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19 de novembro de 2013

Não leve nada para o lado pessoal...


"Segundo dos quatro compromissos do livro da Filosofia Tolteca de Don Miguel Ruiz
Se você leva as coisas para o lado pessoal é porque, em algum nível, você concorda com o que está sendo dito.
 Nós costumamos levar as coisas para o lado pessoal devido a uma coisa chamada “importância pessoal”.
 Achamos que tudo o que acontece a nossa volta tem a ver conosco. Será que tem mesmo? O que os outros fazem, dizem ou pensam tem a ver com a forma como os outros veem o mundo, e não tem nada a ver com você. Já parou para pensar nisso?

Os outros veem o mundo baseado nos compromissos que assumiram consigo mesmos (suas crenças) e isso não tem nada a ver com você. 
Quando você se sente ofendido ou magoado por outra pessoa sua reação é defender seus compromissos (suas crenças) como algo certo, estabelecido, como uma “verdade”, quando são apenas suas crenças. Saiba que os outros não tem nada a ver com suas crenças.

Daí tantos conflitos e tanto caos criados em nossas vidas. Eu levo tudo para o lado pessoal, e os outros também. Eu defendo meus pontos de vista e os outros defendem os pontos de vista deles. Não deveríamos levar nada para o lado pessoal, nem as críticas e nem os elogios.

Não levar nada para o lado pessoal é viver em estado de tal amor que todo o mundo ao nosso redor é visto por esse prisma, sob o ponto de vista do amor. 
Se vejo tudo com olhos amorosos, me liberto das críticas e até dos elogios. O contrário do amor é o medo, e quanto mais medo tivermos em nós, mais levaremos as coisas para o lado pessoal, criando caos e conflito.

Escolha: quero ver o mundo com olhos medrosos? Ou quero ver o mundo com olhos amorosos? Assuma o compromisso de não levar nada para o lado pessoal, vendo tudo com olhos amorosos. Não faça do lixo alheio o seu próprio lixo."

Don Miguel Ruiz
Fonte:http://universonatural.wordpress.com/2012/04/23/

27 de junho de 2013

Os Sinais da Personalidade.. André Luis/Chico Xavier



"Sua conversação dirá das diretrizes que escolheu na vida.
Suas decisões, nas horas graves, identificam a posição real de seu espírito.
Seus gestos, na luta comum, falam de seu clima interior.
Seus impulsos definem a zona mental em que você prefere movimentar-se.

Seus pensamentos revelam suas companhias espirituais.
Suas leituras definem os seus sentimentos.
Seu trato pessoal com os outros esclarece até que ponto você tem progredido.
Suas solicitações revelam o verdadeiro lugar que você ocupa no mundo.

Seus dias são marcas no caminho evolutivo. 
Não se esqueça de que compactas assembleias de companheiros encarnados e desencarnados que conhecem-lhe a personalidade e seguem-lhe a trajetória pelos sinais que você está fazendo."

André Luiz/Francisco Cândido Xavier

16 de junho de 2013

Fugir do negativismo pode mudar a vida...


"Eu não sei se você já reparou, mas às vezes parece que todo mundo ao nosso redor começa a enxergar tudo cinza.

De repente, reclamar da vida virou consenso geral. As pessoas reclamam do trânsito, da correria, da crise, do tempo, de tudo. E se não percebemos, acabamos entrando para o time, colaborando para expandir ainda mais essa onda sombria que vai cobrindo nossas cabeças, nublando a luz do sol.

Não se trata de fingir que as coisas não acontecem, mas de que adianta ficar reproduzindo essa visão negativa do mundo, como se fôssemos um gravador mal -assombrado recriando o arrastar de correntes fantasmagóricas por onde quer que passemos?

As nossas palavras, e os nossos pensamentos são como sementes. A partir do momento em que as trazemos para fora, semeamos o terreno ao nosso redor. Num primeiro momento as sementes ficam lá quietas, como se estivessem mortas, como se não tivessem vida própria. Mas elas têm! Na medida em que continuamos alimentando-as, elas crescem, ficam cada vez mais fortes, frutificam e povoam nossas vidas.

Preste muita atenção ao que você tem plantado ao seu redor, pois será com isso que você terá que conviver num futuro próximo, bem como as pessoas que vivem perto de você.

Não parece difícil entender que uma pessoa que tenha uma visão negativa de tudo acabe plantando um jardim sombrio ao seu redor. Nele florescem horrendas trepadeiras de tristeza, plantas rasteiras cheias de desânimo, vários tipos de ervas daninhas: inveja, ódio, ressentimento. E pior... o triste jardim, uma vez criado por nós, ganha vida própria. Pragas proliferam, espinhos surgem e ele vai se tornando cada vez mais intransponível à medida em que as plantas carnívoras ganham força e se alimentam de qualquer possibilidade de otimismo que ouse se aproximar.

Assim, perpetuamos em nossa vida essa visão sombria do mundo, sem nos dar conta do quanto colaboramos para sua criação.

Não importa o que digam as pessoas ao seu redor, assuma a responsabilidade pelo seu jardim. Arranque, corajosamente, as ervas daninhas. Prefira o vazio fértil de uma terra virgem feita de silêncio à essa profusão de negatividades ao seu redor. Escolha o que quer perto de você, rodeie-se de beleza. A beleza nos reconecta à leveza fluida da nossa alma, nos dá asas de borboleta, enfeita nosso jardim. Escolha belas palavras e bons pensamentos, cada um deles será como sementes de flores lançadas sobre a terra ao seu redor. Em breve um campo florido surgirá, trazendo cor e perfume para a sua vida.

Você ainda terá um ganho adicional... amigos e bons relacionamentos. Afinal, quem não se sente atraído pela beleza de um jardim florido? E com as pessoas vêm oportunidades, e abertura na vida, e conforto, troca, carinho, amor. Não é tão difícil constatar que quando escolhemos olhar para o que de belo existe, atraímos mais beleza.

Assim, não siga a onda sombria que vem se espalhando, principalmente nos grandes centros urbanos, e que faz com que as pessoas obtenham um prazer mórbido em reclamar da vida. Mesmo sabendo que dificuldades existem, alimente o que de belo existe ao seu redor. Aguce seu olhar, não é tão difícil encontrar coisas boas para se falar ou pensar.

Seja um ponto luminoso na escuridão de nossos dias e perceba que essa simples mudança de enfoque pode mudar não só a sua vida, mas a de muitos a seu redor."

Patricia Gebrim

2 de junho de 2013

A Força da Esperança...


"Embora estejamos mergulhados numa atmosfera sombria e cheia de acontecimentos tristes, cheguei à compreensão de que nós que acreditamos na vitória da Luz e do Amor, não devemos nos envolver demasiadamente com todo este aparente caos. Se ficarmos pensando nesses fatos dolorosos que são constantemente noticiados pela mídia, sem percebermos, iremos nos intoxicando com o medo e nos afastando da Fonte que é de onde emana toda a Paz que precisamos para sermos felizes, apesar dos acontecimentos.

O nosso pensamento é poderoso e através dele podemos auxiliar a instalação da Nova Era que está chegando ao nosso planeta. É preciso que sempre busquemos uma forma positiva de olhar os acontecimentos, sejam eles quais forem. Não sugiro fiquemos alienados da realidade, mas que tenhamos sempre a convicção de que o que vemos não é exatamente tudo o que está ocorrendo. Há muito benefício, fruto do mau acontecimento, mesmo que não o vislumbremos no momento.

Para muitos de nós, o sofrimento ainda é necessário como um alerta, como um sinal bem forte de que a mudança em nossas vidas é imprescindível. Vivemos num mundo em que convivemos com irmãos muito diferentes em capacidade de compreender e acreditar na existência de Deus, de uma ordem cósmica superior.

Se nos detemos pensando e falando sobre fatos desastrosos, estamos colaborando com as forças da involução que desejam o aumento e fortalecimento das sombras e do medo em todos nós.

Se, ao contrário, conseguirmos lembrar o exemplo do Cristo, o qual, embora envolto nas trevas terrenas, conseguiu semear sempre a luz da esperança e do Amor, reagiremos de outra maneira, elevando o pensamento até o Amor Maior e recordando que nada acontece por acaso, mas de acordo com a vontade de Deus.

Para ajudarmos realmente, precisamos nos manter firmes, fazendo crescer a nossa fé no Bem e vivendo a exemplificar isto, todo o tempo. Conscientes dos nossos pensamentos e sentimentos, buscando agir de forma amorosa e perdoando aqueles que não têm esta visão da vida, mas que um dia a terão. Isto também é meditação.

Nascemos e vivemos para sermos felizes! Não para sofrermos, envoltos em lágrimas e queixas, em tristeza.
Cabe a cada um de nós construirmos seu próprio mundo, alicerçado na fé na vitória do Bem que nos criou, que está em nós e em todos, apenas esperando para ser reconhecido.

Muitas crenças religiosas, de certa forma, cultivaram ao longo de toda a história o sofrimento, como se este fosse inerente ao viver. Penso que hoje já podemos compreender que temos a condição de transformar isto, através da vivência do Amor e do Perdão, aplainando os caminhos e não criando mais obstáculos.
Quantos exemplos de superação já conhecemos! Irmãos nossos que, apesar de todas as dificuldades, conseguiram caminhar de forma produtiva e na paz?

Cabe a cada um cuidar de seu mundo interior, não acasalando fatos tristes e evitando ir propagando a desesperança e o negativismo, pois se assim fazemos, viveremos nesta atmosfera, além de estarmos potencializando o mal que teima em se apropriar de nossa casa planetária e de nossas mentes.

Que as alegrias se multipliquem. Que o Amor se propague. Que o perdão nos liberte definitivamente do passado que não deu certo. Que a Paz finalmente reine em nosso mundo interior, para que vá se propagando, envolvendo toda a família humana, como a luz do sol que não escolhe onde brilhar!"

Maria Cristina Tanajura

29 de maio de 2013

Expõe-te... vá além!!!


"Expõe-te. Expõe-te. Expõe-te. É só o que te posso dizer. Posso e tenho de te chamar a atenção para que te exponhas, para que mostres ao que vens, para que ponhas o coração em cima da mesa, e que o faças de alma aberta. Quem não entender, não entendeu. Mas não é por isso que vais deixar de ser quem és e de mostrar isso ao mundo. 

O mundo só existe para que tu te exponhas sem teres medo de ser rejeitado. Sem teres medo de ser ridicularizado. Quantas coisas deixas de fazer com medo de te expores? Quantas experiências não viveste com medo de errar? O medo de errar faz com que a pessoa não se exponha. E quanto menos ela se expõe, mais se vai afundando num poço de conformismo e mesmice. 

Vai chegar um dia em que, de tanto se esconder, dos outros e de si própria, acorda e já nem sabe quem é. Não sabe quem foi. E não tem ideia do que virá a ser. A vida é feita de experiências. Sempre que rejeitares alguma com medo de te expores, com medo de errares e seres julgado por isso, a cada vez que te demitires de ti próprio em nome da não exposição e, consequentemente, da tentativa de não ser julgado, estarás a retirar experiências à tua alma, e ao retirares experiências também retiras aprendizado e sabedoria. 

Lembra-te sempre. O que está em causa não é o erro. A questão não é parares de errar. O mundo é dual e imperfeito, tu és dual e imperfeito e, por conseguinte, o mais provável é que continues a errar. Expondo-te ou não. O que está em causa é como reages ao erro, o que aprendes com ele e o quanto evoluis à conta de o teres cometido. É outra lógica, eu sei, mas é assim. 


Jesus/ Alexandra Solnado

16 de fevereiro de 2013

Sindrome da Vitima - A INCAPACIDADE DE ACEITAR O MUNDO COMO ELE É...

"Todo o comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bastante distintos: aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca.

Nossa postura na vida depende do modo como estabelecemos essa relação: a relação entre nós e os outros, entre nós e os membros da nossa família, entre nós e outros membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho, entre nós e a realidade externa.

A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre essas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima.

O que é a vítima?

A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo.

Ela consegue ver apenas a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo.

Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer.

A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as outras pessoas. 

Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem.

E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é à outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas.

A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar‚ escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, as deficiências da parte que nos cabe.

Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas.

A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer.

Sofrendo de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a idéia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser.

Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contato com a realidade.

A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.

Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada.

Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes.

Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor.

Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante.

Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais. Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence.

A nossa fantasia está em querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes. Todos nós temos parte da responsabilidade naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver.

Os problemas da nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel.

Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução. Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis.

Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora.

Generalizamos para não solucionarmos, e como tudo aquilo que nos acontece está vinculado à realidade, todas as vezes que quisermos encontrar desculpas para nós basta olhar a imperfeição externa. 

Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia.

A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo.

Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio. A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros é que não prestam.

Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros têm que mudar.

A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas. 

A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo.

É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas. 

Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação.

As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer."

Autor: Antônio Roberto Soares/Psicólogo
http://telepatas.ning.com/forum/topic/

26 de outubro de 2012

Para mudar o mundo comece primeiro em você por Caio Cesar Santos


"Nos últimos tempos muito se fala sobre sustentabilidade da sociedade e do planeta. Não se pode negar que as alterações climáticas e as crises econômicas estão servindo de alerta para refletirmos sobre as decisões que temos tomado em nossas vidas. 

É interessante perceber que depositamos a culpa nos políticos e governantes que não honram a confiança de nossos votos para criar as mudanças necessárias. Mas porque elegemos pessoas com tais valores e atitudes? O que está por detrás disto que não conseguimos enxergar? 

Talvez isto seja um reflexo da doutrinação recebida de nossa família, escola, religião, sociedade, mídia etc. que é repassada de forma automática para as gerações seguintes.
 Desde bebês, quando cometemos nossos primeiros erros, somos repreendidos pelos nossos pais e criamos uma conclusão emocional que: "Errar traz sofrimento! Para não sofrer é mais fácil ocultar o erro, culpar outra pessoa ou criar uma boa desculpa". 

Então, quando somos surpreendidos fazendo alguma coisa considerada "errada" sentimos medo e nossa primeira reação é: "Não fui eu!", negando qualquer responsabilidade sobre nossos atos. 

Por não ser incentivada, a responsabilidade pessoal é completamente abandonada e passamos a nos comportar segundo os dogmas ou leis da sociedade.
 Se formos bons filhos(as), alunos(as), profissionais, maridos(esposas) e cidadãos(ãs) estaremos sempre recebendo nossos "biscoitinhos", caso contrário ficamos de castigo, repetimos de ano, somos demitidos, abandonados, multados, processados e até presos. 

Quando chegamos à adolescência começamos a questionar tudo, até de forma rebelde, e sentimos uma forte atração de fazer o que é proibido: provar álcool, drogas, sexo, dirigir de forma imprudente, falsificar carteira de estudante para pagar menos, tentar entrar em lugares não permitidos, procurar por "facilidades", trair nos relacionamentos etc.
 E, se pararmos para refletir, sentimos um conforto ao acusar as outras pessoas, pois nos dá direito a cometer nossos "pequenos deslizes" baseados na crença coletiva "Qual é cara! Todo mundo faz isto!" 

E, logicamente, quando somos pegos com a "boca na botija" agimos baseados no medo e voltamos ao velho padrão de não assumir o erro e tentamos dar um jeitinho de escapar ilesos. 

A desonestidade que vemos no mundo nasce fora de nós ou é apenas um reflexo nosso? Será que existe separação entre as pessoas ou somos todos frutos da mesma essência? Não estamos tentando tapar o sol com a peneira? 

Então onde começa a mudança? 

Acusar os outros pela desonestidade e falta de sustentabilidade do mundo é apenas um forma de livrarmos de nossos próprios fardos. A mudança precisa começar em cada um de nós, em nossas vidas pessoais! 

Isto não quer dizer que vamos virar santos da noite para o dia, mas se iniciarmos um processo de autoconhecimento e nos questionarmos sobre qual é o nosso propósito nesta breve experiência que é a vida, começaremos a despertar nossa consciência e começaremos a encontrar as respostas do que faz nossas vidas valerem à pena. 

A partir daí teremos sabedoria para seguir um caminho sustentável, seremos naturalmente mais felizes e autênticos em nossos relacionamentos e faremos escolhas conscientes para mudar nossas vidas e eleger representantes que sejam reflexo desta mudança para o mundo. 

"O mundo é um reflexo meu" - Harry Palmer 
"Precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo" - Ghandi

Caio Cesar Santos

18 de setembro de 2012

Deixe-se em paz por Martha Medeiros...


"Geralmente é o que se deseja intimamente: paz para o mundo, paz para todos, paz para os torcedores, paz para os moribundos, paz para os iraquianos. É um desejo legítimo, mas qual a nossa contribuição prática para ajudar a construir uma serenidade universal? 
O máximo que podemos fazer é garantir nossa própria paz.

Portanto, esses são os meus votos: deixe-se em paz.

Parece uma frase grosseira, mas é apenas um desejo sincero e generoso. 
Deixe-se em paz. Não se cobre por não ter realizado tudo o que pretendia, não se culpe por ter falhado em alguns momentos, não se torture por ter sido contraditório, não se puna por não ter sido perfeito. Você fez o melhor que podia.

Aproveite para estabelecer metas mais prosaicas para o futuro que virá, ou até meta nenhuma. Que mania a gente tem de fazer listinha de resoluções, prometer mundos e fundos como se uma simples virada de ano bastasse para nos transformar numa pessoa mais completa e competente. 

Você será o que sempre foi — e isso já é muito bom, pois presumo que você não seja nenhum contraventor, apenas não consegue dar conta de todos os seus bons propósitos, quem consegue? Às vezes não dá. Vá no seu ritmo, siga sendo quem é, não espere entrar numa cabine e sair de lá vestido de super-homem ou de super-mulher. Deixe de fantasias.

Deixe-se em paz.

Se quer tomar alguma resolução, resolva ajudar os outros, fazer o bem, dedicar-se à coletividade, seja mais solidário. Não deixe os menos favorecidos na paz do abandono, na paz do esquecimento. Mas esquecer um pouco de você mesmo, pode. Deve. Não se enquadre em comportamentos que não lhe caracterizam, não se enjaule por causa de decisões das quais já se arrependeu, não se arrebente por causa de questionamentos incessantes.

Liberte-se desses pensamentos todos, dessa busca sofrida por adequação e ao mesmo tempo por liberdade. Nossa, ser uma pessoa adequada e livre ao mesmo tempo é uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Será mesmo tão necessário pensar nisso agora? Deixe-se em paz.

Não dê tanta importância à melhor roupa para vestir, à melhor frase para o primeiro encontro, às calorias que deve queimar, à melhor resposta para quem lhe ofendeu, às perguntas que precisa fazer para se autoconhecer.

Chega de se autoconhecer. Deixe-se em paz.

No fundo, estou escrevendo para mim mesma.

Não me deixo em paz. Estou sempre avaliando se agi certo ou errado, cultivo minhas dúvidas com adubo e custo a me perdoar. Tenho passe livre para o céu e também para o inferno. Preciso me deixar em paz, me largar de mão, me alforriar.

Só falta alguém ensinar como é que se faz isso."
Autora:Martha Medeiros

8 de setembro de 2012

ENVELHECER É UMA BÊNÇÃO por Clara M. Codd


“Você não precisa ser grande para ser feliz, precisa ser simples, natural e amoroso.” 

Todas as idades, assim como todas as circunstâncias, têm suas compensações. Acho que algumas pessoas temem envelhecer. Agora que envelheci, posso dizer a todos que essa é uma experiência abençoada. 

A idéia popular é a de que a juventude é a época em que somos mais felizes. Sei que isso não é verdade. A cada ano que envelheço, fico mais feliz. Tenho até certa pena dos jovens, tão inexperientes, freqüentemente tão confusos. Só com a idade é que se pode encarar a vida de maneira impessoal, acumulando, assim, a sabedoria que dela emana. 

Lembro-me de quando sentia tudo de maneira muito mais vívida do que hoje. Quando somos jovens, amamos intensamente, sofremos, ficamos ansiosos. Não que eu tenha deixado de fazer isso; agora, porém, faço de uma maneira mais madura e mais sábia. Jamais sentirei novamente nesse corpo os maravilhosos estremecimentos da juventude, com seus grandiosos momentos. Lembro-me deles, e isso é suficiente. 

Na velhice, não se pode fazer tanto quanto se fazia antes, mas pode-se pensar de maneira muito mais eficaz. Como disse um famoso filósofo francês: “Se a juventude ao menos soubesse; se a velhice pelo menos pudesse.

 É missão da juventude colocar em ação a sabedoria obtida na última encarnação. Quero retornar à vida para fazer as coisas que agora consigo ver claramente que devem ser feitas. Mas, de qualquer maneira, sou feliz. 
O que os senhores do carma me pedem eu dou com alegria. 

Provavelmente você descobriu que, via de regra, ocorreu dor, desapontamento e frustração, em vez da “moleza” que a maioria dos jovens espera. Mas como valeu a pena toda essa experiência! Lembro-me de Annie Besant relembrando sua vida longa e maravilhosamente plena, e dizendo que poria de lado todas as alegrias, mas nenhuma das dores; foi através delas que mais pôde aprender.
 
Não tenha medo da dor. Helena Blavatsky chamava-a de “o instrutor, o despertador da consciência”. 
O mesmo disse Krishnamurti. 

À medida que envelhecemos, aqueles a quem mais amamos nos deixam, um a um. Mas nós não os perdemos. O amor é sempre a sua própria eternidade. Eles se foram um pouco antes de nós e estarão lá para nos dar as boas-vindas quando nosso grande dia chegar. 

Foi também Annie Besant quem me disse, certa vez: ‘’Quando você conseguir ficar feliz quando aquele a quem mais ama não estiver presente, você terá verdadeiramente aprendido a amar.” 

Duas coisas me doem sempre que as vejo: a juventude sem esperança e a velhice sem paz. 
Outra coisa que noto a respeito do envelhecimento: poucas memórias persistem. No meu caso, não são as grandes e maravilhosas ocasiões da vida que retornam à lembrança, mas as pequeninas coisas: pessoas que vi apenas uma vez, pequenos atos de ternura que presenciei. A humanidade não precisa de coisas grandes. Ela precisa, acima de tudo, do doce calor do amor cotidiano. 

Você não precisa ser grande para ser feliz. Precisa ser simples, natural e amoroso. Talvez o mundo se volte novamente para as coisas simples da vida, e assim reconquiste a felicidade.
 Eu gostaria de devolver ao camponês, ao homem que trabalha, as coisas que o fazem feliz, e desviar os pensamentos dos ricos e poderosos da dura procura por lucro e poder, que só podem ser obtidos com a dor de milhões de pessoas. 

Estou feliz por estar velha. Agradeço à vida por isso. A “alma peregrina” em nós jamais envelhece. Ela é a eterna juventude, o fogo imorredouro. Existe uma serena benevolência, uma ternura graciosa, encorajadora, a respeito do gradual declínio do nosso veículo físico neste mundo. Podemos muito bem dizer para toda a nossa vida: “Deus esteja contigo até que nos encontremos novamente."

Clara M. Codd

Fonte:
 http://lucio-ergel.blogspot.com.br/search/label/CLARA%20M.%20CODD
COMPARTILHADO DO BLOG:LUZ DA ALMA

9 de agosto de 2012

Porque você quer servir a humanidade? por Sri Aurobindo

Este  artigo (que é somente uma parte do original),  foi compartilhado do excelente blog Dharmalog de Nando Pereira.. uma profunda e enriquecedora  reflexão sobre o tema:(link abaixo)

(...)"Você deve olhar-se dentro, questionar-se, antes de empreender qualquer coisa, e não fazê-lo simplesmente porque é a coisa normalmente feita. Você pode fazer bem aos outros, se souber qual é este bem e se possuí-lo dentro de si mesmo. Se quiser ajudar aos outros você deve estar num nível superior ao deles. Se estiver em pé de igualdade com eles, no mesmo plano, em natureza e consciência, que pode você fazer, a não ser partilhar de sua ignorância e de movimentos cegos e perpetuá-los? Assim, acontece que, realmente, a primeira coisa a fazer, é servir a si mesmo.

Você fará uma descoberta notável quando começar a saber o que você é e quem você é. É assim que deveria principiar: “Quero servir à humanidade. Como posso eu servi-la? Quem é este “eu” que quer servir?” Você diz: “Eu sou esta pessoa, esta forma e este nome”. Mas a forma que você é agora, não é aquela que você tinha quando era um bebê. Ela está mudando constantemente. Todos os elementos de seu corpo estão sendo completamente renovados. Nem as suas impressões e sentimentos são aqueles que você tinha há poucos anos atrás. Seus pensamentos e ideias sofreram revoluções. O “eu” cobre uma soma de fatores sempre mutáveis. Não há nada especialmente para ser chamado de “eu”, é apenas um círculo de mudanças. Um nome vazio parece ser a única coisa constante. Um elemento, num certo momento, vem à frente — uma ideia, um sentimento, um impulso — e isso é seu “eu” por um momento.

 Num outro momento, um outro elemento surge e se torna seu “eu”. Você não é um “eu” único, mas uma multidão de muitos “eus”. Portanto, que valor tem a afirmação de que um destes “eus” encontrou o alvo, a verdade, o dever que você tem que seguir? E se você prosseguir mais além, questionando-se e analisando-se completa e sinceramente, tropeçará na realidade. Você descobrirá que o “eu” não existe de modo algum. O que existe é alguma coisa mais: é a realidade indivisível, o Divino apenas.
Com esta auto descoberta que lhe dará o conhecimento básico, a fundação de sua vida, a descoberta de que seu “eu”, como você mesmo, não existe; na verdade você não é nada.
 Este sentido de nulidade deve permear seu ser, encher todos os elementos de seu ser, antes que a verdade possa raiar em você e a Presença Divina possa ser sentida. E o que você tem feito todo o tempo é exatamente o contrário, afirmando seu egoísmo, sua vaidade, pretendendo que você seja alguém que possa fazer algo, que o mundo precisa de sua ajuda e que você tem a possibilidade de dar esta ajuda. Nada disso. Quando você descobre esta verdade e a aceita, quando é humilde e, em verdadeira humildade, se acerca da vida e da realidade, você encontrará sua verdadeira carreira e vocação.

Num sentido mais profundo é, na verdade, servindo a si mesmo que você serve melhor aos outros. Quando você descobre um ponto escuro em si, um grão de egoísmo, de ambição, de amor próprio, quando você não cede a seu impulso, mas supera-o, quando conquista em si um movimento que o levaria a se extraviar, nesse mesmo gesto, você faz a conquista em benefício dos outros também, cria a mesma possibilidade nos outros.

 Não pode haver nada mais dinâmico do que esta colocação do exemplo pessoal. Não é para que os outros o observem e o imitem; a influência é mais sutil e mais poderosa. Você cria a oportunidade, faz a abertura, traz a força de sua realização para o jogo ativo, mesmo sem o conhecimento dos outros. E eles são beneficiados unicamente pela ajuda invisível que lhes é prestada.
 Mas você deve também tomar cuidado aí. Não deve dizer: “Devo melhorar-me para ajudar aos outros”. Não deve haver o mais leve vestígio desse espírito de intercâmbio ou barganha. Limite-se à sua própria vida; como os outros são ou não afetados, não é da sua conta. Se você abrigar esta espécie de ideia, estará convidando a mesma vaidade e egoísmo pela porta traseira. 
Sua vida deveria ser como o desabrochar de uma flor que floresce pela própria alegria da autorealização. No processo, pelo simples fato de existir, espalha seu perfume à volta, enche os arredores com sua vibração alegre. Mas isto simplesmente acontece, não se faz com um propósito ou intencionalmente. Do mesmo modo, procede a alma que se aperfeiçoa: a vitória que ela ganha para si é contagiosa, e se expande automaticamente.

Disse que seu ego é uma ilusão. Seu “eu” não existe em absoluto. Não há nada como individualidades distintas e separadas e realização individual. Somente o Divino existe e a Vontade Divina. Ele é a realidade solitária e única e omni-abarcante. O que é então a fonte desta variedade e diversidade de existências? Qual é a significação, se existe alguma, das várias individualidades e personalidades, seu aparecimento e desempenho no palco do mundo?

Esta é uma outra história. Deixo-a para uma outra ocasião.”



O artigo está no livro “O Yoga de Sri Aurobindo“, partes V a VII, de Nolini Kanta Gupta, pg. 247 (Editora Shakti).

6 de agosto de 2012

Não estás deprimido, estás distraído...por Facundo Cabral


"Não estás deprimido, estás distraído, distraído da vida que lhe habita. Tens coração, cérebro, alma e espírito… então como podes sentir-se pobre e desprezado.
 Distraído em relação à vida que te rodeia: Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.

Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando no mundo existem cinco mil e seiscentos milhões.
 Além de tudo, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e graças à solidão conheço-me, o
que é algo fundamental para viver.

Não caias no que caiu teu pai, que se sente velho porque tem setenta anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos oitenta e Rubinstein interpretava Chopin com uma maestria aos noventa. Só para citar dois casos conhecidos.

Não estás deprimido, estás distraído, por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado.
 Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não podes ser dono de nada.

Além disso, a vida não te tira coisas, a vida te liberta de coisas. Te alivia para que voe mais alto, para que alcances a plenitude. Do útero ao túmulo, vivemos numa escola, por isso, o que chamas de problemas são lições.
E a vida é dinâmica, por isso está em constante movimento, por isso que devemos estar atentos ao presente, por isso que minha mãe dizia: eu me encarrego do presente, o futuro é assunto de Deus. 
Por isso Jesus dizia: o amanhã não interessa ele trará novas experiência a cada dia lhe basta com sua própria vontade.

Não perdeste nada, aquele que morre simplesmente está adiantado em relação a nós, porque para lá vamos todos. Além disso, o melhor é o amor que segue em teu coração. Quem poderia dizer que Jesus esta morto? Não existe a morte: existe mudanças.

E do outro lado te esperam pessoas maravilhosas: Gandhi, Michelangelo, Whitman, São Agostinho, a Madre Teresa, teu avô e minha mãe, que acreditavam que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro nos distrai com coisas demais, e nos machuca, porque nos torna desconfiados.

Não encontras a felicidade e é tão fácil, só deves escutar teu coração antes que lhe intervenha tua cabeça, que está condicionada pela memória, e complica tudo com coisas velhas, com ordens do passado, com o prejuizo que adoenta, que acorrenta.
 A cabeça que divide, quer dizer empobrece. A cabeça que não aceita que a vida é como é e não como deveria ser.

Faz apenas o que amas e serás feliz e aquele que faz o que ama, está benditamente condenado ao sucesso, que chegará quando deve chegar, porque o que deve ser será, e chegará naturalmente. Não faças nada por obrigação nem por compromisso, apenas por amor.
Então terás plenitude, e nessa plenitude tudo é possível. E sem esforço, porque és movido pela força natural da vida, a que me levantou quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.

Deus te tornou responsável por um ser humano, e é tu mesmo. A ti deves fazer livre e feliz, depois poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros. Lembra-te de Jesus : “Amarás ao próximo como a ti mesmo”. 

Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que estás vendo, é uma obra de Deus; e decide agora mesmo ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição. Não algo que chegará de fora.

Aliás, a felicidade não é um direito, e sim um dever, porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os que te amam. Um único homem que não possuiu nenhum talento nenhum valor para viver, mandou matar seis milhões de irmãos judeus.

Existem tantas coisas para experimentar, e a nossa passagem pela terra é tão curta, que sofrer é uma perda de tempo.

Temos que desfrutar a neve do inverno e as flores da primavera, o chocolate de Perugia, a baguette francesa, tacos mexicanos, os mares e rios de vinho chileno, o futebol brasileiro e charutos Davidoff Chez. 
Temos de desfrutar das Mil e Uma Noites, a Divina Comédia, Dom Quixote, Pedro Páramo boleros de Manzanero e da poesia de Whitman, Mahler, Brahms, Ravel, Debuzzi, Mozart, Schopain, Beethoven, Caravallo, Rembrandt, Velásquez, Cézanne , Picasso e Tamayo, entre tantas maravilhas.

E se estás com câncer ou AIDS, podem acontecer duas coisas, e as duas são boas; se a doença ganha te liberta do corpo que é cheio de moléstias: tenho fome, tenho frio, tenho sono, tenho vontades, tenho razão, tenho dúvidas… e se tu vences, serás mais humilde, mais agradecido, portanto, facilmente feliz. Livre do tremendo peso da culpa, da responsabilidade e da vaidade, disposto a viver cada instante profundamente,…. como deve ser.

Não estás deprimido, estás desocupado. Ajuda a criança que precisa de ti , essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos, e os jovens lhe ajudarão quando o for. Aliás o serviço é uma felicidade segura como gozar a natureza e cuidar dela para aqueles que virão. Dá sem medida e te darão sem medida. Ama até que te tornes o ser amado, mais ainda converte-te no mesmíssimo Amor .

E não te deixes confundir por uns poucos homicidas e suicidas, o bem é maioria, porém, não se nota porque é silencioso, uma bomba faz mais barulho que uma caricia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida. 
O bem alimenta-se de si mesmo, o mal destrói-se a si mesmo. Se o mal soubesse que é um bom negócio ser bom, seria bom nem que seja por negócios.

Não estás deprimido, estás distraído. Se escutar ao outro, o que leva dentro, saberia tudo, em tudo encontraria algo para ti, então elevaria-se constantemente, e já não haveria confusões se não matizes, e nesta serenidade não querias nada, então encontraria tudo, e estando no presente diria e farias o que há de dizer e fazer em cada momento, natural e graciosamente, sem esforço o que faria com que tua relação com os outros fosse plena e o crescer no amor seria mais criativo sem limites e condições.

A ignorância nos faz sentir presos e mortais, é dizer que nos fechamos e limitamos sozinhos o medo nos distrai do amor, que é sábio e valente porque sabe que não há nem medidas nem fim, olhe para dentro e desaparecerão as nuvens da periferia, fique quieto e em silêncio para ouvir a sua sabedoria interior.

A que tem séculos, não anos como seu corpo e por isso está além de suas medidas caprichosas, dos preconceitos que causam medo, filho de sua ignorância.

Não estás deprimido, estás distraído das maravilhas que acontecem ao seu redor. Desde o nascimento a colheitas, desde revoluções a concertos, desde campeonatos de futebol até viagens interplanetárias, não está deprimido por algo que passou, senão distraído de tudo, que é agora mesmo.

Eu estou aqui para lembrá-lo que todos nós fazemos parte da maior empresa, a humanidade, que constrói, cura, semeia, lava, canta e dança.

Deus espera que o homem volte a ser criança, para o acolher em seu seio…

Não estás deprimido, estás distraído"…


Autor:Facundo Cabral

26 de julho de 2012

A salutar necessidade de solidão por Krishnamurti


"Para o total desenvolvimento do ser humano, a solidão como meio de cultivar a sensibilidade se impõe. É preciso que se saiba o que significa estar só, o que significa meditar, o que significa morrer; e as implicações da solidão, da meditação, da morte só podem ser conhecidas se as procurarmos. Podemos indicá-las, mas a aprendizagem por meio de indicações não representa a experiência da solidão ou da meditação.

 Para vivenciar o que seja solidão e o que seja meditação, precisamos estar em sentido de busca; só a mente que está em estado de busca é capaz de aprender. Mas, quando a busca é suprimida pelo conhecimento antecipado, ou pela autoridade e experiência de outrem, então, a aprendizagem se torna uma simples imitação, e a imitação faz o ser humano repetir o que é aprendido, sem vivenciá-lo. 

Ensinar não é simplesmente comunicar informação; é, isto sim, o cultivo de uma mente inquisitiva. Tal mente penetrará a questão do que seja religião, e não se limitará a aceitar as religiões estabelecidas, com seus templos e rituais. A busca de Deus ou da verdade, ou o nome que tenha — e não a mera aceitação da crença e do dogma — é que é a verdadeira religião. 

Assim como o aluno escova os dentes todos os dias, toma banho todos os dias, aprende coisas novas todos os dias, assim também deve ocorrer a ação de sentar-se em silêncio com os outros ou sozinho. Esta solidão não pode ser produzida mediante instrução, nem pode ser pressionada pela autoridade externa da tradição, ou induzida pela influência daqueles que querem sentar-se e permanecer em silêncio, mas são incapazes de estar sós. 
A solidão ajuda a mente a ver com clareza, como num espelho, e a libertar-se do vão esforço da ambição, com todas as complexidades, medos e frustrações, que são o resultado da atividade centrada em si mesma.
 A solidão dá a mente uma estabilidade, uma constância que não deve ser medida em termos de tempo. Essa clareza mental constitui o caráter. A falta de caráter é o estado de autocontradição."

Krishnamurti

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