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10 de agosto de 2010

Tua vida em tuas maõs - de Paulo Roberto Gaefke


 
Tome a tua vida em tuas mãos,
e não entregue a direção dela a ninguém.

Por mais que te amem, por mais que desejem o teu bem,
só você é capaz de sentir o que realmente sente,
e aquilo que você passa de impressão para os outros,
...nem sempre corresponde ao que vai na sua alma.

Quantas vezes você já sorriu para disfarçar uma lágrima teimosa?
Quantas vezes quis gritar e sufocou o pranto?
Quantas vezes quis sair correndo de algum lugar
e ficou por educação, respeito ou medo?

Quantas vezes desejou apenas um beijo,
e ficou com a boca seca esperando o que não veio?
Quantas vezes tudo o que você desejou era apenas um abraço.
Um consolo, uma palavra amiga e só recebeu ingratidão?
Quantos passos foram necessários para chegar até onde você chegou?
Quantos sabem dar o valor que você realmente merece?

Criticar é fácil, mas usar o seu sapato ninguém quer,
vestir as suas dores ninguém quer,
saber dos seus problemas, 
só se for por curiosidade,
por isso, não entregue a sua vida nas mãos de ninguém,
nada de acreditar que sem essa ou aquela pessoa,
você não vai viver…

Vá viver sim, o mundo continua girando,
e se você deixar, pode te trazer algo muito melhor.
Pegue a direção da sua vida e aponte rumo ao Sul,
lá onde a placa diz “caminho do sol”,
bem na curva da felicidade, que te espera
sem pressa, para viver com amor e intensidade,
a paz, a harmonia e a felicidade.

Paulo Roberto Gaefke

6 de agosto de 2010

O velho Pai! - texto de Constantin Pilavios


O cenário é comum, a cena é singela. Num banco de jardim da casa estão sentados um homem idoso e um jovem.

O jovem lê o jornal, com atenção. O idoso parece imerso em algo indefinível.
Então, um pequeno pássaro pousa no arbusto próximo e canta. O homem parece despertar e indaga: O que é aquilo? - apontando com o dedo na direção da pequena ave.
O rapaz alça os olhos e diz, secamente: É um pardal.
 
A avezita saltita de um galho a outro e a pergunta se repete: O que é aquilo?
A resposta agora não é somente seca, mas também denota enfado: Já disse, é um pardal!
O pássaro voa do arbusto para a árvore, continuando na sua dança matinal.
O que é aquilo? - soa de novo.
Agora, o rapaz se irrita e quase grita: É um pardal!
 
A ave, feliz, prossegue no seu bailar. Alça voo e parece desaparecer. Poucos segundos passados e retorna ao chão, bicando aqui, saltitando acolá.
O homem leva a mão aos olhos, como se desejasse ajustar a visão embaçada e, com natural curiosidade, pergunta: O que é aquilo?
O filho responde, em altos brados: É um pardal! Já disse: um pardal.
E soletra, aos gritos: P - a - r - d - a - l. Você não entende?
 
O homem se ergue, sobe os degraus, adentra a casa, lento e decidido. Pouco depois, retorna com um velho caderno nas mãos.
A capa é bonita, denotando que foi guardado com cuidado, como se guardam preciosidades.
Abre-o, procura algo, depois o entrega ao rapaz, ainda inquieto e raivoso.
Leia! - ele pede. E acrescenta: Em voz alta!
 
Há surpresa no moço, que lê pausada e cada vez com maior emoção: 
Hoje, meu filho caçula, que há uns dias completou 3 anos, estava sentado comigo, no parque, quando um pardal pousou na nossa frente.
Meu filho me perguntou 21 vezes o que era aquilo e eu respondi em todas as 21 vezes que era um pardal.
Eu o abracei todas as vezes que ele repetiu a pergunta, vez após vez, sem ficar bravo, sentindo afeição pelo meu inocente garotinho.
 
Então, o filho olha o pai. Há culpa e dor em sua alma.
Abraça-o, lacrimoso, beija-lhe a face, emoldurada pela barba por fazer.
Estreita-o, puxando-o para perto de si. E assim ficam: um coração ouvindo outro coração.
*****
Cenas como essa acontecem todos os dias, em milhares de lares, em todo o mundo.
Nossos anciãos, de braços dados com Alzheimer, demência senil ou problemáticas outras, indagam, perguntam, questionam.
A memória recente lhes falha. Mergulhados em retalhos de lembranças do passado, não entendem porque recebem gritos como resposta.

Pensemos nisso! E se as lágrimas nos umedecerem os olhos, não tenhamos vergonha de abraçar com amor nosso velho pai, nossa mãe, vovó, vovô, madrinha, tia... Agora.

(Texto do Momento Espírita, baseado no “O que é aquilo?”, de Constantin Pilavios)

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