15 de julho de 2012

Quando Deus Aparece.....por Martha Medeiros


"Tenho amigas de fé. Uma delas, que é como uma irmã, me escreveu um email poético, dias desses. Ela comentava, em detalhes, sobre o recital a que ela assistiu do Pianista Nelson Freire, recentemente. Tomada pela comoção durante o espetáculo, ela finalizou o email assim: "nessas horas Deus aparece."

Fiquei com essa frase retumbando na minha cabeça. De fato, Deus não está em promoção, se exibindo por aí. Ele escolhe, dentro do mais rigoroso critério, os momentos de aparecer pra gente. Não sendo visível aos olhos, ele dá preferência à sensibilidade como via de acesso a nós. Eu não sou uma católica praticante e ritualística - não vou à missa. Mas valorizo essas aparições como se fosse a chegada de uma visita ilustre, que me dá sossego à alma.

Quando Deus aparece pra você?
Pra mim, ele aparece sempre através da música, e nem precisa ser um Nelson freire. Pode ser uma música popular, pode ser algo que toque no rádio, mas que me chega no momento exato em que preciso estar reconciliada comigo mesma. De forma inesperada, a música me transcende.
Deus me aprece nos livros, em parágrafos em que não acredito que possam ter sido escritos por um ser mundano: foram escritos por um ser mais que humano.

Deus me aparece - muito! - quando estou em frente ao mar. Tivemos um papo longo, cerca de um mês atrás, quando havia somente as ondas entre mim e ele. a gente se estende em meio ao azul, que seria a cor de Deus, se ele tivesse uma.

Deus me aparece - e não considere isso uma heresia - na hora do sexo, desde que feito com quem ama. É completamente diferente do sexo casual, do sexo como válvula de escape. Diferente, preste atenção. Não quer dizer que qualquer sexo não seja bom.
Neste exato instante em que escrevo, estou escutando "My Sweet Lord" cantada não pelo George Harrison (que Deus o tenha), mas por Billy Preston (que Deus o tenha, também) e posso assegurar: a letra e um animado bate-papo com Ele, ritmado pelo rock´n´roll. Aleluia.
Deus aparece quando choro. Quando a fragilidade é tanta que parece que não vou conseguir me reerguer.
 Quando uma amiga me liga de um país distante a demonstra estar mais perto do que o vizinho do andar de cima. Deus aparece no sorriso do meu sobrinho e no abraço espontâneo das minhas filhas. E nas preocupações da minha mãe, que mãe é sempre um atestado da presença desse cara.
E quando eu o chamo de cara e ele não se aborrece, aí tenho certeza de que ele está mesmo comigo."

Martha Medeiros

11 de julho de 2012

Somos aquilo que existe em nós por Alan Watts...

"Como é que eu posso sentir-me mais feliz? Andamos ansiosos à procura de qualquer coisa. Mas é má ideia. Não precisamos de encontrar nada. Já temos aquilo de que precisamos. Precisamos apenas de viver com a mesma tranquilidade dos animais e de não fazer uma distinção tão nítida entre os nossos comportamentos voluntários e involuntários.

 O que acontece «porque acontece» e o que resulta do exercício da nossa vontade não se distinguem tão bem como isso. Somos apenas uma das coisas que existe, uma parte do universo. E nunca estamos sós. Se entendermos bem a natureza das coisas e conseguirmos esquecer tudo o que aprendemos que tenta ir contra ela, conseguimos fazer tudo o que é possível, com o mínimo esforço.

É a esse estado de consciência, que resulta sobretudo de um questionar dos modelos formais e informais, que os orientais chamam «iluminação». Corresponde a uma sensação de «inflação», como dizia Jung, porque nos sentimos Um com o universo todo. Parece que entendemos tudo, que conseguimos tudo o que queremos. Porque no fundo aceitamos ser quem somos e tudo começa a correr «como queremos». Porque não queremos nada que não aconteça. Basta-nos o que existe. 
Temos que deixar de acreditar que somos aquilo que não somos. Somos aquilo que existe em nós. E não aquilo que julgamos que deveríamos ser. Há que questionar o senso comum.
 Vivemos na ilusão de que seríamos mais felizes se tudo fosse diferente do que o que é e se conseguíssemos ter tudo aquilo com que sonhamos. Mas, se tivéssemos sempre aquilo que queríamos ter, depressa nos cansaríamos. E depressa desejaríamos que acontecesse algo de que não estávamos à espera. Quereríamos que a vida fosse mais imprevisível e aventureira. Ou seja, quereríamos que a vida fosse exactamente como ela é de facto.

 Deixaríamos de desejar ser perfeitos como deuses e seríamos como um deus feito homem de novo. E começaríamos a amar mais a nossa condição humana e o nosso ambiente, em vez de nos queixarmos tanto deles. 
O que existe - a realidade - é em si fantástica; e «ser feliz» consiste exactamente em compreender isso mesmo. 
Ser uma pessoa com sorte, é isso mesmo. Quando aceitamos a realidade e nos deixamos ser o que somos, mais facilmente nos acontece o que de melhor nos pode acontecer.
 Se vivermos tentando construir uma teia com o propósito de caçar alguma mosca dourada, podemos até conseguir o que pretendemos. Mas, depois de toda a expectativa e ansiedade da espera, sentimo-nos normalmente descontentes com a nossa presa. E com inveja das pessoas que, ao nosso lado, sem fazerem esforço nenhum, conseguiram caçar uma mosca que lhes saberá muito melhor.

Podemos passar a vida a tentar organizá-la e discipliná-la e a construir teias, cada vez mais sofisticadas e cada vez visando presas mais valiosas. Podemos tentar ser mais ricos e encontrar a mulher ou o homem ideal. Mas essa necessidade de ganhar faz-nos perder a nossa inocência. Podemos facilmente perder a oportunidade de ter a sorte de encontrar quem ou o que na realidade nos tornaria realmente felizes."

Autor:Alan Watts

8 de julho de 2012

Você já percebeu o quanto a existência tem dado a você?



"Perguntaram a Osho:
"Querido Osho,
como pode o mestre ajudar o discípulo a viver a religiosidade sem religião?"

"Essa é a coisa mais simples do mundo.

O inverso é o mais difícil: é quase impossível ser religioso e fazer parte de uma religião organizada. Mas, apenas ser religioso, sem fazer parte de qualquer religião é a coisa mais simples.

Você tem que entender o que religiosidade significa para mim. Para mim, religiosidade significa uma gratidão para com a existência. Ela lhe deu tanto que não há como você reembolsá-la. 

Ouvi contar...

'Um homem ia cometer suicídio e um mestre estava sentado à beira do rio onde ele ia se jogar.

O mestre disse: ‘Espere um pouco! Espere! Você vai cometer suicídio?’

O homem disse, ‘Quem é você para me impedir?’

O mestre lhe disse, ‘Eu não estou impedindo você. Na verdade, eu gostaria de vê-lo cometendo suicídio, mas antes de fazê-lo, se você puder doar os seus dois olhos, porque o rei deste país ficou cego e os médicos disseram que se alguém puder doar-lhe os olhos, eles poderão ser transplantados e o rei poderá enxergar novamente.
 Mas tem que ser olhos de uma pessoa viva, não de um morto. E o que você quiser como recompensa, como prêmio, é só dizer e será seu. Assim, antes de suicidar, por que não fazer um pequeno negócio?’

O homem disse, ‘Quanto ele pagará?’ 
Ele já havia esquecido o suicídio. As pessoas estão sempre pensando em negócios.

O mestre disse, ‘O quanto você pedir, é só dizer.’

Ele disse, ‘Eu sou um pobre homem, não posso pedir muito. Dê-me uma sugestão. Eu vou cometer suicídio.’

Então o mestre disse, ‘Pense alto. Que tal, vinte mil rúpias?’

O homem disse, ‘Vinte mil rúpias? Meu Deus, eu nunca pensei que poderia ter vinte mil rúpias.’

Mas o mestre disse, ‘Você ainda pode pensar. Eu posso até mesmo dizer ao rei que você precisa de vinte milhões. Tudo depende de você, pois o rei quer os olhos e paga qualquer preço.’

O homem disse, ‘Vinte milhões? Mas então, por que eu deveria cometer suicídio?’

O mestre disse, ‘Isso é com você. Mas, viver uma vida sem os olhos, mesmo tendo vinte milhões de rúpias, não será muito agradável.’

Já estavam a caminho do palácio, quando o homem começou a dizer ao mestre, ‘Eu estou pensando outra coisa.’

Ele disse, ‘Que outra coisa? Você já subiu o seu preço de novo?’

Ele respondeu, ‘O preço não é a questão. Eu estou pensando: só por dois olhos, vinte milhões? E quanto às duas orelhas, o nariz, os dentes, todo o meu corpo? Qual o preço de todo o meu corpo?’

O mestre disse, ‘Você pode calcular, pois se são vinte milhões por apenas dois olhos...’

O homem disse, ‘Eu não vou vender. Eu vou para a minha casa.’ O mestre disse, ‘E quanto ao suicídio?’

Ele disse, ‘Eu pensava que você era um homem religioso. Você é um assassino! Você quer que eu cometa suicídio? Agora que pela primeira vez eu pude reconhecer o que a existência me deu, e eu não tive que pagar nem um tostão. Estes dois olhos que têm visto todo tipo de beleza, estas duas orelhas que têm ouvido todo tipo de música, esta vida que tem experienciado tanta coisa...
 E eu nada paguei por isto, nem mesmo disse muito obrigado. 
E o suicídio nada mais é que a última reclamação, a mais feia reclamação contra a existência: ela me deu tanto e eu estou destruindo tudo. Ao invés de estar agradecido, eu estou traindo. Não, eu não posso cometer suicídio e não posso vender os meus olhos, eles não têm preço. Você pode dizer isso ao rei. Nem mesmo por todo o seu reino eu não posso doar os meus olhos, mesmo sendo eu um mendigo.’

Você já percebeu o quanto a existência tem dado a você?

Não, você tem isso como certo, como se você tivesse feito por merecer, como se tivesse sido uma conquista sua.

Você não fez por merecer. Não foi algo que você conquistou. É um presente, é uma bênção, é simplesmente um ato de amor da existência ter-lhe dado tanto. E ela está pronta para lhe dar muito mais. Você é que não está pronto para receber.


Osho, em "The Osho Upanishad"

A ABUNDÂNCIA É O SEU DIREITO INATO. REIVINDIQUE-A!


"A Abundância é um elemento fundamental nos reinos cósmicos. Vocês poderiam dizer que a abundância é abundante. Isto é porque nos reinos mais elevados não há falta. A falta é uma aflição do espírito e uma ilusão das dimensões menos elevadas. A abundância está em toda parte. Assim, por que vocês estão tendo tanta dificuldade em se ligar e trazer à manifestação a abundância que vocês criaram vibracionalmente? É por causa do seu medo e dúvida. Vocês foram treinados a acreditar na falsa afirmação: “Eu acreditarei nela quando vê-la”. É quando vocês precisam realmente reverter esta maneira de pensar e dizer: “Eu a verei quando acreditar nela.”

Muitos de vocês no caminho da luz foram treinados com outra premissa falsa, e isto é que a fim de serem espiritualizados, vocês têm que viver na pobreza. Isto é tão incorreto que não pode ser suficientemente enfatizado. Vocês estão rejeitando a Fonte quando rejeitam a bondade em que a abundância está envolvida. Ela é uma dádiva e é o seu direito inato. Como esperam ajudar as pessoas do mundo com a falta de fundos?

Assim, a fim de entrarem em um estado de mentalidade de abundância, que é o estado de acreditar na abundância que vocês já criaram e que está esperando por vocês, olhem ao redor em seu mundo.
 Vejam a abundância a sua volta. Olhem para todas as árvores. Observem todos os alimentos no supermercado. Observem todas as pessoas e como elas são bem alimentadas e têm as coisas que elas querem. Isto é abundância e é prazeroso de se ver. Sintam-se bem com isto. A abundância não é apenas financeira, mas todas as formas de abundância de fato, compram a felicidade, porque a sua vida está fluindo mais livremente e vocês são capazes de ajudar mais aos outros, o que se manifesta como uma abundância de amor, generosidade e bondade. Há abundância em toda parte. Alegrem-se com a riqueza dos outros e vejam como a sua atitude de agradecimento e amor trazem-na para vocês também.

Pode-se dizer que se nós vivemos em um mundo tão abundante, então por que há tantas pessoas que são pobres? É porque elas estão vendo um mundo de carência. Elas a vêem em todos os lugares, todos os dias, assim elas a criam com os seus poderes de pensamento. É por isto que vocês precisam ser tão cuidadosos em relação ao que pensam, porque se pensarem nela o suficiente, irão manifestá-la em sua realidade.
Visualizem por dez minutos por dia, enquanto estiverem fazendo as suas meditações ou preces diárias, estas pessoas mais pobres recebendo tudo o que querem. Ao fazerem este ato de bondade e de compaixão, embora vocês não possam afetá-las diretamente por causa do livre arbítrio, vocês podem mudar a vibração delas com uma “lavagem” vibracional, por assim dizer, de modo que elas tenham a idéia de trazer mais positividade e bênçãos em suas vidas. Esta é uma grande dádiva que vocês podem fazer, e não é uma abordagem curativa para a pobreza, mas um verdadeiro estímulo.

Amo a todos vocês, mais do que as palavras

Ka’t Mandu"


Fonte: http://www.lightworkersworld.com/2012/04/abundance-mentality/

3 de julho de 2012

A Alegria como Base da Energia...

"O crescimento espiritual é uma experiência estimulante. Ele nos sustenta emocionalmente através dos altos e baixos da vida, sendo também biologicamente importante. Uma sensação de progresso e orientação na vida fomenta a criação dos neurotransmissores capazes de energizar e vitalizar todo o sistema mente/corpo. Esta é a verdadeira chave para a energia dinâmica.

O crescimento espiritual de que estou falando é simplesmente o desenvolvimento e a realização do potencial humano. Existe dentro de você o impulso de ser o melhor possível – mas existe ainda mais do que isso.
 Bem no fundo, todo mundo desconfia de que possui o potencial para ser verdadeiramente excepcional. A grandeza é – ou pelo menos foi em alguma época – a verdadeira meta da vida de cada pessoa.

Que palavra podemos usar para descrever esses estado de ser? Trata-se de um estado em que vivemos completamente cada momento até seu limite máximo. É uma totalidade de ser.

O impulso em direção à totalidade é um direito humano inato e natural, visto que dentro de cada um de nós existe a possibilidade da totalidade e o profundo desejo de alcançá-la. Totalidade significa estar completamente integrado, sem qualquer sensação de estar separado, fragmentado ou limitado. Significa vivenciar uma alegria natural.

Totalidade e auto-realização é algo que muitas pessoas sentiram espontaneamente, pelo menos durante breves momentos da vida. Independentemente da situação específica, esses belos momentos são invariavelmente acompanhados pela alegria, pela sensação de que tudo está fluindo sem esforço e pelo sentimento de uma ligação íntima com outras pessoas e com o ambiente mais amplo." 

Deepak Chopra – Energia Ilimitada

25 de junho de 2012

Ao Amadurecer...por Martha Medeiros


"Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.

Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, Antônio Cícero, uma música que dizia:
"Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento".
Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.

É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser.
Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes... Falsos sorrisos...

Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das angústias.
Pra consumo externo, todos são belos, sexy, lúcidos, ricos, sedutores.

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo".

Nesta era de exaltação de celebridades fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros,fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.

Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento!"

Martha Medeiros

20 de junho de 2012

O Retorno por Robert Happé



"Vivemos atualmente em uma era de mudanças que está transformando literalmente cada aspecto de nossas vidas.

É altamente recomendável que sejamos flexíveis e abertos a novas possibilidades.

As experiências que se apresentam a cada um de nós precisam ser vivenciadas, para que possamos desenvolver uma versão mais leve e refinada de nós mesmos.

A criação existe por causa do trabalho duro que cada indivíduo faz para melhorar a si mesmo e ao mundo à sua volta.

Viver não é estar em conflito e em competição com os outros. Esta é uma visão falsa da vida.

Viver é uma competição consigo mesmo para vir a ser aquele amor que buscamos nos outros.

É amor sem expectativas.

A vida em si é uma experiência espiritual. E espírito é amor!

Quando permitimos que os medos em nossa mente controlem o coração, não conseguimos mais enxergar claramente, e nossas expressões se tornam poluídas pelo medo ao invés de amor.

Isso gera confusão, é claro, mas ao mesmo tempo cria um anseio por um retorno ao amor.

Tal anseio é interpretado como saudade e, de fato, trata-se da voz da sua alma estimulando a mente em desenvolvimento a confiar que o amor não conhece o medo.

Quando nossos pensamentos se tornam mais amorosos e úteis, quando reconsideramos os valores do nosso coração e espírito, quando passamos a ser aquilo que esperamos que os outros sejam, então o sol no coração irrompe, afastando as nuvens do medo presentes na mente.
Quando passamos por essas experiências e aprendemos suas respectivas lições, depositamos finalmente a confiança em nós mesmos e deixamos que o amor nos guie.

O amor é nossa casa e no amor não há separação.

O processo de crescimento até este nível de consciência implica no abandono de infantilidades e de crenças simplistas e ingênuas às quais tantas pessoas se apegam.

A questão é discernir a verdade e a beleza de todas as coisas. Quando sabemos a verdade, logo reconhecemos as trivialidades e armadilhas que as forças das sombras colocaram no nosso caminho para impedir nosso processo de crescimento.

Foi-nos dado livre-arbítrio para escolhermos entre servir às sombras que se expressam através do controle, da desonestidade e do medo, ou a luz que se expressa através do amor, da sabedoria e da responsabilidade.

Aqueles que despertam ao ponto de entenderem que há uma escolha encontram-se na viagem de volta à compreensão plena.

Eles confiam em seus sentimentos e sabem intuitivamente o que tem valor.

Há um poder silencioso no fundo de nós que nos conecta à nossa essência espiritual.

Quando abrimos conscientemente nossas mentes a esta força divina, somos guiados a nos unirmos ao todo da vida e logo compreendemos por nós mesmos nosso verdadeiro propósito neste planeta incrível."



Robert Happé 
Fundador do Centro de Educação Espiritual –CEE

17 de junho de 2012

Hoje eu sei por Monja Coen...


"Hoje eu sei que a compaixão é capaz de transformar o mundo e transformar o ser.

Hoje eu sei que a compaixão pode ser desenvolvida, cultivada, que as áreas do cérebro responsáveis pela compaixão podem ser estimuladas.

Hoje eu sei que é possível "musculação de neurônios" através da meditação e do pensamento amoroso, terno, inclusivo, compreensivo, sábio.

Hoje eu sei que Buda se manifesta em cada ser que se entrega à bondade e ao Caminho do Bem, que é o Caminho Iluminado.

Hoje eu sei que a Verdade é o Caminho. A Verdade com "V" maiúsculo, onde tudo está incluso - até mesmo as mentiras.

Hoje eu sei que não sei, que não há nem mesmo um "eu" que sabe e não sabe.

Hoje eu sei que intersomos, interconectados com tudo que existe. Somos um só corpo e uma só vida. Estamos em rede. Na rede de Indra, feita de raios luminosos e em cada intersecção uma jóia recebendo e emitindo raios em todas as direções.

Hoje eu sei que somos co responsáveis pela realidade em que vivemos, pelo mundo em que estamos e que não adianta reclamar, é preciso agir para transformar.

Hoje eu sei que a juventude passa, os amores passam, a velhice passa, os desamores passam. Tudo é transitório e passageiro. O que se une inevitavelmente se separa. E assim é.

Hoje eu sei que a pessoa mais forte é aquela que se rende primeiro - assim como o bambu - flexível.
Hoje eu sei que a água é capaz de se moldar ao recipiente que a contém e que o gelo é duro e pode ferir. Então faço dos ensinamentos sagrados o sol que derrete o gelo e nos liberta de nossa própria frieza.

Hoje eu sei que é preciso sentir, que a indignação é uma alavanca para as grandes transformações e que as grandes transformações são feitas de pequenos gestos simples no dia a dia.

Hoje eu sei que palavras amorosas e ternas afetam as moléculas de água e que somos mais de 75% água. Então eu cuido do que falo, do que penso e como ajo.

Hoje eu sei que a mudança depende de mim, de cada um de nós. E que só há um caminho: ação amorosa e não violenta para resolver conflitos e atritos.

Hoje eu sei que a vida vale a pena ser vivida em sua plenitude deste instante eterno.

E tudo que temos é este instante. Aqui e agora.

Mãos em prece!'

Monja Coen

16 de junho de 2012

A arte da felicidade por Dalai Lama


"Acredito que o objetivo da nossa vida seja à busca da felicidade. Isso está claro. Quer se acredite em religião ou não, quer se acredite nesta religião ou naquela, todos nós buscamos algo melhor na vida. Portanto, acho que a motivação da nossa vida é a felicidade.

Quando você mantém um sentimento de compaixão, bondade e amor, algo abre automaticamente sua porta interna. Com isso, você pode se comunicar mais facilmente com as outras pessoas. E esse sentimento de calor cria uma espécie de abertura. Você descobre que todos os seres humanos são exatamente iguais a você e se torna capaz de se relacionar mais facilmente com eles. Isso lhe confere um espírito de amizade. Então há menos necessidade de esconder as coisas e, consequentemente, sentimentos de medo, dúvida e insegurança se dispersam automaticamente.

Na nossa vida diária, certamente aparecem problemas. Os maiores problemas em nossas vidas são aqueles que temos de enfrentar inevitavelmente, como a velhice, a doença e a morte. Tentar evitar nossos problemas ou simplesmente não pensar neles pode nos dar um alívio temporário, mas acho que há um modo melhor de lidar com eles.
Se você enfrentar seu sofrimento diretamente, terá mais condições de avaliar a profundidade e a natureza do problema. Numa batalha, enquanto você ignorar as condições e a capacidade de combate do inimigo, estará completamente despreparado e paralisado pelo medo. No entanto, se você conhecer a capacidade de luta de seus adversários, os tipos de armas que eles têm e assim por diante, terá muito mais condições de entrar na guerra. Do mesmo modo, se você enfrentar seus problemas em vez de os evitar, terá mais condições de lidar com eles.

Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessária. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade."

Dalai Lama

14 de junho de 2012

A rigidez [interior] que limita....


"Você se considera ou convive com alguém rígido, inflexível? 
A rigidez, inflexibilidade, a imposição constante de regras, limita as relações e impede a busca por outros caminhos, acreditando que aquele escolhido é o único certo. 

O excesso de rigidez faz com que criemos um padrão mental de comportamento, podendo provocar um sentimento de autopunição que só traz sofrimento, aos outros e a si próprio. Podemos encontrar pessoas rígidas em todos os lugares, mas, se observarmos mais atentamente, podemos encontrar muitas vezes essa rigidez dentro de nós mesmos. 

Por exemplo, quem quer eliminar uns quilinhos é muito comum colocar-se metas. Sim, é importante saber onde se quer chegar, mas fazer disso um tormento, com expectativas elevadas só a fará encontrar insatisfação e frustração. 

“A rigidez está muito relacionada com a repressão da expressão de emoções e conflitos não resolvidos.” 
Se a meta é eliminar um quilo em uma semana e só conseguir quinhentos gramas, ignorando tudo que foi feito para alcançar tal resultado, poderá fazer com que desista logo no início, reforçando o sentimento de não ser capaz. Ou seja, em função do excesso de rigidez, tudo que não for atingido conforme o programado é desprezado, como se houvesse a necessidade de se punir de algo que não foi realizado conforme as próprias regras. 

Pessoas rígidas em geral sofrem de dor de cabeça, enxaqueca, impondo-se a si mesmas um grande sofrimento para atenderem a exigências interiores inconscientes. Estão quase o tempo todo tensas, não se “desarmam”, como se estivessem constantemente em perigo. Mas caso sejam questionadas se sofrem de conflitos internos não resolvidos, elas o negam, dificultando a resolução destes. 

Muitas vezes são pessoas que provêm de famílias que atribuem grande valor a normas rígidas de comportamento, sendo punidas quando essas regras não eram cumpridas e onde a expressão emocional, quer de afeto ou agressividade era reprovada e reprimida.

 O bloqueio da expressão afetiva ou a repressão da agressividade podem gerar um sintoma físico como a dor de cabeça ou enxaqueca, como meio de expressar no corpo os afetos e sofrimentos não expressos verbalmente. Seria como se a pessoa não agredisse aos outros, mas a si mesma. 

Ou seja, a rigidez está muito relacionada com a repressão da expressão de emoções e conflitos não resolvidos, podendo ainda estar relacionada com a repressão sexual. As crises de cefaléias ou enxaquecas podem ser muitas vezes utilizadas como desculpa para fugir da relação sexual, assim como o próprio excesso de peso. 

Diante da incapacidade de comunicar com palavras o que sente, o corpo adoece como forma inconsciente de manifestar seu sofrimento. A repressão de qualquer sentimento é maléfica para a mente e o organismo, devendo ser evitada. 
Excluídas as causas orgânicas, a dor de cabeça, enxaqueca ou dores musculares, podem se manifestar em função de uma tensão em face dos problemas do dia-a-dia e da relação insatisfatória e rígida que a pessoa mantém consigo mesma e com os outros. Ou seja, há uma contração de toda a musculatura, principalmente do pescoço, da nuca e da face. “A repressão de qualquer sentimento é maléfica para a mente e o organismo, devendo ser evitada.” 

Pode ser desencadeada também pelo estresse em função da sobrecarga que a própria pessoa se impõe, assim como da ansiedade crônica. Além disso, os estados crônicos de tensão ou estresse contribuem decisivamente para aumentar a pressão arterial, e a pressão alta pode causar a cefaléia, tornando uma verdadeira bola de neve. É claro que todos nós convivemos diariamente com algum grau de tensão física e emocional, mas existem pessoas que são rígidas 24 h e devem ficar atentas a esse comportamento. 

Ser flexível não quer dizer perder a personalidade, ser volúvel ou fazer tudo o que outras pessoas querem, mas ser mais acessível à compreensão das coisas e pessoas, principalmente a si mesmo. É saber ouvir mais atentamente antes de interromper como se fosse dono da verdade ou como se houvesse apenas um caminho a seguir.

Podemos encontrar pessoas presas durante anos a conceitos e crenças antigas que apenas mobilizam e limitam o crescimento, onde não se permitem ampliar seu campo de visão ou de conhecimento, por acreditarem estar absolutamente certas naquilo que acreditam. A pessoa rígida não é só rígida com os outros, mas principalmente consigo mesma. 

Impor regras, limites, horários, seguindo um padrão rígido de comportamento desgasta qualquer pessoa ou relação. Irritar-se por que o outro chegou cinco minutos atrasado ou não fez exatamente como você esperava, pode fazê-lo ter que lidar com sua frustração, mas como em geral nega seus próprios sentimentos, prefere impor que apenas seu jeito de ser ou pensar é o certo. 

Pessoas rígidas estão sempre se impondo limites, muitas vezes porque na verdade, não se sentem capazes de ultrapassarem os seus próprios, sempre se escondendo atrás de regras que as fazem permanecer no mesmo lugar, onde tudo é conhecido e seguro, ainda que extremamente limitador. Atrás de toda rigidez encontra-se a não aceitação da naturalidade da vida, que por si só muda a cada momento, buscando se adequar para que haja um maior desenvolvimento e crescimento do ser humano e que não consegue ser alcançado onde há limites."

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