13 de fevereiro de 2011

O Limiar - de Luiz Antônio Trevizani

"Sinto como se estivéssemos atravessando uma zona neutra, um espaço ou tempo vago, e custo a manifestar esse sentimento porque me faltam palavras. 

Esse vago espaço imaginário, parece ser o limiar de um novo tempo, ou de uma nova consciência, e parece ser muito mais abrangente que só a mim. 

Observo que muitas outras pessoas sentem o mesmo. O mundo será mesmo melhor daqui a algum tempo, ou será que estamos desejando apenas sair de nosso estado de sono inconsciente? Um mundo novo, melhor que o atual, só pode existir se o ser humano assim se transformar. 

Olhando para trás, percebo pouca consciência em quase tudo o que fiz. Quanta bobagem eu fiz reagindo com meus "impulsos bioquímicos" e sem consciência! Talvez por isso eu escrevo e falo de consciência, provando que a gente sempre fala, escreve e manifesta com mais ênfase aquilo que mais necessita aprender, ou que mais deseja aprender - inconscientemente. 

Percebo isso muito claramente em terapia. Meus clientes são meus mestres e espelham com grande fidelidade aquilo que preciso aprender e compreender de mim e da vida. Sou grato a todos que me ensinam espelhando minhas deficiências morais e espirituais.

E a consciência?

A consciência possui vários aspectos, de acordo com várias linhas de pensamento filosófico, cientifico e espiritualista, mas a experiência pessoal é única e muitas vezes não segue exatamente aquilo que se espera. 

Talvez a melhor definição para o vago momento seja a busca por uma compreensão da espiritualidade mais concreta na realidade do mundo. Minha divagação não justifica nada, e sim reflete o momento de transição, no qual, ora me vejo crítico demais, ora condescendente demais. 

Divagar é bom porque não me obriga a ter respostas prontas para tudo, e me permite explorar o universo humano e espiritual sem preconceitos, e a alma se fortalece no espírito que consegue extrair dos elementos da natureza forças espirituais e materiais que lhe enriquecem a consciência. 

Deixemos de lado conceituações e consideremos consciência como um estado de observador diante da vida, da realidade, das nossas sensações e sentimentos, do nosso corpo, do nosso conhecimento, de tudo. 

Consciência pode ser a luz do espírito refletida sobre a realidade, a nossa percepção mais aguçada e profunda. 

Consciência pode ser um estado de reflexão permanente; uma visão abrangente da realidade, da luz e da sombra que somos, e nossas ações passam a não serem mais reações impulsionadas pela sombra somente, e sim ações refletidas em luz sobre a sombra. Podemos dizer que consciência é a nossa luz, a luz espiritual que abrange o alcance da alma; que une os dois lados da nossa alma – luz e sombra. 

E o sofrimento?

A importância que damos às coisas as tornam mais ou menos valorizadas para nós. É assim que muita gente é feliz, enquanto outros sofrem. Dor faz parte da vida. Da dor de um ferimento ou doença, à dor de crescimento espiritual - todos nós sentimos dor. Sofrer é uma opção de cada um e está relacionada ao grau de importância que damos à dor. 

Do mesmo modo, a relação nossa com os “problemas” está na importância que damos aos pensamentos negativos sobre o fato que gerou o problema. Problemas são apenas pensamentos, não são concretos, e refletem a nossa incapacidade de lidar com determinado fato. 

No fundo, revela nosso apego demasiado e falta de aceitação de uma realidade, e envolvimento demais com o fato, que não nos permite lançar luz sobre ele. 

O envolvimento e a demasiada importância ao fato gerador do problema dificultam o distanciamento necessário para a observação neutra – a zona da consciência. Sofremos por sermos inconscientes.

E o viver feliz?

Milhares de livros com receitas de como ser feliz e bem sucedido na vida são publicados ao redor do planeta. Vivemos tempos de super valorização da informação. 

No século passado, e neste que está em sua primeira década, aprendemos a conviver com a informação, mas perdemos um pouco da nossa essência e nos afastamos um pouco da nossa natureza, porque acreditamos demais na informação sem usar de nosso senso crítico e discernimento, e de nossas experiências pessoais para transformar informação em conhecimento.

Temos pressa e digerimos tudo o que vem como verdadeiro, mas a informação só se transforma em conhecimento quando a levamos para algum tipo de experimento pessoal. Assim, uma vida longa, saudável e feliz quase sempre está dissociada do excesso de informação, e mais próxima de uma experiência pessoal natural. 

A maioria dos casos de longevidade apresenta um modo de viver simples e natural, e a maioria das pessoas que alcançam longevidade são pessoas que não tem acesso a muita informação, ou são seletivos com ela, ou que dão mais importância ao seu conhecimento e respeitam a sua natureza; pessoas que não têm um cardápio com reservas de calorias, nem seguem um manual de boas maneiras prescrito por outros. 

Simplesmente seguem o coração e cultivam uma alma esplendorosa e generosa; amam a vida, as pessoas, a natureza e a si próprios acima de tudo.

E agora?
Agora, simplesmente sejamos felizes, seguindo nosso coração, que é o centro gerador das energias psíquicas com as quais o espírito forma e sustenta a nossa alma. O manual do bem viver e todos os roteiros e receitas estão gravados em nosso coração. 

A vida se manifesta fluindo por nosso coração, e até mesmo o Divino, que insistimos em buscar fora de nós, está em nosso coração. Um ser consciente possui um coração gerador de energias amorosas. 

Um coração gerador de energias de ódio só cabe no peito de um ser que ainda possui apenas mínima consciência daquilo que lhe é útil ao ego. Como é o seu coração?
Grato por sua atenção!" 
 
Fonte:http://www.luzdaconsciencia.com.br/

10 de fevereiro de 2011

Escolhas! de Jorge Luis Borges

"Você pode curtir ser quem você é, do jeito que você for, ou viver infeliz por não ser quem você gostaria:Você pode assumir sua individualidade, reprimir seus talentos e sonhos, tentando ser o que os outros gostariam que você fosse.

Você pode produzir-se e ir se divertir, brincar, cantar e dançar, ou dizer em tom amargo que já passou da idade ou que essas coisas são fúteis, não sérias e bem situadas como você.

Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas, ou com aquele olhar de censura, que poda, pune, fere e mata, sem nenhuma consideração para com os desejos, limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.

Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela falta de gente à sua volta.

Você pode ouvir o seu coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.

Você pode deixá-la como está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta ou pode deixar que o medo de perder paralise seus planos ou ainda, partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.

Você pode amaldiçoar sua sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a Vida lhe oferece; pode mentir para si mesmo, achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações, ou encarar a verdade de que, no fim das contas, sempre você é quem decide o tipo de vida que quer levar.

Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas, caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer: pode viver o presente que a Vida lhe dá, ou ficar preso a um passado que já acabou, e portanto não há mais nada a fazer, ou a um futuro que ainda não veio, e que portanto não lhe permite fazer nada.

Você pode ficar numa boa, desfrutando o máximo de coisas que você é e possui, ou se acabar de tanta ansiedade e desgosto por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria: pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e, por conseqüência, melhorando tudo que está à sua volta, ou esperar que o mundo melhore para que então você possa melhorar.

Você pode continuar escravo da preguiça, ou comprometer-se com você mesmo e tomar atitudes necessárias para concretizar o seu Plano de Vida ou pode aprender o que ainda não sabe; pode fingir que já sabe tudo e não precisa aprender nada mais.

Você pode ser feliz com a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.
A escolha é sua ...

E o importante, é que você sempre tem escolha.
Pondere bastante ao se decidir, pois é você quem vai carregar sozinho e sempre o peso das escolhas que fizer."
Jorge luis Borges
Fonte:http://eveoneven.blogspot.com/ 

9 de fevereiro de 2011

Buda e o tapa na cara - OSHO

 
 "Buda estava sentado embaixo de uma árvore falando aos seus discípulos.Um homem se aproximou e deu-lhe um tapa no rosto. Buda esfregou o local e perguntou ao homem: – E agora? O que vai querer dizer?
 
O homem ficou um tanto confuso, porque ele próprio não esperava que, depois de dar um tapa no rosto de alguém, essa pessoa perguntasse: “E agora?” Ele não passara por essa experiência antes. Ele insultava as pessoas e elas ficavam com raiva e reagiam. Ou, se fossem covardes, sorriam, tentando suborná-lo. Mas Buda não era num uma coisa nem outra; ele não ficara com raiva nem ofendido, nem tampouco fora covarde. Apenas fora sincero e perguntara: “E agora?” Não houve reação da sua parte.

Os discípulos de Buda ficaram com raiva, reagiram. O discípulo mais próximo, Ananda, disse: – Isso foi demais: não podemos tolerar. Buda, guarde os seus ensinamentos para o senhor e nós vamos mostrar a este homem que ele não pode fazer o que fez. Ele tem de ser punido por isso. Ou então todo mundo vai começar a fazer dessas coisas.

– Fique quieto – interveio Buda – Ele não me ofendeu, mas você está me ofendendo. Ele é novo, um estranho. E pode ter ouvido alguma coisa sobre mim de alguém, pode ter formado uma idéia, uma noção a meu respeito. Ele não bateu em mim; ele bateu nessa noção, nessa idéia a meu respeito; porque ele não me conhece, como ele pode me ofender? As pessoas devem ter falado alguma coisa a meu respeito, que “aquele homem é um ateu, um homem perigoso, que tira as pessoas do bom caminho, um revolucionário, um corruptor”. Ele deve ter ouvido algo sobre mim e formou um conceito, uma idéia. Ele bateu nessa idéia.

Se vocês refletirem profundamente, continuou Buda, ele bateu na própria mente. Eu não faço parte dela, e vejo que este pobre homem tem alguma coisa a dizer, porque essa é uma maneira de dizer alguma coisa: ofender é uma maneira de dizer alguma coisa. Há momentos em que você sente que a linguagem é insuficiente: no amor profundo, na raiva extrema, no ódio, na oração.

Há momentos de grande intensidade em que a linguagem é impotente; então você precisa fazer alguma coisa. Quando vocês estão apaixonados e beijam ou abraçam a pessoa amada, o que estão fazendo? Estão dizendo algo. Quando vocês estão com raiva, uma raiva intensa, vocês batem na pessoa, cospem nela, estão dizendo algo. Eu entendo esse homem. Ele deve ter mais alguma coisa a dizer; por isso pergunto: “E agora?”

O homem ficou ainda mais confuso! E buda disse aos seus discípulos: – Estou mais ofendido com vocês porque vocês me conhecem, viveram anos comigo e ainda reagem. Atordoado, confuso, o homem voltou para casa. Naquela noite não conseguiu dormir.

Na manhã seguinte, o homem voltou lá e atirou-se aos pés de Buda. De novo, Buda lhe perguntou: – E agora? Esse seu gesto também é uma maneira de dizer alguma coisa que não pode ser dita com a linguagem. 

Voltando-se para os discípulos, Buda falou: – Olhe, Ananda, este homem aqui de novo. Ele está dizendo alguma coisa. Este homem é uma pessoa de emoções profundas. 

O homem olhou para Buda e disse: – Perdoe-me pelo que fiz ontem. – Perdoar? – exclamou Buda. – Mas eu não sou o mesmo homem a quem você fez aquilo. O Ganges continua correndo, nunca é o mesmo Ganges de novo. Todo homem é um rio. O homem em quem você bateu não está mais aqui: eu apenas me pareço com ele, mas não sou mais o mesmo; aconteceu muita coisa nestas vinte e quatro horas! O rio correu bastante.

Portanto, não posso perdoar você porque não tenho rancor contra você. E você também é outro, continuou Buda. Posso ver que você não é o mesmo homem que veio aqui ontem, porque aquele homem estava com raiva; ele estava indignado. Ele me bateu e você está inclinado aos meus pés, tocando os meus pés; como pode ser o mesmo homem? Você não é o mesmo homem; portanto, vamos esquecer tudo. Essas duas pessoas: o homem que bateu e o homem em quem ele bateu não estão mais aqui. Venha cá. Vamos conversar."

Osho; Intimidade Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros

8 de fevereiro de 2011

CAMINHAR EM BELEZA - Prece Navajo !

 

"Hoje eu saio a caminhar...
tudo que é desnecessário vou deixando para trás


serei assim, como eu era antes,

  sinto uma brisa suave refresca-me todo o corpo

sinto que o meu corpo é todo feito de luz
  e a felicidade acompanha sempre o meu caminhar


Nada poderá impedir-me de caminhar na beleza
 

Enquanto caminho assim...


vejo a beleza diante de mim
vejo a beleza atrás de mim
vejo a beleza abaixo de mim
vejo beleza acima de mim

vejo a beleza dentro de mim
vejo a beleza ao meu redor


Belas são as minhas palavras


Eu sei que posso caminhar na beleza durante todo o dia

 
Através das temporadas retornando para casa, 

na beleza eu posso caminhar


Na trilha marcada com os grãos de pólen,

na beleza eu posso caminhar

 
Com o orvalho molhando os meus pés,

na beleza eu posso caminhar

 
Com a beleza diante de mim, eu posso caminhar
Com a beleza atrás de mim, eu posso caminhar
Com a beleza abaixo de mim, eu posso caminhar
Com a beleza acima de mim, eu posso caminhar
Com a beleza ao meu redor, eu posso caminhar

Com a beleza dentro de mim, eu posso caminhar

 
e mesmo com o passar dos anos
num rastro de beleza, estarei sempre a caminhar
vivendo uma nova vida, na beleza irei sempre caminhar

Caminho sempre na Beleza

e a beleza torna-se o meu caminho

Minhas palavras são belas
e meu caminhar também..."

Tradução livre e adaptação por Wanbli GleshkaFontes:
http://www.clarkfoundation.org/astro-utah/vondel/laws.html
Compartilhado do blog:http://voarinfinito.blogspot.com/

5 de fevereiro de 2011

Passe agora um ANTIVIRUS no seu Cérebro!!


"VÍRUS QUE ATACAM A SUA MENTE
As pessoas andam muito preocupadas com os vírus nos seus programas de computador, mas esquecem-se que há certos tipos de pensamentos automáticos que provocam verdadeiras panes nas suas próprias mentes.

Se detectar algum desses vírus, delete-o (apague-o) imediatamente:

Vírus 1: Pensamento sempre/nunca: Esse vírus ocorre quando você pensa que alguma coisa que aconteceu vai SEMPRE se repetir, ou que você NUNCA vai conseguir o que quer. Variantes do vírus: Ele SEMPRE me diminui, ninguém vai telefonar para mim, Eu NUNCA vou conseguir um aumento, Todo mundo se aproveita de mim, meus filhos NUNCA me ouvem. Quando você perceber este vírus, delete-o usando os programas da sua consciência.

Vírus 2: - Vírus do negativismo: Ocorre quando seus pensamentos reflectem apenas o lado ruim de uma situação e ignoram qualquer parte boa. Delete-o com o programa optimismo.

Vírus 3: -Vírus de prever o futuro: Esse terrível vírus ocorre quando você prevê o pior resultado possível de uma situação. Ele provoca um colapso em suas iniciativas, fazendo-o desistir antes de tentar. O antivírus para este é cair na real. Afinal, se você pudesse prever o futuro, seria um bilionário da lotaria agora.

Vírus 4: -Vírus de leitura das mentes: Este vírus está agindo sempre que você acha que sabe o que as pessoas estão pensando, mesmo que elas não lhe tenham dito nada. O antivírus é lembrar que já é meio difícil ler a própria mente, quanto mais a dos outros.

Vírus 5: -Vírus pensar com sensações: Estes vírus em geral te infectaram em alguma situação desagradável no passado. Agora, situações semelhantes vão provocar pensamentos negativos: " Eu tenho a sensação que isso não vai dar certo "... Simplesmente DELETE O BICHO!

Vírus 6: -Vírus da culpa: Substitua palavras como: eu deveria, eu preciso, eu poderia, eu tenho que... por: Eu quero, eu vou, eu posso fazer assim... Não fique centrado no passado. Use o "antivírus momento presente".

Vírus 7: -Vírus rotulação: Sempre que esse vírus coloca um rótulo em você mesmo ou em outra pessoa, ele detém a sua capacidade de ter uma visão clara da situação: Variantes - Tonto, frígida, arrogante, irresponsável e mais de um milhão de rótulos auto-instaláveis. O rótulo generaliza, transformando a realidade das pessoas em imagens virtuais de sua imaginação infectada. O melhor anti vírus para ele é o "ampliação da consciência.exe".

Vírus 8: -Vírus da personalização: Esse faz você levar tudo para O lado pessoal. Exemplo: Quando alguém passa por você de cara amarrada e não te cumprimenta, o vírus faz CRER que a pessoa certamente está com raiva de você. A "expansão da consciência.exe" deleta muito bem este tipo de vírus.

Vírus 9: -Vírus culpar os outros.exe: É o pior de todos os vírus do pensamento! Ao culpar automaticamente os outros pelos problemas da sua vida, este vírus o torna impotente para responsabilizar-se pelo próprio destino. Incapaz de mudar qualquer coisa. Use o "antivírus da
Auto-estima" e pare de projectar nos outros as suas próprias culpas.

Use sempre como antivírus palavras como:
EU AMO VOCÊ...
VOCÊ É MEU AMIGO...
VAMOS SORRIR JUNTOS...
COMO VAI
VOCÊ?...
UM CARINHO"…

Autor desconhecido
Fonte:http://eveoneven.blogspot.com

4 de fevereiro de 2011

A necessidade de ser especial - por OSHO

 
"Sinto-me deprimido e fico me autocondenando, embora eu realmente não saiba por que.
 
Essa é uma maneira de permanecer o mesmo... Esse é um truque da mente. Ao invés de compreender, a energia começa a se mover para a condenação. Assim a mente é muito esperta: no momento em que você começa a ver algum fato, a mente salta sobre ele e começa a condená-lo.

Agora toda a energia se torna condenação, então a compreensão é esquecida, posta de lado e sua energia está se movendo para a condenação... e condenar não pode ajudar. Isso pode lhe deixar depressivo, pode lhe deixar bravo, mas
depressivo e bravo você nunca muda. Você permanece o mesmo e você se move para o mesmo círculo vicioso novamente e novamente.

Compreender é liberar, assim quando você vê um certo fato não há nenhuma necessidade de condenar, não há necessidade de se preocupar com isso. A única necessidade é
olhar para isso profundamente e compreendê-lo.

Se digo alguma coisa e isso lhe magoa — e esse é todo meu propósito: lhe magoar em algum lugar —, desse modo você
tem que olhar no porquê isso magoa e aonde isso magoa e qual é o problema; você tem que ver isso. Olhando nisso, tentando se mover ao redor disso, olhando-o de todos os ângulos... Se você condenar, você não pode olhar, não pode abordá-lo de todos os ângulos. Você já decidiu que isso é ruim; sem dar a isso uma chance, você já julgou.

Escute o fato,
penetre-o, contemple-o, durma sobre ele e quanto mais você for capaz de observá-lo mais você se tornará capaz de sair fora dele. A habilidade de entender e a habilidade de sair fora disso são apenas dois nomes para o mesmo fenômeno.

Se compreendo uma certa coisa, sou capaz de sair fora disso, indo além disso. Se não compreendo uma certa coisa, não posso sair fora disso. Então a mente prossegue fazendo isso com todos;
não é somente com você.

Imediatamente você salta e diz: "Isso está errado, isso não devia estar em mim. Eu não mereço, meu relacionamento está errado e isso está errado e aquilo está errado", e você se sente culpado. Agora toda a energia
está se movendo para a culpa e meu trabalho aqui é tornar você tão inocente quanto possível.

Portanto, o que quer que você veja não tome isso de uma maneira pessoal. Isso não tem nada a ver particularmente com você; é apenas a maneira de como a mente funciona. Se houver ciúmes, se houver possessividade, se houver raiva,
é assim que a mente funciona... a mente de todos mais ou menos; as diferenças são somente de graus.

A mente possui outro mecanismo: ou ela quer louvar ou ela quer condenar. Ela
nunca está no meio. Por meio do louvor você se torna especial e o ego é realizado; por meio da condenação você também se torna especial. Olhe para o truque: de ambas as maneiras você se torna especial! Ela é especial: ou ela é uma santa, uma grande santa, ou ela é a maior pecadora, mas de todo jeito o ego é preenchido. De qualquer maneira você está dizendo uma coisa — que você é especial.

A mente não quer ouvir que ela é apenas ordinária. O ciúme, essa raiva, esses problemas de relacionamento e de ser. Eles são ordinários, todos estão neles. Eles
são tão comuns como o cabelo.

Talvez alguém tenha um pouco mais, alguém tenha um pouco menos, alguém o tem preto e alguém o tem vermelho, mas isso não importa muito — eles são ordinários, todos os problemas são ordinários. Todos os pecados são ordinários e todas as virtudes são ordinárias, mas o ego quer se sentir especial.
Ou ele diz que você é o maior ou que você é o pior.

Então
apenas olhe… Todos esses problemas são ordinários. Quais problemas estão lá, diga-me? Quais problemas você sente? Basta nomeá-los.
Eu tenho uma dor aqui, na minha testa.
Está doendo porque você não está tentando entendê-la, então dói. Você a está condenando; você está dizendo (para si mesmo): "Você não devia estar deprimida. Isso não é você, isso não é bom para sua imagem, isso vai contra sua imagem, isso se torna uma mancha em você e você é uma garota tão bonita! Por que você está deprimida?" — ao invés de compreender por que você está deprimida.

Depressão significa que de alguma maneira a raiva está em você num estado negativo: a depressão é um estado negativo da raiva. A própria palavra é significativa — ela diz que algo está sendo pressionado; esse é o significado de deprimido. Você está pressionando alguma coisa dentro e quando a raiva é pressionada demais ela se transforma em tristeza. Tristeza é uma maneira negativa de estar bravo, uma maneira feminina de ficar bravo.

Se você remove a pressão sobre ela, ela se transforma em raiva. Você devia estar zangada sobre certas coisas da sua infância, mas você não as expressou, daí a depressão. Tente entender isso! E o problema é que a depressão não pode ser solucionada, devido a que ela não é o problema real. O verdadeiro problema é a raiva; e você continua condenando a depressão, dessa forma você está lutando com sombras.

Primeiro olhe no porquê você está deprimida... Olhe bem nisso e você encontrará a raiva. Muita raiva está em você... Talvez com relação a sua mãe, com relação a seu pai, com relação ao mundo, com relação a si própria, esse não é o ponto. Você está com muita raiva por dentro e desde sua infância você tem tentado ser sorridente, não ser zangada. Isso não é bom. Você foi ensinada e você aprendeu bem.

Portanto na superfície você parece feliz, na superfície você continua sorrindo e todos esses sorrisos são falsos. Bem fundo você está retendo muita raiva. Agora, você não pode expressá-la então você está sentada sobre ela; isso é o que a depressão é; assim você se sente deprimida.

Deixe isso fluir, deixe que a raiva venha. Uma vez que surge a raiva sua depressão irá embora. Você nunca observou isso? Que às vezes após uma raiva verdadeira a pessoa se sente tão bem, viva? Comece a fazer algo em casa. Hum? Faça uma meditação raivosa todo dia... Vinte minutos serão suficientes.

Após o terceiro dia você irá gostar tanto do exercício que será difícil para você esperar por isso. Isso lhe dará uma tal liberação e você verá que sua depressão está desaparecendo. Pela primeira vez você irá realmente sorrir... Porque com essa depressão você não pode sorrir, você finge.

A pessoa não pode viver sem sorrisos então a pessoa precisa fingir, mas um sorriso fingido machuca muito... Não lhe torna feliz; simplesmente lhe relembra de como você é infeliz.

Mas você se tornou cônscia disso. Isso é bom. Quando alguma coisa machuca, isso ajuda. O homem está tão doente que sempre que algo é útil dói, toca alguma ferida em algum lugar. Mas isso tem sido bom...

É isso."

Osho, em "This Is It!"
Fonte:http://www.palavrasdeosho.com/

Quando a Luz se Aproxima, As Trevas se Evidenciam - por HigherThanEagle

"Há uma pergunta que vai se intensificando à medida que eventos vão ocorrendo: Se a transição é uma coisa boa, por que tantas coisas ruins estão acontecendo?

Essa questão não diz respeito apenas às tragédias, mas também à toda a negatividade que vemos crescendo ao longo dos meses, seja em forma dos ditos crimes hediondos, cada vez mais banais, seja em forma de sentimentos perniciosos que presenciamos nas pessoas ao redor, ou seja em questões sociais como problemas financeiros, políticos, bélicos, entre outros.

Quanto às tragédias, já falamos a respeito e deixamos bem claro suas principais causas. Os problemas sociais, mais evidentes, seguem uma linha intencional por parte dos nossos governantes, mas todavia, até mesmo isso se encontra num cenário maior, o qual é compartilhado também pela ascensão dos piores sentimentos humanos, sendo a raiva, uma derivação de medo, a mais evidente.

A questão em si, na verdade está ligada a um ponto de vista. Quanto mais em direção à luz e à positividade, mas você consegue perceber um aumento, uma modificação no padrão negativo do planeta; quanto mais negativado, mais achará que tais atitudes, ações e trágédias não aumentaram, pois sua visão não conseguirá idenificá-las, por não haver um ponto de referência em seu coração.

Quanto mais nos tornamos elevados espiritualmente, quanto mais caminhamos em direção à Luz Primordial, mais ficamos abertos e receptivos às negatividades do mundo, e a tudo relacionado à elas. Mais podemos enxergar e, infelizmente, mais podemos sofrer sem o devido preparo. Por quê? Porque nos tornamos pontos iluminados no meio da escuridão. Perdemos a camuflagem, o anonimato perante uma realidade maior, ficando em evidência. Então somos alvos de fácil localização para negatividades objetivas e subjetivas. Como a luz atrai insetos, assim somos nós.

Você sabe do que falo, querido leitor. Sabe que em sua caminhada você já fraquejou incontáveis vezes, já quis desistir de tudo, quis odiar a si mesmo por ter entrado em contato com isso, quis fugir de sua própria consciência. Já chegou perto da depressão ao sentir o vazio existencial em sua vida quando percebeu que ela não passava de um estado ilusório. Você brilhou e a escuridão o localizou. Quando isso aconteceu, você não tinha luz o bastante para não ser influenciado pelas trevas. Aliás, muitos de vocês ainda não a têm, e por isso ainda sofrem sem razão aparente.

No post anterior dissemos que suas limitações existem apenas na sua mente, sendo você o único responsável por sua evolução ou estancamento. Assim sendo, essa escassez de luz, que permite que sombras se sobreponham a você, é de responsabilidade exclusivamente sua. Quanto menos se entregar de coração aberto à essa luz, ao confiar e seguir, ao viver e deixar viver, ao "eu posso, eu consigo", menos terá forças para se sobressair à escuridão.

Deste modo, querido leitor, é importante que você saiba que as coisas vão realmente parecer piorarem daqui para frente. Mas isso não deve em hipótese alguma tirá-lo de sua firmeza espiritual. Quanto mais escuro o mundo se tornar, mais iluminado você deve estar, do contrário será facilmente posto abaixo em sua vibração e padecerá dos males comuns de quem não consegue permanecer de pé frente aos seus demônios pessoais.

E agora é momento certo de finalmente resolver todas as coisas pendentes ainda presentes em sua vida. Sem bagagem, lembra?

Todos temos trevas dentro de nós, mas é preciso saber superá-las

Na medida em que caminhamos em busca da Presença Total, muitos de nossos piores lados irão aflorar, tentando garantirem-se por mais tempo dentro de nós. Então, querido leitor, quanto mais evoluímos espiritualmente, mais forte nossos demônios internos tentarão nos derrubar, pois não podem existir sob o Sol, apenas na escuridão de nossas noites interiores.

Isso acontece nos dois níveis, consciente e inconsciente. Deste modo, sentimentos como angústia, desesperança, medo, raiva, rancor, dúvida, etc, etc, etc, tendem a vir à tona com tanta intensidade que se pode facilmente involuir no processo espiritual. Ou seja, de uma hora para outra, você pode notar ter dado inúmeros passos para trás.

Essa é a verdadeira tentação. Os conflitos contra si mesmo e todos os seus monstros interiores é o verdadeiro inferno pessoal.  Muitas pessoas acabam mergulhando de cabeça nele, esperando por salvação, por ajuda de outrem. Mas como dissemos, a salvação está em você. Não podemos salvar o mundo, mas podemos salvar a nós mesmos.

O que define você, sua vida e experiência na fisicalidade é o quanto você consegue manter seu brilho em meio ao caos generalizado, em meio ao mundo se destruindo e as trevas se evidenciando. O mundo inteiro pode desabar ao seu redor, mas se você acreditar em sua divindade, no seu potencial como espírito, e nesta experiência humana, nada irá abatê-lo, nada irá abalá-lo, nada irá tirar seu foco. Mas se apenas um sopro de tempestade o fizer tremer, então ainda há muito a ser percorrido por você.


Por isso, querido leitor, não fuja de seus demônios, enfrente-os, vença-os para assim tornar-se um daqueles que continuarão de pé, firmes em suas verdades, quando o mundo inteiro ruir. Você pode, eu não tenho dúvidas, basta apenas querer.


Vamos na Paz.


PS: Este texto não inclui os catastrofistas dormentes. Aqui falamos apenas dos despertos que têm um padrão razoável de espiritualidade. A negatividade citada também não se refere ao assim considerado "Mal" (notem que o uso desta palavra é apenas para conforto textual), e sim àqueles no caminho da luz, mas com muita negatividade ainda presa em seus corações." 
 
Autor:HigherThanEagle
Fonte:http://particulasdafonte.blogspot.com/2011/01/quando-luz-se-aproxima-as-trevas-se.html

3 de fevereiro de 2011

O sábio e a ilusão !

  
"Era uma vez, um grande sábio cujo nome era Nárada. Seu conhecimento da Unidade da vida era perfeito. Ele conseguia agir sempre de maneira serena e amorosa.

Fazia tudo como um presente para Deus. E, quando chegavam à sua vida os resultados de suas ações, ele os recebia com satisfação e agradecimento. Mesmo quando diferiam de sua expectativa ou contradiziam o seu desejo, ele se comprazia com os resultados, sabendo que eles obedeciam às Amorosas Leis Cósmicas. De fato, ele considerava tudo que lhe acontecia como um amoroso presente dado pela Fonte de todo amor.

Ele ouvia às pessoas falar da dificuldade de escolher a verdade e de confiar no amor, mas não conseguia imaginar tal situação, tão natural era para ele agir com sabedoria. Uma vez chegou na sua aldeia um respeitado yogui. Todos se reuniram para escutá-lo falar sobre a vida. E a curiosidade de Nárada foi de novo despertada quando ouviu o yogui discursar sobre Maya, a Ilusão ou erro de compreensão que faz com que seres cuja natureza é paz e plenitude possam se sentir ansiosos e carentes, que faz com que seres perfeitos e divinos se considerem limitados e insignificantes. Nárada, não chegava a entender. Para ele tudo era uma dança cósmica de luz e harmonia, não conseguia ficar cego à Presença Divina e muito menos encontrar qualquer sinal da famosa Maya ou Ilusão que enfeitiça os homens.

Nessa noite, como de costume, Nárada sentou-se em meditação para deliciar-se com a contemplação do Amado Divino. E, como sempre, o Senhor do Cosmos sentou-se à sua frente para deleitar-se com o néctar de devoção oferecido pelo seu devoto. Depois de alguns momentos em amorosa comunhão, Nárada disse: Amado Senhor, ouvi falar muito da força de Tua Maya, e senti o desejo de conhecer o Jogo da Ilusão. E acrescentou com total confiança na bondade divina: Me concedes isso?. E Deus assentiu sorrindo: Claro, por que não?.

Passaram-se algumas horas em vibrante e luminoso silêncio findas as quais Deus, com seu poder onipotente, materializou um cântaro e pediu a seu devoto: -Estou com sede, poderias trazer-me um pouco de água do rio?. Nárada levantou-se graciosamente e feliz de poder servir o seu Amado, percorreu a curta distância que o separava do rio. Chegando na margem, inclinou-se para encher o cântaro. 

Ouviu então alguns passos e virando-se para um lado pode contemplar a forma mais maravilhosa que jamais tivera visto. Trêmulo de emoção deixou o cântaro no chão e aproximou-se daquela figura feminina de contornos inebriantes. Que rosto! Que olhos! - murmurava fascinado. Percebeu então que o sol despontava no horizonte e o céu explodia em tons dourados e azuis, e pensou Isto só pode significar o amanhecer de minha própria vida!. E, em poucos instantes, aproximando-se da jovem, sua voz apaixonada descreveu poeticamente a intensidade e profundidade de seus sentimentos, e a necessidade absoluta de desposar a bela mulher. Os poucos segundos que se sucederam até a jovem dar a sua resposta, pareceram intermináveis séculos para Nárada. Mas a angústia de seu peito foi colmada de alegria quando ouviu da moça o mesmo desejo de compartilhar as suas vidas.

Os anos se passaram. Depois de muito esforço, conseguiram construir uma pequena casa na margem do rio. Algum tempo depois, felizes, comemoraram a primeira gravidez. O primogênito trouxe-lhes grande alegria, assim como o segundo e o terceiro filho. Narada os educava com paciência, e observava com orgulho como eles iam se desenvolvendo. Sua esposa continuava bela, mesmo depois da juventude ter ficado para trás. E, apesar das divergências e freqüentes discussões, o amor entre eles continuava firme e inspirador.

Um dia, quando as crianças já tinham chegado à adolescência, o céu ficou escuro muito antes do entardecer. Uma grande tormenta se aproximava. Os três garotos brincavam no rio, numa balsa em cuja construção trabalharam por mais de uma semana. A mãe aproximou-se do rio e pediu para eles saírem. Mas eles, muito confiantes, disseram que estavam prontos para enfrentar qualquer tempestade. A mãe, aflita, correu até onde o seu marido trabalhava a terra e o trouxe consigo até a margem do rio. O pai ordenou as crianças que voltassem, mas já era tarde demais. 

A tormenta desatava seu furor levantando incontroláveis ondas que sacudiam mortalmente a frágil balsa, a essa altura totalmente fora de controle. Os pais desesperados lançaram-se ao resgate num pequeno barco que possuíam. Lutaram bravamente, mas em vão. O rio engoliu a jangada e as crianças diante do olhar impotente de Nárada e sua esposa. O casal gritava em tremenda aflição e o clamor do seu pranto podia ouvir-se por sobre a voz ensurdecedora da tempestade. Mas, quando a desgraça parecia ter alcançado o seu fim, eis que uma imensa onda varre a superfície do barco arrastando consigo a mulher de Narada. Ele se joga ao rio tentando tirar dele seu último tesouro. Mas seu esforço sobre-humano é em vão.

Com o coração partido, consegue manter-se flutuando enquanto a tormenta vai amainando. Finalmente, chega à margem do rio. Com a alma rasgada e o rosto encharcado em lágrimas, Nárada levanta os braços ao céu e, no limite do seu desespero, clama por Deus. Misturando raiva e desolação grita pedindo forças e compaixão. 

Abrindo caminho entre as ondas emocionais de sua tempestade interior, sua alma agita os céus exigindo compreensão do sentido disso tudo, do sentido da vida. Com o corpo agitado por seu choro, curvado pela a dor em seu peito, Narada não percebe que alguém se aproxima. Mas pode sentir que uma mão toca gentilmente em seu ombro, e pode ouvir quando uma voz serena o chama pelo nome. 

Levantando o rosto e enxugando as lágrimas vê alguém que conhece, mais não lembra de onde. E esse Alguém lhe diz com um sorriso maroto: Nárada, que fazes? Por que gritas? Estou com sede, cadê a minha água?"

Uma história da tradição do Vedanta

2 de fevereiro de 2011

Para saber quem somos - Martha Medeiros

"Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida
Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam

Quem é você? Do que gosta?
Em que acredita? O que deseja?

Dia e noite somos questionados, e as respostas costumam ser inteligentes, espirituosas e decentes Tudo para causar a melhor impressão aos nossos inquisidores Ora, quem sou eu Sou do bem, sou honesto, sou perseverante, sou bem-humorado, sou aberto, não costumamos economizar atributos quando se trata da nossa própria descrição

Do que gostamos? De coisas belas? No que acreditamos?
Em dias melhores? O que desejamos? A paz universal?

Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim A despeito do nosso inegável talento como divulgadores de nós mesmos e da nossa falta de modéstia ao descrever nosso perfil no Orkut, a verdade é que o que dizemos não tem tanta importância Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam...

O que você diz, com todo o respeito, é apenas o que você diz

Entre a data do nosso nascimento e a desconhecida data da nossa morte, acreditamos ainda estar no meio do percurso, então seguimos nos anunciando como bons partidos incrementamos nossas façanhas, abusamos da retórica como se ela fosse uma espécie de photoshop que pudesse sumir com nossos defeitos

Mas é na reta final que nosso passado nos calará e responderá por nós
Quantos amigos você manteve?
Em que consiste sua trajetória amorosa?
Como educou seus filhos?
Quanto houve de alegria no seu cotidiano?
Qual o grau de intimidade e confiança que preservou com seus pais?

Se ficou devendo dinheiro?
Como lidou com tentativas de corrupção?
Em que circunstância mentiu?
Como tratou empregados, balconistas, porteiros, garçons?

Que impressão causou nos outros - não naqueles que o conheceram por cinco dias, mas com quem conviveu por 20 anos ou mais?
Quantas pessoas magoou na vida?
Quantas vezes pediu perdão?
Quem vai sentir sua falta?

Pra valer, vamos lá... Podemos maquiar algumas respostas ou podemos silenciar sobre o que não queremos que venha à tona... Inútil!
A soma dos nossos dias assinará este inventário.. Fará um levantamento honesto

Cazuza já nos cutucava: suas idéias correspondem aos fatos?

De novo: o que a gente diz é apenas o que a gente diz..
Lá no finalzinho, a vida que construímos é que se revelará o mais eficiente detector de nossas mentiras"

Autora:Martha Medeiros

Fonte:http://pensamentosmirabolantes.blogspot.com/ 

1 de fevereiro de 2011

Ser Humano -


"Você receberá um corpo físico. Você  pode  amá-lo  ou  detestá-lo, mas ele  será seu ao longo de toda a sua existência. 

Você receberá lições. Você estará matriculado na escola da vida em período integral.
Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa. 

Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente. Não há erros, apenas lições. 

O crescimento é resultado de um processo de  tentativa  e  erro: uma experimentação.

Os  experimentos  fracassados são tão parte do processo, tanto quanto os experimentos que funcionam. 

Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida. Esta  lição  será  apresentada  a  você sob várias formas até que você a tenha aprendido. 

Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição. 

Aprender lições é um processo interminável. Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.  
 
Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender. 

Lá não é melhor que aqui. Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui. 

Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem. Você  não  pode  amar  ou  detestar  alguma coisa em outra pessoa, sem que isso reflita alguma coisa que você ama, ou detesta em si mesmo. 

É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que faz com eles, é problema seu. 

A escolha é sua. As respostas estão dentro de você. As respostas às questões da vida estão dentro de você. 

Tudo que você tem a fazer é prestar atenção, ouvir e confiar.

Voce esquecerá tudo isto"

 Chérie Carter-Scott
(from Kabbalah Group)
http://www.caminhosdeluz.org/91.htm 

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