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2 de novembro de 2014

Quando tudo muda ao nosso redor e isso nos desestabiliza por Isha

"Em tudo que vivemos nos confrontamos com mudanças. Não importa de onde você é, é isso que enfrentamos permanentemente e muitas vezes essas mudanças são caóticas. 

Lembro-me quando perdi tudo. Tinha 28 anos e fiquei totalmente sem nada, em meio ao caos, somente observando como perdia mais e mais sem ter onde me agarrar. Quando meu pai faleceu, deixei de ser filha de... Quando meu namorado faleceu, deixei de ser a namorada de... Quando minha avó faleceu, eu já não tinha esse aconchego, esse lugar seguro e incondicional exterior que me alojava. 

Quando perdi minha profissão, que era um luxo e houve uma crise econômica e perdi todo meu dinheiro, fiquei sem saber o que fazer. Para mim, tudo tinha terminado, eu havia tocado o fundo e queria escapar. Eu escapei através do álcool por muito tempo, até que pude ver que só criava mais destruição assim; então, sim, fui ao fundo do poço e lá decidi começar a mudar. 

O primeiro passo dessa mudança foi começar a olhar para dentro e, assim, em meio ao caos, comecei a encontrar um lugar, lembrei-me de como na natureza, no meio de um ciclone, o local mais calmo é o centro, o olho do furacão. E assim, indo em direção ao centro da minha própria tempestade, e me focando no mais elevado em mim, como diz a canção, “O sol sempre está”, e pouco a pouco comecei a me focar nessa paz que está dentro de tudo e comecei a me conectar. 

Todos estamos treinados para resolver, para fazer de tudo, muitas coisas ao dia, e a maioria de nós encontra as soluções para problemas que se apresentam em meio a tantas atividades. Por estar trabalhando, nós não nos descuidamos dos filhos, de tudo que precisam, do que cozinharemos à noite, dos pedidos do marido, ou das necessidades de nossos pais, ou ainda dos exames para completar os estudos. Nós estamos treinadas para os múltiplos desafios e às vezes parecemos a Mulher-Maravilha em roupa normal. 

E, então, quando surge um problema, pode ser que se sinta como algo não planejado e mais custoso, porque queremos que saia como planejamos e começamos a forçar, ou a lutar e é difícil fluir, e é justamente isso que mais precisamos aprender para não criarmos mais sofrimento e conflito: aprender a fluir. 

Para fluir, precisamos confiar e aprender a nos entregar ao que é em cada momento, com a confiança de que tudo sairá o melhor que possa sair, e com a capacidade de mudar e fluir em cada momento com o que o momento nos traz. Mas, automaticamente, quando algo novo ou imprevisto se apresenta, nossa resposta é a velha resistência, que quer manter e defender seu lugar de como as coisas eram. 

E como isso é automático, nós podemos tomar como um sinal. Sinto a resistência, aprendo a soltar, solto, deixo ir e me abro para receber o que o novo traz para mim. 

Nos tempos atuais, o novo se apresenta a uma velocidade muito maior. Os jovens nos vão mostrando isso a passos gigantes, a tecnologia nos persegue com seus novos modelos. Se nos lembrarmos de muitos anos atrás, quando alguns de nós éramos mais jovens, todas as mudanças eram mais lentas, mas nós resistíamos da mesma forma; resistíamos ao novo e víamos nossos pais resistirem igualmente, quem dirá nossos avós: “Bons tempos aqueles, quando eu era jovem...” quem nunca escutou isso ao crescer? 

Todos vivemos sentindo saudade de outro momento e outro lugar, mas a vida está acontecendo agora. 

A mudança é um movimento que se encontra na própria natureza: o ativo, o passivo, o quieto; o positivo, o negativo, o neutro; o próton, o elétron, o neutron. O que está vivo, muda. Se não muda, morre. 

Essa é a nossa vida, uma ilusão de dualidade onde acontecem tantas coisas que não entendemos, e que só podemos nos apoiar, ainda que sem entender, na confiança de que a evolução sempre provoca mudanças. A vida sabe e então só podemos nos entregar, nos abrirmos a fluir com essas mudanças e estar dispostos a aprender com essa entrega. 

Eu sempre digo que a vida é muito simples, mas os humanos são muito complicados. Convido vocês a, nestes dias, colocar sua atenção em cada momento e fluir; a cada resistência ou defesa que surja automaticamente, entregar-se, confiar e dizer sim e, dessa forma, abraçar aquilo que a vida nos quer presentear." 

ISHA 
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=37873

12 de maio de 2011

FOME ESPIRITUAL - Paulo Roberto Gaefke

 "Fome espiritual do coração, sede de paz e justiça. Isso é o que os homens mais precisam nos dias atuais. Por isso, se enveredam por caminhos tristes, em busca de saciar o vazio que atormenta a alma.

É por isso, que muitos se entopem de comida, outros, de drogas diferentes, maléficas. Há ainda, os que só desejam a vingança, os que querem apenas um cargo, ou aplauso fácil.

Há os que vendem o corpo, a alma, e a vida, em troca de migalhas que caem da mesa dos ricos.

Pobre dos que ainda não descobriram, que a fome que tem, é do espírito Santo, o único capaz de preencher, de satisfazer, todos os desejos, toda a ansiedade, trazendo a paz e a serenidade.

Pare! Reflita, não corra atoa pelo mundo vazio, que oferece descontos nas roupas supérfluas. Nos sapatos que não vestiremos, nas roupas que deixaremos, nas jóias que não usaremos, no rancor que nos consumirá.

É tempo de Buscar! De deixar a Paz que vem do Mais Alto, tocar de verdade a sua alma aflita.E assim, ao sentir esse amor, nada lhe faltará.

Deixe a Luz do céu entrar na sua casa. Oração, jejum, adoração, louvor, que isso faça parte da sua vida, que tudo seja fruto do amor.

Amor que Deus sente por você, e entrega agora, em forma de benção sem medida. Tudo para iluminar de vez, a sua vida."

Que assim seja ! 
Paulo Roberto Gaefke

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