega, complica e dificulta. O ego poucas vezes quer estar ali, no presente, na situação. O ego tira a energia do presente e gasta esta energia em um jogo mental que traz poucos resultados práticos.

A vida intensa da mulher é fazer os exames, com medo, se for o caso. E quanto ao medo? É uma dica para desenvolver duas qualidades: capacidade de entrega e gratidão.
Este é um bom exemplo de pessoas que tornam a vida mais difícil e mais sofrida do que ela poderia ser."

Fonte: http://regismesquita.wordpress.com/

19 de agosto de 2010

Os Sete passos para a superação do controle do Ego!

 
"Aqui estão sete sugestões para ajudá-lo a transcender os conceitos enraizados do orgulho. Foi escrito com o intuito de preveni-lo contra a falsa identificação com o ego orgulhoso.

1. Pare de se sentir ofendido.
.O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado.
.Existe a ofensa apenas quando você se enfraquece.
.Se procurar por situações que o aborreça, as encontrará em cada esquina.
.É o ego no controle convencendo você que o mundo não deveria ser do jeito que é.
.Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal.
.Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido.
.Procure erradicar, de todas as formas possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego, e esteja em paz.
.A paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz.
.O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz.
.Ficar ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu, e leva a agressão, ao contra-ataque e a guerra.

2. Abandone o querer vencer.
.O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores.
.A busca pela vitória é a forma infalível de evitar o contato consciente com a intenção.
Por quê? Porque basicamente é impossível vencer sempre.
.Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas.
.Você não se resume as suas conquistas e vitórias.
Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos.
.Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia.
Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras.
.Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas.
.Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho.
.Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é perder.
.Esse é o medo do ego.
Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não importa, significa que você não está se identificando unicamente com seu ego.
.Seja um observador, perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu.
.Esteja em paz e alinhe-se com a energia da intenção.
.De forma inusitada, as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto menos as desejá-las.

3. Abandone o querer estar certo.
.O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas.
.Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção.
.O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura.
.Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego:
"Não sou seu escravo.Quero me tornar generoso.Quero rejeitar a necessidade de ter razão.Dê a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade".
.Ao deixar de querer ter razão, você fortalece a conexão com o poder da intenção.
Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado.
.Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas.
Preste atenção à vontade controlada pelo ego.
Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; "Quero estar certo ou ser feliz?"
Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá.
Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção.
A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver.


4. Abandone o querer ser superior.
.A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros.
É uma questão de ser melhor ao que você era.
Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém.
Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora.
Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance.
Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros.
É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais aos olhos de Deus.
Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão de Deus em cada um.
.Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego.
.Ao projetar sentimentos de superioridade retorna a você sentimentos de ressentimentos e até hostilidade.
Esses sentimentos são veículos que os levam para longe da intenção.
A distinção sempre leva a comparações.
Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.

5. Deixe de querer ter mais.
.O mantra do ego é "mais".
Ele nunca está satisfeito.
Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente.
Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada.
Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha.
Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você.
Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros.
Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz.
A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente.
Nunca obstrui suas criações por razões egoístas.
Cria e deixa ir.
Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte.
Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis:
"É dando que se recebe".
Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.

6. Abandone a idéia de  você  baseado em seus feitos.
.É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza.
Deus compõe todas as músicas.
Deus constrói todos os prédios.
Deus é a fonte de todas as realizações.
Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som.
Mas, vá se afinizando com essa idéia.
Tudo emana da Fonte!
.Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos.
.Você é um observador.
.Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas.
Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma parte materializada.
Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho.
.Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

7. Deixe sua reputação de lado.
.Sua reputação não está localizada em você.
Ela reside na mente dos outros.
Você não tem controle algum sobre isso.
.Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens.
Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz.
Esse é o seu propósito aqui.
.Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias.
.É o seu ego no controle.
É uma ilusão que se levanta entre você e o poder da intenção.
Não há nada a fazer, a não ser que você se desconecte da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é, desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos.
.Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte.
.Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter.
.Deixe os outros discutirem sobre a sua reputação, isso não interessa."
 
http://www.galeriadetextos.com.br

1 de agosto de 2010

A sabedoria do silêncio - Tao.


"Fale apenas quando for necessário.

Pense no que vai dizer antes de abrir a boca.
Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palavra,deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (energia). Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia.

Nunca faças promessas que não possas cumprir.
Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário, palavras que projetem imagens negativas
porque se produzirão ao redor de ti, tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de Chi.
Se não tens nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada.
Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia.

O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, Porque o universo aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam em nossas vidas.

Se te identificas com o êxito, terás êxito. Se te identificas com o fracasso, terás fracasso.
Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna.

Aprende a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuízos.
Porque sendo como um espelho sem emoções aprendemos a falar de outra maneira.Com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas,simplesmente permite uma comunicação sincera e fluida.

Não te dês muita importância, e sejas humilde,pois quanto mais te mostras superior, inteligente e prepotente, mais te tornas prisioneiro de tua própria imagem e vives em um mundo de tensão e ilusões.

Sê discreto, preserva tua vida íntima,desta forma te libertas da opinião dos outros e terás uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.

Não entres em competição com os demais, torna-te como a terra que nos nutre que nos dá o necessário.
Ajuda ao próximo a perceber suas qualidades, a perceber suas virtudes, a brilhar.O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos . Tem confiança em ti mesmo.preserva tua paz interior evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.

Não te comprometas facilmente, se agires de maneira precipitada sem ter consciência profunda da situação,vais criar complicações.

As pessoas não têm confiança naqueles que muito facilmente dizem “sim” porque sabem que esse famoso “sim” não é sólido e lhe falta valor. Toma um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti e só então tome uma decisão.
Assim desenvolverás a confiança em ti mesmo e a Sabedoria.
Se realmente há algo que não sabes, ou não tenhas a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato. O fato de não saber é muito incômodo para o ego porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal.

Na realidade, o ego nada sabe simplesmente faz acreditar que sabe.

Evite julgar ou criticar, o TAO é imparcial em seus juízos não critica a ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julgas alguém a única coisa que fazes é expressar tua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar, é uma maneira de esconder tuas próprias fraquezas.

O Sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra.


Recorda que tudo que te incomoda nos outros é uma projeção de tudo que não venceu em ti mesmo.

Deixa que cada um resolva seus problemas e concentra tua energia em tua própria vida.Ocupa-te de ti mesmo, não te defendas.
Quando tentas defender-te na realidade estás dando demasiada importância às palavras dos outros, dando mais força à agressão deles. Se aceitas não defender-te estarás mostrando que as opiniões dos demais não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessitas convencer aos outros para ser feliz.

Teu silêncio interno o torna impassível.

Faz uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mau costume de falar o tempo todo.
Pratique a arte do não falar. Toma um dia da semana para abster-se de falar. Ou pelo menos algumas horas no dia, segundo permita tua organização pessoal.
Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, ao invés de tentar explicar com palavras o que é o TAO.

Progressivamente, desenvolverás a arte de falar sem falar, e tua verdadeira natureza interna substituirá

ttua personalidade artificial, deixando aparecer a luz de teu coração e o poder da sabedoria do silêncio.

Graças a essa força, atrairás para ti tudo que necessitas para tua própria realização e completa liberação. Porem tens que ter cuidado para que o ego não se infiltre…

O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio.Se teu ego se impõe e abusa desse Poder o mesmo Poder se converterá em um veneno, e todo teu ser se envenenará rapidamente. 

Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno.
Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo.
Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser. Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO".

Texto taoísta 
Fonte:http://suavizando.blogspot.com/

19 de julho de 2010

As Queixas!



"Queixar-se é uma das estratégias prediletas do ego para se fortalecer. Cada reclamação é uma pequena história que a mente cria e na qual acreditamos inteiramente. Não importa se ela é feita em voz alta ou apenas em pensamento. Alguns egos que talvez não tenham muito mais com o que se identificar sobrevivem apenas com queixas. Quando estamos presos a um ego assim, reclamar, sobretudo de alguém, é habitual e, é claro, inconsciente, o que mostra que não sabemos o que estamos fazendo.

Uma atitude típica desse padrão é aplicar rótulos mentais negativos às pessoas, seja na frente delas ou, como é mais comum, falando sobre elas com alguém ou apenas pensando nelas. Xingar é o modo mais rude de atribuir esses rótulos e de mostrar a necessidade que o ego tem de estar certo e triunfar sobre os outros: idiota, desgraçado, prostituta, todas essas afirmações sobre as quais não se pode argumentar. No nível seguinte, descendo pela escada da inconsciência, estão os gritos. Não muito abaixo disso se encontra a violência física.

Veja se você consegue capturar, ou melhor, perceber, a voz na sua cabeça - talvez no exato instante em que ela está reclamando de algo - e reconhecê-la pelo que ela é: a voz do ego, não mais que um padrão condicionado, um pensamento. Sempre que a observar, compreenderá que você não é ela, e sim aquele que tem consciência dela. Na verdade, você é a consciência que está consciente da voz. Atrás, em segundo plano, está a consciência. À frente, se situa a voz, aquele que pensa. Dessa maneira, você estará se libertando do ego, livrando-se da mente não observada

No momento em que você se torna consciente do ego, a rigor ele não será mais o ego, e sim um velho padrão mental condicionado. O ego implica em inconsciência. Ele e a consciência não podem coexistir. O velho padrão mental, ou hábito mental, pode sobreviver e se manifestar por um tempo porque tem o impulso de milhares de anos de inconsciência humana coletiva atrás de si. No entanto, toda vez que é reconhecido, ele se enfraquece."

Eckhart Tolle

17 de julho de 2010

EU ESTOU APRENDENDO! (maravilhoso texto)

Luiz Antônio Trevizani

"Existem momentos em que eu me recolho, fico quieto, não escrevo; falo pouco, reflito e penso muito. Observo e avalio o que já escrevi, o que já falei, o que já fiz; se escrevo, guardo ou apago. Observo o que os escritores, profissionais ou amadores como eu escrevem. Presto atenção no modo como o ser humano se desenvolve na vida, como age, como fala, e percebo que as atitudes de cada um refletem o modo como a realidade é percebida e sentida por cada um. As expressões físicas de cada um refletem a sua visão da realidade, ou o modo como encara a vida e as oportunidades de se desenvolver, de evoluir para estados mais elevados de consciência. Ao olhar para o mundo e observar o modo como a humanidade vive e age nele, às vezes sinto tristeza, outras vezes alegria, e no movimento dessas emoções sempre há razão suficiente para discernir e ajustar a direção. Por vezes eu mesmo me surpreendo agindo com a mesma arrogância que já caracterizou minhas atitudes no passado, sinal de que a gente demora para limpar memórias; de vez em quando elas se mostram como tendências ocultas.

Percebo que evoluir às vezes cria desconforto. Muita coisa muda e se transforma, ou sei lá que nome dar a esse movimento da consciência. Sinto vontade de apagar tudo o que já escrevi, de apagar memórias de tudo o que já concebi como verdades conceituais sobre vida, religião, espírito, evolução, e tudo mais que possa imaginar. Esses conceitos serviram em momentos de maior ignorância, mas hoje percebo que não eram tão verdadeiros como pensava. Não que a ignorância tenha desaparecido, pelo contrário, esta reflexão mostra o quanto ainda ignoro da verdade. Isso me leva também a observar que a maioria dos humanos está preso a conceitos. Conceitos sobre Deus, sobre amor, relacionamentos, sexo, trabalho e muitas outras coisas, mais ou menos importantes. E esses conceitos, aceitos como sendo a verdade, norteiam a vida, alimentam esperanças e criam expectativas, que muitas vezes resultam em frustrações. Levam a acreditar num Deus que está sempre pronto para servir aos caprichos do ego humano, e a exigir-Lhe fidelidade. Mas há aqueles que já se adiantaram e se libertaram da escravidão do ego-consciência, e despertaram para um nível de consciência espiritual.

Este momento de reflexão, no entanto, torna a minha visão da vida ainda mais bela, porque me permite observar que há sempre alguém à frente mais consciente e evoluído, e há os que ainda estão mais atrasados. Mostra que cada um de nós está onde está na razão do seu desenvolvimento, progredindo por esforço próprio. Com mais vontade, esforço e ação, o progresso é mais significativo; deixando-se levar pelas circunstâncias, o progresso é lento. A consciência evolui junto com o aparelho físico onde ela se manifesta avançando em espiral ascendente (embora o sentido ascendente possa ser conceitual), e o ser humano aprende primeiro a dominar os impulsos instintivos remanescentes do animal; passando depois a dominar os impulsos emocionais; depois aprende a dominar o ego predominante como egoísmo no nível de consciência do intelecto, até alcançar o nível de consciência espiritual. Cada consciência em evolução se encontra em um nível de predominância - instintivo, emocional, intelectual ou espiritual -, mas todos os níveis existem em cada ser humano, latentes ou manifestos.

A busca por si no caminho do autoconhecimento exige persistencia, mas muita paciência. Estar sempre aberto para novas experiências e novos conhecimentos, mas prudente e saber discernir entre o que é real e o que é fantasioso. Autoconhecimento implica conhecer a si e para isso é preciso meditar e silenciar a turbulenta mente. O Ser consciente, que pensa e imagina, precisa também permitir o afloramento do Ser não consciente e do Ser super consciente. O Ser não consciente (subconsciente) - o Eu básico - carrega memórias de todas as experiências passadas e acumula as experiências atuais; o Ser super consciente - o Eu superior - é fonte de inspirações e contato espiritual. Os três aspectos da consciência, quando integrados, formam o Ser Consciente Pleno, o Ser Cósmico.

A busca pela verdade implica primeiro abandonar tudo o que já se sabe, esvaziar o banco de memórias dos conhecimentos adquiridos de terceiros e mergulhar fundo no conhecimento das experiências pessoais. Aí reside a dificuldade de muitos, porque todo o conhecimento comprado engordou tanto o ego que ele resiste a se entregar. Mas quem quiser, quanto mais cedo começar mais rapidamente conseguirá ir enfraquecendo o ego até a sua capitulação. O ego não pode se iluminar, só a consciência pode tornar-se Luz.

Luiz Antônio Trevizani

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