14 de agosto de 2010

Os Segredos de Um Relacionamento, de Roberto Shinyashiki

A vida é cheia de ilusões. Mais ainda: muitos relacionamentos são o próprio mundo das ilusões. As pessoas se iludem muito e depois se decepcionam com as fantasias que elas mesmas criaram.
Talvez a maior ilusão seja construída em torno daquela conhecida frase das histórias de cinema: “E foram felizes para sempre.”

A verdade é que encontrar uma pessoa, se apaixonar, namorar e casar é apenas o ponto de partida para uma nova caminhada na nossa vida.
Mas tem um segredo: Pessoas felizes constroem um casamento feliz. Pessoas infelizes constroem casamentos infelizes. Então, você tem que dar um jeito de ser feliz sozinho, antes de querer ser feliz junto de alguém.

A primeira ilusão que as pessoas têm é de que o casamento vai resolver seus problemas. Mas casamento não resolve problema de ninguém. Pelo contrário, se você tiver essa ilusão, o casamento vai aumentar os seus problemas.

A segunda ilusão é querer encontrar a pessoa perfeita para ter como companheiro. Não busque a perfeição. Essa é uma meta inatingível. Nem você é perfeito, nem vai encontrar a pessoa perfeita.
O casamento dá certo para pessoas que não são dependentes uma da outra. Os dois têm de aprender a crescer juntos.

Mas, o mais importante de tudo é saber que o outro sempre é o seu espelho. Quando você critica o outro, na verdade não está falando dele, está falando de si mesmo. Sempre que você reclama algo de alguém, é preciso perceber como esse problema começa antes em você.

É importante entender, se quer ter um relacionamento que dê certo na sua vida, que tudo o que acontece com você, é você mesmo quem provoca.

Portanto só você mesmo pode mudar. Só você pode escolher o que quer para a sua vida, para os seus relacionamentos. A escolha é sempre sua. Portanto, olhe para dentro de você e realize a sua vocação: deixe aparecer o ser amoroso que você é.

Roberto Shinyashiki

Recebendo anjos, de Luis Fernando Verissimo


Bons tempos, bons tempos, os bíblicos. Imagine receber um anjo hoje. Um deles já pode ter estado com você, e você não o reconheceu. A função dele era aparecer e lhe dar a mensagem. A sua única obrigação era recebê-lo, mas você não soube que era ele. Você se afastou, achou que era um chato, ou um louco, falhou, azar.

Pode ter sido há anos. Aquele que caminhou ao seu lado brevemente e disse uma coisa estranha e você apressou o passo, lembra? Aquele (ou aquela, eles vêm de várias formas) que sentou ao seu lado e falou no tempo, e era um preâmbulo para a revelação, mas você fechou a cara.

Ele pode ter batido na sua porta e você foi logo dando uma esmola, ou dizendo que hoje não tem nada, ou ameaçando chamar a polícia. Antes era mais fácil, agora é tarde. Hoje ele bate na porta e você espia e não abre a porta, ta doido? Se ele se aproximar de você na rua, você correrá apavorado ou anunciará que está armado e que é melhor ele se afastar.
Se ele se sentar ao seu lado, você fugirá do contágio, se ele segurar o seu braço, você gritará. Se ele telefonar, sua secretária eletrônica dirá para ele deixar a mensagem depois do bip e ele não dirá nada: a mensagem é para você e não para ela.

E se ele conseguir alcançar você sem que você lhe dê um pontapé, e cumprir sua função, e der a mensagem você não a compreenderá. Pedirá para ele falar mais alto, há muito barulho. “O quê? Em que sentido? É uma metáfora? É um código? Interpreta, traduz, decifra, o quê?”

Agora é tarde. Antes ele olharia você nos olhos e falaria claramente. E, dada a mensagem, ele desapareceria, e o mundo seria uma estrada para o seu coração.

Hoje você diria – “olha, precisamos conversar com mais calma um dia, me liga! Me liga!”

Luis Fernando Veríssimo

Hábitos - Paulo Roberto Gaefke



Procure se encontrar! Não perca a oportunidade de se conhecer. Pergunte-se sobre os seus desejos, medite sobre as suas palavras, analise seus passos, veja onde andou, não tenha medo de se perguntar, a alma é o refúgio dos seus hábitos.

Não aceite nada menos do que ser feliz, mesmo que isso signifique, abrir mão de algumas coisas que outros possam achar espetacular. O que importa é a sua satisfação, ainda que caminhe sobre pedras, que pague promessa com os joelhos ensangüentados, se isso te move, se te toca, tudo vale a pena.

Mas não se deixe levar pela onda que parece mais forte, assim como no mar, firme os pés no chão, reaja contra pensamentos que não são seus, contra idéias que tentam colocar como verdades.

A verdade não é a resposta que buscamos, é por vezes, arma dolorosa que fere tanto quanto a mentira, por isso, busque apenas o conhecimento. Saber do que você precisa já pode te livrar de muita coisa ruim. E cuide  dos seus atos, são eles que formam o que você está vivendo, e atraem semelhantes coisas para a sua eternidade.

Somos o que fazemos repetidamente.
A excelência não é um ato, mas um hábito. (Aristóteles)

  Paulo Roberto Gaefke

13 de agosto de 2010

Quem Manda em Você? -de Eugenio Mussak


Seu desejo manda você ficar em casa, dormindo. Sua vontade é de trabalhar para crescer profissionalmente. Se o primeiro for maior que o segundo, algo está errado.

Desejos e vontades são diferentes. Desejos são sentimentos primários, ancestrais, biológicos; responsáveis por providenciar o atendimento às necessidades básicas dos seres humanos. Os desejos nascem conosco e nos acompanham por toda a vida, permitindo-nos não apenas o prazer, mas a sobrevivência.

Temos o desejo de comer, e a ele chamamos de fome. Trata-se de um desejo tão esperto, que é capaz de selecionar o tipo de alimento dependendo da necessidade do organismo. Se estamos carentes de proteína sentimos desejo de comer carne, comida salgada, mas se precisamos de energia, o desejo é de comer carboidrato, como pão, massa, ou quem sabe um doce. Temos ainda o desejo de descansar, que costumamos chamar de sono, cansaço, e às vezes preguiça. Desejo importante, afinal nosso corpo precisa de tempo para repor substâncias que ele mesmo produz, alguns hormônios. Ele só faz isso durante os períodos de repouso. Além disso, o desejo de repousar promove uma economia de energia, caso contrário teríamos que comer mais do que comemos. Haja estômago!

E, é claro, quando falamos de desejos não podemos esquecer do sexo, afinal, trata-se de um desejo tão forte, e tão bom de ter. E é dele que depende a continuidade de nossa espécie. Pronto, estes são os nossos desejos, todos ligados à manutenção da vida e da espécie. Comer, descansar e fazer sexo atendem às necessidades básicas da vida, por isso têm desejos para providenciar sua realização. É evidente que fomos sofisticando esses desejos com nossa própria evolução. O desejo de comer foie gras e tomar champagne Veuve Clicquot, ou ainda o desejo de assistir a uma peça na Broadway, ou de conquistar uma estrela do cinema são apenas variantes dos desejos originais, aqueles que garantem nossa vida, enquanto estes garantem nossa sofisticação.

Já as vontades são diferentes, pois dependem de um fator a mais: a lógica. A vontade é um desejo racional. Deriva do pensamento, do raciocínio, da análise do cenário, tanto presente quanto futuro. Eu posso ter desejo de ficar deitado na rede, mas tenho vontade de preparar minha tese de doutorado. E é nesse momento que eu posso descobrir quem manda em mim, meus desejos ou minhas vontades. Meu ser mais primitivo, ou meu lado evoluído, que quer continuar evoluindo.

A vontade é um sentimento que está sob controle. Podemos mandar em nossa vontade a partir do pensamento, e a isso costumamos chamar, popularmente, de “força de vontade”, qualidade dos realizadores, dos determinados, dos que parecem predestinados ao sucesso. Você levanta cedo da cama e joga-se de corpo e alma em uma dia cheio de trabalho, dificuldades e contratempos, não por desejo, mas por vontade. Se obedecer ao desejo, fica na cama, mas se controlar sua vontade, vai trabalhar. E isso vai mostrar duas coisas em especial: seu grau de maturidade, e a identificação racional que você tem com o seu trabalho.

Se o desejo de ficar for maior que a vontade de ir, alguma coisa está errada. Ou você está necessitado de férias, ou está precisando rever os seus valores. Ou quem sabe está na hora de amadurecer e perceber que enquanto a vida biológica depende dos desejos, a vida social depende das vontades. E você é um animal social, deseje ou não.

Acredite, a melhor maneira de garantir o atendimento aos seus desejos, é organizar a vida a partir de suas vontades, e investir na qualidade das mesmas, o que depende de muita lógica e maturidade. Escrevo este artigo porque é meu trabalho orientar pessoas, e eu espero que você, meu leitor, tenha vontades edificantes, aquelas que servem para construir o cenário mais propício para a realização de seus desejos, mesmo os mais inconfessáveis!

*Eugenio Mussak

Oração a mim mesmo - poesia de Osvaldo Begioto


Que eu me permita olhar e escutar e sonhar mais.
Falar menos. Chorar menos.

Ver nos olhos de quem me vê
a admiração que eles me têm
e não a inveja que prepotentemente penso que seja.

Escutar com meus ouvidos atentos
e minha boca estática,
as palavras que se fazem gestos
e os gestos que se fazem palavras

Permitir sempre
escutar aquilo que eu não tenho
me permitido escutar.

Saber realizar
os sonhos que nascem em mim
e por mim
e comigo morrem por eu não os saber sonhos.

Então, que eu possa viver
os sonhos possíveis
e os impossíveis;
aqueles que morrem
e ressuscitam
a cada novo fruto,
a cada nova flor,
a cada novo calor,
a cada nova geada,
a cada novo dia.

Que eu possa sonhar o ar,
sonhar o mar,
sonhar o amar,
sonhar o amalgamar.

Que eu me permita o silêncio das formas,
dos movimentos,
do impossível,
da imensidão de toda profundeza.

Que eu possa substituir minhas palavras
pelo toque,
pelo sentir,
pelo compreender,
pelo segredo das coisas mais raras,
pela oração mental
(aquela que a alma cria e
que só ela, alma, ouve
e só ela, alma, responde).

Que eu saiba dimensionar o calor,
experimentar a forma,
vislumbrar as curvas,
desenhar as retas,
e aprender o sabor da exuberância
que se mostra
nas pequenas manifestações
da vida.

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem
que entra pelos meus olhos
fazendo-me parte suprema da natureza,
criando-me
e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza
e mais de contentamentos.
Que meu choro não seja em vão,
que em vão não sejam
minhas dúvidas.

Que eu saiba perder meus caminhos,
mas saiba recuperar meus destinos
com dignidade.
Que eu não tenha medo de nada,
principalmente de mim mesmo:
- Que eu não tenha medo de meus medos!

Que eu adormeça
toda vez que for derramar lágrimas inúteis,
e desperte com o coração cheio de esperanças.

Que eu faça de mim um homem sereno
dentro de minha própria turbulência,
sábio dentro de meus limites
pequenos e inexatos,
humilde diante de minhas grandezas
tolas e ingênuas
(que eu me mostre o quanto são pequenas
minhas grandezas
e o quanto é valiosa a minha pequenez).

Que eu me permita ser mãe,
ser pai,
e, se for preciso,
ser órfão.

Permita-me eu ensinar o pouco que sei
e aprender o muito que não sei,
traduzir o que os mestres ensinaram
e compreender a alegria
com que os simples traduzem suas experiências;
respeitar incondicionalmente
o ser;
o ser por si só,
por mais nada que possa ter além de sua essência,
auxiliar a solidão de quem chegou,
render-me ao motivo de quem partiu
e aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar
e ser amado.
Que eu possa amar mesmo sem ser amado,
fazer gentilezas quando recebo carinhos;
fazer carinhos mesmo quando não recebo
gentilezas.

Que
eu jamais fique só,
mesmo quando
eu me queira só.

Amém.
Osvaldo Antonio Begioto

12 de agosto de 2010

Revolução da Alma - texto de Paulo Roberto Gaefke**


Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entrega tua alegria, tua paz ou tua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão da tua vida és tu mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida; quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busca a divindade que existe em ti. Não coloca tua felicidade cada dia mais distante de ti.

Não coloca o objetivo longe demais de tuas mãos, abraça os que estão ao teu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te. És reflexo do que pensas diariamente. Para de pensar mal de ti mesmo e sê teu melhor amigo sempre.

Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então, abre um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto, as pessoas terão as melhores impressões de ti; e tu estarás afirmando para ti mesmo, que estás "pronto“ para ser feliz. Trabalha, trabalha muito a teu favor. Para de esperar a felicidade sem esforços. Para de exigir das pessoas aquilo que nem tu conquistaste ainda.

Critica menos, trabalha mais. E, não te esqueças nunca de agradecer. Agradece tudo que está em tua vida neste momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.

A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.

**Este texto é encontrado pela internet como da autoria de Aristóteles, filósofo grego, no entanto seu autor é Paulo Roberto Gaefke (conforme site:http://bellatryx.blogs.ie/revolucao-da-alma/)

O Homem que não se irritava!

"Em cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido.

Para testa-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar. Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião.

Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito. A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.

Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha. Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação. Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?

Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa. Novamente ela retrucou, para provoca-lo, desmentindo-o: servi, sim senhor! Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...

Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total. Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranqüilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais! Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse a compostura.

Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente. Ao protagonista da nossa singela história, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas.

Quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça. Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão.

Isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério. Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante. A pessoa que se irrita aspira o tóxico que exterioriza em volta, e envenena-se a si mesma."

Autor desconhecido

Se eu Deixasse - (Gandhi)



Se eu deixasse algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

Deixaria para você, se houvesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão; o trabalho.Além do trabalho; a ação.

E quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.


(Gandhi)

Veja apenas o lado iluminado de tudo!


Devemos sempre ver apenas o lado iluminado das coisas e dos fatos. É preciso que fechemos decisivamente os olhos mentais em relação ao lado escuro,desagradável e doentio de tudo.

A mente tem a tendência de ser atraída pelo lado negativo das coisas e dos fatos. E,por consequinte,mantemos sempre na mente a infelicidade, a doença ou a desarmonia,de modo que a substância da nossa mente não pára de fabricar esses fatos negativos.

É por isso que neste mundo existem muito mais pessoas infelizes do que felizes. Desenhar sempre,com essa substância da mente, apenas situações positivas e felizes é a maneira de fabricarmos a felicidade. Há o seguinte ditado japonês:

"Quando a mente não está presente,a pessoa olha mas não vê".

Por mais que você esteja envolto por uma atmosfera de infelicidade,
se a sua mente deixar de reconhecê-la e passar a ver apenas o lado iluminado, nada que seja negativo poderá surgir em sua existência. Por maior que seja a desarmonia em seu lar, o importante é não ver essa desarmonia com os olhos mentais.

O que existe de verdade é apenas o bem. O que parece desarmonia é um meio pelo qual você atingirá a harmonia. São nas horas mais escuras da noite que os raios da aurora estão se preparando para brilhar com beleza ainda maior.

O que parece tristeza é,na verdade, prenúncio de uma imensa felicidade, cuja existência você ainda não percebeu.

Masaharu Taniguchi
Livro: A Verdade - volume 4

A SERPENTE E O SÁBIO - André Luis por Francisco Xavier


"Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo.

A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. 

Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se ntegralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. 

Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. 

Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. 

Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos."

Francisco Cândido Xavier por André Luiz

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