"Nós estamos passando por uma crise, que não é financeira como essa que criaram aí, mas de alma. Aceitamos um modelo de vida que nos traz algumas regalias e certo conforto, mas que está exigindo de nós abrir mão de nossa alma. A modernidade, com seus caprichos e tentações, nos colocou em posição puramente de consumidores e tornou-se referencial e parâmetro para nós. Consumimos cada dia mais; os últimos lançamentos em aparelhos eletrônicos, as roupas da moda e os remédios da moda. Somos modernos consumidores de tudo. Gastamos mais dinheiro em coisas que não fazem nenhum sentido e não acrescentam nada à nossa alma.
Podemos viver melhor com muito menos e sermos mais saudáveis consumindo menos, comendo menos e com melhor qualidade, sem necessidade de tomar remédio para digerir os alimentos. Será que é ser moderno viver doente?
Somos ansiosos porque corremos alucinados para estar na ponta do mercado de consumo, para ganhar mais e comer e beber mais, para termos o controle de tudo, até da incontrolável vida. Somos tratados pela mídia não mais como homens e mulheres, mas como consumidores. A nossa vida melhorou em certos aspectos de umas décadas para cá, principalmente no que se refere a conforto e comodidade, mas está longe de ser saudável. Saúde a custa de medicamentos? Saúde é o estado natural do ser humano quando está em harmonia com a sua alma, com a natureza e vivendo em plenitude espiritual. O vazio de viver sem alma é o buraco da depressão.
Nos esquecemos de fazer perguntas importantes, como: que é que a alma está querendo? Ao levantar, fazer a pergunta: que desafios terei hoje? Ao final do dia, perguntar-se: quanto evolui hoje? Continuei vendo o mundo do mesmo jeito que vi ontem? Será que algo novo foi acrescentado nele; na minha vida? Quanto consumi de minhas energias? Acrescentei alguma coisa útil ao mundo hoje?
Todas as questões relativas à vida encontram respostas na alma. Que é que a alma quer? Faça perguntas e preste atenção nas sensações em seu corpo. Alma e corpo se entendem e se comunicam. Fazer perguntas é uma boa maneira de se descobrir a verdade, aos poucos, como ela vai se desvelando.
Seja livre, seja feliz!"
Luiz Antônio Trevizani
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