15 de março de 2018

LUZ por Alexandra Solnado


"Nós não podemos ver só o que queremos. Não podemos viver na ilusão.

Nós temos de ver a realidade. Ver o que é.

Por isso é que eu gosto das pessoas que, quando oram, pedem:

«Dai-me luz. Ilumina-me para que eu possa ver o que é, sem hesitações."

"Dai-me luz
A mesma luz onde moram os anjos,

A mesma luz que ilumina os caminhos,

A luz que transforma os homens

E os torna pessoas especiais.

Dai-me luz
A mesma luz que me retira a estranheza

E que me devolve a minha própria natureza.

A mesma luz que clareia os meus passos

E que me devolve um sentido de vida, de direção.

A mesma luz que no fundo do túnel

Abre um campo aberto de possibilidades,

Um universo de oportunidades.

A mesma luz, da cor da paz, da cor de um povo

Que vive no céu

E que faz a minha vida na terra

Ter mais significado."

Quando estiveres triste, pensa que te falta luz. Diz esta oração com o peito aberto, para que a luz possa entrar e modificar a tua vida."


Jesus
O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde
de Alexandra Solnado

23 de janeiro de 2018

5 feridas emocionais da infância que persistem quando somos adultos...


"É bastante comum, infelizmente, que a nossa saúde emocional esteja danificada desde a infância. Frequentemente, não somos conscientes do que é o que nos bloqueia, o que nos dá vertigem ou o que nos provoca temor.
Em grande parte desses casos, a origem está em situações que vivemos de crianças, essas feridas que nos ocasionaram nossas primeiras experiências com o mundo e que não pudemos curar.
Feridas emocionais são experiências dolorosas da infância que conformam nossa personalidade adulta, o que somos e como vamos nos confrontar com as adversidades.

Devemos ser conscientes delas e, portanto, evitar disfarçá-las, pois, quanto mais tempo esperamos para curá-las, mais profundas elas vão se tornar. O medo a reviver o sofrimento que nos causaram faz com que evitemos essas situações, mas isso só vai dificultar o nosso desenvolvimento e nos prejudicará.

Traição, humilhação, desconfiança, abandono, injustiça… São algumas das feridas que Lisa Bourbeau nos assinala no seu livro “As cinco feridas que impedem de ser nós mesmos”. Vejamos a seguir como podemos identificá-las:

1. O medo ao abandono
O desamparo é o pior inimigo de quem viveu o abandono em sua infância. Imaginem-se quão doloroso tem que ser para uma criança sentir o medo de estar sozinho, isolado e desprotegido diante de um mundo que não conhece.
Como consequência, quando a criança desamparada for adulta, tentará prevenir o fato de voltar a sofrer o abandono. Portanto, quem já passou por isso, vai tender a abandonar tanto os seus companheiros, como os seus projetos de forma precoce. Isso responde, única e exclusivamente, ao temor que lhe ocasiona reviver aquele sofrimento.
É muito comum que estas pessoas falem ou pensem desta forma: “Deixo você antes que você me deixe”, “ninguém me apoia, não estou disposto a suportar isso”, “se for embora, não volte…”.
Essas pessoas vão ter que trabalhar seu medo à solidão, seu temor a serem abandonadas e a sua rejeição ao contato físico (abraços, beijos, contatos sexuais…). Essa ferida não é fácil de curar, mas um bom começo para cicatrizá-la é confrontar o temor a ficar a sós até que flua um diálogo interior positivo e esperançoso.

2. O medo à rejeição
Essa ferida nos impede de aceitar os nossos sentimentos, nossos pensamentos e nossas vivências.
Sua aparição na infância é ocasionada pela rejeição dos progenitores, da família ou dos seus pares. A dor que é gerada por essa ferida impede uma construção adequada da autoestima e do amor próprio da pessoa que o sofre.
Gera pensamentos de rejeição, de não ser desejado e de desqualificação com nós mesmos.
Essa criança rejeitada não se sente merecedora de afeto nem de compreensão e o que lhe faz se isolar por temor a voltar a experimentar esse sofrimento.É provável que o adulto que foi uma criança rejeitada seja uma pessoa arredia. Por essa razão, devem ser tratados os medos internos que geram situações de pânico.Se esse for seu caso, ocupe o seu lugar, arrisque e tome decisões por si mesmo. Cada vez, vai lhe incomodar menos que a pessoa se afaste e não vai tomar como uma questão pessoal que se esqueceram de você em algum momento. Você é a única pessoa que você precisa para viver.

3. A humilhação
Essa ferida é gerada quando sentimos que os outros nos desaprovam e nos criticam. Podemos criar esses problemas nas nossas crianças, dizendo a elas que são desajeitadas, más ou chatas, e também mostrando os seus problemas frente aos demais (uma coisa que é, tristemente, muito comum). Isso, sem dúvida, destrói a autoestima infantil e, portanto, dificulta a possibilidade de cultivar um amor próprio saudável.O tipo de personalidade gerada, com frequência, é uma personalidade dependente. Além disso, podemos ter aprendido a ser “tiranos” e egoístas como um mecanismo de defesa, e inclusive a humilhar a outros como escudo protetor.
Ter sofrido esse tipo de experiências requer um trabalho pela nossa independência, nossa liberdade, a compreensão das nossas necessidades e temores, assim como as nossas prioridades.

4. A traição ou o medo a confiar
Essa ferida se abre quando pessoas próximas à criança não cumprem suas promessas, fazendo que ela se sinta traída e enganada. Como consequência, se gera uma desconfiança que pode ser transformada em inveja e em outros sentimentos negativos, por não se sentir merecedora do prometido e do que os demais têm.
Sofrer esses problemas na infância constrói personalidades controladoras e perfeccionistas. São pessoas que querem ter tudo pronto e arrumado, sem deixar nada ao azar.
Se você já sofreu esses problemas na infância, é provável que sinta a necessidade de exercer certo controle sobre outros. Isso se justifica, frequentemente, pela presença de um caráter forte; entretanto, digamos que obedeça a um mecanismo de defesa, um escudo de proteção diante do desengano.
Essas pessoas costumam confirmar seus enganos por sua forma de atuar, justificando seus prejuízos. É necessário trabalhar a paciência, a tolerância e o saber viver, assim como aprender a estar sozinhos e a delegar responsabilidades.

5. A injustiça
O sentimento de injustiça nasce nos lares nos quais os cuidadores principais são frios e autoritários. Uma exigência excessiva gera sentimentos de ineficácia e de inutilidade, tanto na infância como na idade adulta.
Albert Einstein sintetizou esta ideia muito bem na sua frase, mais do que famosa “Todos somos gênios. Mas se julgarmos um peixe por sua habilidade de subir em uma árvore, viveremos a vida toda acreditando que ele é estúpido”.
Como consequência, quem experimenta essa dor, pode chegar a ser uma pessoa rígida que não admite meias nuances em nenhuma ordem da sua vida. Costumam ser pessoas que tentam ser muito importantes e alcançar um grande poder.
É provável que seja criado um fanatismo pela ordem, pelo perfeccionismo ou, inclusive, pelo caos. A questão é que são pessoas que radicalizam suas ideias e, por isso, têm dificuldades para tomar decisões com segurança.
Para fazer frente a esses problemas, é preciso trabalhar a suspicácia e a rigidez mental, com objetivo de gerar uma maior flexibilidade e permitir a confiança nos outros.

Agora que já conhecemos as cinco feridas da alma que podem afetar nosso bem-estar, a nossa saúde e a nossa capacidade para nos desenvolver como pessoas, podemos começar a curá-las.
O primeiro passo, como tudo na vida, é aceitar que as feridas estão em nós, nos dar permissão para nos zangar e, sobretudo, nos dar tempo para superá-las."

Fonte da ideia: Bourbeau, L. (2003) As cinco feridas que impedem de ser nós mesmos. OB Stare.
Fonte: https://melhorcomsaude.com/5-feridas-emocionais-da-infancia-que-persistem-quando-somos-adultos/

18 de janeiro de 2018

Nem todo mundo por Martha Medeiros


"A gente acredita que existe um senso comum regendo nossos gostos e opiniões, porém somos sete bilhões pensando e vivendo de forma muito distinta uns dos outros.

Nem todo mundo é regido pelo dinheiro, por exemplo. Dinheiro é bom, é necessário e, quanto mais, melhor – mas esse “mais” não obceca a todos. Há quem troque o “mais dinheiro” por “mais sossego” e “mais tempo ocioso”. Qual o sentido de trabalhar insanamente se já se tem o suficiente para viver com dignidade?

Nem todo mundo gostaria de morar numa mansão com uma dezena de quartos e espaço de sobra para se perder: tenho uma amiga que desistiu do apartamento cinematográfico onde morava, pois ela não conseguia enxergar os filhos nem conversar com eles – eram longos os corredores e muitas as portas. Parecia que a família vivia num hotel, e não num lar. Trocou por um apartamento menor e aproximaram-se todos.

Nem todo mundo prefere mulheres com cara de boneca e corpo de modelo, ou homens com rosto de galã e corpo de fisiculturista. Imperfeições, exotismo, autenticidade, um look de verdade, natural, sem render-se a uma busca sacrificada pela beleza, ah, o valor que isso ainda tem.

Nem todo mundo gosta de bicho, de doce, de praia, de ler, de criança, de festa, de esportes, e nem por isso merecem ser expulsos do planeta por inadequação crônica. Seus prazeres estão fora do catálogo da normalidade e ainda assim são criaturas especiais a seu modo, enquanto que outras pessoas podem cumprir todas as obviedades consagradas e isso não adiantar nada na hora da convivência: são ruins no trato, fracas de humor e voltadas para o próprio umbigo, apesar de seu exemplar enquadramento social.

Nem todo mundo veio ao mundo para brigar, para reclamar, para agredir, para difamar, para fofocar, para magoar, para atrapalhar – hábitos de muitos, até arrisco dizer que da maioria, já que é mais fácil chamar a atenção através do nosso pior do que do nosso melhor. O pior faz barulho, o pior ganha as manchetes, o pior gera comentários, o pior recebe os holofotes, o pior causa embaraço. Porém, há os que vieram em missão de paz e não se afligem pela discreta repercussão de seus atos.

Nem todo mundo quer casar, quer filhos, quer fazer faculdade. Nem todo mundo quer ser campeão, presidente, celebridade. Há quem queira apenas viver de um jeito que não seja julgado por ninguém, há quem queira apenas se expressar de um modo menos exuberante e mais íntimo, há quem queira apenas passar pela vida nutrindo a própria identidade, não se preocupando em colecionar seguidores, admiradores e afetos de ocasião.

Sem jogar pra torcida, há quem queira apenas estar bem consigo mesmo."
Martha Medeiros
Fonte:http://revistadonna.clicrbs.com.br/coluna/martha-medeiros-nem-todo-mundo/

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