11 de outubro de 2012

A conquista da auto-confiança por Fiona Harrold


"Para começar, goste de si mesmo! Esse é o mais importante ingrediente da autoconfiança. Pessoas que se amam são alegres e otimistas, sentem-se bem consigo mesmas, e os outros gostam de estar com elas.

 Depois, faça a escolha certa dos seus pensamentos. Você é a soma total dos seus pensamentos. Dizem que temos 90 mil pensamentos por dia, dos quais 60 mil são repetitivos – ou seja, repetimos os mesmo pensamentos muitas vezes por dia.

 Então, a única diferença entre um otimista e um pessimista é o que eles escolhem como centro de seus pensamentos. 
E é você quem tem a liberdade de escolher quais tipos de pensamentos vai conservar e quais vai dispersar… por isso, diga “não” aos pensamentos que causam um estado de espírito negativo e procure outros que provoquem otimismo e alegria.

Outro recurso para adquirir autoconfiança é a escolha das influências que deseja receber. Você sabe, estamos expostos a todo tipo de influência e opiniões, diariamente. 
Por isso saiba exatamente o que o influencia e escolha as quais influências expor-se. Inunde a sua mente com pensamentos e idéias animadoras e positivas …
 Leia biografias de pessoas que fizeram coisas extraordinárias…; desenvolva a imunidade ao pessimismo de modo a não absorvê-lo.

Por fim, cuidado com as comparações. A maneira rápida de você acabar com sua autoconfiança é comparar-se com pessoas erradas…

 Portanto, não coloque ninguém em um pedestal… A melhor maneira de agir é esquecer as comparações e escolher alguém de valor como exemplo – uma pessoa que tenha qualidades e características que você admira e que poderá lhe ensinar alguma coisa."

 Fiona Harrold, do livro “Seja o treinador de sua vida”

9 de outubro de 2012

A habilidade de se auto-acolher após uma discussão de Bel Cesar


"É nos momentos em que nos desentendemos com os outros que mais temos que nos entender conosco mesmo. Afinal, o desconforto com o outro nos leva a sentir nossa própria desarmonia. Diante de tais situações, o melhor é saber se recolher, dar a si a oportunidade de aumentar a sua compreensão da situação antes que a situação se torne caótica demais.

Toda negatividade se origina de um certo descontentamento. Mas, muitas vezes procuramos a raiz desse descontentamento no lugar errado. Polarizamos os conflitos. Sobrecarregamos pessoas e situações com tantos defeitos que nem nos damos conta que fazemos parte deste conflito.

Não é fácil escutar o descontentamento alheio sem se deixar contaminar pelo próprio desconforto. Por isso, quando uma discussão torna-se apenas um desabafo agressivo, o melhor é refletir antes de sair acusando o outro disto e daquilo. Saber se auto-observar e suportar o silêncio, gerado após de uma descarga de insatisfações de ambas as partes, requer a habilidade de se auto-acolher. Nestes momentos, buscar apoio em nós mesmos nos dá a chance de reconhecer nossas próprias falhas.

O problema surge quando não sabemos como nos auto-acolher. Pois buscamos no outro a base de nossa segurança. Naturalmente, não é fácil encontrá-lo disponível para nos receber, se há pouco havia uma enxurrada de insatisfações.

Mas, se estivermos acostumados a depender do estado emocional alheio para nos sentirmos bem, instintivamente começaremos a tentar transformá-lo para que ele possa nos atender em nossa necessidade de ser visto e acolhido. O outro, pressionado por nosso desejo secreto de mudá-lo, pode reagir negativamente e se tornar ainda mais indisponível. 
A essa altura ambos irão se sentir desconfortáveis sem saber bem o porquê. Afinal, todo esse processo de buscar se acalmar nas condições emocionais alheias ocorre, na maioria das vezes, sem que ambos estejam conscientes de suas carências e intenções.

Aqui ocorre um grande perigo: Quando não temos a nós mesmos para nos acolher acusamos o outro de não estar pronto para nos receber.
Surge, então, o ressentimento de não ter recebido a atenção que se buscava. 

É como diz a psicanalista Maria Rita Kehl: O ressentido acusa, mas não está seriamente interessado em ser ressarcido do agravo que sofreu. Afinal, ele não quer liberar o outro de sua punição, quer continuar secretamente a transformá-lo para que ele se adapte as suas demandas.

Lama Michel Rinpoche em seus ensinamentos nos alerta: Agredir o outro é uma forma de autoagressão. Pois a agressão nos impede de elaborar a nossa raiva interiormente. O quanto o outro quer lhe agredir é uma questão dele, mas o quanto nos deixamos ser agredidos é uma questão nossa.
Numa discussão, aquele que quer mais agredir é o mais fraco interiormente. Quanto mais elaboramos a nossa raiva interiormente, menos precisamos do outro para extravasá-la. Mais uma vez, podemos reconhecer que quando não nos acolhemos perdemos a chance de nos encontrar!

Os mestres budistas nos lembram que o que nos deixa doentes não é o fato de não expressarmos a nossa raiva, mas, sim, o apego ao desejo intenso de expressá-la. É o apego a esse desejo que devemos nos libertar. Para tanto, temos que nos acolher, escutar nossos próprios ressentimentos, faltas e insatisfações. Até sentir o calor da discussão passar...

Uma vez equilibrados, agora, está na vez de acolher o outro. Como?
Uma vez estava muito magoada com algo que um amigo me disse, e Lama Gangchen Rinpoche me falou: Não escute as palavras, elas são apenas a mente. Escute além das palavras. Assim, você vai encontrar o coração e, de coração para coração, algo acontece. Passo a passo."

Bel Cesar

Uma Coisa de Cada Vez: Experiência com a Consciencia de Stephen Levine


"Uma forma incrível de integrar a prática de meditação e da percepção em nossas vidas diárias é fazer uma coisa de cada vez. 
Entregar-se de forma integral ao que estiver fazendo no momento. Concentrando-se em um única tarefa. Quando estiver dirigindo, não escutar o rádio. Quando estiver escutando música, não ler ou comer. Ao comer, não assistir à televisão nem ler.
 Ao assistir televisão, não comer ou ler. Quando estiver andando, sentir o solo sob os pés. 

Ao comer sinta aquilo o que come e entre por inteiro em contato com as sensações e motivação que condicionam e dirigem o processo. Estar atento ao comer da mesma forma como se fica atento ao andar ou respirar. Respirar uma inspiração de cada vez, dar um passo de cada vez, uma mordida por vez. Vivenciar de maneira plena "apenas isto", o momento tal como ele é. 

Há uma história de dois monges zen que se encontraram à beira de um rio. Eles logo verificaram que eram de monastérios vizinhos, e cada um mostra curiosidade quanto à natureza do mestre do outro.
 Um dos monges diz: "Meu mestre é o maior de todos. Ele pode voar, pode caminhar sobre a água, pode ficar sem respirar por vinte minutos!" O outro balança a cabeça lentamente e sorri, dizendo: 
"Oh, seu mestre é de fato notável. Mas o meu é ainda mais: quando ele anda, ele apenas anda. Quando ele fala, ele apenas fala. Quando ele come, ele apenas come".
 Um dos mestre tinha "poderes" mas o outro tinha poder.

 Os poderes são desejados somente por aquela parte de nosso interior que se sente impotente. Considerando o tamanho respeitável do labirinto do ego, para a maioria, "os poderes" são armadilhas. Milagre maior é estar presente em nossas vidas, capazes de nos abrirmos para o momento, acumulando compaixão e percepção como preciosidades. 

Certa manhã, um amigo nosso, mestre Zen, sentado à mesa do desjejum, lia o jornal enquanto comia. Um de seus discípulo, conhecendo a técnica de uma coisa de cada vez, zombou: "Você está comendo e lendo! Como pode estar atento a uma coisa só?!!". Ao que o esperto e prático mestre retrucou: "Quando eu como e leio eu só como e leio".

 Vá com calma. Se você tiver crianças em casa, pode ser quase impossível fazer uma coisa de cada vez. Neste caso, faça apenas seis coisas de cada vez. Ou, como disse uma mãe ao verificar que a prática seria bastante difícil para ela: "Minha agenda é uma bagunça. Acho que é dia do ventre". 

Fazer uma coisa por vez nos ajuda a recordar. Quando você estiver lavando os pratos, ou dirigindo para o trabalho, trocando a roupa do bebê, cavando uma trincheira, cozinhando, fazendo amor, pensando alguns pensamentos, seja o que for, cuide da tarefa em pauta. Vivencie, a cada instante, o corpo, a respiração, os mutáveis estados mentais. Viva "apenas isto" de cada vez. 

Se "apenas isto" não for o bastante, nada será o bastante. Cuidar deste "apenas isto" é viver de maneira sagrada.
Autor: Stephen Levine,trecho do livro Meditações Dirigidas

7 de outubro de 2012

Seja você mesmo por OSHO



"Simplesmente seja você mesmo e isso é o bastante.

Você é aceito pelo sol, você é aceito pelas estrelas, você é aceito por todo este universo.

Você é aceito pelo oceano, você é aceito pela terra, você é aceito pelas árvores.

Simplesmente deleite-se neles.

Aceite humildemente sua imperfeição, suas fraquezas, seus fracassos.

Não há necessidade de fingir o contrário.

Seja simplesmente você mesmo.

É assim que eu sou, o que há de errado nisso?

Você é simplesmente humano.

Quando você se aceita, você é capaz de aceitar os outros.

Aceitando-os, você irá ajudá-los a aceitar a si mesmos.

Podemos provocar esta mudança: você se aceita e aceita os outros.

E porque alguém os aceita, eles aprendem quanta paz se sente, e começam a aceitar os outros.

Se a humanidade toda chegar a esse ponto em que cada um seja aceito, boa parte da infelicidade irá simplesmente desaparecer, os corações se abrirão e o amor estará fluindo."

Osho

2 de outubro de 2012

Fizeram a gente acreditar… de Martha Medeiros


"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso funcionava.Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho.

 E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."
Autora:Martha Medeiros

1 de outubro de 2012

A culpa não é do outro por Bruno J.Gimenes

"É muito comum nos nossos cursos, encontrarmos pessoas que estão vivendo conflitos intensos em seus relacionamentos, e por conta disto, estão vivendo momentos de profundo desequilíbrio emocional, que por sua vez, abalam todos os aspectos de sua vida, como saúde, finanças, trabalho e outros relacionamentos.
AS RECLAMAÇÕES MAIS RECORRENTES SÃO:

"O meu marido é muito pessimista e cético, assim não consigo evoluir."
"A minha esposa é muito negativa e não quer evoluir, assim fica difícil"
"Com o meu pai comportando-se deste jeito, eu não tenho como resolver o problema, fica muito difícil"

Confesso que se eu fosse anotar neste texto todos os comentários que recebi somente na última semana, faltaria espaço!
E onde está o erro? Essas pessoas estão mentindo? É mentira que estes problemas existem?
Não, não é mentira não. Essas situações são comuns e ocorrentes na maioria dos relacionamentos, entretanto a forma de lidar com tudo isso que é muito equivocada.

1- Atraímos pessoas para nossa vida por laços de afinidade e laços cármicos negativos (por que o carma também pode ser positivo).
2- No contexto da evolução espiritual e da missão da alma de cada ser humano, a missão das relações é produzir harmonização de sentimentos.
3- Automaticamente, pela ação de mecanismos naturais, as pessoas são gatilhos que podem disparar as emoções ruins que viemos curar. Portanto, elas não são as causadoras das emoções negativas, mas apenas reveladoras dos aspectos negativos que já existiam.

O PODER QUE VOCÊ DÁ AO OUTRO
O problema não é e nem nunca foi o que o outro faz e o seu conjunto de comportamentos, mas sim como você se sente em relação ao que o outro faz. A partir disso, a chave desse processo é deixar ou não que os sentimentos negativos aflorados lhe dominem negativamente ou não.
Neste contexto, quando alguém diz que não consegue evoluir porque uma outra pessoa a influencia negativamente, este acontecimento revela que ela está sucumbindo ao sentimento aflorado e não necessariamente a pessoa que age de um jeito desconfortável (para ela).

A CULPA É DE QUEM?
O outro pode até ter comportamentos que não sejam sensatos e até condenáveis de acordo com o padrão moral médio de uma sociedade, mas a culpa nunca é de outra pessoa!
 Devemos entrar em contato com o sentimento negativo que uma pessoa pode ajudar a aflorar de dentro de nós, e com isso, agir no sentido de curá-lo ou ao menos, amenizá-lo.

 Nunca jamais é culpa do outro.

Colocar culpa no próximo é determinar e anunciar aos quatro cantos que você não tem forças para se reinventar. As situações normalmente são desafiadoras, porque pedem que você tenha novas atitudes e que encontre forças para desenvolver o amor e a tolerância sem sofrer com isso. Em outras palavras, são situações recheadas de "ciladas emocionais", todavia, se a sua disposição para vencer o comodismo for grande, você certamente encontrará êxito!
O caminho é para dentro de cada um, na construção da autoestima, da conexão ampliada com a sua própria essência, na espiritualização e principalmente em encontrar e realizar a missão da sua alma, a qual é o propósito da sua existência."
Autor:Bruno J. Gimenes

30 de setembro de 2012

Aprendendo a combater o medo por Louise L. Hay..


"O medo é cada vez mais dominante. Todos os dias testemunhamos através das notícias as guerras, os assassínios, a cobiça e tudo o mais.

 Medo é a falta de confiança em nós. Essa falta de confiança significa também falta de confiança na própria Vida. Não acreditamos que a um nível superior algo toma conta de nós. Por esse motivo sentimos que temos de controlar tudo a nível físico. É claro que, desse modo, vamos sempre ter medo porque não é possível controlar tudo nas nossas vidas.

Quando queremos vencer os medos, aprendemos a confiar. Isso tem um nome, é o salto da fé. É o confiar no Poder interior que está conectado com a Inteligência Universal e confiar naquilo que é invisível, em vez de confiarmos apenas no mundo físico, no mundo material.
 Não quero com isto dizer que não devemos fazer nada, no entanto, se tivermos confiança, a nossa passagem pela vida torna-se muito mais suave. Recordando aquilo que já disse atrás, acredito que tudo o que precisamos de saber nos é revelado. Acredito que algo toma conta de nós, mesmo quando não controlamos fisicamente o ambiente que nos rodeia.

Quando o medo se revela na forma de um pensamento, na realidade é uma tentativa de nos protegermos. Eu sugiro a seguinte afirmação: "Sei que me queres proteger. Percebo que me queres ajudar. Obrigado." Reconheça o pensamento do medo; ele está lá para nos proteger. Quando temos medo, um medo físico, a adrenalina é bombeada através do corpo, lançando sinais de alarme para nos protegermos. O mesmo se passa com o medo que destilamos na nossa mente.

Observe os seus medos e reconheça que você não é isso. Encare o medo como imagens de um filme num ecrã. Aquilo que vemos no ecrã não está lá de verdade. As imagens em movimento são apenas imagens no celulóide que mudam e desaparecem muito rapidamente.
 Os nossos temores também aparecem e desaparecem quase tão rapidamente como as imagens dos filmes, a não ser que insistamos em fixar-nos neles.
O medo é uma limitação da nossa mente. As pessoas têm tanto medo de adoecer, ou de ficar sem abrigo, ou seja do que for. A raiva é o medo transformado em mecanismo de defesa. Na realidade desempenha um papel protetor, mas no entanto as afirmações têm um efeito muito mais poderoso, se conseguir evitar a repetição contínua de situações de medo na sua mente e se conseguir amar a si apesar do medo. Volto a repetir que nada vem do exterior. Nós somos o centro de tudo o que nos acontece na vida. Tudo se passa dentro de nós, cada experiência, cada relação, tudo é um reflexo dos nossos padrões mentais.

O medo é o oposto do amor. Quanto mais amarmos e confiarmos em nós próprios, mais atrairemos essas qualidades sobre nós. Quando atravessamos um daqueles períodos de medo, ou de preocupação, ou uma daquelas fases em que não gostamos de nós, é incrível como tudo pode correr mal. À vezes são umas atrás das outras e parece que a coisa não tem fim.

Quando nos amamos, o processo é idêntico. Parece que anda tudo sobre rodas e não é por coincidência que apanhamos os "sinais verdes" e conseguimos arranjar lugares para estacionar o carro. Todas as coisas que tornam a vida uma maravilha. As pequenas e as grandes. Acordamos de manhã e o dia flui naturalmente.

Ame-se a si próprio para poder tomar conta de si. Faça tudo o que for possível para fortalecer o seu coração, o seu corpo e a sua mente. Vire-se para o Poder dentro de si. Estabeleça uma boa conexão espiritual e trate de a manter viva.

Quando se sentir ameaçado e com medo, concentre-se na sua respiração. Muitas vezes, quando nos assustamos, retemos a respiração. Por isso, respire profundamente durante um bocado. A respiração abre aquele espaço em nós que é poder. Endireita-nos as costas e abre espaço para o coração se expandir. A respiração profunda inicia o processo de derrube das barreiras, traz maior abertura. Expandimos em vez de nos encolhermos todos. O amor flui. Faça a seguinte afirmação: "Eu sou um com o Poder que me criou. Estou seguro. No mundo está tudo certo."
Texto extraído do livro: O Poder Está Dentro de Si, de Louise L. Hay

28 de setembro de 2012

Aprender a viver sem ideologias por OSHO...


"Nenhuma ideologia pode ajudar a criar um mundo novo
ou uma nova mente
ou um ser humano novo
porque a própria orientação ideológica
é a causa principal de todos os conflitos e de todas
as misérias.

Pensamento cria fronteiras,
pensamento cria divisões,
e pensamento cria preconceitos -
e o próprio pensamento não os pode ligar;
é por isso que todas as ideologias fracassam.

Agora o homem precisa aprender a viver sem
ideologias: religiosa, política ou outra qualquer.

Quando a mente não está ligada a nenhuma
ideologia está livre para se mover para novos
entendimentos.
E nessa liberdade floresce tudo o que é bom
e tudo o que é bonito."

Osho, em "Uma Xícara de Chá"

23 de setembro de 2012

Trechos do caminho [e da vida] por Ana Jácomo...


"Em muitos trechos do caminho, às vezes bem longos, carregamos muito peso na alma sem também notar. A gente se acostuma muito fácil às circunstâncias difíceis que às vezes podem ser mudadas. A gente se adapta demais ao que faz nossos olhos brilharem menos.
 A gente camufla a exaustão. 
A gente inventa inúmeras maneiras para revestir o coração com isolamento acústico para evitar ouvi-lo. A gente faz de conta que a vida é assim mesmo e ponto. A gente arrasta bolas de ferro e faz de conta que carrega pétalas só pra não precisar fazer contato com as nossas insatisfações e agir para transformá-las. 
A gente carrega tanto peso, no sentimento, um bocado de vezes, porque resiste à mudança o máximo que consegue, até o dia em que a alma, cansada de não ser olhada, encontra o seu jeito de ser vista e de dizer quem é que manda.


Eu fiquei pensando no que esse peso todo, silenciosamente, faz com a alma. No que isso faz com os sonhos mais bonitos e charmosos e arejados. No que isso, capítulo a capítulo, dia-a-dia, faz com a nossa espontaneidade.
 No que isso faz, de forma lenta e disfarçada, com o desenhista lindo que mora na gente e traça os risos de dentro pra fora.
 E o entusiasmo. E o encanto. E a emoção de estarmos vivos. 
Eu fiquei pensando no quanto é chato a gente se acostumar tanto. 
No quanto é chato a gente só se adaptar. No quanto é chato a gente camuflar a própria exaustão, a vida mais ou menos há milênios, que canta pouco, ri pequeno e quase não sai pra passear.
 Eu fiquei pensando no quanto é chato a gente deixar o coração isolado para não lhe dar a chance de nos contar o que imagina pra nós e o que podemos desenhar juntos nessa estrada.


Mas chega um momento em que me parece que, lá no fundo, a gente começa a desconfiar que algo não está bem e que, ainda que seja mais fácil culpar Deus e o mundo por isso, vai ver que os algozes moram em nós, dividindo espaço com o tal desenhista lindo que, temporariamente, está com a ponta do lápis quebrada.
 Sem fazer alarde, a gente começa a perceber os tímidos indícios que vêm nos dizer que já não suportamos carregar tanto peso como antes e a viver só para aguentar.
 Devagarinho, a gente começa a sentir que algo precisa ser feito. Embora ainda não faça. Embora ainda insista em fazer ouvidos de mercador para a própria consciência. Embora ainda estresse toda a musculatura da alma, lesione a vida, enrijeça o riso, embace o brilho dos olhos, envenene os rios por onde corre o amor.
 Por medo da mudança, quando não dá mais para carregar tanto peso, a gente aprende a empurrá-lo, desaprendendo um pouco mais a alegria. Quase nem consegue respirar de tanto esforço, mas aguenta ou pelo menos faz de conta, algumas vezes até com estranho orgulho. Até que chega a hora em que a resistência é vencida.
 A gente aceita encarar o casulo. A gente deixa a natureza tecer outra história. A gente permite que a borboleta aconteça.

Nascemos para aprender a amar, a dançar com a vida com mais leveza, a criar mais espaço de conforto dentro da gente, a ser mais felizes e bondosos, a respirar mais macio, essa é a proposta prioritária da alma, eu sinto assim. Podemos ainda subestimar a nossa coragem para assumir esse aprendizado.
 Podemos nos acostumar a olhar o peso e o aperto, nossos e dos outros, tanto sofrimento por metro quadrado, como coisa que não pode nunca ser transformada.

 Podemos sentir um medo imenso e passar longas temporadas quase paralisados de tanto susto. Podemos esgotar vários calendários sem dar a menor importância para o material didático que, aqui e ali, a vida nos oferece. Podemos ignorar as lições do livro-texto que é o tempo e guardar, bem escondido do nosso contato, esse caderno de exercícios que é o nosso relacionamento com nós mesmos e com os outros. 

Apesar disso tudo, a nossa semente, desde sempre, já inclui as asas. Já inclui o voo. Já inclui o riso. Já é feita para um dia fazer florir o amor que abriga. E, mais cedo ou mais tarde, ela floresce."
Ana Jácomo

18 de setembro de 2012

Deixe-se em paz por Martha Medeiros...


"Geralmente é o que se deseja intimamente: paz para o mundo, paz para todos, paz para os torcedores, paz para os moribundos, paz para os iraquianos. É um desejo legítimo, mas qual a nossa contribuição prática para ajudar a construir uma serenidade universal? 
O máximo que podemos fazer é garantir nossa própria paz.

Portanto, esses são os meus votos: deixe-se em paz.

Parece uma frase grosseira, mas é apenas um desejo sincero e generoso. 
Deixe-se em paz. Não se cobre por não ter realizado tudo o que pretendia, não se culpe por ter falhado em alguns momentos, não se torture por ter sido contraditório, não se puna por não ter sido perfeito. Você fez o melhor que podia.

Aproveite para estabelecer metas mais prosaicas para o futuro que virá, ou até meta nenhuma. Que mania a gente tem de fazer listinha de resoluções, prometer mundos e fundos como se uma simples virada de ano bastasse para nos transformar numa pessoa mais completa e competente. 

Você será o que sempre foi — e isso já é muito bom, pois presumo que você não seja nenhum contraventor, apenas não consegue dar conta de todos os seus bons propósitos, quem consegue? Às vezes não dá. Vá no seu ritmo, siga sendo quem é, não espere entrar numa cabine e sair de lá vestido de super-homem ou de super-mulher. Deixe de fantasias.

Deixe-se em paz.

Se quer tomar alguma resolução, resolva ajudar os outros, fazer o bem, dedicar-se à coletividade, seja mais solidário. Não deixe os menos favorecidos na paz do abandono, na paz do esquecimento. Mas esquecer um pouco de você mesmo, pode. Deve. Não se enquadre em comportamentos que não lhe caracterizam, não se enjaule por causa de decisões das quais já se arrependeu, não se arrebente por causa de questionamentos incessantes.

Liberte-se desses pensamentos todos, dessa busca sofrida por adequação e ao mesmo tempo por liberdade. Nossa, ser uma pessoa adequada e livre ao mesmo tempo é uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Será mesmo tão necessário pensar nisso agora? Deixe-se em paz.

Não dê tanta importância à melhor roupa para vestir, à melhor frase para o primeiro encontro, às calorias que deve queimar, à melhor resposta para quem lhe ofendeu, às perguntas que precisa fazer para se autoconhecer.

Chega de se autoconhecer. Deixe-se em paz.

No fundo, estou escrevendo para mim mesma.

Não me deixo em paz. Estou sempre avaliando se agi certo ou errado, cultivo minhas dúvidas com adubo e custo a me perdoar. Tenho passe livre para o céu e também para o inferno. Preciso me deixar em paz, me largar de mão, me alforriar.

Só falta alguém ensinar como é que se faz isso."
Autora:Martha Medeiros

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