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3 de março de 2012

A origem do medo ser feliz...


“Vejo os homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica a não ser pela violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural de corpo e de espírito”.A. Einstein

"Ao refletir sobre a origem do medo de ser Feliz considero importante observarmos que indivíduo e sociedade são faces da mesma moeda: um não existe sem o outro. Por outro lado, o indivíduo está contido na sociedade, assim como a sociedade está contida no indivíduo, através da sua internalização. Falar do indivíduo, portanto, é falar do social e vice-versa.

Na minha percepção, nossa sociedade, tal como está estruturada, tem contribuído de forma decisiva para o estado de alienação e de infelicidade em que se encontra o homem. Alguns fatores parecem se destacar:
1º – Seu aspecto competitivo. Valoriza-se a performance individual, em detrimento do sentido de equipe e de solidariedade que deveriam prevalecer nas relações humanas, o que tem gerado frustrações e ansiedades.

2º – A escalada consumista que a caracteriza. Com a ajuda da propaganda, deforma-se a realidade e invertem-se os valores. Os indivíduos são valorizados pelo que possuem e não pelo que são, fomentando-se, assim, desejos insensatos e não naturais, que têm colaborado para a manutenção da insatisfação.

3º – Seu caráter repressor e hipócrita, dificultando, assim, a expressão do verdadeiro ser das pessoas, transformando-as em seres alienados de si mesmo e do mundo, e como tal, infelizes, não-realizados e medrosos.

4º – O jogo de poder presente nas relações, fazendo de alguns os opressores e de outros os oprimidos (Noutras circunstâncias, o oprimido, não conscientizado, pode vir a se transformar  no opressor, cerceando igualmente possibilidades de expansão de outro ou de outros, numa ação própria daqueles que usam o poder para subjugar seres humanos).

É evidente que, numa sociedade competitiva e opressora, como é a nossa, o indivíduo tende a se tornar um ser vazio e infeliz, pois, quanto mais ele se enquadra, em busca de reconhecimento social, mais anula a expressão do seu verdadeiro ser.
Ao se identificar com seus títulos, seus cargos ou suas propriedades, o homem “civilizado”, se distancia cada vez mais da sua realidade: daquilo que dá sentido à sua vida e que faz dele um ser pleno.
 É como se ele corrompesse o que de mais essencial existe em si mesmo na busca de um certo status que, acredita, lhe “garantirá” ou lhe dará a condição para ser reconhecido e valorizado socialmente.

Seu organismo , em contrapartida, cobra caro o fato dele ter negado seus próprios valores humanos. Assim, ele vai se tornando uma pessoa ansiosa e infeliz, sem objetivos pessoais que dignifiquem a sua vida.
 Vai se tornando amargo e negativista. Seu potencial se perde, sem expressão, no emaranhado de uma sociedade opressora que tem lhe proporcionado poucas possibilidades de se realizar, de ser feliz.

O homem, em sua grande maioria, já não consegue mais se envolver e sentir prazer com aquilo que produz porque o seu trabalho e a sua produção estão dissociados da sua realidade existencial – daquilo que enriquece e dá significado a sua vida.
 Isto sem contar com a exploração a que muitas vezes é submetido ou a falta de oportunidade para exercer sua capacidade produtiva, em decorrência da recessão.
Sandor Rado afirma que o prazer “é laço que une”. Realmente, somente uma pessoa ligada a si, à realidade, aos outros e ao trabalho, de uma maneira íntegra, não dividida, poderá sentir o prazer, a felicidade.

A situação chegou a um nível tal que os indivíduos parecem não saber mais se divertir. O entretenimento é buscado como uma forma de fugir dos seus problemas. Daí a inclusão do álcool e das drogas cada vez mais presentes nas diversões dos adultos. É preciso ficar “alto” ou “viajar”para fugir do tédio e do vazio experimentados.

Na opinião de Schutz, se a sociedade é repressiva, ele ( o homem ) não pode mais se desenvolver inteiramente.
 Se as instituições sociais são destrutivas, ele não pode crescer.
 Se a vida em família é constrangedora, o trabalho desumano, as leis humilhantes, as normas intoleráveis, se o fanatismo e o preconceito são as bases da atuação humana, então nosso homem plenamente realizado está em situação muito difícil.

O prazer ao nível da organização surge quando uma sociedade e cultura são sustentadas e incrementadas para a auto-realização.(…) O prazer surge quando alguém realiza seu potencial para o sentimento, para a liberdade e abertura internas, para a expressão total de si mesmo, para poder fazer tudo que é capaz, e para estabelecer relações satisfatórias com os outros e com a sociedade.

Para Paul Tillich, “a coragem da sabedoria” é conflitada por medos e desejos que a sociedade coloca como máscaras assustadoras em todos os homens e coisas. Tirando-as, suas verdadeiras fisionomias são reveladas, desaparecendo o medo que elas causam.
Na sua apreciação, ele faz referências aos estóicos, filósofos que desenvolveram uma profunda doutrina da ansiedade, e cita os seguintes trechos de Sêneca e Epícteto, respectivamente:

“nada é terrível nas coisas, exceto o medo”, “porque não é a morte, ou a privação, que é uma coisa terrível, mas o medo da morte e da privação”.
Realmente. Se considerarmos a morte, observamos que morremos um pouco a cada instante. A morte, como momento final, apenas completa esse processo. Os horrores relacionados a ela desaparecem, uma vez que se retira a máscara da imagem da morte.

Analogamente, podemos supor que os medos introjetados podem conduzir os indivíduos a uma situação de não enfrentamento, impedindo assim, suas possibilidades de realização e conseqüentemente, de ser feliz. Quando se ousa, num processo de enfrentamento, percebe-se que a situação opressora é menor do que nos fizeram acreditar. O pai, o patrão, a igreja, o governo ou outro qualquer é redimensionado.

Evidentemente, que num contexto mais amplo, como o social, é necessário que o combate à situação opressora seja feita em união com outros, igualmente oprimidos.

Mas, não podemos nos esquecer de que a ação opressora se dá de modo diferente, de acordo com o contexto sócio-econômico do indivíduo.
Além disso, a mesma situação opressora é vivenciada de maneira particular por cada pessoa de uma mesma classe social.
 Sendo assim, o seu comportamento frente à opressão será conformista ou de confronto e de luta, de acordo com a sua percepção, que, por sua vez, é influenciada por fatores bio-psíquico, históricos e sócio-culturais."

Autora:Sônia Maria Lima de Gusmão, Psicóloga

9 de janeiro de 2012

O despontar do novo homem: da caverna para a luz!.




O  maravilhoso video de Robert Happé que faz parte deste post, com sua mensagem de amor e possibilidade de transformações profundas, me proporcionou a oportunidade de reproduzir o último ensaio que escrevi para meu espaço no site Recanto das Letras.

Vibra fortemente em meu coração a energia da esperança,  paralelo a este sentimento, existe a profunda certeza de que  ao seu lado intercambia o processo de transformação, uma perspectiva de mudança de/para um novo fluxo. Esta condição de transição para algo que se move para um objetivo maior, um novo rumo, inspirou-me e conduziu-me á  metáfora filosófica de  Platão e sua alegoria da Caverna. 

Dentro do contexto moderno de mundo contemporanêo, onde vivemos todos imersos nesta caverna global impregnada de sombras e padrões consumistas, capitalistas, hedonistas e egoistas, o humano se foi sem nunca ter sido. Assim como na alegoria platônica os homens vivem acorrentados sobrevivendo á ilusão das sombras tecnológicas, ideológicas que os conduzem, onde arrastam-se somente, corpos versus corpos, vampirizando-se entre devaneios e paixões  animalescas que os brutalizam. Enfim,os limites foram extrapolados, a queda atingiu as entranhas do fundo do poço, a dor transborda, as máscaras não mais se sustentam nas faces. É preciso despertar, avançar e deslocar-se da caverna para a luz urgentemente.

No interior sombrio deste  mundo cavernoso,violento, traumático as convicções  aprisionam sonhos, impõem dogmas a seres  sem perspectiva e acesso a felicidade,liberdade e paz interior. Uma herança sombria contaminada pela mentira original, que nega a mensagem libertadora da consciencia  desperta semeada pelas palavras e sacrificios dos mensageiros iluminados. Todos eles nos dizem através dos tempos, sois/somos deuses.

No grande macro cosmos em que vivemos,onde tudo é Um, interligado ao Todo, esta verdade ainda é   arrogantemente depreciada pela ciencia tradicional, onde o cartesianismo impõe-se. No entanto,apesar  das resistências sombrias e nefastas, irrompe  incontestavel o novo paradigma cientificamente fundamentado.A fisica  quântica demonstra e revela  que o ser humano faz parte de um todo harmonico, numa percepção baseada no primado da consciência, com total  possibilidades de transformações.  

É possivel e viável darmos o salto quântico e nos deslocarmos definitivamente  da caverna para a luz. É possivel fazermos a transição para esta nova consciencia que  liberta e transcende através de respeitosa interação e conexão  com todos os seres vivos, com  a natureza, com nosso corpo, valorização de uma vida mais simples, com mais meditação e conexão do Eu Sou em nós, nossa alma, essência interior. Tudo depende somente do querer real de dentro para fora de cada um de nós todos.

Mariangela.   




24 de julho de 2011

O poder do foco!

 
"O tamanho da força em realizar um sonho, estrategicamente, está no foco. O foco em um objetivo, sonho, empreendimento ou ideia é que vai traçar o caminho para se chegar ao que deseja, não importa se vai ser o caminho mais curto ou longo. O foco é a certeza de acertar no alvo.

Será inútil todo o seu estudo de vida, toda a sua formação acadêmica, se não tiver foco, tudo será em vão, tempo desperdiçado e dinheiro mal investido. O individuo mais humilde, quando tem foco, realiza seu objetivo, independentemente do seu tamanho.

Ficar atirando para todos os lados, como se estivesse fazendo o jogo da sorte é inútil, o desgaste de energia é maior e não se chega a nenhum objetivo desejado, a não ser ter o sentimento de fracasso.

Observa-se que as massas são os maiores reféns da situação que vivem, pelos desejos imediatistas de alcançar seus sonhos, e acabam atirando por todos os lados, na tentativa de realizar qualquer coisa, esquecendo-se até do que sonhava, para realizar qualquer coisa que alcance sucesso financeiro, na tentativa de tirar leite de pedra.



 As massas perdem a qualidade de vida no desespero pela sobrevivência, corrompem a sua sanidade física e mental pelo ser e ter para se destacar no mundo do sistema. Sem foco, perderam o alvo e o caminho do sucesso verdadeiro.


Tenha foco, use o poder que o foco tem para o alcance dos seus objetivos. Ter foco não é ter atitudes imediatistas, não é se empolgar com ideias relâmpagos e propostas vagas. Seja determinado e entenda que é melhor fazer uma só coisa, muito bem.

Não se conhece, na história da humanidade, nenhum grande líder ou gênio que chegou ao topo atirando aleatoriamente por todos os lados. 



Mahatma Gandhi, suportou muitas perseguições para alcançar independência da Índia; Jesus Cristo teve foco na evangelização e salvação da humanidade, mesmo sabendo que ia ser crucificado, não saiu do seu foco, e trouxe-nos a salvação; Winston Churchill teve foco na busca de aliados para derrotar o nazismo, na segunda guerra mundial; ex-presidente Luiz Inácio Lula, depois de muitas derrotas eleitorais, chegou à presidência do Brasil. Todos eles foram homens comuns e chegaram ao topo do sucesso passando por muito desafio.

Eis o Poder do Foco! Seja determinado e busque o seu."

Por: Waldecy E. M. Esteves

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