Esses sentimentos só aguçam as pessoas a ver o lado ruim das coisas e a intensificá-los ao máximo fazendo com que só falem do que é negativo na vida e sem que ao menos possam perceber que o ato de reclamar virou prazer.
Não é raro, em nosso dia-a-dia, depararmos com pessoas amargas, mal humoradas, com olhos fundos e sem brilho, que fazem os outros, sem saber por que, se afastarem delas. Afinal todos temos nossos problemas, porém devemos administrá-los da melhor maneira possível, sem que para isso precisemos agredir o próximo. Esta agressão, embora não seja verbal, não deixa de ser psicológica e que, por isso, transmite uma espécie de ondas negativas.
E o pior de tudo é que pessoas assim acabam se afastando do trabalho com sintomas de doenças psíquicas, com sensação de ansiedade e depressão e esse afastamento só piora um quadro que já é grave, pois aumenta a sensação de incredulidade, de incapacidade e de solidão.
Se pararmos para pensar, podemos observar o mal que sentimentos negativos e mesquinhos acarretam a quem os sente e a quem os recebe. O orgulho é tão permissivo que conduz o indivíduo ao isolamento social; a inveja é sinônimo de pobreza de espírito, que só leva o indivíduo ao sofrimento pela sensação que tem de incapacidade (e na verdade não é nada disso – ele pode se quiser); toda pessoa amargurada vive com a alma em prantos e quando isso cria raízes no coração produz ressentimento e tristeza que acarreta um olhar que perde o brilho, o sentido da vida e do mundo.
O ódio é prejudicial e desnecessário à vida, e quanto mais é alimentado, menos chance de felicidade terá quem o sente e cultiva.Nós não nascemos para cultivar sentimentos negativos, o que negaria nossa humanidade, nós nos tornamos assim - talvez em decorrência das cobranças sem limites que fazemos a nós mesmos, das preocupações excessivas, e o que é pior, às vezes não percebemos que todos esses sentimentos tomaram conta de nós.
Portanto, viver bem é nosso desafio, devemos nos preocupar e cuidar da nossa vida interior, eliminando o lixo e as agruras da alma, pois se assim não o fizermos, exterminaremos sem que possamos perceber, nosso sentimento mais puro e belo que se traduz no amor, na sensação gostosa de ter e de ser, de vibrar com as coisas boas da vida e de sentir boas emoções. Sem isso, deforma-se nosso ser que perde a vontade de existir!
Se você acha que enfrenta essa fase, faça um inventário psicológico e pense em sua maior missão aqui na terra – a de viver e a de transformar esse ato sagrado em prazer. "
Autora: Maria Bernadete Pupo é consultora e gerente de RH do Centro Universitário FIEO e professora universitária da FAC-FITO, ambas em Osasco (SP), e autora do livro “Empregabilidade acima dos 40 anos” (ed. Expressão & Arte) –