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14 de janeiro de 2011

A Essência dos animais - de Gary Kowalsky

"Olhe bem dentro dos olhos de um animal.
E ao olhar você vê que este ser é a expressão do Universo ...
Preste atenção no que você vê: os anos de vida presentes dentro desses olhos e a vitalidade que brilha através da cor e transparência.
 
Contemple sua forma.
Note os ângulos e curvas de individualidade que fazem desta criatura uma obra de arte única, moldada pelo tempo e pelo desejo ...
E enquanto você olha dentro dos olhos desse ser, atente para aquilo que não pode ver; o interior, um ser tão singular como sua expressão.
 
O que você vê é um espírito vivo. Acolha-o, respeite-o. Aprecie-o por isto.
Pergunte a si mesmo: o que parece sentir esta criatura?
Como, através desses olhos, o mundo parece ser?
 
Saiba que há antigüidade dentro destes olhos, milênios de evolução.
Eles trazem na sua contemplação, uma aguda solidão que você nunca poderá compreender completamente ...
 
Esteja certo de que este ser é tão oprimido e sofrido como você nunca imaginou.
É um ser que tem vivido momentos de rudeza e inocência das quais você nunca poderá compartilhar.
 
Saiba ainda que é uma criatura viva e que tem desejos como você.
Ela anda sobre o mesmo chão e respira o mesmo ar.
Sente dor e alegria, o calor do brilho do sol, a agradável sombra das florestas, o sabor refrescante da água pura ...Como você. 
 
E nisto somos todos iguais. Numa igualdade onde existe toda a vida.
Através dela podemos encontrar a totalidade.
A partir desta igualdade podemos extrair discernimento e compreensão para a cura do nosso lar comum."

Gary Kowalsky - The soul of animals , 1991
Fonte:http://viralataamigo.blogspot.com

12 de agosto de 2010

A SERPENTE E O SÁBIO - André Luis por Francisco Xavier


"Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo.

A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:
- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.
A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. 

Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se ntegralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. 

Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. 

Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:
- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. 

Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos."

Francisco Cândido Xavier por André Luiz

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