4 de fevereiro de 2011

A necessidade de ser especial - por OSHO

 
"Sinto-me deprimido e fico me autocondenando, embora eu realmente não saiba por que.
 
Essa é uma maneira de permanecer o mesmo... Esse é um truque da mente. Ao invés de compreender, a energia começa a se mover para a condenação. Assim a mente é muito esperta: no momento em que você começa a ver algum fato, a mente salta sobre ele e começa a condená-lo.

Agora toda a energia se torna condenação, então a compreensão é esquecida, posta de lado e sua energia está se movendo para a condenação... e condenar não pode ajudar. Isso pode lhe deixar depressivo, pode lhe deixar bravo, mas
depressivo e bravo você nunca muda. Você permanece o mesmo e você se move para o mesmo círculo vicioso novamente e novamente.

Compreender é liberar, assim quando você vê um certo fato não há nenhuma necessidade de condenar, não há necessidade de se preocupar com isso. A única necessidade é
olhar para isso profundamente e compreendê-lo.

Se digo alguma coisa e isso lhe magoa — e esse é todo meu propósito: lhe magoar em algum lugar —, desse modo você
tem que olhar no porquê isso magoa e aonde isso magoa e qual é o problema; você tem que ver isso. Olhando nisso, tentando se mover ao redor disso, olhando-o de todos os ângulos... Se você condenar, você não pode olhar, não pode abordá-lo de todos os ângulos. Você já decidiu que isso é ruim; sem dar a isso uma chance, você já julgou.

Escute o fato,
penetre-o, contemple-o, durma sobre ele e quanto mais você for capaz de observá-lo mais você se tornará capaz de sair fora dele. A habilidade de entender e a habilidade de sair fora disso são apenas dois nomes para o mesmo fenômeno.

Se compreendo uma certa coisa, sou capaz de sair fora disso, indo além disso. Se não compreendo uma certa coisa, não posso sair fora disso. Então a mente prossegue fazendo isso com todos;
não é somente com você.

Imediatamente você salta e diz: "Isso está errado, isso não devia estar em mim. Eu não mereço, meu relacionamento está errado e isso está errado e aquilo está errado", e você se sente culpado. Agora toda a energia
está se movendo para a culpa e meu trabalho aqui é tornar você tão inocente quanto possível.

Portanto, o que quer que você veja não tome isso de uma maneira pessoal. Isso não tem nada a ver particularmente com você; é apenas a maneira de como a mente funciona. Se houver ciúmes, se houver possessividade, se houver raiva,
é assim que a mente funciona... a mente de todos mais ou menos; as diferenças são somente de graus.

A mente possui outro mecanismo: ou ela quer louvar ou ela quer condenar. Ela
nunca está no meio. Por meio do louvor você se torna especial e o ego é realizado; por meio da condenação você também se torna especial. Olhe para o truque: de ambas as maneiras você se torna especial! Ela é especial: ou ela é uma santa, uma grande santa, ou ela é a maior pecadora, mas de todo jeito o ego é preenchido. De qualquer maneira você está dizendo uma coisa — que você é especial.

A mente não quer ouvir que ela é apenas ordinária. O ciúme, essa raiva, esses problemas de relacionamento e de ser. Eles são ordinários, todos estão neles. Eles
são tão comuns como o cabelo.

Talvez alguém tenha um pouco mais, alguém tenha um pouco menos, alguém o tem preto e alguém o tem vermelho, mas isso não importa muito — eles são ordinários, todos os problemas são ordinários. Todos os pecados são ordinários e todas as virtudes são ordinárias, mas o ego quer se sentir especial.
Ou ele diz que você é o maior ou que você é o pior.

Então
apenas olhe… Todos esses problemas são ordinários. Quais problemas estão lá, diga-me? Quais problemas você sente? Basta nomeá-los.
Eu tenho uma dor aqui, na minha testa.
Está doendo porque você não está tentando entendê-la, então dói. Você a está condenando; você está dizendo (para si mesmo): "Você não devia estar deprimida. Isso não é você, isso não é bom para sua imagem, isso vai contra sua imagem, isso se torna uma mancha em você e você é uma garota tão bonita! Por que você está deprimida?" — ao invés de compreender por que você está deprimida.

Depressão significa que de alguma maneira a raiva está em você num estado negativo: a depressão é um estado negativo da raiva. A própria palavra é significativa — ela diz que algo está sendo pressionado; esse é o significado de deprimido. Você está pressionando alguma coisa dentro e quando a raiva é pressionada demais ela se transforma em tristeza. Tristeza é uma maneira negativa de estar bravo, uma maneira feminina de ficar bravo.

Se você remove a pressão sobre ela, ela se transforma em raiva. Você devia estar zangada sobre certas coisas da sua infância, mas você não as expressou, daí a depressão. Tente entender isso! E o problema é que a depressão não pode ser solucionada, devido a que ela não é o problema real. O verdadeiro problema é a raiva; e você continua condenando a depressão, dessa forma você está lutando com sombras.

Primeiro olhe no porquê você está deprimida... Olhe bem nisso e você encontrará a raiva. Muita raiva está em você... Talvez com relação a sua mãe, com relação a seu pai, com relação ao mundo, com relação a si própria, esse não é o ponto. Você está com muita raiva por dentro e desde sua infância você tem tentado ser sorridente, não ser zangada. Isso não é bom. Você foi ensinada e você aprendeu bem.

Portanto na superfície você parece feliz, na superfície você continua sorrindo e todos esses sorrisos são falsos. Bem fundo você está retendo muita raiva. Agora, você não pode expressá-la então você está sentada sobre ela; isso é o que a depressão é; assim você se sente deprimida.

Deixe isso fluir, deixe que a raiva venha. Uma vez que surge a raiva sua depressão irá embora. Você nunca observou isso? Que às vezes após uma raiva verdadeira a pessoa se sente tão bem, viva? Comece a fazer algo em casa. Hum? Faça uma meditação raivosa todo dia... Vinte minutos serão suficientes.

Após o terceiro dia você irá gostar tanto do exercício que será difícil para você esperar por isso. Isso lhe dará uma tal liberação e você verá que sua depressão está desaparecendo. Pela primeira vez você irá realmente sorrir... Porque com essa depressão você não pode sorrir, você finge.

A pessoa não pode viver sem sorrisos então a pessoa precisa fingir, mas um sorriso fingido machuca muito... Não lhe torna feliz; simplesmente lhe relembra de como você é infeliz.

Mas você se tornou cônscia disso. Isso é bom. Quando alguma coisa machuca, isso ajuda. O homem está tão doente que sempre que algo é útil dói, toca alguma ferida em algum lugar. Mas isso tem sido bom...

É isso."

Osho, em "This Is It!"
Fonte:http://www.palavrasdeosho.com/

Quando a Luz se Aproxima, As Trevas se Evidenciam - por HigherThanEagle

"Há uma pergunta que vai se intensificando à medida que eventos vão ocorrendo: Se a transição é uma coisa boa, por que tantas coisas ruins estão acontecendo?

Essa questão não diz respeito apenas às tragédias, mas também à toda a negatividade que vemos crescendo ao longo dos meses, seja em forma dos ditos crimes hediondos, cada vez mais banais, seja em forma de sentimentos perniciosos que presenciamos nas pessoas ao redor, ou seja em questões sociais como problemas financeiros, políticos, bélicos, entre outros.

Quanto às tragédias, já falamos a respeito e deixamos bem claro suas principais causas. Os problemas sociais, mais evidentes, seguem uma linha intencional por parte dos nossos governantes, mas todavia, até mesmo isso se encontra num cenário maior, o qual é compartilhado também pela ascensão dos piores sentimentos humanos, sendo a raiva, uma derivação de medo, a mais evidente.

A questão em si, na verdade está ligada a um ponto de vista. Quanto mais em direção à luz e à positividade, mas você consegue perceber um aumento, uma modificação no padrão negativo do planeta; quanto mais negativado, mais achará que tais atitudes, ações e trágédias não aumentaram, pois sua visão não conseguirá idenificá-las, por não haver um ponto de referência em seu coração.

Quanto mais nos tornamos elevados espiritualmente, quanto mais caminhamos em direção à Luz Primordial, mais ficamos abertos e receptivos às negatividades do mundo, e a tudo relacionado à elas. Mais podemos enxergar e, infelizmente, mais podemos sofrer sem o devido preparo. Por quê? Porque nos tornamos pontos iluminados no meio da escuridão. Perdemos a camuflagem, o anonimato perante uma realidade maior, ficando em evidência. Então somos alvos de fácil localização para negatividades objetivas e subjetivas. Como a luz atrai insetos, assim somos nós.

Você sabe do que falo, querido leitor. Sabe que em sua caminhada você já fraquejou incontáveis vezes, já quis desistir de tudo, quis odiar a si mesmo por ter entrado em contato com isso, quis fugir de sua própria consciência. Já chegou perto da depressão ao sentir o vazio existencial em sua vida quando percebeu que ela não passava de um estado ilusório. Você brilhou e a escuridão o localizou. Quando isso aconteceu, você não tinha luz o bastante para não ser influenciado pelas trevas. Aliás, muitos de vocês ainda não a têm, e por isso ainda sofrem sem razão aparente.

No post anterior dissemos que suas limitações existem apenas na sua mente, sendo você o único responsável por sua evolução ou estancamento. Assim sendo, essa escassez de luz, que permite que sombras se sobreponham a você, é de responsabilidade exclusivamente sua. Quanto menos se entregar de coração aberto à essa luz, ao confiar e seguir, ao viver e deixar viver, ao "eu posso, eu consigo", menos terá forças para se sobressair à escuridão.

Deste modo, querido leitor, é importante que você saiba que as coisas vão realmente parecer piorarem daqui para frente. Mas isso não deve em hipótese alguma tirá-lo de sua firmeza espiritual. Quanto mais escuro o mundo se tornar, mais iluminado você deve estar, do contrário será facilmente posto abaixo em sua vibração e padecerá dos males comuns de quem não consegue permanecer de pé frente aos seus demônios pessoais.

E agora é momento certo de finalmente resolver todas as coisas pendentes ainda presentes em sua vida. Sem bagagem, lembra?

Todos temos trevas dentro de nós, mas é preciso saber superá-las

Na medida em que caminhamos em busca da Presença Total, muitos de nossos piores lados irão aflorar, tentando garantirem-se por mais tempo dentro de nós. Então, querido leitor, quanto mais evoluímos espiritualmente, mais forte nossos demônios internos tentarão nos derrubar, pois não podem existir sob o Sol, apenas na escuridão de nossas noites interiores.

Isso acontece nos dois níveis, consciente e inconsciente. Deste modo, sentimentos como angústia, desesperança, medo, raiva, rancor, dúvida, etc, etc, etc, tendem a vir à tona com tanta intensidade que se pode facilmente involuir no processo espiritual. Ou seja, de uma hora para outra, você pode notar ter dado inúmeros passos para trás.

Essa é a verdadeira tentação. Os conflitos contra si mesmo e todos os seus monstros interiores é o verdadeiro inferno pessoal.  Muitas pessoas acabam mergulhando de cabeça nele, esperando por salvação, por ajuda de outrem. Mas como dissemos, a salvação está em você. Não podemos salvar o mundo, mas podemos salvar a nós mesmos.

O que define você, sua vida e experiência na fisicalidade é o quanto você consegue manter seu brilho em meio ao caos generalizado, em meio ao mundo se destruindo e as trevas se evidenciando. O mundo inteiro pode desabar ao seu redor, mas se você acreditar em sua divindade, no seu potencial como espírito, e nesta experiência humana, nada irá abatê-lo, nada irá abalá-lo, nada irá tirar seu foco. Mas se apenas um sopro de tempestade o fizer tremer, então ainda há muito a ser percorrido por você.


Por isso, querido leitor, não fuja de seus demônios, enfrente-os, vença-os para assim tornar-se um daqueles que continuarão de pé, firmes em suas verdades, quando o mundo inteiro ruir. Você pode, eu não tenho dúvidas, basta apenas querer.


Vamos na Paz.


PS: Este texto não inclui os catastrofistas dormentes. Aqui falamos apenas dos despertos que têm um padrão razoável de espiritualidade. A negatividade citada também não se refere ao assim considerado "Mal" (notem que o uso desta palavra é apenas para conforto textual), e sim àqueles no caminho da luz, mas com muita negatividade ainda presa em seus corações." 
 
Autor:HigherThanEagle
Fonte:http://particulasdafonte.blogspot.com/2011/01/quando-luz-se-aproxima-as-trevas-se.html

3 de fevereiro de 2011

O sábio e a ilusão !

  
"Era uma vez, um grande sábio cujo nome era Nárada. Seu conhecimento da Unidade da vida era perfeito. Ele conseguia agir sempre de maneira serena e amorosa.

Fazia tudo como um presente para Deus. E, quando chegavam à sua vida os resultados de suas ações, ele os recebia com satisfação e agradecimento. Mesmo quando diferiam de sua expectativa ou contradiziam o seu desejo, ele se comprazia com os resultados, sabendo que eles obedeciam às Amorosas Leis Cósmicas. De fato, ele considerava tudo que lhe acontecia como um amoroso presente dado pela Fonte de todo amor.

Ele ouvia às pessoas falar da dificuldade de escolher a verdade e de confiar no amor, mas não conseguia imaginar tal situação, tão natural era para ele agir com sabedoria. Uma vez chegou na sua aldeia um respeitado yogui. Todos se reuniram para escutá-lo falar sobre a vida. E a curiosidade de Nárada foi de novo despertada quando ouviu o yogui discursar sobre Maya, a Ilusão ou erro de compreensão que faz com que seres cuja natureza é paz e plenitude possam se sentir ansiosos e carentes, que faz com que seres perfeitos e divinos se considerem limitados e insignificantes. Nárada, não chegava a entender. Para ele tudo era uma dança cósmica de luz e harmonia, não conseguia ficar cego à Presença Divina e muito menos encontrar qualquer sinal da famosa Maya ou Ilusão que enfeitiça os homens.

Nessa noite, como de costume, Nárada sentou-se em meditação para deliciar-se com a contemplação do Amado Divino. E, como sempre, o Senhor do Cosmos sentou-se à sua frente para deleitar-se com o néctar de devoção oferecido pelo seu devoto. Depois de alguns momentos em amorosa comunhão, Nárada disse: Amado Senhor, ouvi falar muito da força de Tua Maya, e senti o desejo de conhecer o Jogo da Ilusão. E acrescentou com total confiança na bondade divina: Me concedes isso?. E Deus assentiu sorrindo: Claro, por que não?.

Passaram-se algumas horas em vibrante e luminoso silêncio findas as quais Deus, com seu poder onipotente, materializou um cântaro e pediu a seu devoto: -Estou com sede, poderias trazer-me um pouco de água do rio?. Nárada levantou-se graciosamente e feliz de poder servir o seu Amado, percorreu a curta distância que o separava do rio. Chegando na margem, inclinou-se para encher o cântaro. 

Ouviu então alguns passos e virando-se para um lado pode contemplar a forma mais maravilhosa que jamais tivera visto. Trêmulo de emoção deixou o cântaro no chão e aproximou-se daquela figura feminina de contornos inebriantes. Que rosto! Que olhos! - murmurava fascinado. Percebeu então que o sol despontava no horizonte e o céu explodia em tons dourados e azuis, e pensou Isto só pode significar o amanhecer de minha própria vida!. E, em poucos instantes, aproximando-se da jovem, sua voz apaixonada descreveu poeticamente a intensidade e profundidade de seus sentimentos, e a necessidade absoluta de desposar a bela mulher. Os poucos segundos que se sucederam até a jovem dar a sua resposta, pareceram intermináveis séculos para Nárada. Mas a angústia de seu peito foi colmada de alegria quando ouviu da moça o mesmo desejo de compartilhar as suas vidas.

Os anos se passaram. Depois de muito esforço, conseguiram construir uma pequena casa na margem do rio. Algum tempo depois, felizes, comemoraram a primeira gravidez. O primogênito trouxe-lhes grande alegria, assim como o segundo e o terceiro filho. Narada os educava com paciência, e observava com orgulho como eles iam se desenvolvendo. Sua esposa continuava bela, mesmo depois da juventude ter ficado para trás. E, apesar das divergências e freqüentes discussões, o amor entre eles continuava firme e inspirador.

Um dia, quando as crianças já tinham chegado à adolescência, o céu ficou escuro muito antes do entardecer. Uma grande tormenta se aproximava. Os três garotos brincavam no rio, numa balsa em cuja construção trabalharam por mais de uma semana. A mãe aproximou-se do rio e pediu para eles saírem. Mas eles, muito confiantes, disseram que estavam prontos para enfrentar qualquer tempestade. A mãe, aflita, correu até onde o seu marido trabalhava a terra e o trouxe consigo até a margem do rio. O pai ordenou as crianças que voltassem, mas já era tarde demais. 

A tormenta desatava seu furor levantando incontroláveis ondas que sacudiam mortalmente a frágil balsa, a essa altura totalmente fora de controle. Os pais desesperados lançaram-se ao resgate num pequeno barco que possuíam. Lutaram bravamente, mas em vão. O rio engoliu a jangada e as crianças diante do olhar impotente de Nárada e sua esposa. O casal gritava em tremenda aflição e o clamor do seu pranto podia ouvir-se por sobre a voz ensurdecedora da tempestade. Mas, quando a desgraça parecia ter alcançado o seu fim, eis que uma imensa onda varre a superfície do barco arrastando consigo a mulher de Narada. Ele se joga ao rio tentando tirar dele seu último tesouro. Mas seu esforço sobre-humano é em vão.

Com o coração partido, consegue manter-se flutuando enquanto a tormenta vai amainando. Finalmente, chega à margem do rio. Com a alma rasgada e o rosto encharcado em lágrimas, Nárada levanta os braços ao céu e, no limite do seu desespero, clama por Deus. Misturando raiva e desolação grita pedindo forças e compaixão. 

Abrindo caminho entre as ondas emocionais de sua tempestade interior, sua alma agita os céus exigindo compreensão do sentido disso tudo, do sentido da vida. Com o corpo agitado por seu choro, curvado pela a dor em seu peito, Narada não percebe que alguém se aproxima. Mas pode sentir que uma mão toca gentilmente em seu ombro, e pode ouvir quando uma voz serena o chama pelo nome. 

Levantando o rosto e enxugando as lágrimas vê alguém que conhece, mais não lembra de onde. E esse Alguém lhe diz com um sorriso maroto: Nárada, que fazes? Por que gritas? Estou com sede, cadê a minha água?"

Uma história da tradição do Vedanta

2 de fevereiro de 2011

Para saber quem somos - Martha Medeiros

"Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida
Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam

Quem é você? Do que gosta?
Em que acredita? O que deseja?

Dia e noite somos questionados, e as respostas costumam ser inteligentes, espirituosas e decentes Tudo para causar a melhor impressão aos nossos inquisidores Ora, quem sou eu Sou do bem, sou honesto, sou perseverante, sou bem-humorado, sou aberto, não costumamos economizar atributos quando se trata da nossa própria descrição

Do que gostamos? De coisas belas? No que acreditamos?
Em dias melhores? O que desejamos? A paz universal?

Enquanto isso, o demônio dentro de nós revira o estômago e faz cara de nojo É muita santidade para um pobre-diabo, ninguém é tão imaculado assim A despeito do nosso inegável talento como divulgadores de nós mesmos e da nossa falta de modéstia ao descrever nosso perfil no Orkut, a verdade é que o que dizemos não tem tanta importância Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam...

O que você diz, com todo o respeito, é apenas o que você diz

Entre a data do nosso nascimento e a desconhecida data da nossa morte, acreditamos ainda estar no meio do percurso, então seguimos nos anunciando como bons partidos incrementamos nossas façanhas, abusamos da retórica como se ela fosse uma espécie de photoshop que pudesse sumir com nossos defeitos

Mas é na reta final que nosso passado nos calará e responderá por nós
Quantos amigos você manteve?
Em que consiste sua trajetória amorosa?
Como educou seus filhos?
Quanto houve de alegria no seu cotidiano?
Qual o grau de intimidade e confiança que preservou com seus pais?

Se ficou devendo dinheiro?
Como lidou com tentativas de corrupção?
Em que circunstância mentiu?
Como tratou empregados, balconistas, porteiros, garçons?

Que impressão causou nos outros - não naqueles que o conheceram por cinco dias, mas com quem conviveu por 20 anos ou mais?
Quantas pessoas magoou na vida?
Quantas vezes pediu perdão?
Quem vai sentir sua falta?

Pra valer, vamos lá... Podemos maquiar algumas respostas ou podemos silenciar sobre o que não queremos que venha à tona... Inútil!
A soma dos nossos dias assinará este inventário.. Fará um levantamento honesto

Cazuza já nos cutucava: suas idéias correspondem aos fatos?

De novo: o que a gente diz é apenas o que a gente diz..
Lá no finalzinho, a vida que construímos é que se revelará o mais eficiente detector de nossas mentiras"

Autora:Martha Medeiros

Fonte:http://pensamentosmirabolantes.blogspot.com/ 

1 de fevereiro de 2011

Ser Humano -


"Você receberá um corpo físico. Você  pode  amá-lo  ou  detestá-lo, mas ele  será seu ao longo de toda a sua existência. 

Você receberá lições. Você estará matriculado na escola da vida em período integral.
Você terá oportunidades para aprender a cada dia que passa. 

Você poderá usar estas oportunidades ou deixá-las passar simplesmente. Não há erros, apenas lições. 

O crescimento é resultado de um processo de  tentativa  e  erro: uma experimentação.

Os  experimentos  fracassados são tão parte do processo, tanto quanto os experimentos que funcionam. 

Uma lição se repetirá até que tenha sido aprendida. Esta  lição  será  apresentada  a  você sob várias formas até que você a tenha aprendido. 

Quando conseguir isso, poderá então passar para a próxima lição. 

Aprender lições é um processo interminável. Não há nenhum evento na vida que não contenha uma lição.  
 
Se você está vivo, sempre haverá uma lição para aprender. 

Lá não é melhor que aqui. Quando o seu lá se transformar em aqui, você apenas estará obtendo outro lá que, mais uma vez, parecerá melhor que aqui. 

Os outros são apenas espelhos da sua própria imagem. Você  não  pode  amar  ou  detestar  alguma coisa em outra pessoa, sem que isso reflita alguma coisa que você ama, ou detesta em si mesmo. 

É você quem escolhe o que quer fazer da sua vida. Você tem todas as ferramentas e recursos de que precisa. O que faz com eles, é problema seu. 

A escolha é sua. As respostas estão dentro de você. As respostas às questões da vida estão dentro de você. 

Tudo que você tem a fazer é prestar atenção, ouvir e confiar.

Voce esquecerá tudo isto"

 Chérie Carter-Scott
(from Kabbalah Group)
http://www.caminhosdeluz.org/91.htm 

31 de janeiro de 2011

O CHAMADO MÍTICO !

 
"Faz um tempo, um grande concílio galáctico foi convocado e um chamado mítico foi emitido aos inumeráveis seres de luz ... os meninos do Sol, os anjos  alados, os mensageiros dos Deuses, os guerreiros do Arco-Íris e outros seres luminosos de muitos sistemas estelares. 

No momento da reunião, O AMOR DAS GALÁXIAS GIRATÓRIAS, O GRANDE ESPÍRITO entrou cheio de graça, com sua luz celestial e com as seguintes palavras: ESTÃO TODOS CONVIDADOS A ENCARNAR EM UM MUNDO ONDE ACONTECERÁ UMA GRANDE TRANSFORMAÇÃO.  Aqueles que responderem a este chamado irão a um lugar de evolução planetária, onde as ilusões do temor e da separação ainda são fortes mestres.  Chamo aqueles com o dom e o talento necessários para que atuem como meus emissários, para elevar e transformar as freqüências de um planeta chamado TERRA, incorporando e ancorando a presença do AMOR. 
Nesse mito, vocês serão os criadores de uma nova realidade, a realidade da OITAVA DOURADA. 
 
E o AMOR DAS GALÁXIAS GIRATÓRIAS, o GRANDE ESPÍRITO continuou...
Em outras viagens, cada um de vocês comprovou ser um navegante intuitivo, capaz de despertar suas consciências e alinhar seus corações ao impulso do  amor puro e do serviço compassivo. Como mensageiros do Sol e portadores da tocha, vocês demonstraram que mantiveram a luz no alto, e assim, os convido a encarnar em massa entre as tribos da Terra para ajudar Gaia e todos os seus filhos na sua transformação. Esta é a parte do plano em que  vocês serão velados pelo esquecimento. 

Contudo lembrem-se de que os sentimentos da inocência infantil e da confiança chegarão a ser os acionadores harmônicos neste ciclo de começo para a Terra, com encarnações estratégicas e seguidas em algumas áreas vibracionais mais densas do planeta.  Para alguns, essa ilusão de separação do amor poderá criar sentimentos de desolação, falta de apoio e alienação, mas reconhecendo sua humanidade, seu amor transformará as profundezas da dualidade e sua luz animará a muitos. 

Sua participação nesse desafio é puramente voluntária, porém essa mudança transformadora sobre a Terra é extraordinária e preciosa. Se vocês chegarem a aceitar essa missão, terão oportunidade de catalisar e sintetizar tudo o que alcançaram durante muitas encarnações, recebendo um salto quântico em suas consciências. É importante, para vocês, escolher como dançar com Gaia e seus filhos, enquanto ela completa sua cerimônia de luz. 

De tal modo falou o CRIADOR DA LUZ DAS GALÁXIAS GIRATÓRIAS. 

E foi assim que seres luminosos, que formaram inúmeras alianças, federações e concílios escolheram encarnar no planeta Terra para ajudar neste crucial evento: O DESPERTAR DO SONO PLANETÁRIO. 

Foi elaborado um processo de proteção do plano, para despertar esses seres da ilusão da separação e do véu do esquecimento, que é tão comum sobre a Terra. 

Os seres luminosos que viajaram para ajudar Gaia concordaram em avivar uns nos outros as lembranças e, assim, essas sementes estelares deixaram códigos em várias formas como: sons, cores, luzes, imagens, palavras e símbolos, uma ressonância vibracional que os ajudaria a recordar seus compromissos de luz. Ficou estabelecido que essas chaves codificadas apareceriam em todas as partes: na arte, na música, nos olhares, nas conversações e sentimentos, tudo criando um profundo desejo de despertar para ser a ENCARNAÇÃO DO AMOR. 

Assim, vocês, filhos do Sol estão sendo banhados com a água da recordação e preparados como guerreiros do arco-íris para completar a promessa do novo e antigo mito, simplesmente assegurando a presença do AMOR NA TERRA.  Sua escolha amorosa descansará sob o manto dos deuses enviando ondas de cura e de amor, pelo corpo receptivo de Gaia.
E, enquanto despertam neste tempo, seus dons despertarão e habilitarão a outros. Utilizando as ferramentas do riso, do canto, da dança, da alegria, da confiança e do amor vocês estarão criando uma profunda onda de transformação que transmutará as limitações do antigo mito da dualidade e da separação, realizando o milagre da PAZ E UNIDADE NA TERRA. 

Utilizem seus dons em benefício de Gaia, pois numa supernova de consciência, Gaia e seus filhos ascenderão em vestimentas de luz formando um luminoso corpo de luz e de amor, renascendo em direção às estrelas.   

O CHAMADO MÍTICO FOI EMITIDO ... o grande desafio começou ... despertem guerreiros do arco-íris, mensageiros do Sol, seres luminosos das alianças galácticas, federações e concílios, antigos caminhantes do céu, graduados novamente neste momento, permaneçam na beleza e no poder do amor de Gaia. Deixem de lado a desconfiança, vocês são filhos divinos do Sol... vão para onde seus corações os levem a fim de compartilhar seus grandes dons. Entreguem-se à magia da Terra.
Lembrem-se de que DANÇAMOS E CANTAMOS POR UM ÚNICO CORAÇÃO."

CALENDÁRIO MAIA
Movimento Mundial de Paz e de Mudança para o Calendário de 13 luas
Grupo Georgina – Sorocaba
Revista VIALUZ, no. 9, maio/junho de 1998
Fonte:http://www.caminhosdeluz.org/98.htm

Noites escuras da alma, um guia (...)-de Thomas Moore

 
"Em um momento ou outro outro da vida, a maioria das pessoas experimenta um período de tristeza, sofrimento, perda, frustração ou fracasso, tão perturbador que pode ser chamado de noite escura da alma. Se seu principal interesse na vida é a saúde, voce pode tentar vencer rapidamente a escuridão. Mas, se estiver procurando por significado,um caráter e substância pessoal talvez descubra que a noite escura tem grandes dádivas a lhe dar.

Hoje em dia, rotulamos muitas dessas experiências de "depressão", mas nem todas as noites escuras são depressivas, e a palavra é demasiadamente clínica para algo que nos faz questionar o próprio sentido da vida. Está na hora de encontrarmos uma maneira diferente de imaginar essa experiência comum e, assim, um modo diferente de lidar com ela. Mas fica o alerta - essa questão é sutil, e voce terá que fazer um exame apurado de si mesmo e dos exemplos que apresento neste livro para perceber como um episódio profundamente perturbador pode representar um precioso momento de transformação.

Toda vida humana é feita de luz e escuridão, felicidade e tristeza, vitalidade e embotamento. O modo como voce pensa nesse ritmo de estados de espírito faz toda a diferença. Você vai se esconder no auto-engano e nos entretenimentos? Vai se tornar cínico e depressivo? Ou vai abrir o coração ara um mistério tão natural quanto o sol e a lua, o dia e a noite, o verão e o inverno?

Se voce é como a maioria das pessoas, já experimentou várias noites escuras da alma.Talvez esteja vivendo uma agora, Talvez seu casamento seja difícil,m ou voce tenha um filho com algum problema, ou esteja permanentemente em um terrível estado de espírito. É possível que esteja sofrendo pela perda do cônjuge, ou de um de seus pais. Pode ter sido traída pela pessoa amada ou pelo sócio, ou talvez esteja enfrentando um divórcio. Para algumas pessoas, essas situações são problemas a ser resolvidos, mas para outras são fontes de profundo desespero.

Uma verdadeira noite escura da alma não é um desafio superficial, mas uma situação que afasta voce da alegria da vida cotidiana. Um acontecimento externo ou uma disposição interior que o atinge no cerne de sua existência. Não é apenas um sentimento, mas uma ruptura em seu ser, e pode levar um bom tempo até que voce consiga superar e chegar ao outro lado.

A noite escura não pode ser como a depressão. Em uma longa doença ou um casamento em crise, voce pode sentir preocupação, mas não ficar deprimido. Por outro lado, a depressão clínica pode ser uma noite escura. Não importa o nome que se dê, a experiência envolve voce como pessoa, como alguém que tem uma história, em temperamento, lembranças, emoções e ideias. Depressão é um rótulo e uma síndrome, ao passo que a noite escura é um evento significativo. Enquanto a depressão é uma doença psicológica, a noite escura é uma provação espiritual.

Muita gente pensa que o objetivo da vida é resolver os problemas e ser feliz. Mas a felicidade é uma sensação passageira, e voce nunca se livra dos problemas. Seu propósito na vida pode ser se tornar mais quem voce de fato é e se envolver mais com as pessoas e com a vida à sua volta, para realmente viver. Isso pode parecer óbvio, mas muitas pessoas passam o tempo evitando a vida.

Têm medo de deixa-la fluir e, com isso, sua vitalidade é canalizada para ambições, vícios e preocupações que não lhe trazem nada de positivo. A noite escura pode ser, paradoxalmente, um caminho de volta à vida. Ela reduz a vida a seus elementos essenciais e ajuda a pessoa a recomeçar.

Quero aqui explorar as contribuições positivas das noites escuras, por mais dolorosas que sejam. Não quero romantizá-las nem negar seus perigos. Eu as vejo, porém, como oportunidade de transformação interior, de maneiras que voce nunca imaginou. A noite escura é como Dante sonolento, desviando do caminho e entrando, desatento, na selva. É como Alice olhando para o espelho e, de repente, o atravessando. É como Odisseu sendo jogado pelas ondas tempestuosas e Tristão à deriva, sem remos,. Voce não escolhe a noite escura - ela lhe é dada. Sua tarefa é se aproximar dela e peneirá-la em busca do ouro.
[...]

Sua noite escura pode ser um rito de passagem. Pode lhe oferecer a oportunidade de realizar uma mudança significativa na vida. Essas mudanças não são fáceis, principalmente porque exigem que voce adentre o desconhecido. Talvez voce precise explorar a fundo seus recursos - suas experiências passadas, seu aprendizado, as qualidades pessoais que já desenvolveu, de modo que sua noite escura o leve às profundezas."

- Thomas Moore [1940- ], "Noites escuras da alma: um guia para iluminar seu caminho em meio às provações da vida"; trad. Macos Malvezzi Leal. Campinas, SP: Verus. 2009.
Fonte:http://www.flickr.com/photos/nogps/5209162896/in/set-72157625495826252/

28 de janeiro de 2011

A Ecologia da Mente - de Carlos Cardoso Aveline

 
"Meios Para Encontrar a Harmonia Interior
O equilíbrio ecológico é apenas a fraternidade, a harmonia, e a relação de causa-e-efeito unindo as diferentes formas de vida nos vários reinos da natureza. Mas sou humano, tenho muito por aprender, e é correto que me pergunte: 

“Será possível viver de fato a fraternidade no dia-a-dia da sociedade que me rodeia hoje? Como posso  viver uma ecologia interior, harmonizando-me com a vida humana em geral, aqui e agora, por meu próprio mérito e esforço e  sem impor condições prévias aos outros?

Algumas idéias básicas poder ser úteis na tentativa de viver a ecologia da mente e de ser igualmente fraterno para com todos.

1 ) Em primeiro lugar o erro alheio não deve fazer com que eu me sinta autorizado, nem remotamente, a errar da minha parte. Perceber um erro não justifica outro.A verdadeira auto-estima não surge da comparação em que se atribui desvantagem aos outros. A satisfação com o erro alheio é muitas vezes uma fuga de nossas próprias frustrações, e deve ser vencida pela observação atenta do mecanismo da inveja e da competição.

 2 ) O erro alheio não deve causar excessiva indignação. Pode-se combater o erro alheio, especialmente quando ele tem conseqüências negativas sobre os inocentes. Mas a indignação excessiva nos cega e tira a serenidade.  É preciso combater o erro, não a pessoa que errou. E a indignação exagerada diante do erro pode ser um disfarce da inveja. Perde-se muita energia com indignação emocional diante dos erros alheios.  Em alguns casos, estes erros são inclusive imaginários, no todo ou em parte.  O excesso de indignação é uma energia que seria melhor empregada no nosso próprio auto-aperfeiçoamento. Esta última tarefa é algo que ninguém pode fazer por nós.

3 ) Saber ouvir a crítica aos nossos  próprios erros.Ouvir os outros, em geral, já é difícil. Ouvir uma crítica  a nós é mais difícil ainda. Inconscientemente, gostamos de supor que somos infalíveis. É preciso ouvir de fato as críticas dirigidas a nós. São verdadeiras?  Então é  preciso coragem para mudar. São falsas? Depois de um exame honesto, neste caso, devemos deixar que a crítica injusta entre por um ouvido e saia pelo outro.

4 ) Não devo enxergar erros alheios onde eles não existem.Muitos erros alheios são miragem e alucinação. É cômodo transferir para fora pontos fracos nossos, ou exagerar  as falhas dos outros para poder chegar à conclusão de que somos perfeitos, e apenas o mundo é que – injustamente – não nos compreende.

5 ) Devo fazer o bem. Não basta manter-me livre tanto do mal quanto do sentimento de raiva contra o mal. É preciso também fazer coisas boas, duráveis, equilibradas. E isto não só no aspecto pessoal, como também na dimensão familiar, social e política. Porque não há muros dividindo um setor e outro da nossa vida. Não é a crítica que elimina o mal, mas a prática firme e paciente do bem, por parte de quem procura ter o máximo de discernimento diante da vida.

6 ) Devo tornar acessível aos outros a prática do equilíbrio e da harmonia. Em casa, no trabalho, na convivência com pessoas e animais, devo colocar ao alcance de todos alguns mecanismos simples, pelos quais a fraternidade humana possa manifestar-se. Isto será eficaz na medida da simplicidade pessoal com que for feito. Deve ser algo natural. Se não estiver ocorrendo, todo o processo precisa ser repensado, porque está faltando algo importante.

7 ) Ter uma meta e um programa definidos para minha vida. A vida de uma pessoa é algo demasiado importante para perder-se em meio aos problemas e ilusões diárias, lembranças de ontem e esperanças para a semana que vem. Quais são os meus objetivos existenciais? De que forma  pretendo fazer da minha vida algo realmente significativo e útil? O que desejo aprender – e realizar – até os 90 anos de idade? São perguntas importantes. E não é por casualidade que, quando enfrentadas, acabam conduzindo aos outros seis pontos abordados anteriormente. O sétimo ponto é, de certa forma, o primeiro.

Assim, a ecologia da mente está presente em nossos relacionamentos e vida diária, em nossos pensamentos e emoções. Antes de olharmos o ecossistema externo, é bom olharmos para o nosso conteúdo interior. Estaremos sendo ecologicamente corretos nos campos das relações humanas?"

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O texto acima corresponde ao capítulo quatro da obra “Apontando Para o Futuro”, Carlos Cardoso Aveline, Ed. PrajnaParamita, Porto Alegre, 1996. 
Fonte:http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=494

O desabrochar da natureza divina - de Herbert Santos

"Certamente um desejo puro habita o coração da humanidade.

Mesmo que, no momento atual, ele não esteja aparente na consciência de muitos, permitir que a natureza divina se manifeste é o desejo mais profundo e mais antigo que habita cada um dos seres humanos.

Com o desabrochar desse sentimento da natureza divina, a vida torna-se mais bela e o planeta mais habitável. São luzes que se acendem e ajudam a iluminar o caminhar da humanidade!

A sugestão é a prática do silêncio, da meditação e da conversa coração a coração consigo mesmo .

A aproximação do ser consigo mesmo o remete a aproximar-se de Deus, independente de fatores externos.

Minimizar o uso da razão ou da mente reflexiva induz à percepção de seus sentimentos mais belos.Dar espaço à paz interior e deixá-la simplesmente fluir é uma boa experiência.

Deixar a paz fluir em seu corpo físico, no coração, no cérebro, nos órgãos e células de seu corpo físico concede chances à alma de se fortalecer e se manifestar.

Cultivar a atenção à respiração é importante para este processo.
Respirar sem pressa, deixando o ar chegar ao diafragma, deixando-o repousar alguns segundos ali, antes de expirar também lentamente, faz com que a mente se acalme de forma natural.

Não ter pressa com resultados, nem criar expectativas e usar um tempo diário concedendo-se um descanso, tanto físico como espiritual é requisito mínimo a quem tem consideração por si próprio! Você tem direito a este descanso!

Assim, a natureza divina, de maneira simples e natural poderá ter espaço para se manifestar."


Autor: Herbert Santos
Livro: Intuição.com – Você na Nova Era
site http://intuicao.com

27 de janeiro de 2011

Desapego x Apego - de Ingrid Dalila Engel

 "Desapego... que exercício difícil para nós ainda presos ao ego humano... o apego é uma das maiores ilusões da vida terrena... apegar-se a que? A quem? Apegar-se para que?Se tudo é transitório, se tudo é passageiro...

O apego é uma das fontes de maior sofrimento... quanta dor, quantas lágrimas por nada.

O apego é o mesmo que querermos segurar o vento, o ar... somente com o desapego é que podemos ter... ter o que é da alma... porque nós não temos... nós simplesmente somos... somos o que somos.

O sofrimento do apego se inicia aqui, na Terra, quando presos aos mayas*acreditamos ter posse sobre as coisas materiais; a nossa terra, a nossa terra, a nossa casa, as nossas roupas, a nossa beleza, o nosso carro, o nosso cargo, a nossa posição social, o nosso talão 5 estrelas, o nosso cartão de crédito internacional, a nossa empresa e assim por diante... 

Claro que a prosperidade é um direito do ser, é estarmos em sintonia com a energia da abundância cósmica,mas não podemos confundir com posse...

Alguns tem um forte sentimento de apego dentro de um Fusca 64 e outros passarão totalmente desapegados dentro de uma Mercedes 2003... nós aprendemos na Luz e na sombra... temos que perder para darmos valor ao ganhar, temos que passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundância; e a vida é uma grande roda, que gira e gira e nós vamos vivenciando todos os desafios, todas as situações para adquirirmos sabedorias... tudo é cíclico... tudo é empréstimo temporário para o nosso aprendizado.

Quanto sofrimento é gerado à alma no momento do seu desencarne, quando, presa aos apegos terrenos... não alcança a Luz porque está olhando as sombras; não atinge um nível maior de consciência porque está presa à inconsciência dos apegos terrenos...

Devemos sim viver os prazeres da terra, com o desapego da alma... vivendo aquilo que a vida está nos proporcionando sem a prisão do medo da perda...

E o que dizermos do apego emocional? Ah... é mais e muito mais dolorido!

Criamos inúmeras vezes na nossa mente, no nosso corpo emocional, a ilusão de que o outro nos pertence, que nós temos posse sobre o outro e também vendemos a ilusão que o outro tem posse sobre nós... e neste jogo emocional vivemos anos,
vidas inteiras e criamos laços carmáticos profundos... e o mais irônico, para não dizer o mais triste, é que nos atrevemos, presos a esta visão distorcida, a chamar isto de amor!

Mas temos que compreender que para atingirmos o Desapego e
o Amor Maior, temos que vivenciar o apego e o amor terreno. São os nossos primeiros passos para alcançarmos a sabedoria dos Mestres.

Nós confundimos apego profundo com desapego e não conseguimos realmente enxergar nossa confusão e a vida faz a parte dela, ou seja, gera o desapego para percebermos o quanto estávamos apegados.

Na minha própria experiência de vida e na minha experiência profissional já tive a abençoada oportunidade de perceber esta distorção.

Na minha mente vêm, neste momento, dois ou três casos recentes que ilustram esta situação e vou citar um deles para que, através de uma profunda reflexão, sirva-nos como um aprendizado, porque a humanidade é interligada e um influencia o outro; o aprendizado de um altera o todo.

A Maria e o João foram casados por quase 20 anos. O João se apaixonou pela Joana e foi embora em busca da sua felicidade, real ou ilusória, não importa aqui.Isto já faz dez anos... O João foi embora mas continuou iludindo a Maria. Não permitia que ela se desprendesse dele. Visitava-a constantemente, a presenteava
sempre, escrevia cartas dizendo da sua ligação com ela, que não conseguia esquecê-la, mas que não tinha forças para deixar a Joana pois ela era tão frágil... tão necessitada dele... e que a Maria sim, era forte, e como ele a admirava por isso e que a Maria poderia compreender e esperar que ele resolvesse
a situação... e que tentaria resolver o mais breve possível e em algumas vezes até deixava transparecer que seu desespero era tão grande que poderia até se suicidar e que a Joana era tão dependente que se ele a deixasse provavelmente ela seria capaz de fazer uma loucura e o que seria dele? E a consciência e responsabilidade dele? Nunca mais se perdoaria. A Joana era tão depressiva...até tomava vários medicamentos... e a Maria nisso tudo? Um verdadeiro exemplo de desapego... negou a própria vida, parou de lutar por suas metas, escondeu-se atrás destas migalhas ilusórias e ficou aguardando esperançosa o retorno do
João; ficou adiando ser feliz por todos esses anos... Quando o João retornasse como seriam novamente felizes!

Desapego? Amor incondicional? Baixa auto-estima? Sim, pode até ser amor mas o amor incondicional é desapego e desapego é amor incondicional... é querer a felicidade e o bem estar do outro e de si mesmo. 

Mas para amarmos o outro temos também que nos amar e nos respeitar. Será que não é um apego tão forte, tão enraizado, que não permitimos que o outro seja feliz e num grande auto boicote,
optamos em sermos infelizes para não nos desapegarmos do outro e não permitirmos que o outro se desapegue de nós.

O que aparenta desapego é um profundo apego; tão forte que preferimos renunciar à própria felicidade do que renunciarmos ao outro.

Estejamos atentos aos mayas... aos autoboicotes... às migalhas que acreditamos merecer...

Desapego nos liberta. Apego nos aprisiona.

Exercitemos o desapego das coisas materiais, das ilusões emocionais, dos rancores, das mágoas, de tudo aquilo que nos aprisiona.

Libertemo-nos! Sejamos livres no Desapego!"

* Mayas (do sânscrito): "Ilusão". 

Autora: Ingrid Dalila Engel 

Fonte:http://agrandefraternidadebrancauniversal.blogspot.com

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