"Um dos maiores desafios quando precisamos encerrar um ciclo é mudar os hábitos, porque o costume nos torna dependentes e nos acomoda. Com isso, fica difícil sair das situações. Mesmo vendo que o emprego o qual estamos não nos diz mais nada; ou que o relacionamento já acabou há muito tempo; relutamos em continuar.
Apegamo-nos a pequenas coisas e achamos um milhão de desculpas para não terminar o que de certa forma, já acabou. Como por exemplo, ficar com alguém que não temos mais afinidade e culpá-lo pela relação não estar boa; continuar exercendo uma atividade que não gostamos e dizer que o chefe não nos dá aumento; ir ao mesmo lugar sempre, mesmo não gostando mais dele e falar mal das pessoas que estão ali...
Toda mudança é traumática para o ser humano. E tomar a atitude é um grande desafio. Os condicionamentos e as convicções, muitas vezes, são a razão de não nos libertarmos, pois acreditamos nas “desculpas” as quais nos mantém presos a coisas, pessoas e lugares. Em contrapartida, não percebemos que permanecer nos tira as forças e o ânimo para inovar ou atrair coisas novas para nossa vida.
Dentro deste universo (onde nos condicionamos a permanecer com o relacionamento ou o emprego), a situação se torna tão insuportável que focamos nossa energia inteiramente no lado ruim, nos tornando inseguros e sem coragem para agir. Sendo assim, aguardamos ser demitidos ou algo ruim acontecer, como um sinal de mudança, o que normalmente não acontece.
Quase sempre, o problema somos nós e não os outros. Nós é que precisamos de ajuda, nós é que precisamos mudar e não a situação ou as pessoas. Só que reclamar, achar que está ruim é bem mais fácil. Culpar o outro também, tomar remédios, como antidepressivos, que anulam nossa percepção de realidade é mais uma saída, porém nada disso solucionará. É necessário saber que essas “desculpas” (antidepressivos, reclamação, ser vítima) são paliativas, mas não curam e não resolvem por completo, porque reclamar não serve para nada, apenas como um grande desestimulante para enfrentar desafios. O medicamento auxilia para aliviar os sintomas, porém ele não vai fazer a mudança, nem vai nos ajudar a tomar uma decisão, se não quisermos. E culpar alguém só nos tornará vítimas: mais uma desculpa para não progredir.
Sem contar que agindo desta forma, deixamos de contemplar as oportunidades que poderão surgir ao mudar o nosso comportamento diante dos problemas. Precisamos parar de ver o lado “ruim” e contemplar o lado bom do acontecimento, para depois transformá-lo.
Talvez mudar seja difícil, porque nosso foco está errado. Ao invés de pensar no emprego novo, culpamos o chefe; ao invés de pensar em terminar o relacionamento e vislumbrar uma nova oportunidade, ficamos presos aos defeitos do namorado ou da namorada e assim por diante. E isto só acontece porque somos muito apegados ao hábito de estar na situação e não temos coragem de terminá-la. Interessante que até queremos algo novo, porém não conseguimos sair do velho!
Para mudar, o primeiro passo é ver claramente o que está acontecendo e o quanto ficar na situação realmente nos contenta. Será que gostamos do nosso emprego? Será que amamos nosso parceiro? Pois assim, saberemos se poderemos continuar e apenas mudar nosso olhar com relação ao que estamos vivendo, ou se será necessário tomar uma atitude e encerrar o ciclo. Ou seja, acabar com o que está de certa forma “nos matando” aos poucos.
Depois de analisar e decidir, é preciso planejar para saber como agir, o que fazer. Sabendo o que quer, é meio caminho andando para chegar à realização. Agora, o desafio maior é focar inteiramente no que queremos e não no que não queremos; no que nos satisfaz e não no que não nos satisfaz. Quando se consegue; decidir, planejar e focar, naturalmente a resolução acontece, pois agindo assim, o Universo disponibiliza as melhores oportunidades para chegar ao fim. Depois de finalizar, logo as novidades aparecem, e não o contrário! Ou seja, ficar no novo e não sair do velho. Em alguns momentos, algo tem que acabar para o novo surgir.
Às vezes as pessoas reclamam que nada de diferente acontece na vida delas e quando analisam as mesmas, vêem que não querem inovar, estão acomodadas na vida que tem de tal forma que o Universo não disponibiliza coisas novas.
Para ter força, vontade e vitalidade, precisamos de algo novo; para conquistar algo novo, precisamos terminar com as situações as quais nos aprisionam e para realizar, basta querer, focar no objetivo inteiramente, persistir e agir."
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