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28 de janeiro de 2012

Observo e aprendo....



"Olho à minha volta, observando tudo com olhos de criança. Deslumbrado com cada coisa que observo, como quem vê tudo pela primeira vez.Encantando com um mundo novo, com as cores, com as texturas, com os sons, com os cheiros, com…
A cada observação, uma interiorização, uma aprendizagem importante. Está tudo à vista. Em cada canto uma mensagem que mostra um pouco mais. Basta querermos ver, basta estarmos receptivos para aprender.

A Natureza é um Mestre!
 Observo-a muito e escuto os seus ensinamentos diariamente. Observo a minha cadela, simples, fabulosa, com uma vida fantástica. Que preocupações tem ela? O que é que a aflige? Quais os seus medos?
É incrível como um animal supostamente inferior a nós pode ensinar-nos tanto com a sua simplicidade. Ela está sempre a sorrir (é da raça Samoiedo que significa Cão que ri), vive cada momento como um momento. Tal como ela, qualquer animal vive o presente. Já experimentei várias vezes falar com ela sobre o passado e o futuro mas isso para ela não tem significado.
 Se disser: “Amanhã vamos passear” – ela apenas entende "passear agora". Se disser ” Ontem fomos à rua” – ela só entende rua agora.

Se eu sair e voltar a entrar em casa é uma festa incrivel. Está feliz por me ver AGORA. O que interessa se saí à um minuto ou à um ano? Nada. Para ela eu estou agora na sua presença e isso é a unica coisa que importa.
 Está Aqui e Agora para mim.

Outra coisa que tenho observado é que quando está deitada e tem que se levantar ou mudar de posição, espreguiça-se sempre. 
Não falha uma única vez. Isto é formidavel para o seu organismo e bom funcionamento. Os seus musculos estão sempre operacionais, bem como a sua coluna.
 Porque não aprendo com ela e tenho esse mesmo cuidado com o meu corpo?
ai ai… tanto a aprender com a minha cadela. Que sorte que sou humano para poder cuidar dela e continuar assim a aprender. Obrigado mestre Luna (é o nome da minha cadela)!"
Raças de cachorros pequenos 3 Raças de Cachorros Pequenos
Autor:Sérgio Mago

13 de agosto de 2010

Quem Manda em Você? -de Eugenio Mussak


Seu desejo manda você ficar em casa, dormindo. Sua vontade é de trabalhar para crescer profissionalmente. Se o primeiro for maior que o segundo, algo está errado.

Desejos e vontades são diferentes. Desejos são sentimentos primários, ancestrais, biológicos; responsáveis por providenciar o atendimento às necessidades básicas dos seres humanos. Os desejos nascem conosco e nos acompanham por toda a vida, permitindo-nos não apenas o prazer, mas a sobrevivência.

Temos o desejo de comer, e a ele chamamos de fome. Trata-se de um desejo tão esperto, que é capaz de selecionar o tipo de alimento dependendo da necessidade do organismo. Se estamos carentes de proteína sentimos desejo de comer carne, comida salgada, mas se precisamos de energia, o desejo é de comer carboidrato, como pão, massa, ou quem sabe um doce. Temos ainda o desejo de descansar, que costumamos chamar de sono, cansaço, e às vezes preguiça. Desejo importante, afinal nosso corpo precisa de tempo para repor substâncias que ele mesmo produz, alguns hormônios. Ele só faz isso durante os períodos de repouso. Além disso, o desejo de repousar promove uma economia de energia, caso contrário teríamos que comer mais do que comemos. Haja estômago!

E, é claro, quando falamos de desejos não podemos esquecer do sexo, afinal, trata-se de um desejo tão forte, e tão bom de ter. E é dele que depende a continuidade de nossa espécie. Pronto, estes são os nossos desejos, todos ligados à manutenção da vida e da espécie. Comer, descansar e fazer sexo atendem às necessidades básicas da vida, por isso têm desejos para providenciar sua realização. É evidente que fomos sofisticando esses desejos com nossa própria evolução. O desejo de comer foie gras e tomar champagne Veuve Clicquot, ou ainda o desejo de assistir a uma peça na Broadway, ou de conquistar uma estrela do cinema são apenas variantes dos desejos originais, aqueles que garantem nossa vida, enquanto estes garantem nossa sofisticação.

Já as vontades são diferentes, pois dependem de um fator a mais: a lógica. A vontade é um desejo racional. Deriva do pensamento, do raciocínio, da análise do cenário, tanto presente quanto futuro. Eu posso ter desejo de ficar deitado na rede, mas tenho vontade de preparar minha tese de doutorado. E é nesse momento que eu posso descobrir quem manda em mim, meus desejos ou minhas vontades. Meu ser mais primitivo, ou meu lado evoluído, que quer continuar evoluindo.

A vontade é um sentimento que está sob controle. Podemos mandar em nossa vontade a partir do pensamento, e a isso costumamos chamar, popularmente, de “força de vontade”, qualidade dos realizadores, dos determinados, dos que parecem predestinados ao sucesso. Você levanta cedo da cama e joga-se de corpo e alma em uma dia cheio de trabalho, dificuldades e contratempos, não por desejo, mas por vontade. Se obedecer ao desejo, fica na cama, mas se controlar sua vontade, vai trabalhar. E isso vai mostrar duas coisas em especial: seu grau de maturidade, e a identificação racional que você tem com o seu trabalho.

Se o desejo de ficar for maior que a vontade de ir, alguma coisa está errada. Ou você está necessitado de férias, ou está precisando rever os seus valores. Ou quem sabe está na hora de amadurecer e perceber que enquanto a vida biológica depende dos desejos, a vida social depende das vontades. E você é um animal social, deseje ou não.

Acredite, a melhor maneira de garantir o atendimento aos seus desejos, é organizar a vida a partir de suas vontades, e investir na qualidade das mesmas, o que depende de muita lógica e maturidade. Escrevo este artigo porque é meu trabalho orientar pessoas, e eu espero que você, meu leitor, tenha vontades edificantes, aquelas que servem para construir o cenário mais propício para a realização de seus desejos, mesmo os mais inconfessáveis!

*Eugenio Mussak

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