"Sinto              como se estivéssemos atravessando uma zona neutra, um espaço              ou tempo vago, e custo a manifestar esse sentimento porque me faltam              palavras. 
Esse vago espaço imaginário, parece ser o              limiar de um novo tempo, ou de uma nova consciência, e parece              ser muito mais abrangente que só a mim. 
Observo que muitas              outras pessoas sentem o mesmo. O mundo será mesmo melhor daqui              a algum tempo, ou será que estamos desejando apenas sair de              nosso estado de sono inconsciente? Um mundo novo, melhor que o atual,              só pode existir se o ser humano assim se transformar. 
Olhando              para trás, percebo pouca consciência em quase tudo o              que fiz. Quanta bobagem eu fiz reagindo com meus "impulsos bioquímicos"              e sem consciência! Talvez por isso eu escrevo e falo de consciência,              provando que a gente sempre fala, escreve e manifesta com mais ênfase              aquilo que mais necessita aprender, ou que mais deseja aprender -              inconscientemente. 
Percebo isso muito claramente em terapia. Meus              clientes são meus mestres e espelham com grande fidelidade              aquilo que preciso aprender e compreender de mim e da vida. Sou grato              a todos que me ensinam espelhando minhas deficiências morais              e espirituais.
E              a consciência?
A              consciência possui vários aspectos, de acordo com várias              linhas de pensamento filosófico, cientifico e espiritualista,              mas a experiência pessoal é única e muitas vezes              não segue exatamente aquilo que se espera. 
Talvez a melhor              definição para o vago momento seja a busca por uma compreensão              da espiritualidade mais concreta na realidade do mundo. Minha divagação              não justifica nada, e sim reflete o momento de transição,              no qual, ora me vejo crítico demais, ora condescendente demais. 
             Divagar é bom porque não me obriga a ter respostas prontas              para tudo, e me permite explorar o universo humano e espiritual sem              preconceitos, e a alma se fortalece no espírito que consegue              extrair dos elementos da natureza forças espirituais e materiais              que lhe enriquecem a consciência. 
              Deixemos de lado conceituações e consideremos consciência              como um estado de observador diante da vida, da realidade, das nossas              sensações e sentimentos, do nosso corpo, do nosso conhecimento,              de tudo. 
Consciência pode ser a luz do espírito refletida              sobre a realidade, a nossa percepção mais aguçada              e profunda. 
Consciência pode ser um estado de reflexão              permanente; uma visão abrangente da realidade, da luz e da              sombra que somos, e nossas ações passam a não              serem mais reações impulsionadas pela sombra somente,              e sim ações refletidas em luz sobre a sombra. Podemos              dizer que consciência é a nossa luz, a luz espiritual              que abrange o alcance da alma; que une os dois lados da nossa alma              – luz e sombra. 
E              o sofrimento?
A              importância que damos às coisas as tornam mais ou menos              valorizadas para nós. É assim que muita gente é              feliz, enquanto outros sofrem. Dor faz parte da vida. Da dor de um              ferimento ou doença, à dor de crescimento espiritual              - todos nós sentimos dor. Sofrer é uma opção              de cada um e está relacionada ao grau de importância              que damos à dor. 
Do mesmo modo, a relação nossa              com os “problemas” está na importância que              damos aos pensamentos negativos sobre o fato que gerou o problema.              Problemas são apenas pensamentos, não são concretos,              e refletem a nossa incapacidade de lidar com determinado fato. 
No              fundo, revela nosso apego demasiado e falta de aceitação              de uma realidade, e envolvimento demais com o fato, que não              nos permite lançar luz sobre ele. 
O envolvimento e a demasiada              importância ao fato gerador do problema dificultam o distanciamento              necessário para a observação neutra – a              zona da consciência. Sofremos por sermos inconscientes.
E              o viver feliz?
Milhares              de livros com receitas de como ser feliz e bem sucedido na vida são              publicados ao redor do planeta. Vivemos tempos de super valorização              da informação. 
No século passado, e neste que              está em sua primeira década, aprendemos a conviver com              a informação, mas perdemos um pouco da nossa essência              e nos afastamos um pouco da nossa natureza, porque acreditamos demais              na informação sem usar de nosso senso crítico              e discernimento, e de nossas experiências pessoais para transformar              informação em conhecimento.
 Temos pressa e digerimos              tudo o que vem como verdadeiro, mas a informação só              se transforma em conhecimento quando a levamos para algum tipo de              experimento pessoal. Assim, uma vida longa, saudável e feliz              quase sempre está dissociada do excesso de informação,              e mais próxima de uma experiência pessoal natural. 
A              maioria dos casos de longevidade apresenta um modo de viver simples              e natural, e a maioria das pessoas que alcançam longevidade              são pessoas que não tem acesso a muita informação,              ou são seletivos com ela, ou que dão mais importância              ao seu conhecimento e respeitam a sua natureza; pessoas que não              têm um cardápio com reservas de calorias, nem seguem              um manual de boas maneiras prescrito por outros. 
Simplesmente seguem              o coração e cultivam uma alma esplendorosa e generosa;              amam a vida, as pessoas, a natureza e a si próprios acima de              tudo. 
E agora?
E agora?
Agora,              simplesmente sejamos felizes, seguindo nosso coração,              que é o centro gerador das energias psíquicas com as              quais o espírito forma e sustenta a nossa alma. O manual do              bem viver e todos os roteiros e receitas estão gravados em              nosso coração. 
A vida se manifesta fluindo por nosso              coração, e até mesmo o Divino, que insistimos              em buscar fora de nós, está em nosso coração.              Um ser consciente possui um coração gerador de energias              amorosas. 
Um coração gerador de energias de ódio              só cabe no peito de um ser que ainda possui apenas mínima              consciência daquilo que lhe é útil ao ego. Como              é o seu coração?
Grato              por sua atenção!" 
Fonte:http://www.luzdaconsciencia.com.br/ 

 
 












