5 de setembro de 2011

A vivência do outro! por Letícia Thompson



"A amizade, embora inteira, para ser completa deve conhecer limites. Nosso primeiro ímpeto ao ver um amigo sofrendo, que seja física, moral ou espiritualmente, é oferecer um ombro e querer fazer alguma coisa. É natural. É humano.

Jesus também carregou o fardo dos nossos pecados. Nos aliviou de uma carga que iria nos conduzir à perdição. Mas ainda assim não andou por nós, não decidiu por nós. Se o tivesse feito, teríamos conhecido a total perfeição, mas teríamos deixado de ser nós. Mas Ele nos deixou a liberdade de escolher. Perfeito, respeitou nossas imperfeições.

Quando alguém que amamos sofre, uma parte de nós sofre também. Assim queremos ajudar, queremos fazer alguma coisa que reconforte, restaure uma pessoa sofrida, nos devolva o outro tal e qual aprendemos a amá-lo.

Só que nossas ações não podem e não devem ir longe demais.
Podemos ajudar uma pessoa a se levantar, a ter uma outra visão da vida, a caminhar mais firme. Podemos dar a mão e até carregá-la no colo. O que não podemos é tentar viver por ela.

Uma pessoa que se torna dependente de uma outra pessoa, de alguma coisa ou circunstância é alguém de quem foi amputada a vontade.
E vontade é algo básico e essencial para se alcançar os objetivos. Se tentamos fazer tudo no lugar de outro alguém, não oferecemos benefício algum, muito pelo contrário.

E assim, meu amigo, eu amo tanto você que preciso te deixar caminhar com suas próprias pernas, embora eu possa te apoiar nesse longo caminho, me sentar ao seu lado de vez em quando para que você recupere as forças, te dar a mão, um ombro, um pedaço do meu coração.

Eu amo tanto você que tudo o que mais quero é ver em você não um reflexo de mim ou de qualquer outra pessoa, mas a luz que existe dentro de você, única, exatamente como você, que me conquistou um dia e que desejo que continue brilhando ao meu lado ao longo da minha existência."

Autoria:Leticia Thompson


4 de setembro de 2011

Seja mais positivo e sorria para a sua vida!




"Ser positivo não é ser otimista demais, achando que tudo é cor-de-rosa, nem é minimizar os problemas ou fingir que eles não existem. Não é ser ingênuo ou sonhador.

Na verdade, quem é positivo confia na sua capacidade de lidar com as situações, de aceitá-las, de resolvê-las da melhor maneira possível.

Não se sente revoltado com o que lhe acontece, nem fica idealizando sua vida, com fantasias impossíveis e mirabolantes. Tem sabedoria para compreender seus limites, suas limitações e sabe se adaptar a elas.

Não permite que o negativismo tire o entusiasmo e o sabor de sua vida. Cultiva uma postura de equilíbrio na mente. Não é pessimista e nem otimista. Possui uma atitude positiva, afirmativa e confiante diante da vida.

Uma das maneiras de treinar ser positivo é não ter expectativas exageradas que conduzem ao pessimismo. Geralmente, quem é muito otimista, acaba sentindo-se frustrado e tornando-se pessimista.

Aprenda a cultivar uma mente positiva que atrai a prosperidade e o sucesso. Aprenda a relaxar e a manter essa atitude na vida diária, apesar de todos os desafios e imprevistos. Desenvolva a atitude de estar tranquilo apesar de...

Não basta ler sobre isso ou desejar ser positivo e tranquilo. Não é apenas ser racional. É necessário equilibrar as emoções, acalmar corpo e mente. É conquistar uma mente pacífica, purificando os pensamentos, a fala e as ações. É desenvolver virtudes como a paciência, o libertar-se da raiva, da inveja, dos apegos.

É sentir-se feliz e agradecido com o que você tem no momento presente.

Isto é um treinamento diário, que envolve práticas de apaziguamento, de relaxamento, da yoga, do canto dos mantras e de meditação.

É compreender que muitos problemas não têm solução porque eles não existem, pois são apenas criados pela mente negativa. Ao ter esse insight, você entende que cria muitos sofrimentos desnecessários ao alimentar medos imaginários para o futuro.

Treine sua mente para ser mais sereno e sorrir

Acorde com o coração agradecido e sinta-se renovado e cheio de entusiasmo para mais um dia. Em vez de reclamar por estar acordando cedo, ou por causa do calor, da chuva, agradeça o fato de estar respirando e pela bênção da vida. Agradeça seu trabalho e seu aprendizado diário.

Entenda que aquela pessoa difícil em sua vida, é como um mestre a lhe ensinar a tolerância, o perdão, a boa vontade. Agradeça por ela estar polindo seu ego e lhe ajudar a desenvolver qualidades como compreensão e paciência.

Aprecie o canto dos pássaros de manhã. Saiba saborear, sem pressa, uma simples xícara de chá ou de café, uma música suave, a companhia de um amigo, uma caminhada ao ar livre, admirando o mar, as montanhas, o céu azul, as árvores, as flores, o ambiente ao seu redor.

Experimente começar o dia sorrindo para você mesmo, olhando-se com amor no espelho, desejando a você um ótimo dia.

Sorria para seu cônjuge, para o zelador do prédio, para seus empregados, seus amigos. Pratique o sorriso, enquanto trabalha na cozinha, nos afazeres cotidianos, em uma fila de espera, no supermercado, no seu escritório.

Em vez de se irritar com o trânsito, aproveite para ouvir músicas relaxantes, para ouvir mantras do yoga. Desenvolva mais paciência e fique centrado no momento presente, sem tensões. Seja gentil e calmo no trânsito. Isso é uma grande conquista na vida diária.

A princípio, você pode achar difícil sorrir. Se for esse o seu caso, contemple porque sente que não merece sorrir. Que frustrações e ressentimentos você tem alimentado que lhe impedem de sorrir e de saborear a vida?

Sorrir significa ser você mesmo, ser livre para amar, ser bem-sucedido, sentir-se tranquilo e mais alegre.

Com um sorriso, você relaxa centenas de músculos de seu rosto, relaxa seu sistema nervoso e envia para o corpo a mensagem de que tudo está bem. Assim, você aumenta sua imunidade e o corpo lhe protege das doenças, tornando-se mais forte e saudável.

Através da arte de sorrir, você se descontrai, sente-se confortável em seu interior, na vida, com as outras pessoas. Sorrindo você vai dissolvendo as ansiedades, os medos, as tristezas e se liberta da depressão.

Sente que pode ter responsabilidades na vida, ser forte e firme, e ao mesmo tempo, ter leveza de espírito e amabilidade.

O sorriso é um bom treinamento para a mente relaxar e parar de se preocupar tanto. Invista na prática de sorrir. Sorria e comece a viver o momento presente. Desfrute da serenidade que vem junto do sorriso e do treinamento de estar presente no aqui e no agora.

É importante compreender que se você viver mergulhado somente nas lembranças do passado ou sonhando com um futuro que ainda não existe, você se tornará triste, deprimido, infeliz, inseguro, pois não existe nem o passado e nem o futuro. Só existe o momento presente.

E, aprender a estar no momento presente é um excelente aprendizado aqui no planeta Terra. É um dos importantes treinamentos da  yoga e da meditação.

Mesmo que sua vida esteja difícil, é preciso sorrir e ficar livre de mágoas, do peso do passado ou das expectativas do futuro. Não fique sintonizado  com a dor, nem deixe que ela o domine. Somos mais que nossos problemas ou nossas dores.

O que você consegue reclamando e não aceitando seu destino? O que você acha que perde ao sorrir para sua vida? Não fique esperando que aconteçam mudanças favoráveis. Às vezes, o que você acha que é desfavorável, pode ser para seu benefício. Compreenda que tudo acontece para melhor e transforme-se extraindo lições dos acontecimentos.

Como dizia, Baba Muktananda, um grande Mestre do yoga: “Se você chorar, você chora sozinho. Se você sorri, o mundo inteiro sorri com você.” Sintonize com o canal interno do sorriso, da aceitação, da gratidão. Entenda que quando você sorri para a vida, ela sorri para você. Seja alegre!

Experimente agora um suave sorriso

Permita-se sentar tranquilamente para apenas sorrir:

Você pode sentar-se confortavelmente em uma cadeira, alinhando sua coluna e sua cabeça. Abra os ombros, abrindo-se para a vida.

Feche os olhos.
Relaxe os músculos da testa, ao redor dos olhos, entre as sobrancelhas.
Sinta os maxilares e a língua pesados e relaxados.
Sinta o lábio superior e inferior. Sinta a língua descansando em sua boca.

Observe a respiração, sem fazer nada para respirar. Apenas acompanhe o ritmo da respiração.

Inspire tranquilamente e ao expirar sorria.
Inspire e permita que a expiração seja mais longa e sorria ainda mais.
Sorria mais a cada exalação.

Inspire e mentalize : Inspirando acalmo corpo e mente.
Expire e mentalize: Expirando eu sorrio. (e sorria cada vez mais gostoso) .

Simplesmente sorria para você mesmo, para a divindade que habita em você.

Ao sentar-se, tranquilamente e conscientemente, para sorrir, você está sendo você mesmo e vai encontrando seu eixo, seu centro de equilíbrio.

Sinta o poder de sorrir e de estar presente

A suavidade do sorriso vence o ego negativo, vence a raiva e os venenos da mente, como a inveja, os apegos, a ansiedade. Você se torna mais divertido, mais harmonizado. Sorrindo e estando mais consciente do momento presente, você vence a mente turbulenta e inquieta.

Ao desenvolver o hábito de ser positivo e o hábito de sorrir, você pode melhorar vários aspectos da vida como realização pessoal, sucesso no trabalho, no amor, em lideranças.

Além disso, ao sorrir você se sente mais relaxado, e assim, seu cérebro produz serotonina, uma substância que promove a sensação de bem-estar e lhe ajuda a lidar melhor com os desafios e a superar os problemas.

Crie o hábito de sorrir, de acalmar corpo e mente, vivendo a dádiva do momento presente, sentindo-se mais calmo e com entusiasmo. Seja mais feliz, você merece!


 Fique em paz! Namastê! Deus em mim saúda e agradece Deus em você!"

Autora:Emilce Shrividya Starling

2 de setembro de 2011

Eternidade por Leticia Thompson!



"O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim.
Tudo o que tenho foi um dia emprestado pelo Criador para que eu possa dividir com aqueles que entram na minha vida.

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que receber; há muito o que aprender, com experiências boas ou negativas.

 É isso... tente ver as coisas negativas que te acontecem com como algo que aconteceu por uma razão precisa. E não se lamente pelo ocorrido; além de não servir de nada reclamar, isso vai vendar seus olhos para continuar o caminho. 

Quando você não consegue tirar da cabeça que alguém te feriu, está somente reavivando a ferida, tornando-a muitas vezes bem maior do que era no início.

Nem sempre as pessoas te ferem voluntariamente. Muitas vezes é você quem se sente ferido e a pessoa nem mesmo percebeu; e você se sente decepcionado porque aquela pessoa não correspondeu às suas expectativas. Às suas expectativas!!! E sabe-se lá quais eram as expectativas do outro? Você se decepciona e decepciona também. Mas, claro, é bem mais fácil pensar nas coisas que te atingem.

Quando alguém te disser que te magoou sem intenção, acredite nele! Vai te fazer bem. Assim talvez ele poderá entender quando você o magoar e, sinceramente, disser que "foi sem querer".

Dê de você mesmo o quanto puder! Sabe, quando você se for, a única coisa que vai deixar é a lembrança do que fez aqui. 

Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe e dê de você mesmo. 
Seja uma bênção! Deus não vem em pessoa para abençoar, Ele usa os que estão aqui dispostos a cumprir essa missão. 

Todos nós podemos ser Anjos!

A eternidade está nas mãos de todos nós.  Viva de maneira que quando você se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar".


Letícia Thompson

1 de setembro de 2011

Cuidado com [o que sai] da sua boca! por Paula Picard

 "Este não é um novo ensinamento, mas é importante. Façam disto uma prioridade, ter algum tempo para considerarem como vocês usam as suas palavras e que energia vocês trazem para a sua vida. Se vocês pensarem sobre isto, a maioria de nossos desafios dentro de nós mesmos e com os outros, originam-se das palavras que falamos.Um dos mais óbvios abusos da palavra falada é "queixa".

 Quando a sua energia está focalizada no que está errado em sua vida, vocês manifestam mais do mesmo.A queixa prende-os em uma rede, quanto mais vocês falam do que está errado, mais vocês se envolvem em um padrão energético negativo. Há uma diferença IMENSA entre ter uma conversação sobre um desafio em sua vida, com a intenção de encontrar uma solução ou lamentarem-se acerca do mesmo. 

A queixa não mantém solução, ela somente faz a situação que vocês desejam mudar, crescer para proporções monstruosas. Uma das melhores maneiras de parar este "hábito", é tomar um segundo ou dois e pensar sobre o que vocês vão falar antes de dizê-lo. Antes de falarem, perguntem-se, isto é uma reclamação? Se for, então re-escolham as suas palavras e se não puderem - então não digam nada.

Outra forma que criamos desafios em nossa vida é a crítica e o julgamento de nós mesmos e de outros. Prestem atenção ao que vocês dizem acerca de vocês mesmos e dos outros. Saibam que, Acreditem ou não - a sua língua é o músculo mais poderoso em seu corpo. Os maiores bíceps não competem com a força e o poder que residem em sua boca, suas palavras têm poder.

 Quando vocês falam palavras indelicadas acerca de vocês mesmos - vocês lhes dão vida. Quando vocês se colocam como pessoas inferiores, começam a acreditar que isto é verdade, mesmo se for inconsciente. Se vocês estão constantemente dizendo como são estúpidos, que vocês não podem fazer nada direito, que vocês não são bons o suficiente, outros aceitarão que é verdade. Isto pode dar um impacto negativo em sua vida de muitas maneiras. 

Vocês podem criar situações nas quais outros não confiem ou os respeitem - não devido a algo que vocês fizeram, mas devido a como vocês falam de vocês mesmos.

Falar negativamente sobre os outros cria muitas repercussões a longo prazo. Por exemplo, vocês falam a um bom amigo sobre sua esposa, sobre outra pessoa significativa ou outro amigo. Vocês compartilham com eles todas as suas frustrações acerca deles, o que eles fizeram errado, o que eles não fizeram, etc.etc. Então vocês imaginam por que os seus amigos desgostam do seu cônjuge ou amigo.

 Eles formam uma opinião negativa de alguém que vocês amam - baseados em suas palavras. Isto também afeta o seu relacionamento, porque vocês dão muito tempo e energia ao que está "errado" com eles. Se vocês fizerem isto o suficiente, vocês esquecerão porque os amam, em primeiro lugar. Vocês inconscientemente começarão a desrespeitá-los, e nada que eles fizerem será bom o suficiente.

Eventualmente o relacionamento inteiro se desintegrará sob o peso de suas palavras. Se houver coisas que vocês necessitam discutir com seu cônjuge ou amigo, relativo ao seu relacionamento, então dê-lhes o respeito de falarem a eles sobre isto.Se for algo que vocês não possam discutir, então escolham se é algo que podem aceitar ou não. Nenhuma amizade ou relacionamento durará, se estiverem constantemente sob o ataque de balas de palavras negativas.

Nós também criamos desafios, quando fazemos promessas que não mantemos ou não cumprimos o que dizemos. Pensem longa e severamente, antes que vocês se obriguem a algo. Se não estiverem certos de poderem cumprir o favor ou tarefa que alguém lhes pedir, diga-lhes que pensarão sobre isto e comunique-lhes mais tarde.

 Quando dizem que farão algo - isto cria uma expectativa de que vocês farão isto. Se vocês não cumprem o que vocês disseram que fariam, então a outra pessoa se sentirá magoada, zangada ou desapontada. Vocês criam também outra emoção muito doentia - a CULPA. Vocês sabem que supunham fazer algo e vocês não fizeram - então vocês sentem culpa. A culpa freqüentemente se transforma em raiva - vocês se enraivecem com a pessoa a quem vocês disseram que fariam algo - porque vocês se sentem culpados.

Há muitos, muitos modos pelos quais criamos os desafios em nossas vidas, devido ao uso errado das palavras. Sejam gentis, amáveis e amorosos com vocês mesmos quando começarem a anular este hábito. Nós usualmente vivemos em uma sociedade, na qual nada é suficiente bom. Somos bombardeados em uma base diária com imagens irreais de perfeição. 

Compreendam isto e coloquem as coisas na perspectiva. Façam disto uma prioridade, para prestarem atenção às palavras que vocês falam sobre vocês mesmos e os outros. Dia após dia, vocês verão que começarão a se sentir melhor acerca de vocês mesmos e de seus amados. Vocês se liberarão da rede de negatividade que está envolvida ao redor de vocês, quando escolherem uma vibração mais elevada de comunicação.

Possam todas as suas palavras ser amorosas e gentis. Possam vocês ser abençoados enquanto vocês abençoam a outros."
Autoria:Paula Picard
Compartilhado do site:http://www.luzdegaia.net/

31 de agosto de 2011

O Infinito Humano: Paz! por Scott Rabalais


 "A experiência da paz interior pode ser descrita como uma experiência de serenidade, tranquilidade e quietude. Pode também ser definida como uma ausência de luta, ansiedade e perturbação. Enquanto a paz é uma condição procurada por indivíduos, políticos, grupos e países, ela permanece sempre muito fugaz. Quando uma situação se resolve, parece que outra surge. Com todos os esforços dirigidos para uma resolução pacífica, porque é a paz tão difícil de alcançar?

Numa consciência mais elevada reconhece-se que a paz é o nosso estado natural de ser. De modo similar à liberdade, amor, harmonia e verdade, a paz é inerente na luz. É a própria essência do nosso ser. Conforme experimentamos a luz, experimentamos a paz, comummente referida como a “paz de espírito”. No entanto, a paz que é da luz não é da mente, mas está para além dos pensamentos que fluem na nossa consciência.

A experiência da luz pode assemelhar-se à contemplação das águas tranquilas de um lago parado. Quando as águas não são agitadas, existe na superfície um reflexo perfeito das árvores, das nuvens e do céu. Assim que as águas se agitam, a natureza já não pode ser reflectida com clareza. Da mesma forma, o processo do pensamento é o que causa a perturbação na percepção da luz. Unicamente na quietude a mais profunda paz é experimentada.

À medida que a nossa consciência se afasta da luz (a nossa essência) para a nossa mente, desenvolve-se uma lacuna na percepção. A nossa atenção move-se para a mente dualista, que funciona numa polaridade de positivo-negativo, uma perturbação da unidade da existência. É na mente que nós criamos o julgamento e o medo. 

Esta condição polarizada da mente afasta-nos da nossa verdadeira identidade como seres de luz da paz. Esta percebida separação dos nossos eus autênticos dos nossos eus “pensantes” constitui o vazio interior que proíbe uma percepção da paz.

Então, como é que tapamos este vazio interior? Temos duas escolhas.

Uma escolha é tentar encher o vazio com uma miríade de estímulos. Alguns tentam a bebida e as drogas enquanto outros se refugiam na ganância e na opulência. Nós utilizamos as relações e as actividades num esforço para preencher o vazio. Filmes, livros, espectáculos de TV e carreiras intelectuais tudo pode servir como veículos para preencher o vazio interior. Qualquer coisa e tudo pode ser um suporte para encher o vazio dentro de nós quando nos falta uma sensação de paz interior.

Obviamente, isto não quer dizer que os filmes ou livros ou os vossos colegas seres humanos são para ser ignorados ou proibidos. Podemos co-existir com cada aspecto do cosmos quando num estado de paz, em vez de o usarmos como uma tentativa para completar a incompletude interior.

Escolher o caminho de “encher” o vazio é apenas uma solução temporária. Ficamos satisfeitos momentaneamente, até que cedo essa satisfação se dissolve e nós necessitamos de outro estímulo. Devemos continuar a alimentar o vazio, até sermos confrontados com um abismo que é, muitas vezes, considerado insuportável.

 Pode ser o nosso pior pesadelo, um vislumbre do nada, um sentimento de estar perdido e confuso. Com frequência consideramos melhor ocupar a mente com um suprimento infinito de estímulos do que enfrentar o “desconhecido” dentro de nós.

Quando percebemos o jogo que estamos a jogar e a futilidade de tentarmos tapar o vazio através do uso da mente, podemos considerar a segunda opção. Esta escolha é alinhar a auto-percepção com a percepção da luz. 

Quando o fazemos, todas as noções falsas e limitadas acerca de quem somos caem. Já não precisamos de encher um vazio porque ele desaparece. Nós percebemos a nossa identidade verdadeira como luz, e alinhamo-nos com a nossa autenticidade. Estamos conscientes da nossa completude e da nossa plenitude. Nenhum vazio permanece e nós ficamos em paz.

Este reconhecimento da paz e da plenitude é nosso quando transcendemos a mente e entramos nos reinos mais elevados. Devemos trazer a mente para a quietude, o que é conseguido através da consciência.

 É a beleza da meditação – observar simplesmente os pensamentos que dançam no ecrã da nossa mente – que permite que o “lago” esteja quieto e perfeitamente reflexivo.

O simples passo na consciência, que nos leva para fora da mente e para a consciência transcendental, é o primeiro passo para a paz. Trata-se de uma paz profunda para além da descrição, que está livre de qualquer discórdia interna, conflito ou luta. Esta paz tem uma profundidade infinita e não tem limites. É tão vasta como o próprio cosmos.

Em uma consciência transcendente, a mente é relegada para o seu lugar e propósito certos. Ela está lá para servir como instrumento da luz, por assim dizer, em vez de mestre da nossa experiência. Já não andamos mais ao sabor dos altos e baixos dos nossos pensamentos e emoções. Em vez disso, gozamos a fortuna da equanimidade que é a luz. Nós somos os mestres das nossas experiências em vez das vítimas. Usamos os pensamentos para nos servirem, em vez de eles nos governarem.

A discórdia entre as nações, facções, religiões e outras entidades trata-se, simplesmente, de um reflexo colectivo do estado das consciências das pessoas. Onde existir o desconhecimento da luz interior, haverá um vazio.

Onde houver um vazio, haverá provavelmente medo, medo de si mesmo e do que existe dentro. Esse medo diz: “Eu tenho medo de saber quem e o que sou”.

Quando percebemos que não há necessidade do medo e que, no interior, nós somos plenos e completos, estamos prontos para dar o passo para a paz. Quanto mais longe nós andamos no caminho da luz, mais nos afastamos da mente e das suas percepções limitadas. 

À medida que caminhamos para a paz, o abismo fecha-se e já não somos assombrados por uma identidade falsa. Ainda melhor, nós temos uma vida profunda – uma em que caminhamos cada passo sem medo, dúvida ou preocupação – uma vida de paz sem fim.

Paz é um estado de ser, em vez de um estado da mente. É a nossa experiência quando a mente cessa, quando percebemos que somos infinitos seres de luz do cosmos. Não é necessário encontrar um ambiente calmo para experimentar a paz, tal como um local isolado na floresta ou na praia ao pôr-do-sol. 

Não importa onde estamos e o que estamos a fazer, nós tornamo-nos paz. Trata-se da própria natureza da nossa existência. Na nossa consciência dessa natureza, nós somos pacíficos."

Direitos de Autor Scott Rabalais – É concedida permissão para copiar e distribuir este artigo de forma livre na condição de que o nome do seu autor seja incluído no mesmo.
Tradução
: Ana Belo anatbelo@hotmail.com

Que vazio é esse em sua vida? por Patricia Gebrim


"Criar é uma forma saudável de suprir a sensação de vazio. Não é preciso ser um Monet ou um Villa Lobos. Um simples bolo caseiro, por exemplo, feito com aquele toque especial, traz à tona aquele potencial criativo que tanto faz bem!

Quantas vezes eu ouço as pessoas falarem sobre esse tal “vazio”. Como se existisse um espaço mal-assombrado dentro de cada ser humano, um lugar dentro do qual todas as pessoas, em algum momento de suas vidas, acabassem caindo, para não mais sair de lá.

- Sinto um vazio dentro de mim! - quantas vezes já ouvi essa frase, com suas inúmeras variações...

Que vazio é esse afinal??? E o que fazer com ele???
Na dúvida, acabamos achando que esse buraco é sinal de algum defeito, e que devemos preenchê-lo o mais rapidamente possível. Perceba quantas “besteiras” acabamos fazendo na tentativa de preencher esse espaço que tanto nos assusta.

Nos envolvemos em relacionamentos com pessoas com as quais não temos nenhuma afinidade, estouramos nosso cartão de crédito, compramos todo tipo de coisas das quais não precisamos, comemos mais do que necessitamos, bebemos mais do que seria saudável, aceitamos ir a lugares aos quais na verdade não gostaríamos de ir, convivemos com pessoas que sugam toda a nossa energia, andamos para lá e para cá como baratas tontas, tudo com a intenção de preencher o vazio.

E mais... traímos a nossa verdade, nos sentimos “defeituosos” (pessoas perfeitas não teriam um buraco lá dentro!), sentimos vergonha de nós mesmos, criamos falsas máscaras para fingir que não somos ocos, fugimos desesperadamente e nos envolvemos em todo tipo de atividade frenética para não nos lembrar que ele continua lá, quieto, imenso... um buraco enorme na nossa auto-estima.

Fazemos tudo isso para evitar o vazio... mas sabe o que é pior?... nada disso funciona!

Agora ouça, é sério:
- Não há nada de errado em você sentir esse vazio aí dentro... não há nada de errado ao sentir-se incompleto, com essa sensação de que “falta algo”. - É claro que falta algo!
- Sempre irá faltar!


Existe algo maior, mais belo, que cada um de nós veio aqui para realizar. Entenda... por maior não quero dizer aquele tipo de grandeza que é acessivel apenas a alguns. Falo de algo a que todos nós temos acesso, falo daquela grandeza de alma que nos torna verdadeiramente humanos, capazes de criar, capazes de amar... Pois eu acredito que o vazio exista para nos lembrar exatamente disso!

E se eu lhe disser que devemos tudo o que existe de belo no mundo à existência desse vazio?
E se fosse mais ou menos assim...

Um dia um Monet acorda e sente um buraco bem no meio da sua barriga, ou talvez no meio do peito (o vazio às vezes gosta de mudar de lugar dentro de nós)... sente-se mal com o tal buraco... pega seus pincéis e, no branco vazio de uma tela, pinta os mais belos jardins.

Outro dia um Villa Lobos acorda incomodado, sente algo estranho, como se fosse uma fome por dentro, uma coisa que aperta seu peito, esmaga seu coração solitário... e, no vazio do silêncio, compõe a mais bela bachiana... (ah, você já ouviu a Bachiana no 5 do Villa Lobos?)

Um dia um cientista é acordado por um buraco bem no meio da sua cabeça... tantas coisas sem explicação no mundo o angustiam e tiram seu sono... e no silencioso vazio de respostas brota, quase miraculosamente em sua mente, uma solução para uma doença que aflige toda a humanidade.

Outro dia uma dona de casa qualquer, em uma casa qualquer, acorda e olha ao redor... os filhos já se foram, o marido está trabalhando... Na solidão de sua vida decide cozinhar e assa o mais delicioso bolo que uma mulher já foi capaz de fazer. E no vazio daquela casa surge um aroma que a transforma imediatamente em um lar; quente, acolhedor, cheio de amor.

Assim, acreditem, não há como nos livrarmos desse tal vazio (ainda bem), mas podemos “escolher” o que fazer com ele.
Podemos transformá-lo em um mar de lamentações, e navegar por ele por toda uma vida, como se fôssemos um navio fantasma rangendo nossas ferragens por aí.
Mas podemos também... criar!

Essa é a palavra-chave para transformar o vazio que existe dentro de nós no espaço mais sagrado que um dia seremos capazes de adentrar.

E é no vazio da terra que uma semente pode brotar, no vazio na mente que o inusitado pode se libertar, no vazio de saber que a real sabedoria encontra espaço, no vazio de crenças que ganhamos a liberdade de escolher no que acreditar!

O vazio nos torna livres... pensem nisso!

Veja, Lao Tse , em 99 a.C., já sabia disso, veja o que diz seu tratado, o Tao Te King:
“Trinta raios convergentes, unidos ao meio, formam a roda, mas é seu vazio central que move o carro.
O vaso é feito de argila, mas é o seu vazio que o torna útil.
Abre-se portas e janelas nas paredes de uma casa, mas é seu vazio que a torna habitável.”

Assim... não tema o vazio, talvez ele seja o maior presente que recebemos. A verdade é que sem o vazio seríamos tristes caricaturas de quem de verdade podemos ser. Seja corajoso. Aceite-o e permita que ele lhe inspire a tornar-se quem você de verdade é. 

O que seria de uma vida sem o mistério... sem a noite... sem as estrelas?

É no vazio que mora a nossa musa,
e as mais belas idéias,
e os sonhos,
e a poesia... 

Aceite o vazio e... se puder... ame-o.
O que vai acontecer então?... 

Não vou lhe dizer!
Descubra por si mesmo"...

Patricia Gebrim

30 de agosto de 2011

Quem sou eu? por Ramana Maharshi




                                               "Quem sou eu?
Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.
Eu posso ver e sentir meu corpo,
E o que pode ser visto e sentido não é o verdadeiro Vidente.

Meu corpo pode estar cansado ou excitado, 
Doente ou saudável, pesado ou leve,
mas isso nada tem a ver com meu Eu interior.

Eu tenho um corpo, mas eu não sou meu corpo.

Eu tenho desejos, mas eu não sou meus desejos, eu posso conhecer meus desejos,
e o que pode ser conhecido não é o verdadeiro. Conhecido.
Desejos vêm e vão, flutuando através de minha percepção,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho desejos, mas não sou desejos.

"Eu tenho emoções, mas eu não sou minhas emoções.
Eu posso sentir minhas emoções,
e o que pode ser sentido não é o verdadeiro Senciente.
As emoções passam através de mim,
mas elas não afetam meu Eu interior.

Eu tenho emoções, mas eu não sou emoções.

Eu tenho pensamentos, mas eu não sou meus pensamentos.
Eu posso conhecer e intuir meus pensamentos,
E o que pode ser conhecido não é o verdadeiro Conhecedor.
Pensamentos vêm a mim e pensamentos me deixam,
mas eles não afetam meu Eu interior.

Eu tenho pensamentos, mas não sou meus pensamentos.

Eu sou o que permanece, um centro puro de percepção,
uma testemunha impassível de todos esses
pensamentos, emoções, sentimentos e desejos."

Autor:Ramana Maharshi

28 de agosto de 2011

Pensamento possui peso, forma, tamanho, cor.!



"O pensamento possui um poder incrível. É uma força dinâmica, magnética como a gravitação, coesão e repulsão. O pensamento é a força mais sutil, mais vital que existe no Universo. É mais poderoso que a eletricidade. Ele se move e a velocidade supera a velocidade da luz; é instantâneo na sua propagação.

Como diz Swami Sivananda, em seu livro O poder do pensamento pela Ioga : "Todo pensamento possui peso, forma, tamanho, estrutura, cor, qualidade e poder. Um iogue, com seu olho iogue interior, pode ver claramente todos esses pensamentos. Os pensamentos são como coisas. Da mesma maneira que você entrega uma laranja a um amigo e a toma de volta, também pode dar um pensamento útil, poderoso a seu amigo e tomá-lo de volta. O pensamento é uma grande força; move-se; cria. Você poderá operar milagres com o poder do pensamento. Precisa saber a técnica certa de como manipular e usar um pensamento".

No livro Formas de Pensamento, Annie Besant e W. Leadbeater dizem: "O que nem todos sabem, porém,é que os pensamentos são "coisas" no mundo oculto; isto é, além de ser uma força, produzem definidas formas mentais, com cores próprias, segundo a natureza do pensamento, e com a duração proporcional à intensidade."

Neste livro, Annie Besant e Leadbeater trasmitem os resultados de suas experiências e mostram como disciplinar a mente e aproveitar de maneira inteligente os próprios recursos internos que muitas vezes são ignorados.

Em um capítulo muito instrutivo sobre o significado das cores dos pensamentos, eles mostram as belíssimas formas mentais que são criadas pela música clássica, por uma música tocada na Igreja; as lindas formas mentais observadas em pessoas meditando ou orando, formas de simpatia e amor . E, ilustram também as terríveis forças mentais da raiva, do egoismo, do apego, de medos.

Lei do pensamento

Existe a lei do pensamento que diz: Semelhante atrai semelhante. Os pensamentos são emitidos e magneticamente atraem coisas semelhantes que estão na mesma frequência.

Nossa mente é como um aparelho de rádio. Os pensamentos e sentimentos são como mensagens radiofônicas e têm uma frequência. São transmitidos através do éter e captados pelas pessoas cuja mente é receptiva a essas vibrações.

A lei básica do pensamento é: Você se torna o que pensa. O que mais pensa se manifestará em sua vida. Você atrai para si o que estiver pensando.

Você só pode sentir o que pensa. Se você tiver um pensamento negativo, vai se sentir triste, deprimido; se tiver um pensamento positivo vai se sentir alegre, calmo, entusiasmado.

Os pensamentos negativos envenenam a vida. Pensamentos de preocupação, ansiedade, raiva, medos são forças destrutivas em nós mesmos. Destroem a harmonia, a vitalidade, o vigor, a habilidade de agir.

Enquanto que os pensamentos de bom humor, de alegria e coragem curam, acalmam, aumentam a criatividade, a eficiência, o discernimento,

Pelo poder do pensamento podemos ser felizes ou não. A escolha é nossa. Em nós estão latentes toda as faculdades, potencialidades, energias e poderes. Precisamos desenvolver esse potencial para nos tornar livres, prósperos e realizados.

Para realizar nossas metas e alcançar a felicidade através do poder da mente é necessário transformar nossa atitude:

1. Identificar os fatores que levam ao sofrimento e os que levam à felicidade.

2. Eliminar os pensamentos, emoções e atitudes negativas que geram ansiedade, angustia, inquietação.

3. Cultivar pensamentos e sentimentos que conduzem à felicidade, saúde, prosperidade.

Muitos conseguem aplicar o poder da mente e são mais prósperos, realizados no amor, com mais saúde. Outros, porém, logo desistem, pois não têm persistência. A diferença está na constância, na determinação, no auto-esforço de desenvolver vigilância sobre a própria mente e escolher pensar positivo.

Faça seu próprio milagre entendendo como usar sua mente:

1. Pratique relaxamento e meditação para acalmar as emoções e dissolver a turbulência dos pensamentos.

2. Alcançando a tranquilidade da mente você poderá acessar o poder interior e conseguir o que deseja através da força do pensamento positivo.

3. Não afaste os pensamentos negativos à força. Desenvolva a vigilância, a concentração e corte os pensamentos negativos na raiz. Substitua-os por pensamentos opostos de coragem, de confiança, de alegria.

4. Purifique seus pensamentos. Liberte-se de pensamentos e lembranças do passado, não fique fantasiando e imaginando o futuro com expectativas, gerando estresse e inquietação.

5. Procure ficar presente no agora e entenda que o poder está no momento presente.

6. Agradeça a tudo que tem e seja feliz com o que tem. Não fique reclamando pelo que não tem. Compreenda que a gratidão é uma energia curativa e poderosa do universo.

Invista nesses sábios ensinamentos. Insista. Persista. Perceba que com essa prática constante você vai alcançar o autodomínio, a paz de espírito, uma atitude positiva que vai atrair o melhor para sua vida. Fique em paz! Deus em mim saúda e agradece!"

Autor:Emilce Shrividya Starling

Como e por que os pensamentos afetam a sua vida!




"Uma das frases que sempre me intrigava quando assistia filmes americanos era quando um dos namorados (em geral ela) dizia: "Dou um dólar pelos seus pensamentos." Eu era um menino mas imaginava o outro entregando um pacote de pensamentos e recebendo o pagamento por eles. Mal podia imaginar o quão estava perto da verdade. Com o estudo do ocultismo, descobri que os pensamentos, embora ainda não possam ser empacotados, são coisas, são "algo".

Para os mestres da Teosofia, escola de pensamento que orientou os meus primeiros passos no caminho espiritual, os pensamentos têm forma, cores, cheiro, vibração, densidade, ou seja, têm uma existência que pode ser percebida diretamente por videntes altamente desenvolvidos, ou pela mensuração dos resultados que a sua existência provoca.

Até há algum tempo esse assunto só era falado em círculos esotéricos, qualquer um que temesse o machado da ciência deveria se abster de tocar em tal vespeiro. Mas a coisa mudou e a própria ciência usando da sem cerimônia que lhe é peculiar está invadindo a praia dos ocultistas, graças a Deus!

No laboratório de Pesquisa dos Sonhos do Veterans Hospital em Maimonides, N.Y. USA, o Dr. Willian C. Dement (ele é dement só no nome) pesquisou se uma pessoa conseguiria apenas com o pensamento penetrar/influenciar o sonho de outra. Os resultados foram chocantes (para eles). Não há espaço aqui para relatar todas as experiências que deram certo, mas acreditem-me: sob rigorosas condições de controle, um emissor conseguiu influenciar o sonho de um receptor isolado numa cabine e monitorado de todas as formas possíveis.

Outros pesquisadores no caso os físicos do Instituto de Pesquisas de Stanford, Russel Targ e Harold Puthoff, fizeram experimentos muito bem sucedidos com uma técnica chamada Visão à Distância (Remote Viewing). Eles enviavam pessoas a determinados lugares (dos quais elas não tinham conhecimento prévio) e pediam que de lá emitissem pensamentos que descrevessem o lugar. Longe dali um receptor relaxava e tentava captar os pensamentos dos emissores. Os resultados novamente chocantes foram publicados e não apareceu ninguém da comunidade científica para contestar.

Quando aceitamos essa realidade fica mais fácil entender, por exemplo, o comportamento dos grandes aglomerados humanos, quando as massas formadas por indivíduos se comportam como se fossem um só corpo. Isso é visível nos estádios de futebol, nas manifestações populares de massa, onde o pensamento como um quantum de energia é emitido e rapidamente se irradia provocando um efeito dominó.

Como numa ocasião destas as pessoas estão não só distraídas, mas também afinadas umas com as outras (a mesma torcida, os mesmos militantes políticos e etc), o contágio se dá com muita facilidade e rapidez. Quando os defensores do chamado Pensamento Positivo, insistem para que nos empenhemos a só permitir pensamentos de saúde, prosperidade, alegria, etc, eles na verdade estão trabalhando com a tese de que os pensamentos são coisas, e não devemos guardar coisas ruins em nosso corpo ou junto a ele.

Mas como essas "coisas" os pensamentos positivos podem nos beneficiar e, o contrário, os pensamentos negativos, nos prejudicar? Quando emitimos um pensamento, na maioria das vezes o fazemos de forma leviana, fragmentada. São pedaços de ideias, motivadas por um sem número de estímulos externos e internos, que logo se dissolvem no ar.

Mas pensamentos que se repetem ou que estejam, carregados de energia emocional densa, tendem a permanecer mais tempo "vivos" e é lógico girando em nossa órbita. Mesmo os pensamentos dirigidos à outra pessoa, ou para longe: "Ah como eu gostaria de estar em Paris agora..." mantém parte de sua estrutura agregada ao emissor.

Quando pensamos "positivo" ou seja, em coisas benéficas, esses pensamentos tendem a atrair outros da mesma vibração e naipe, ao mesmo tempo que são atraídos por outros pensamentos e grupos de pensamentos análogos. Isso acaba criando uma rede, que atrai no plano invisível a vibração dos pensamentos bons e no visível atrai os pensantes desses bons pensamentos.

Na verdade as pessoas acabam se agrupando atraídas pela força gravitacional de seus próprios pensamentos. Num plano mais oculto existem outras instâncias onde os pensamentos podem servir de molde, a entidades elementais, bem como nos conduzir às grandes "torres de pensamentos coletivos" chamadas de egrégoras. Mas essa é uma outra história.

Quando emitimos um pensamento de ódio, rancor ou ressentimento, a energia íntima dessas "coisas", a sua semântica é naturalmente venenosa, infecciosa. Mesmo que boa parte dessas coisas consiga atingir o seu alvo (o ser odiado), uma outra boa parte fica grudada no "pai" ou "mãe" que o gerou (sabe como são os filhos não é?), envenenando o seu criador. É aquela velha história do feitiço se virar contra o feiticeiro. Além disso, essa qualidade de pensamento por sua natureza é mais densa de que qualquer pensamento positivo, e, portanto cria uma espécie de liga gosmenta entre o emissor e o alvo. Por isso que certos sentimentos (pensamentos) são tão obsessivos, porque criam uma ponte de comunicação constante entre o odiador e o odiado, que permanece se realimentando até que a morte os separe.

Recentemente a ciência mais uma vez correu em socorro das teses ocultistas e pesquisadores ingleses publicaram uma pesquisa mostrando que existe uma correlação positiva entre a manutenção de ressentimentos e a gênese de doenças degenerativas (é o tal veneno mental). Se aceitarmos isso, estaremos diante de uma série de possibilidades fantásticas, mas também assustadoras.

Se cada pessoa é uma emissora de ondas como uma estação de rádio, podemos estar a cada momento captando emissões de outros e achando que são nossas. Infelizmente isso é mais comum do que parece. A maioria das pessoas nasce vive e morre sem desenvolver aquilo que Jung chamou de Individuação, por isso não sabem quem são, nem mesmo sabem o que são.

Assim fica fácil de serem cooptadas pelas egrégoras culturais onde já existem pensamentos pré-pagos que adotam como se fossem seus. Essas pessoas não têm defesas contra pensamentos intrusos, e como certos passarinhos acabam chocando ovos postos no seu ninho por pássaros espertos com vinte anos de praia.

Crimes são cometidos motivados pelo combustível de pensamentos intrusos, separações, doenças, vícios, muitos dos males da humanidade são oriundo desses estupros mentais.

Por outro lado pensamentos luminosos atraem para si pessoas luminosas, sócios de vida que vêm atraídos pelo "cheiro" de pensamentos afins, energias espirituais benfazejas, alto astral também são atraídas pela luz de pensamentos positivos.

Caminhamos para um estágio onde deveremos aprender a emitir pensamentos num determinado espectro vibratório, e identificar e rechaçar pensamentos intrusos que não se adequarem ao padrão que estabelecemos. Isso não significa de modo algum criar um ser unidimensional, ao contrario significa alcançar um nível elevado de Consciência, e assim se libertar das cadeias dos falsos egos que nos tangem na direção que não desejamos ir.

 Pensar bem, é pensar o Bem."

Autor: Roberto Goldkorn
Fonte: http://www2.uol.com.br

27 de agosto de 2011

O medo surge da identificação com o corpo-mente - OSHO



"A consciência, no sentido de percepção, é o que os alquimistas procuravam: o elixir, o néctar, a fórmula mágica que pode ajudar uma pessoa a se tornar imortal.

Na verdade, todas as pessoas são imortais, porém vivemos num corpo mortal e somos tão apegados a ele que daí surge uma identidade. Não há distância para vermos o corpo como algo separado.

Estamos tão imersos no corpo, tão enraizados nele, que começamos a sentir que somos o corpo — e é aí que surge o problema: começamos a temer a morte. Com isso vêm todos os medos, todos os pesadelos.

A percepção cria a distância entre você e seu corpo, deixa você ciente tanto do corpo quanto da mente — pois corpo e mente não são separados. Corpo-mente é uma identidade, a mente está dentro do corpo.

Quando você se torna ciente do complexo corpo-mente, logo percebe que está separado de ambos, e o distanciamento começa a acontecer. É quando você percebe que é imortal, que não é parte do tempo, que é parte do eterno.

Você sabe, então, que não existe nascimento nem morte, que você sempre existiu e sempre existirá. Você já teve muitos corpos porque desejou demais.

Cada desejo traz você de volta ao corpo, porque sem corpo nenhum desejo pode ser realizado. Se alguém é apegado demais à comida, precisa de um corpo. Sem corpo, ninguém pode comer — a alma não ingere comida. Portanto, uma pessoa que é gulosa demais com certeza voltará em outro corpo."

Osho, em "Meditações Para A Noite"

Linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...