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11 de setembro de 2016

5 dicas para transcender os medos por Bernardo Sommer



"Antes de mais nada, algo importantíssimo de se destacar é que essas dicas não se aplicam apenas ao medo, mas para qualquer desafio mental que você está passando, busque captar a essência dos ensinamentos e verá que entender os padrões em que a mente opera irá lhe ajudar a entender a si mesmo, as pessoas e a vida em geral, de uma maneira muito mais produtiva.

1. Aceitá-lo
Engana-se aquele que crê poder superar seus temores renegando-os. Também se engana quem pensa em confrontá-los achando que irão terminar com eles através do conflito. Em ambos os casos o que existe é apenas a permanência do medo. Ele é uma criação perpetuada no reino das emoções, logo sua dissipação naturalmente não se dá por si só. Confrontá-lo é realimentá-lo, pois é disso que ele vive.

Existe algo que suporta toda a matéria e tudo o que dela provém. É um fluxo constante, como a correnteza de um rio. Quando esse fluxo é bloqueado, diz-se que se está distorcendo a natureza da própria existência. Bem-aventurados são os que o compreendem e seguem-no em harmonia e paz. Quando isso é aprendido, o homem torna-se senhor de sua vida, pois não está mais contra a natureza.

Logo, ele compreende que para vencer o medo é necessário aceitá-lo, pois sendo sua própria cria, renegá-lo ou confrontá-lo é ferir o próprio filho. O medo existe e continuará existindo a menos que você o eduque e o transforme em algo melhor. Deste modo, reconhecê-lo como existente é o primeiro passo para instruí-lo corretamente, recolocando-o de volta a favor do Dharma, do fluxo da Criação.

2. Conhecê-lo Profundamente
Dizia-se que na antiga arte da guerra, a tarefa principal do estrategista era a de conhecer o inimigo para então poder derrotá-lo. Aqui não há guerra, não há luta, não há conflito. Todavia, mesmo numa atitude pacífica ainda se faz necessário conhecer aquele o qual se deseje instruir. “Vencer o medo” é apenas uma alegoria. De fato, o que se pretende é purificá-lo, transformando-o em outra coisa.

Conhecê-lo não é apenas no reino da superficialidade, mas em todas as nuances na qual ele age e por quais razões o faz. É preciso desmistificá-lo, destrinchá-lo a fim de entendê-lo de maneira profunda. Sendo parte de você, sendo sua cria, o mínimo que lhe é pedido pela naturalidade da situação é que conheça seu filho.

Saiba por que ele surge, por que ele está sempre à espreita, por que você ainda não foi capaz de superá-lo. Conheça-o como a você mesmo.

3. Desvendar Sua Origem
Tudo o que é da matéria, tudo o que é do limitado tem uma origem. A própria manifestação tem uma origem. Logo, para instruir o seu medo a fim de sublimá-lo é necessário ir fundo e desvendar sua origem. Em algum momento o medo foi criado. No instante de seu nascimento, sua inconsciência permitiu que esta cria se tornasse senhora de seu criador, você. Volte no tempo e tente encontrar o momento exato em que o medo surgiu.

Isso abrirá seus olhos para uma nova perspectiva, a do observador distante. Entenderá, deste modo, o quão necessário ou tolo foi ao aceitar a vinda desta criação para sua vida, uma vez que os motivos, agora a olhos distantes, são infantis, e quem sabe, sem sentido.

Compreender a origem do medo é saber o ponto exato em que o sentimento da verdade, do não-medo, deixou de existir. E trazer de volta, ou reavivar, tal verdade, tal sentimento torna-se muito mais simples quando sabemos exatamente do que se trata.

4. Entender Suas Implicações
O medo traz diversas implicações que só podem ser compreendidas quando se tem total aceitação sobre ele e total conhecimento a respeito de sua personalidade e origem. Logo, após estar ciente do que o medo é e de onde ele surgiu, você será capaz de olhar de forma contumaz e atenta para todos os efeitos colaterais advindos dele.

Entender essas implicações traz de volta a razão, uma vez que agora, consciente do que está acontecendo, pode-se compreender que nada do que se origina do medo deveria estar presente em sua vida. A paranóia, a ansiedade, a irritação, a reclusão, o cansaço, a ignorância, tudo isso são implicações do medo. Identificá-las só é possível através dos três estágios citados acima.
Logo, fica bastante evidente que não existe nenhum benefício para que o medo continue instalado em sua vida. Essa constatação não é superficial ou mental, mas profunda. Aqui já se está pronto para sublimá-lo.

5. Positivá-lo
Uma vez que esteja completamente consciente de que o medo não tem mais motivos para estar em sua vida agora, o próximo passo é de uma simplicidade absurda. Trata-se de olhá-lo profundamente nos olhos e amá-lo verdadeiramente. Isso só é possível após aceitá-lo e compreendê-lo em todas as suas variantes, pois se percebe o quão frágil ele é, assim como você era quando o criou. Por isso não alimente rancor em relação ao seu passado, não leve tão a sério, essa é a chave para conseguir deixar essa energia estagnada fluir.

Naturalmente, de maneira silenciosa, ele irá desvanecer por completo. Ao notar-se sem qualquer motivo para existir, tende a dissipar-se, pois só pode existir como medo. Ao transformar-se em coragem, já não mais é o que era. Diz-se que ele foi sublimá-lo. Ao não ter mais motivos para existir e mesmo assim recebendo amor de seu criador, o medo se transforma em sua contraparte. Esse então é o desapego amoroso.

Logo, de forma natural, silenciosa e pacífica, o medo desaparece e jamais tornará a nascer, uma vez que cada medo é um ser individual e único. Quem aprende a transformar seus temores, desejos, anseios, tristezas e raivas em suas contrapartes, torna-se seu próprio mestre. Isso é alquimia interior.

“Você não pode se livrar dos seus medos, mas pode aprender a conviver com eles.”

Veja mais em:
http://despertarcoletivo.com/5-dicas-para-transcender-os-medos/

24 de fevereiro de 2012

Medos e Crenças!


"Todos nós queremos mais resultados da vida, mais abundância, mais felicidade, melhores relacionamentos, mais qualidade de vida e mais prosperidade. Estes são anseios naturais e já vêm conosco desde que nascemos. 
Todos nós buscamos e trabalhamos para alcançar estes objetivos Contudo, o que nos impede de alcançar estes sonhos e metas? De uma forma bem geral, são crenças limitantes que temos sobre nós e sobre o mundo. Dentre elas, uma das mais significativas é o medo.

O medo é um sentimento que tem sua origem nos primórdios do homem e teve realmente um papel fundamental na evolução humana. De fato, o medo gerava a atenção com a sobrevivência, a preservação da espécie, o foco nas situações básicas relativas à segurança. Enfim, no início da humanidade o medo foi de extrema utilidade pois auxiliou os homens a se perpetuarem e a evoluírem.
Contudo, no mundo moderno, o medo efetivamente é um peso, uma amarra, um limitador que nos impede de vivermos toda a nossa totalidade. 
Temos vários tipos de medo. Temos medo da mudança, medo do desconhecido, medo da pobreza, medo do erro, medo do fracasso, medo da rejeição, medo de parecer ridículo, medo da crítica e do julgamento dos outros e assim por diante.
 Todavia, estes tipos de medo têm praticamente nenhuma relação com o medo original que existia nos homens (aquele relativo à sobrevivência).

 Os tipos modernos de medo são decorrentes da civilização, da vida atual, da competitividade em que vivemos, de uma série de restrições que nos impomos, de todo o processo social e cultural que vivemos. Enfim, muitas situações são criações de nossa mente e fruto das crenças limitantes que temos sobre o mundo e sobre nós mesmos.

Neste sentido, um dos grandes avanços que uma pessoa pode vivenciar é expandir seus mapas mentais, ter mais clareza a respeito de si e do mundo e ter novas leituras sobre a realidade que nos cerca, possibilitando assim alcançar mais resultados na vida, ter mais abundância e mais prosperidade.
 Estes medos mentais (chamemos assim) podem ser vencidos de várias formas: auto sugestão, experiência, enfrentamento puro e simples, coaching, programação neuro lingüística, terapia, aconselhamento, enfim, as técnicas e ferramentas são inúmeras.
 O fundamental é a consciência da existência do medo, a noção de que é uma crença limitante e a coragem de enfrentá-lo.

Assim sendo, revise suas metas e objetivos e avalie que tipos de crenças estão criando obstáculos em sua vida. Seguramente, muitas destas crenças serão representadas por medos. Traga estes medos à sua consciência, conheça-os e enfrente-os. 
Esta é uma das formas de ampliar as opções que você tem à sua disposição para criar mais resultados em sua vida. 

Todos sabemos que se continuarmos agindo da mesma forma que sempre agimos, vamos continuar obtendo sempre os mesmos resultados. Portanto, faça diferente e obtenha melhores efeitos. Enfrente seus medos e tenha uma vida mais próspera e saudável.
 Lembre-se, suas crenças sobre si mesmo e sobre o mundo é que fazem você avançar ou estagnar."


Autor:Fred Graef

12 de junho de 2011

A Mentirosa Liberdade! por Lya Luft


"Comecei a escrever um novo livro, sobre os mitos e mentiras que nossa cultura expõe em prateleiras enfeitadas, para que a gente enfie esse material na cabeça e, pior, na alma – como se fosse algodão-doce colorido.

 Com ele chegam os medos que tudo isso nos inspira: medo de não estar bem enquadrados, medo de não ser valorizados pela turma, medo de não ser suficientemente ricos, magros, musculosos, de não participar da melhor balada, do clube mais chique, de não ter feito a viagem certa nem possuir a tecnologia de ponta no celular. Medo de não ser livres.

Na verdade, estamos presos numa rede de falsas liberdades. Nunca se falou tanto em liberdade, e poucas vezes fomos tão pressionados por exigências absurdas, que constituem o que chamo a síndrome do “ter de”. Fala-se em liberdade de escolha, mas somos conduzidos pela propaganda como gado para o matadouro, e as opções são tantas que não conseguimos escolher com calma.

 Medicados como somos (a pressão, a gordura, a fadiga, a insônia, o sono, a depressão e a euforia, a solidão e o medo tratados a remédio), cedo recorremos a expedientes, porque nossa libido, quimicamente cerceada, falha, e a alegria, de tanta tensão, nos escapa.Preenchem-se fendas e falhas, manchas se removem, suspendem-se prazeres como sendo risco e extravagância, e nos ligamos no espelho: alguém por aí é mais eficiente, moderno, valorizado e belo que eu?

 Alguém mora num condomínio melhor que o meu? Em fileira ao longo das paredes temos de parecer todos iguais nessa dança de enganos. Sobretudo, sempre jovens. Nunca se pôde viver tanto tempo e com tão boa qualidade, mas no atual endeusamento da juventude, como se só jovens merecessem amor, vitórias e sucesso, carregamos mais um ônus pesadíssimo e cruel: temos de enganar o tempo, temos de aparentar 15 anos se temos 30, 40 anos se temos 60, e 50 se temos 80 anos de idade. 

A deusa juventude traz vantagens, mas eu não a quereria para sempre: talvez nela sejamos mais bonitos, quem sabe mais cheios de planos e possibilidades, mas sabemos discernir as coisas que divisamos, podemos optar com a mínima segurança, conseguimos olhar, analisar e curtir – ou nos falta o que vem depois: maturidade?

Parece que do começo ao fim passamos a vida sendo cobrados: O que você vai ser? O que vai estudar? Como? Fracassou em mais um vestibular? Já transou? Nunca transou? Treze anos e ainda não ficou? E ainda não bebeu? Nem experimentou uma maconhazinha sequer? E um Viagra para melhorar ainda mais? Ainda aguenta os chatos dos pais? Saiba que eles o controlam sob o pretexto de que o amam. Sai dessa! Já precisa trabalhar? Que chatice!
 E depois: Quarenta anos ganhando tão pouco e trabalhando tanto? E não tem aquele carro? Nunca esteve naquele resort?

Talvez a gente possa escapar dessas cobranças sendo mais natural, cumprindo deveres reais, curtindo a vida sem se atordoar. Nadar contra toda essa louca correnteza. Ter opiniões próprias, amadurecer, ajuda. Combater a ânsia por coisas que nem queremos, ignorar ofertas no fundo desinteressantes, como roupas ridículas e viagens sem graça, isso ajuda.

 Descobrir o que queremos e podemos é um bom aprendizado, mas leva algum tempo: não é preciso escalar o Himalaia social nem ser uma linda mulher nem um homem poderoso. É possível estar contente e ter projetos bem depois dos 40 anos, sem um iate, físico perfeito e grande fortuna. Sem cumprir tantas obrigações fúteis e inúteis, como nos ordenam os mitos e mentiras de uma sociedade insegura, desorientada, em crise.

 Liberdade não vem de correr atrás de “deveres” impostos de fora, mas de construir a nossa existência, para a qual, com todo esse esforço e desgaste, sobra tão pouco tempo. Não temos de correr angustiados atrás de modelos que nada têm a ver conosco, máscaras, ilusões e melancolia para aguentar a vida, sem liberdade para descobrir o que a gente gostaria mesmo de ter feito."

Autoria: Lya Luft

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