“Eu quero me separar mas não posso, pois sou totalmente dependente de meu marido e estou com muita dificuldade de conseguir uma atividade que me permita o sustento. Sou nova, tenho 48 anos e uma imensa vontade de voar, de viver! Como posso levar esta vida com meu marido com quem não tenho mais nada, nada mesmo, sem me machucar até que possa me sustentar? Como aceitar esta situação?”
R: Antes de qualquer outra coisa, preste bastante atenção a esta frase de Henry Ford: “Quer você pense que pode, quer você pense que não pode: de qualquer forma você estará certo”. Pois crenças determinam comportamentos; se você continuar a repetir que quer se separar de seu marido mas NÃO PODE, realmente não vai conseguir. Porque suas ações sempre estarão orientadas pelo “pensamento primeiro”, que é a ausência de capacidade. Então, minha primeira orientação é: mude suas palavras. Se quer fazer algo, comece por dizer a si mesma que é capaz de fazê-lo, mesmo que em um primeiro momento não acredite piamente nisso. Repita, repita e repita e, um dia, você acreditará nisso.
Um outro ponto que considero ser importante é o de que tudo, tudo na vida está em um delicado equilíbrio em uma balancinha chamada Custo/Benefício. Todas as situações que vivemos podem ser colocadas nesta balança; são os famosos prós e contras. De um lado da balança você coloca o que lucra se separando de seu marido e, do outro lado, o que perde. E o que sua mensagem dá a entender é que, por enquanto, a balancinha está pesando mais para o benefício de permanecer casada do que para o de se separar. E, quer saber? Não há nada de errado nisso. Processos são processos, formados de inúmeros momentos, e tudo bem se você está em um momento em que está plenamente convencida de sua insatisfação com o relacionamento e de seu desejo de viver a vida mas, por outro lado, está em um ponto em que os preços a serem pagos para ter esta liberdade ainda são altos demais.
R: Antes de qualquer outra coisa, preste bastante atenção a esta frase de Henry Ford: “Quer você pense que pode, quer você pense que não pode: de qualquer forma você estará certo”. Pois crenças determinam comportamentos; se você continuar a repetir que quer se separar de seu marido mas NÃO PODE, realmente não vai conseguir. Porque suas ações sempre estarão orientadas pelo “pensamento primeiro”, que é a ausência de capacidade. Então, minha primeira orientação é: mude suas palavras. Se quer fazer algo, comece por dizer a si mesma que é capaz de fazê-lo, mesmo que em um primeiro momento não acredite piamente nisso. Repita, repita e repita e, um dia, você acreditará nisso.
Um outro ponto que considero ser importante é o de que tudo, tudo na vida está em um delicado equilíbrio em uma balancinha chamada Custo/Benefício. Todas as situações que vivemos podem ser colocadas nesta balança; são os famosos prós e contras. De um lado da balança você coloca o que lucra se separando de seu marido e, do outro lado, o que perde. E o que sua mensagem dá a entender é que, por enquanto, a balancinha está pesando mais para o benefício de permanecer casada do que para o de se separar. E, quer saber? Não há nada de errado nisso. Processos são processos, formados de inúmeros momentos, e tudo bem se você está em um momento em que está plenamente convencida de sua insatisfação com o relacionamento e de seu desejo de viver a vida mas, por outro lado, está em um ponto em que os preços a serem pagos para ter esta liberdade ainda são altos demais.
Comece aceitando que, neste momento, você escolhe permanecer casada porque isto lhe é mais conveniente – por mais difícil que, em princípio, possa ser aceitar isto como uma escolha. Mas eu te garanto: é uma escolha e você está escolhendo permanecer casada a pagar os eventuais preços de se separar neste momento. E, por mais difícil que seja enxergar as coisas nestes termos, acredite em mim quando eu te digo que aceitar que esta é uma escolha sua é o primeiro passo para conseguir escolher algo diferente daqui em diante.
A verdade é que quando as coisas chegam em um ponto limite, elas simplesmente chegam em um ponto limite. E são muitas as vezes em que recebo partilhas desta forma, “não posso fazer isso por causa daquilo”, e na grande maioria das vezes, quando me dedico a entender qual o sistema de crenças de acordo com o qual o “aquilo” vale mais do que o “isso”, o resultado ao que chego é o de que as pessoas envolvidas não chegaram à seu ponto máximo de incômodo que permite que as coisas se redimensionem para que a percepção de impossibilidade se reconfigure em escolha. A frase correta seria: “quero muito isso, mas aquilo ainda pesa mais em minha escolha e, por isso, decido ter um pouco mais daquilo enquanto o isso não é, ainda, mais forte e importante”. Veja bem o que escrevi: AINDA. Processos, sempre eles. Processos demandam, às vezes, bastante tempo.
Quando você diz que está encontrando dificuldade em encontrar uma atividade que te permita o sustento, reflita se é realmente o sustento que você está buscando. E eu não digo o que vou dizer agora especificamente me referindo a você, e sim à experiência de acompanhar processos como o seu; mas, em muitos casos, o que existe é uma baita de uma recusa em perder um padrão de vida confortável em nome de uma liberdade mais humilde e “curta” em padrões financeiros. E, mais uma vez: está tudo bem! Sem nenhum tipo de julgamento. Mas é importante que fique claro que todas as situações que vivemos e enfrentamos em nossas vidas acontecem conosco porque, de modo direto ou indireto, nós criamos estas situações através de nossas escolhas. Tendo a consciência e a aceitação de que são nossas escolhas que determinam nosso futuro poderemos, simplesmente e a qualquer momento na vida, fazer escolhas diferentes.
Nada pode ser transformado sem antes ser aceito tal como é. Portanto, meu maior conselho é: aceite sua realidade como ela é neste momento. Aceite que, em sua balancinha Custo/Benefício, está pesando mais permanecer casada, ainda que insatisfeita com o relacionamento, do que se separar e, eventualmente, enfrentar dificuldades financeiras. Aceite que, neste momento, você ainda não se sente forte para sair da situação de dependência com a qual você foi conivente durante sua vida e aceite também que, neste momento, existe sofrimento. Não brigue com absolutamente nada do que está vivendo e experimentando neste momento. Simplesmente aceite: isso também é você.
A aceitação é o primeiro passo em qualquer processo de transformação da realidade que estamos manifestando à nossa volta. Para que possamos dar um passo é necessário que, antes, firmemos os dois pés no chão. E, na minha percepção, aceitação é justamente isso: firmar os dois pés no chão e apropriar-se de quem você é neste momento. Pense nisso. Paz e bem!"
A verdade é que quando as coisas chegam em um ponto limite, elas simplesmente chegam em um ponto limite. E são muitas as vezes em que recebo partilhas desta forma, “não posso fazer isso por causa daquilo”, e na grande maioria das vezes, quando me dedico a entender qual o sistema de crenças de acordo com o qual o “aquilo” vale mais do que o “isso”, o resultado ao que chego é o de que as pessoas envolvidas não chegaram à seu ponto máximo de incômodo que permite que as coisas se redimensionem para que a percepção de impossibilidade se reconfigure em escolha. A frase correta seria: “quero muito isso, mas aquilo ainda pesa mais em minha escolha e, por isso, decido ter um pouco mais daquilo enquanto o isso não é, ainda, mais forte e importante”. Veja bem o que escrevi: AINDA. Processos, sempre eles. Processos demandam, às vezes, bastante tempo.
Quando você diz que está encontrando dificuldade em encontrar uma atividade que te permita o sustento, reflita se é realmente o sustento que você está buscando. E eu não digo o que vou dizer agora especificamente me referindo a você, e sim à experiência de acompanhar processos como o seu; mas, em muitos casos, o que existe é uma baita de uma recusa em perder um padrão de vida confortável em nome de uma liberdade mais humilde e “curta” em padrões financeiros. E, mais uma vez: está tudo bem! Sem nenhum tipo de julgamento. Mas é importante que fique claro que todas as situações que vivemos e enfrentamos em nossas vidas acontecem conosco porque, de modo direto ou indireto, nós criamos estas situações através de nossas escolhas. Tendo a consciência e a aceitação de que são nossas escolhas que determinam nosso futuro poderemos, simplesmente e a qualquer momento na vida, fazer escolhas diferentes.
Nada pode ser transformado sem antes ser aceito tal como é. Portanto, meu maior conselho é: aceite sua realidade como ela é neste momento. Aceite que, em sua balancinha Custo/Benefício, está pesando mais permanecer casada, ainda que insatisfeita com o relacionamento, do que se separar e, eventualmente, enfrentar dificuldades financeiras. Aceite que, neste momento, você ainda não se sente forte para sair da situação de dependência com a qual você foi conivente durante sua vida e aceite também que, neste momento, existe sofrimento. Não brigue com absolutamente nada do que está vivendo e experimentando neste momento. Simplesmente aceite: isso também é você.
A aceitação é o primeiro passo em qualquer processo de transformação da realidade que estamos manifestando à nossa volta. Para que possamos dar um passo é necessário que, antes, firmemos os dois pés no chão. E, na minha percepção, aceitação é justamente isso: firmar os dois pés no chão e apropriar-se de quem você é neste momento. Pense nisso. Paz e bem!"
Flavia Melissa
Fonte:http://flaviamelissa.com.br/2014/04/separacao-e-dependencia/
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