15 de junho de 2011

Tornando-se um ser espiritualizado! por Wayne W.Dyer


"Tornar-se um ser espiritual é sinônimo de se tornar um obreiro milagroso e conhecer o êxtase da verdadeira mágica. As diferenças entre as pessoas que não são espiritualizadas, ou "somente físicas", e aquelas a quem eu chamo de seres espiritualizados, são dramáticas.

Eu uso os termos espiritualizado e não espiritualizado no sentido de que um ser espiritualizado tem uma consciência tanto da dimensão física, quanto da dimensão invisível, enquanto que os seres não espiritualizados estão somente conscientes do domínio físico. Nenhuma categoria, como eu as uso, implica em ateísmo ou orientação religiosa de qualquer modo. A pessoa não espiritualizada não é incorreta ou má, porque ele ou ela experiencie o mundo somente de uma maneira física.

Abaixo estão 12 crenças e práticas para que vocês cultivem enquanto desenvolvem as suas habilidades em manifestar milagres em sua vida. Tornar-se um ser espiritualizado como esboçado aqui é uma necessidade total se a verdadeira mágica for o seu objetivo nesta existência.

1 - O ser não espiritualizado vive exclusivamente dentro dos cinco sentidos, acreditando que se vocês não puderem ver, tocar, perceber, ouvir ou experimentar algo, então este algo simplesmente não existe. O ser espiritualizado sabe que além dos cinco sentidos, há outros sentidos que usamos para experienciarmos o mundo da forma. Enquanto vocês trabalham para se tornar um ser espiritualizado, assim como um ser físico, vocês começam a viver mais e mais conscientemente dentro do mundo invisível. Vocês começam a saber que há sentidos além deste mundo físico. Ainda que não possam percebê-lo através de um dos cinco sentidos, vocês sabem que são almas com um corpo, e que a sua alma está além dos limites e desafia o nascimento e a morte. Ela não é governada por qualquer uma das regras e leis que governam o universo físico.

Ser um ser espiritualizado significa que vocês se permitem a opção de serem multi-sensoriais. Conseqüentemente, um mundo inteiramente novo se abre. Como Gary Zukav escreve: "As experiências do humano multi-sensorial são menos limitadas do que as experiências do humano de cinco sentidos. Elas proporcionam mais oportunidades para o crescimento e o desenvolvimento e mais oportunidades para evitar dificuldades desnecessárias". "A sede da Alma, Gary Zukav)

2 - O ser não espiritualizado acredita que estamos sozinhos no universo. O ser espiritualizado sabe que ele ou ela nunca está sozinho. Um ser espiritualizado está confortável com a idéia de ter professores, observadores, e orientação divina disponível a qualquer momento. Se nós acreditamos que somos almas com corpos, e não corpos com almas, então o invisível, a nossa parte eterna, está sempre disponível para nós para auxílio.

 Uma vez que esta crença seja firme e inabalável, ela nunca pode ser questionável, não obstante os argumentos racionais daqueles que vivem exclusivamente no mundo físico. Para alguns, isto é chamado de súplica intensa, para outros ela é chamada de inteligência ou força universal, onipresente, e para outros, orientação espiritual. Não importa como vocês chamem a este eu superior ou como o digam, desde que ele está além das limitações, dos rótulos e da própria linguagem.

 Para o ser não espiritualizado tudo isto é sem sentido. Nós aparecemos na Terra, temos uma vida para viver e ninguém tem quaisquer fantasmas por perto ou interiormente para ajudar. Este é um universo somente físico para o ser não espiritualizado e o objetivo é manipular e controlar o mundo físico.

O ser espiritualizado vê o mundo físico como um lugar para o crescimento e a aprendizagem, com o propósito específico de servir e de evoluir aos níveis superiores do amor. 

Os seres não espiritualizados aceitam a existência de um ser supremo ou Deus, não como uma força universal que está dentro de nós, mas como um poder separado que algum dia nos manterá responsáveis. Eles não se vêem como tendo auxílio ou um eu superior, a menos que tenham o tipo de experiência direta da presença divina registrada por São Paulo ou São Francisco de Assis.

 Os seres espiritualizados simplesmente sabem, através de sua experiência pessoal ou por terem estado em contato com a sua própria orientação divina, que eles não estão sozinhos, e que podem usar esta orientação para se tornarem criadores milagrosos em suas vidas.

3 - O ser não espiritualizado está focado no poder externo. O ser espiritualizado está focado na capacitação pessoal. O poder externo está localizado no domínio e no controle do mundo físico. Este é o poder da guerra e do poder militar, o poder das leis e da organização, o poder dos negócios e dos jogos da bolsa de valores. Este é o poder de controlar tudo o que é externo ao eu. O ser não espiritualizado está focado neste poder externo.

 Por contraste, o ser espiritualizado está focado em se capacitar e aos outros aos níveis mais e mais elevados da consciência e da realização. O uso da força sobre outro não é uma possibilidade para o ser espiritualizado. Ele ou ela não está interessado em acumular poder, mas sim em ajudar os outros a viverem em harmonia e a vivenciarem a mágica verdadeira. Este é um poder do amor que não julga outros. Não há hostilidade ou raiva neste tipo de poder. A verdadeira capacitação é saber que se pode viver no mundo com os outros que tenham pontos de vista diferentes e não tenham necessidade de controlá-los ou subjugá-los como vítimas.

Um ser espiritualizado conhece o enorme poder que vem da habilidade de manipular o mundo físico com a mente. Uma mente em paz, uma mente centrada e não concentrada em prejudicar outros, é mais poderosa do que qualquer força física no universo. Toda a filosofia do Aikido e das Artes Marciais Orientais está baseada não no poder externo sobre o oponente, mas em tornar-se uno com esta energia externa para remover a ameaça. A capacitação é a alegria interior de saber que a força externa não é necessária para estar em harmonia consigo mesmo. 

Para o ser não espiritualizado, nenhum outro meio é conhecido. Deve-se estar constantemente preparado para a guerra. Ainda que os mestres espirituais a quem eles freqüentemente garantem devotamento falem contra tal uso de poder, os seres não espiritualizados simplesmente não podem ver outras alternativas.

4 - O ser não espiritualizado se sente separado e distinto de todos os outros, um ser em si mesmo. O ser espiritualizado sabe que ele está conectado a todos os outros e vive a sua vida como se cada pessoa que ele encontre compartilhe ser humano com ele.

 Quando uma pessoa se sente separada de todos os outros, ela se torna mais egocêntrica e muito menos preocupada com os problemas dos outros. Ela pode sentir alguma simpatia pelas pessoas famintas em outra parte do mundo, mas a abordagem diária desta pessoa é "Não é o meu problema." O ser não espiritualizado está concentrado mais em seus próprios problemas, e freqüentemente sente que outros seres humanos estão ou em seu caminho ou tentando obter o que ele quer e assim ele deve "trapacear" o outro cara, antes que ele faça alguma coisa.

O ser espiritualizado sabe que estamos todos conectados, e ele é capaz de ver a plenitude de Deus em cada pessoa com quem ele faz contato. Este sentido de conexão elimina muito do conflito interior que o ser não espiritualizado experiencia quando ele julga outros constantemente, categoriza-os de acordo com as aparências físicas e comportamentos, e então continua a encontrar meios ou de ignorar ou de se aproveitar deles para o seu próprio benefício.

 Estar conectado significa que a necessidade pelo conflito e confrontação é eliminada. Saber que a mesma força invisível que flui através dele mesmo, flui através de todos os outros, permite que o ser espiritualizado viva verdadeiramente o conceito moral, de tratar os outros como queremos ser tratados. O ser espiritualizado pensa: "Como eu estou tratando os outros, é essencialmente como eu estou me tratando, e vice-versa." O significado de "Ame ao seu vizinho como a si mesmo", está claro ao ser espiritualizado, enquanto isto é considerado como tolice pelo ser não espiritualizado. O julgamento negativo não é possível quando se sente conectado com todos os outros.

O ser espiritualizado sabe que ele não pode definir outro através dos seus julgamentos, assim ele somente se define como uma pessoa crítica. A pesquisa ao nível quântico subatômico revela uma conexão invisível entre todas as partículas e todos os membros de uma dada espécie. Esta unidade está sendo demonstrada em notáveis descobertas científicas. As descobertas mostram que a distância física, o que pensamos como espaço vazio, não impede uma conexão pelas forças invisíveis. Obviamente devem existir conexões invisíveis entre os nossos pensamentos e as nossas ações. Nós não negamos isto, ainda que a conexão seja inacessível aos nossos sentidos.

O ser não espiritualizado não pode fazer tal salto, mas o ser espiritualizado sabe que esta força invisível o conecta com todos os outros, e, portanto, trata todos os outros como se fossem uma parte de si mesmo. É tudo uma questão de conhecer. O ser não espiritualizado age como se ele fosse uma ilha, separado e distinto de outros, desconectado. Claramente afirmado, os milagres e a mágica verdadeira estão simplesmente indisponíveis àqueles que se acreditam como ilhas no mar da humanidade.

5 - O ser não espiritualizado acredita exclusivamente em uma interpretação da vida causa e efeito. O ser espiritualizado sabe que há um poder superior operando no universo além da mera causa e efeito. O ser não espiritualizado vive exclusivamente no mundo físico, onde a causa e o efeito regem. Se alguém planta uma semente (causa), ele verá o resultado (efeito). Se alguém estiver com fome, ele procurará alimento. Se estiver zangado, ele dará vazão a esta raiva. Este é realmente um modo racional e lógico de pensar e de agir, desde que na terceira lei do movimento, para cada ação há uma reação igual e oposta que está sempre operando no universo físico.

 O ser espiritualizado vai além da física de Newton e vive em um reino totalmente diferente. O ser espiritualizado sabe que os pensamentos surgem do nada, e que em nosso estado de sono (um terço de todas as nossas vidas físicas), onde estamos com o pensamento puro, a causa e efeito não desempenham qualquer papel.

6 - O ser não espiritualizado é motivado pela façanha, pela proeza e aquisições. O ser espiritualizado é motivado pela ética, serenidade e qualidade de vida. Para a pessoa não espiritualizada, o foco está na aprendizagem com o propósito de graus elevados, de prosperar e de adquirir posses. O propósito do atleta é a competição. O sucesso é avaliado em rótulos externos, tais como posição, graduação, contas bancárias e recompensas. Tudo isto é parte de nossa cultura, mas simplesmente não é o foco da vida do ser espiritualizado.

Para o ser espiritualizado, o sucesso é conquistado ao se alinhar com o propósito, o quaL não é avaliado pelo desempenho ou aquisições. O ser espiritualizado sabe que estas coisas externas fluem na vida em quantidades suficientes e que elas chegam como resultado de uma vida com propósito. O ser espiritualizado sabe que viver com propósito envolve servir de um modo amoroso. Madre Teresa que passou muitos anos de sua vida se preocupando com os mais oprimidos entre nós, nos cortiços de Calcutá, definiu o propósito deste modo em "Pelo amor de Deus": "O fruto do amor é o serviço, que é a compaixão em ação. A Religião nada tem a ver com a compaixão. É o nosso amor por Deus que é a coisa principal, porque todos nós fomos criados com o único propósito de amarmos e sermos amados."

 É assim que a realidade interna e externa do ser espiritual é vivenciada. Não é necessário se tornar um santo, servindo aos pobres para se tornar um ser espiritualizado. Deve-se simplesmente saber que há muito mais na vida do que façanhas, desempenho e aquisições, e que o valor de uma vida não está no que é acumulado, mas sim no que é dado aos outros. Viver ética, moral e serenamente enquanto se está alinhado com um propósito espiritual está no âmago do seu ser. A mágica verdadeira não pode ser vivenciada quando o seu foco está em obter mais para si mesmos, particularmente se for à custa de outros. Quando vocês experienciarem um sentimento de serenidade e qualidade em relação à vida, sabendo que é a sua mente que cria tal estado, vocês saberão também que de tal estado da mente flui a mágica de criar milagres.

7 - O ser não espiritualizado não tem espaço em sua consciência para a prática da meditação. O ser espiritualizado não pode imaginar a vida sem ela. Para o ser não espiritualizado, a idéia de se interiorizar e de ficar sozinho por um período de tempo, repetindo um mantra, esvaziando a mente, e buscando respostas ao se alinhar com o Eu Superior beira a demência. Para esta pessoa, as respostas são obtidas com um trabalho árduo, com esforço, com perseverança, estabelecendo objetivos, alcançando estes objetivos e determinando novos e competindo em um mundo cruel.

 O ser espiritualizado conhece o enorme poder da prática da meditação. Ele sabe que a meditação o torna mais alerta e capaz de pensar mais claramente. Ele sabe do efeito muito especial que a meditação tem em aliviar o stress e a tensão. As pessoas espiritualizadas sabem, em virtude de terem estado lá e a experienciado diretamente, que pode receber orientação divina, tornando-se tranqüilas e calmas, e pedindo respostas. Elas sabem que são multidimensionais e que a mente invisível pode estar ligada aos níveis mais e mais elevados através da meditação, ou como vocês queiram chamar à prática de estar sozinho e esvaziar a sua mente dos frenéticos pensamentos que tanto ocupam a vida diária. Elas sabem que na meditação profunda, podem deixar o corpo e entrar em uma esfera de mágica com tanto êxtase como em um estado que qualquer droga poderia proporcionar temporariamente.

 Para o ser não espiritualizado, isto é percebido como uma fuga da realidade, mas para o ser espiritualizado é uma apresentação a uma realidade inteiramente nova, uma realidade que inclui uma abertura na vida que levará à criação de milagres.

8 - Para o ser não espiritualizado, o conceito de intuição pode ser reduzido a um pressentimento ou a um pensamento casual que acidentalmente dispara na cabeça na ocasião. Para o ser espiritualizado, a intuição é muito mais do que um pressentimento. É percebida como uma orientação ou uma conversa com Deus, e este insight interior nunca é assumido de modo inconseqüente ou ignorado. Vocês sabem através de sua própria experiência que quando ignoram as suas intuições, acabam se lamentando por isto ou tendo que "aprender do modo difícil".

 Para a pessoa não espiritualizada, a intuição é completamente imprevisível e ocorre ao acaso. Ela é freqüentemente ignorada ou evitada em benefício de comportamentos de modos habituais. O ser espiritualizado se empenha em aumentar a consciência a respeito de sua intuição. Ele presta atenção às mensagens invisíveis e sabe interiormente que há algo operando que é muito mais do que uma coincidência. Os seres espiritualizados têm uma consciência do mundo não físico e não estão presos exclusivamente a um universo restrito ao funcionamento dos seus cinco sentidos. Por esta razão todos os pensamentos, ainda que invisíveis, são algo a que prestar atenção. Mas a intuição é muito mais do que um pensamento em relação a algo, é quase como se alguém estivesse recebendo um gentil cutucão para se comportar de um determinado modo ou evitar algo que poderia ser perigoso ou prejudicial. Embora inexplicável, a nossa intuição é verdadeiramente um fator de nossas vidas.

 Para a pessoa não espiritualizada, isto parece ser meramente um pressentimento e nada para considerar ou se tornar mais sintonizada. A pessoa não espiritualizada pensa: "Isto passará. É apenas a minha mente funcionando em seu modo confuso". Para a pessoa espiritualizada, estas expressões interiores intuitivas são quase como ter um diálogo com Deus.

Uma Perspectiva Pessoal - Eu percebo a minha intuição em relação a tudo e qualquer coisa como Deus conversando comigo. Eu presto atenção quando "sinto algo" fortemente e sempre sigo esta inclinação interior. Uma vez em minha vida eu a ignorei, mas agora eu estou ciente e estes sentimentos intuitivos sempre, e eu quero dizer sempre, me orientam em uma direção de crescimento e propósito. Algumas vezes a minha intuição me diz aonde ir para escrever, e eu sigo, e o texto é sempre agradável e harmonioso. Quando eu ignorei esta intuição, eu me esforcei tremendamente. Eu não somente confio nesta orientação em meus trabalhos literários, mas conto com ela virtualmente em todas as áreas da minha vida.

 Eu desenvolvi um relacionamento pessoal com a minha intuição em relação ao que comer e em relação ao que escrever, e como me relacionar com a minha esposa e outros membros da família. Eu medito em relação a isto, confio nela, considero-a, e procuro me tornar mais consciente dela. Quando a ignoro, eu pago um preço, e então me lembro da lição de confiar nesta voz interior na próxima vez. Eu imagino se posso conversar com Deus e chamo a isto de oração, acreditando em tal presença divina e universal; então não há nada maluco em ter Deus conversando comigo. Todas as pessoas espiritualizadas sobre quem li, compartilham um sentimento semelhante. A intuição é a orientação amorosa e elas sabem que não devem ignorá-la.

9 - O ser não espiritualizado está envolvido em muita luta, ele está alinhado com as ferramentas do poder em uma guerra contra o que ele acredita ser o mal. Esta pessoa sabe o que ele odeia, e experiencia muita perturbação interior em relação às iniqüidades percebidas. Muita de sua energia, tanto mental quanto física, é devotada ao que percebe como hostil ou mal. 

Os seres espiritualizados não determinam a sua vida contra qualquer coisa. Elas não estão contra a fome, eles estão para alimentar as pessoas e ver que todos no mundo estejam nutricionalmente satisfeitos. Combater a fome somente enfraquece o guerreiro e o torna zangado e frustrado, enquanto trabalhar por uma população bem alimentada é eficiente. Os seres espiritualizados não são contra a guerra, eles são pela paz e gastam a sua energia trabalhando pela paz. Eles não se unem em uma guerra de drogas ou pobreza, porque as guerras precisam de guerreiros e combatentes, e isto não fará com que os problemas desapareçam.

 Os seres espiritualizados são a favor de uma juventude bem educada, que pode ser eufórica, inconstante e arrogante sem a necessidade de substâncias externas. Eles trabalham em relação a este fim, ajudando os jovens a conhecer o poder de suas próprias mentes e corpos. Eles nada combatem. Quando vocês combatem o mal, empregando os métodos do ódio e da violência, são parte do ódio e da violência e do próprio mal, apesar da retidão de sua posição em sua própria mente. Se todas as pessoas no mundo que são contra o terrorismo e a guerra fossem mudar a sua perspectiva, apoiando e trabalhando pela paz, o terrorismo e a guerra seriam eliminados. De algum modo as nossas prioridades são distorcidas.

Os seres espiritualizados não se ligam ao ódio. Eles estão focados refletidamente naquilo para o que vivem e traduzem isto em ação. Os seres espiritualizados mantêm os seus pensamentos no amor e harmonia, diante de coisas que eles adorariam ver mudadas. Tudo o que vocês combatem os enfraquecem. Tudo aquilo para o que vivem os capacita. A fim de manifestarem milagres, vocês devem estar totalmente focados naquilo para o que vivem. A verdadeira mágica ocorre em sua vida quando vocês eliminaram o ódio que está em sua vida, até o ódio que vocês têm contra o ódio.

10 - A pessoa não espiritualizada não tem nenhum sentimento de responsabilidade com o universo, portanto ela não desenvolveu uma reverência pela vida. O ser espiritualizado tem uma reverência pela vida que vai à essência de todas as coisas. 

O ser não espiritualizado acredita, como disse Gary Zukav que: "Somos conscientes e o universo não é". Ele acha que a sua existência terminará com esta existência e que ele não é responsável com o universo. O ser não espiritualizado se tornou arrogante.

 O ser espiritualizado sente uma responsabilidade com o universo. Ele está em reverência desta vida e tem uma mente com a qual processa o universo físico. Esta reverência o leva a encarar toda a vida e o meio ambiente com um sentimento de apreciação e reverência, dedicando-se à própria vida a um nível mais profundo do que meramente ao mundo material.

Para o ser espiritualizado, os ciclos da vida são abordados como típicos do infinito, com a reverência que é verdadeiramente um respeito pela vida. Há uma abordagem dócil e amorosa em relação a tudo o que existe em nosso mundo, um reconhecimento que a própria Terra e o universo têm uma consciência e que a nossa vida está conectada de algum modo invisível a toda a vida agora e no passado. A inteligência invisível que se infunde em toda a forma é uma parte de nós mesmos, assim uma reverência por toda a vida é saber que há uma alma em tudo. Esta alma é digna de ser honrada.

A pessoa espiritualizada está consciente da necessidade de não assumir mais da Terra do que seja necessário, e de devolver ao universo de algum modo para aqueles que habitarão o planeta depois dele. A capacidade de criar milagres surge de uma forte reverência por toda a vida, incluindo a sua própria, e, portanto, a fim de conhecer a verdadeira mágica, vocês devem aprender a pensar e a agir de modos consistentes a ser um ser reverente e espiritualizado.

11 - O ser não espiritualizado está carregado de rancores, hostilidade, e com a necessidade de vingança. O ser espiritualizado não tem espaço em seu coração para estes impedimentos de criar milagres e a verdadeira mágica. O ser espiritualizado sabe que todos os mestres espirituais falaram sobre a importância do perdão. Aqui estão alguns exemplos de nossos principais ensinamentos religiosos:

Judaísmo: A coisa mais bela que um homem pode fazer é perdoar a ofensa.

Cristianismo: Então Pedro se aproximou e lhe disse: "Senhor, quantas vezes o meu irmão pecará contra mim, e eu o perdoarei?" "Tanto quanto sete vezes". Jesus lhe disse: "Eu não lhe digo sete vezes, mas setenta vezes sete."

Islamismo: Perdoe ao seu empregado setenta vezes por dia.

Hinduísmo: Onde há o perdão há o próprio Deus.

Taoísmo: Retribua a injúria com a bondade.

Budismo: Nunca o ódio é diminuído pelo ódio. É somente reduzido pelo amor. Esta é uma lei eterna. Para o ser espiritualizado é crucial ser capaz de "viver o discurso". Não se pode professar ser um membro praticante de uma determinada fé, e então se comportar de modos inconsistentes com os ensinamentos.

O Perdão é um Ato do Coração.

12 - O ser não espiritualizado acredita que há limitações verdadeiras no mundo e que embora possa haver alguma evidência para a existência de milagres, eles são percebidos como acontecimentos ao acaso para alguns afortunados.

 O ser espiritualizado acredita em milagres e na sua própria habilidade de receber orientação amorosa e vivenciar um mundo de mágica verdadeira. O ser espiritualizado sabe que os milagres são muito reais. Ele acredita nas forças que criaram os milagres, pois outras ainda estão presentes no universo, podendo entrar em ligação com elas.

O ser não espiritualizado vê os milagres com uma luz totalmente diferente. Ele acredita que eles sejam acidentais, e, portanto, não tem fé em sua própria habilidade de participar do processo de criar milagres.

Conclusão: A espiritualidade requer muito pouco de vocês. Ela não é difícil de compreender nem requer qualquer treinamento longo ou doutrinação da sua parte. Tornar-se um ser espiritualizado ocorre dentro deste eu invisível sobre o qual eu estive escrevendo. Não obstante a como vocês escolheram ser até agora, trabalhar para se tornar um ser espiritualizado pode ser a sua escolha hoje. Vocês não têm que adotar quaisquer doutrinas religiosas específicas ou passarem por uma transformação religiosa em que vocês simplesmente tenham que decidir que este é o modo que vocês gostariam de viver pelo resto de sua vida. Com este tipo de compromisso interior vocês estão em seu caminho.

É importante reconhecer que a verdadeira mágica está indisponível àqueles que escolheram a vida não espiritualizada. Ser capaz de fazer com que os milagres aconteçam é fundamentalmente um resultado de como vocês escolhem se alinhar, como escolhem usar a sua mente, e quanta fé vocês têm para serem capazes de usá-la para afetar o seu mundo físico."

Este artigo foi extraído de: A VERDADEIRA MÁGICA, pelo Dr. Wayne Dyer, CRIANDO MILAGRES NA VIDA DIÁRIA, do Dr. Wayne Dyer.

2008 Dr. Wayne W. Dyer. Todos os Direitos Reservados

14 de junho de 2011

A GRANDE INVOCAÇÃO!

 

Do ponto de Luz na mente de Deus

Que flua Luz à mente dos homens

E que a Luz desça à Terra.


Do ponto de Amor no coração de Deus
Que flua amor ao coração dos homens
Que Cristo retorne à Terra.

Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie as pequenas vontades dos homens,
Propósito que os mestres conhecem e servem.

Do centro a que chamamos a raça dos homens
Que se realize o plano de Amor e de Luz
E se feche a porta onde se encontra o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder
Restabeleçam o Plano Divino sobre a Terra
Hoje e por toda a eternidade. Amém.
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O PROPÓSITO DOS MESTRES


"Esta mensagem é para você que já compreende a linguagem dos seres cósmicos. Assim, como você se prepara para receber o novo tempo, todos os seus irmãos do Universo também se preparam para alcançar novos patamares de consciência.

Este é o momento decisivo para tornar viável o plano que prevê a libertação do homem, quebrando o encantamento que ainda o submete. É um trabalho maravilhoso e de grande porte. É gratificante participar junto com você desta tarefa. Há um número incontável de seres, participando em vários níveis, da transição do sistema terrestre. Todos ajudam, mesmo inconscientemente, na realização do maior propósito já visto sobre um sistema: desatar as amarras fantasiosas que prendem o ser às ilusões do tempo terrestre. Deste evento depende o realinhamento do Universo, pois o homem é parte de uma das inúmeras consciências planetárias que se manifestam no Cosmos.

A TERRA é um grande laboratório de pesquisas onde o Criador pode experienciar a formação de milhares de seres, partes dele mesmo, e que expressam sua imagem e semelhança. Desde os primórdios, milhares de seres desceram à forma humana, submetendo-se por livre vontade, a todos os estágios de aprimoramento do ser. Seus corpos foram se adaptando conforme a tônica do momento vivido, do etérico ao mais denso e ao que você é hoje. É importante saber que a oportunidade foi dada a todos que vieram, e desde o primeiro instante de manifestação do ser, como  um ínfimo ponto de luz, tudo já estava programado.

 Suas quedas e subidas já estavam impressas na memória de consciência desse grande programa de aprendizado. Este programa prevê a passagem pelos mundos sombrios e também pelos mundos de luz. Tudo é parte integrante do aprendizado do ser que escolhe participar com total intensidade da dor e do sofrimento, das alegrias e da felicidade, tornando-se um mestre ascensionado, e daí para níveis de consciência mais aprimorados onde seus corpos fundem-se numa só emanação de luz.

A humanidade é composta de seres estelares vindo de vários locais do Universo, cada qual contribuindo com uma forma de aprendizado. Todos, sem exceção, doaram de si o melhor. Do mais humilde padrão ressonante, até o mais poderoso sentimento, em qualquer escala de manifestação, tudo é pré-determinado. Não há erros nem acertos, nem o bem, nem o mal, apenas a perfeição que se manifesta conforme seu entendimento. 

Todos amam da mesma forma, todos possuem em seus plexos a consciência impressa daquilo que deverão viver. Se hoje você sofre pelo domínio, imposição de alguns, ou por ver que ainda muitos seres humanos praticam atos desorientados, é porque seu aprendizado neste momento se refere ao sentimento que pulsa dentro de você. O mundo externo é reflexo de seu interior, então equilibre-se!...Somente a você foi dada a oportunidade de envolver-se com o carma da Terra, onde durante várias vidas você pode aprimorar os sentimentos e virtudes, tornando-se um mestre da matéria realizando a união entre céu e terra.

O chamado para o novo período de ascensão da Terra é claro e mostra que todos estão em vias de retornar para casa. A meta foi alcançada, cada  ser encarnado descendente de uma das raças estelares, cumpriu fielmente o propósito escolhido. O que você vive agora, neste exato momento, e que parece tão real, já não existe mais, é passado, é a ilusão de um tempo que já aconteceu. 

A humanidade sofre apenas o impacto da desaceleração da inércia do tempo. É como um carro correndo em que o motorista tira o pé do acelerador, ele continua andando até que finalmente para. A inércia é o espaço decorrido entre o afastamento do pé do acelerador e o tempo de parada do carro. O planeta vem vivendo essa desaceleração há muito tempo, e você sofre a influência desta inércia, pois é parte dela.

 Devido a isto, os amigos estelares chegam em todas as partes do planeta utilizando vários instrumentos físicos e supra-físicos para tornar real o período há tanto esperado. Eles, amorosamente, chamam suas próprias raças, seus irmãos para retornarem a seus lares de origem. Cada espécie de ser aqui veio para aprimorar sua freqüência de base elevando a consciência a um patamar mais alto. Isto foi possível porque a Terra é geradora de energia pura de amor, freqüência irradiante idêntica à do coração do Criador. Aquele amor que gera, que fecunda, que absorve todas as capas mais densas, onde proliferam energias de baixa vibração em freqüências involutivas.

Somente estagiando no sistema terrestre é possível quebrar estas capas dando continuidade ao processo de fecundação planetária. Portanto, filho da luz, você é parte integrante desta experiência e muitos estarão prontos para saírem daqui, por livre escolha, e viajar pelos universos estelares colonizando novas estrelas, planetas e esferas de luz. Seus padrões de ressonância estão prontos para seguirem viagem, concretizando assim a obra do Criador.

 No planeta Terra formam-se grandes mestres de sabedoria, especializados tanto na matéria quanto no espírito; este é o milagre da vida, este é  " O PROPÓSITO QUE OS MESTRES CONHECEM E SERVEM".  O movimento de ativação planetária provoca um despertar maciço em vários grupos de seres ao mesmo tempo. Destes, alguns são responsáveis pela perfeita ancoragem da luz sobre a face terrestre. Na maioria das vezes este despertar é um pouco doloroso, até mesmo assustador porque o ser envolvido em sua própria vida , voltado às questões materiais, confunde as manifestações do espírito divino. Cabe então àqueles que já possuem a compreensão, através do exemplo, ajudar seus irmãos a entenderem o porque destes acontecimentos.

Um levante se processa em todos os cantos do mundo e não há como parar o que já está em ronda. Entre os seres encarnados estão os seres conscientes, águias terrestres, atuando como âncoras divinas, completamente interpenetrados de energia do espírito divino. São seres agregados a seus corpos monádicos e perfeitamente adaptados ao corpo físico humano (entrantes). São seres que reaparecem em todos os finais de ciclo para promover a aceleração necessária à evolução da humanidade. Não se mostram como são, e misturam-se entre as massas, disfarçados de pessoas comuns, atuando no silêncio de seus propósitos, conforme suas funções cósmicas.

Será através destes seres que a transição ocorrerá, sem maiores complicações. Suas mentes unidas às mentes dos seres interplanetários promoverão o realinhamento necessário a todo o sistema terrestre. Esta é a realidade, eles estão entre os homens e mulheres cumprindo fielmente o que foi determinado.

Talvez para você possa parecer um tanto difícil e até mesmo fantasiosa esta explanação, mas é preciso recordar que aquele ser, conhecido como Jesus, que desceu à configuração humana, marcando toda uma época, mostra ser verídico este fato.
Será que você é capaz de ajudar nesta grande tarefa? Como pode prestar essa ajuda?
Simplesmente aprimorando seu aprendizado, utilizando os meios disponíveis que possui. Quando a dor e a solidão assolarem seu coração, não pense que está sozinho, porque sempre estaremos a seu lado, ouvindo seus lamentos, suas lágrimas, seus desesperos. Para sentir nossa presença é preciso coragem para enfrentar seus próprios medos e inseguranças. Lembrem-se, estes sentimentos produzem vibrações densas que atrapalham sua visão bloqueando seu sentir profundo.

É momento de parar com tanta correria e buscas exteriores; muita informação para o mental concreto, sem a devida reflexão, embota o coração. Pare, ouça sua voz interna, cultive o silêncio, desacelere o ritmo marcante do ribombar da confusão; somente assim poderá desfrutar de nosso convívio. Procure, com muito amor facilitar toda boa intenção de um ser; o que não serve para você pode servir para outros, então não atrapalhe a trajetória de mensagens, escritos, livros ou qualquer informação que venha ao seu alcance. A parte que lhe cabe é ajudar na divulgação dos acontecimentos que envolvem o planeta, facilitando conforme possível, os meios para esta tarefa ser concretizada.

Use e transfira, deixe a energia seguir o seu fluxo natural, não crie bloqueios desnecessários. Não penetre na freqüência dos apegos terrenos julgando com sua justiça; ela pode falhar e comprometer seu vínculo com a lei do carma. Esteja aberto para enfrentar suas dificuldades, pois elas são acionadoras de novos aprendizados. Descubra que em você está todo o Universo e nele encontrará a imagem daquele a quem tanto espera."
Luz, Amor e Paz.
Canal - Marizilda Lopes
Vialuz n° 14 - ano 4

13 de junho de 2011

Por que autoconhecimento é antídoto contra solidão! por Rosemeire Zago



"Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento. Para isso, procure se observar mais, valorizar suas conquistas, identificar seus sentimentos, ouvir sua própria voz e respeitar aquilo que ouve e sente, aos poucos irá conhecendo um pouco mais sobre você mesmo e gostando desse ser especial que é você. Só se sente só quem não aprendeu a apreciar a própria companhia""Solidão. Todos nós de alguma forma já nos sentimos sozinhos. Ainda que muitos se ocupem em excesso para sequer sentir a falta da companhia de alguém, mesmo quem diz não ter tempo para se sentir sozinho, que solidão é sinal de depressão, doença, coisa para quem não tem amigos, família, com certeza já se sentiu só em alguma fase da vida, em alguma situação. Quem nunca ficou até mais tarde no trabalho apenas por não querer ir para casa? Ou saiu do trabalho e foi se encontrar com os amigos?


Quem nunca se sentiu só após uma separação? E quem nunca entrou em casa e foi logo ligando a TV, o rádio, o computador? Por querer saber as notícias, ouvir música, receber e-mails, conectar-se com outras pessoas? Não, essas podem até serem as justificativas que a maioria diz, mas lá no fundo, o que desejam mesmo é fugir da solidão. E o que significa estar só senão estarmos em nossa própria companhia? 

É, a solidão é antes de tudo a oportunidade que temos de nos confrontar com tudo que está bem dentro de nós, e assim, nos conhecer, cada dia um pouco mais. Mas para algumas pessoas, talvez a maioria, estar consigo mesmo, se conhecer, é sentido como algo doloroso, difícil, e até mesmo, insuportável. Muitos moram com outras pessoas, não porque gostam de estar com essas pessoas, mas para não se sentirem sós. 


Outros mantêm seus relacionamentos pelo mesmo motivo e não por sentirem amor com quem dividem a mesma casa e a mesma cama. Mas por qual motivo a solidão é tão temida, causando verdadeiro pânico, fazendo com que pessoas mantenham relacionamentos destrutivos, infelizes?


 Desde pequenos somos ensinados a sermos amigos de todos, a quem devemos dividir nossos brinquedos, sermos bonzinhos; na adolescência o que mais desejamos é ter muitos amigos e com isso nos sentirmos aceitos; vamos crescendo, casamos, temos filhos, e conforme o tempo vai passando, surgem as separações, perdas, decepções, e por opção ou falta dela, muitos vão continuando seus caminhos sozinhos.


 Mas o que fazer com aquele, que até então, era um total desconhecido? Passamos anos valorizando o que os “outros” querem, sentem, falam, e parece que se esqueceram de nos ensinar a olhar para dentro de nós.

Aprender a ficar só traz autoconhecimento

Portanto, não se culpe se você não sabe ficar só, é natural. Mas sempre é tempo de aprender. Aprender a se ouvir, se conhecer. Como é natural também sentir medo de olhar para quem você sequer foi apresentado. Como querer conhecer alguém que só ouviu críticas a respeito de si, fazendo-o sentir que tudo que faz, pensa, fala, sente, é errado? Não, não é nada fácil!


 A própria sociedade discrimina quem não tem tantos amigos, sendo muitas vezes taxado como anti-social. Os tímidos que o digam... como sofrem por serem mais fechados. Os extrovertidos sim, têm muitos amigos, parecem agradar a todos, e por isso são felizes. Será? Esses mesmos “alegres crônicos” também chegam em casa, e muitos se deparam com o silêncio como companhia. E será que continuam se sentindo tão bem quanto demonstram? Nem sempre. 


Sem falar que mesmo acompanhados podemos nos sentir sozinhos, e essa parece doer ainda mais. Que paradoxo, não? Quando estamos sós queremos companhia e, mesmo com companhia, continuamos a nos sentir sozinhos.Mas o fato é, como lidar com a solidão? Será que o mais apropriado não seria: como lidar com nossa própria companhia?


 Nessa pergunta creio que já está a resposta. O fato não é como lidar com a solidão, mas, sim, como lidar com nós mesmos. Sim, é muito bom estarmos com outras pessoas, principalmente com aqueles que nos amam e que amamos também, mas nem sempre isso é possível e pelos mais diversos motivos.


 O que é preciso pensar é que não se pode estar na companhia, de quem quer que seja, apenas para não ficar só, isso sim é pura falta de coragem para olhar para dentro de si e enfrentar os mais diversos sentimentos que tal encontro poderá despertar. 


A solidão pode doer para qualquer pessoa, mas dói muito mais em que não gosta de si mesmo, quem não se admira, não vê em si mesmo qualidades, quem não percebe seu próprio valor, não se ouve, não aprendeu a se amar e se respeitar.


 Creio que o maior antídoto para a solidão seja exatamente isso: autoconhecimento.


 Para isso, procure se observar mais, valorizar suas conquistas, identificar seus sentimentos, ouvir sua própria voz e respeitar aquilo que ouve e sente, aos poucos irá conhecendo um pouco mais sobre você mesmo e gostando desse ser especial que é você. Só se sente só quem não aprendeu a apreciar a própria companhia."


Autor:Rosemeire Zago
Fonte:http://www2.uol.com.br/vyaestelar/autoconhecimento_solidao.htm 

Construa um espaço interior e refugie-se da crise! Por Roberto Goldkorn



"Um discípulo alemão estava num *dojo no Japão, diante do mestre Zen, e de outros discípulos japoneses, quando de repente a terra tremeu. As frágeis paredes do recinto vieram abaixo, e o pânico se instalou entre os jovens discípulos que agilmente saíram correndo de lá. Mais lento, o alemão foi o último a sair, quando algo o fez olhar para trás. E o que ele viu, o paralisou. 


O velho mestre sentado impassível na sua posição **seiza. Envergonhado o discípulo alemão retorna e senta-se. Um a um, os outros mais jovens vão voltando e de cabeça baixa sentam-se e o mestre continua a meditação. Dias mais tarde, com aquela curiosidade típica de ocidental, o alemão não se conteve e inquiriu o mestre sobre o porquê da sua não fuga na ocasião do terremoto. O mestre demorou um pouco a responder, e disse: “Meu filho, onde era o terremoto?”

“Lá fora”, respondeu o alemão.
“E vocês estavam correndo para onde?”

“Pra fora”, respondeu já atingido pela irretorquível lógica, o discípulo.

 Essa história foi narrada pelo filósofo alemão Eugen Herrigel no livro a Arte Cavalheresca do Arqueiro Zen. Usei essa história para servir de ponte ao meu artigo de hoje sobre a situação de  crise pela qual nós brasileiros estamos passando, um verdadeiro terremoto. 


A crise embora esteja sendo tratada na esfera política, judicial e policial, é fundamentalmente moral. Envolve tantos elementos emocionais que seria impossível tentar mapeá-los aqui. Impossível também é dimensionar o tamanho e a duração do estrago que está fazendo e fará ainda em muitos de nós, numa espécie de estresse pós-traumático. Algumas pessoas têm me procurado para compartilhar as suas angústias, e muitas pensam em ir embora, sem saber exatamente para onde e como farão isto.


 Já vivemos outras crises, e me lembro claramente, de manchetes do passado que diziam em letras garrafais: “MAR DE LAMA”! É impossível medir o nível em que os escândalos nos atingem, é impossível saber se aquela infecção urinária da Maria, ou o acidente (por pura distração) do João, ou ainda a gastrite do Pedro, ou a depressão da Joana foram causadas por esse estresse pós-traumático das notícias com as quais somos bombardeados diariamente. 



Mas algo acontece, isso é inegável. Não podemos ser impermeáveis a esse tipo de estímulos, não somos super-homens, nem supermulheres capazes de resistir ao mesmo tempo às intempéries 'naturais' do nosso dia-a-dia, e ainda por cima uma carga extra de agressões a nossa honra, dignidade, a nossa simples humanidade. 


A impotência do homem comum diante de um mundo que lhe é hostil, mas contra o qual nada pode fazer, é sim causadora de doenças das mais diversas. Entre as reações mais ostensivas, está o escapismo, a busca de uma Passágarda, a fuga para uma ilha paradisíaca onde possamos apenas viver as nossas vidas sem sermos molestados moralmente.


 Essa também é uma reação negativa, por si só, indicativa de um desequilíbrio, pois como disse o velho mestre: a crise é “lá fora”. O que ele quis dizer com isso, usando uma rica simbologia muito zen? Que não há lugar, para onde fugir, senão para dentro de si mesmo, para o templo-fortaleza que você construiu dentro de si mesmo. Mas e se você não construiu esse templo? E se você passou todo o tempo empenhado em apenas construir “lá fora”? Uma casa própria, uma carreira, uma imagem, uma fortuna pessoal, um império...? Aí meu caro, quando a casa cai não há para onde ir.


 Também me sinto afetado pela atual crise “política” principalmente pelas incógnitas que ela encerra em seu bojo nebuloso. Também sinto ânsia de vômito, e tremores de vez em quando diante da TV ou da revista semanal, mas imediatamente penso que isso está acontecendo “lá fora”, como já sucedeu outras vezes, e infelizmente vai acontecer mais para frente. 


Mas fecho os olhos e deixo- me deslizar suavemente para meu quarto secreto (meio desarrumado confesso) construído ao longo de uma vida. Fecho os olhos e silencio. Fecho os olhos e entôo uma oração silenciosa e me deixo na quietude. Ali me fortaleço, e tento anular os efeitos malignos desse estresse pós-traumático. Ali reconheço a minha fragilidade e me permito ser embalado pelo meu Deus Luminoso, incorruptível, uma Rocha!


Cada um deveria construir um espaço interior para se refugiar não apenas em tempos de grave crise, mas sempre. O mundo “lá fora” constrói e dissemina o medo, que é fatal quando se instala nos nossos corações. O medo sempre vem acompanhado de seus primos, a vergonha, a humilhação, a insegurança, a violência e outros (é uma família e tanto).

 Mesmo que nos sintamos fortes o bastante para lutar em campo aberto, “lá fora”, com as armas “deles”, sem essa parada no templo-fortaleza interno, seremos apenas esmagados, ou pior: cooptados, e passaremos a ser agentes do “lá fora”.

Faça como o mais sábio dos três porquinhos construa uma casa sólida, mesmo que isso leve tempo e seja complicado, nenhum lobo mau poderá derrubá-la."


* Dojo: Segundo o Dicionário Houaiss: escola de treinamento em artes marciais de defesa pessoal, esp. judô e caratê ** Seiza: A maneira dos japoneses se sentarem sobre os calcanhares, com uma mão sobre a outra, conhecida como nipon-za (postura japonesa), é um tipo de seiza. 


Autor: Roberto Goldkorn
Fonte:http://www2.uol.com.br/vyaestelar/espaco_interior.htm

12 de junho de 2011

A Mentirosa Liberdade! por Lya Luft


"Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido.

 Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma.

 Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu?

 Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. 

A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade?

Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice!
 E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda.

 Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise.

 Liberdade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito."

Autoria: Lya Luft

10 de junho de 2011

Entre o Ego e a Alma!

 
"Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas, o EGO desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais do que ela.
Não há nada que vença o EGO em termos de separações!
E como é que ele age?

No casamento e nas relações amorosas: em nome da “incompatibilidade de gênios”, homens e mulheres se separam, sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos – de comum acordo – cedessem um pouco.
Não! Para o EGO não tem acordo quando se trata de ceder. Seria “rebaixar-se! Ele só entende assim.
 Nas amizades:uma atitude ou palavra mal colocada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.Não! O EGO não admite erros nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição! Ele só entende assim.
Nas famílias: tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades, de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra.Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.Não! O EGO quer deter o poder sobre tudo e sobre todos. Limites seriam um caso de obediência! Ele só entende assim.
Nas carreiras: pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a precisão de ser “a melhor”.A consciência de que “o sol nasce para todos” faria isso parar.
Não! O EGO quer ganhar sempre, custe o que custar. Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.
Em toda situação conflitiva que determina separações o EGO se faz presente e sempre quer ganhar.
É nos carros, em brincad
eiras desnecessárias; é no trabalho, em críticas contra colegas; é nas escolas, em exibições de notas; é nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte; é na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante... Infinitamente...Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do EGO.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas. Não! Não é a morte o que mais promove essas apartações!
É o EGO, o filho predileto do orgulho!
Sua ALMA e seu EGO ocupam o mesmo “castelo”.
Deixe que sua ALMA 
seja a rainha vitalícia do lugar!Ela é aquela parte sua que deseja Paz e Reconciliações.
O EGO é o mal dentro de você.
Dê-lhe um “cala-boca” bem dado. Assim – e só assim – a Vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene Felicidade".
Sílvia Schmidt – Entre o Ego e a Alma

9 de junho de 2011

Reagir ou Agir?

"Reagir é se tornar vulnerável ao controle de outras pessoas. Como
marionetes, cheias de fios invisíveis, ao sermos puxados, rimos e choramos, esbravejamos, ficamos deprimidos e nos matamos.


Agir é se tornar independente do controle de outras pessoas. É estar no controle. É perceber quando estão tocando nossos botões de alegria e de tristeza, de raiva e de ternura. É ser capaz de escolher a palavra, o gesto, o pensamento que transforma.


Reagir é fácil. É como morder o dedo da dentista quando ela machuca sua boca. Agir é difícil. É entender que aquela dor está curando você. E não é só agüentar a dor.    
Pode pedir anestesia, pode respirar e relaxar.


Reagir é responder bravo à filha, ao filho adolescente que não fala com você. Agir é conseguir que eles falem com você.Reagir é fechar o carro que fechou você no trânsito. Xingar,mostrar o dedo.


 Agir é dar passagem. Olhar para ver se a pessoa está bem. Pensar que talvez precise ir ao banheiro. Reagir é brigar, fazer guerra, vingar. Agir é reconciliar, fazer a paz.Imagine que alguém venha falar para você que seu melhor amigo é falso. Você fica triste, fica bravo, briga com ele, perde o amigo?Tudo isso seria apenas reação.


 A ação seria perceber que ficou triste e bravo e com vontade de brigar com ele, tentar enten­der a pessoa queveio dizer que seu amigo é falso: o que essa pessoa teria a ganhar comisso?


 Ação é falar com seu amigo, afinal, é o seu melhor amigo,considerar o que é ser falso e o que é ser verdadeiro, convidar a pessoa que falou para uma reunião e, todos juntos, ava­liarem o queestá acontecendo.


Se alguém lhe dá um empurrão, você dá um empurrão de volta ou avalia se foi de propósito ou se a pessoa estava distraída? Agir não é empurrar de volta. Pode ser o contrário, dar a mão, o olhar, acompreensão.


 A vida anda difícil e complicada. A gente esquece que tudo passa. Esbarrando aqui e acolá, vamos vivendo. Sobrevivendo.De vez em quando a gente pensa que vai conseguir se con­trolar,mas não dá. Quando percebe gritou, esbravejou, criou uma situação dramática e trágica. Comprou uma arma, urna droga e pumba! Matou. Ao matar, morreu. Deixou de ser a pessoa que era. Perdeu.Fácil? Nem sempre. Às vezes dá vontade de dar um tiro na cabeça, de pular de um prédio, acabar com a vida. Mas é a vida que acaba e a gente sente culpa de ter pensado.


 Principalmente quando vê o céu todo estrelado, a brisa da noite penteando a pele.Ficar de pé e perceber seu próprio esqueleto. Branco e forte,ossos, dedos e tendões.Veja sua caveira, sinta como ela está revestida por um belís­simo modelo, grife de músculos, nervos, tubos coloridos, pele,potes de creme. O que somos nós, criaturas?Se alguém o insulta, fala palavrão, diz que é burro, você briga e fica furioso e triste ou tenta entender que essa pessoa tem uma maneira de falar grosseira, compreende quais as necessidades dela que não estão sendo atendidas?Se um cachorro morder sua perna, você vai morder a perna do cachorro? Vai morder o dedo da dentista? Afinal, ela está cau­sandodor e sua reação seria a de morder...


Se sua companheira o está traindo, você pode reagir dando um tiro e acabando também com a sua vida ou pode agir fazendo com que haja um arrependimento ou uma separação respeitosa. O respeito que damos aos outros recebemos de volta. Entregue a arma, desarme-se por dentro e por fora.


A opção é nossa: reagir e se machucar, continuando um processo violento, ou agir e transformar, criando relacionamentos ternos,amorosos, respeitosos e agradáveis.A vida é curta, o tempo passa. Vamos brincar de prestar atenção?Vamos brincar de amar, então? Vamos agir mesmo que alguém não compreenda? Vale a pena tentar."


 Monja CoHen
Fonte:http://orianashakti.blogspot.com/

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