“Viver intensamente” tornou-se o leitmotiv do homem moderno. Trata-se de uma hiperatividade compulsiva sem qualquer pausa, sem brecha de tempo não-agendado, por medo de se encontrar consigo mesmo.
Pouco importa o significado da experiência, desde que ela seja intensa. Vêm daí o gosto e a fascinação pela violência, a exploração, a excitação máxima dos sentidos, os esportes radicais.
É preciso descer as cataratas do Niágara dentro de um barril, só abrir o pára-quedas a alguns metros do solo, mergulhar a cem metros de profundidade em apnéia. É preciso arriscar a vida por aquilo que não vale a pena ser vivido, superar-se para ir a lugar nenhum. Então, liguemos a todo volume cinco rádios e dez televisores ao mesmo tempo, batamos a cabeça no muro e rolemos na graxa e no óleo diesel. Isso sim é viver plenamente!
Sentimos que a vida sem atividade constante seria fatalmente insípida. Amigos meus que foram guias em excursões culturais na Ásia contaram-me que seus clientes não conseguiam suportar a menor brecha no itinerário. “Não há mesmo nada agendado entre as cinco e as sete?”, perguntavam eles, ansiosos.
Temos, ao que parece, muito medo de olhar para nós mesmos. Estamos completamente focados no mundo exterior, da maneira como é experienciado pelos cinco sentidos.
Parece ingênuo acreditar que uma busca tão febril de experiências intensas possa levar a uma qualidade de vida rica e duradoura.
Se dedicamos algum tempo para explorar nosso mundo interior, só o fazemos sonhando acordados, fixados na imaginação e no passado, ou fantasiando infinitamente sobre o futuro.
Um sentimento genuíno de realização, associado à liberdade interior, também pode oferecer intensidade a cada momento da vida, mas de um tipo muito diferente.
Trata-se de uma experiência cintilante de bem-estar interior, em que brilha a beleza de cada coisa.
Para que isso ocorra é preciso saber desfrutar o momento presente, com vontade de alimentar o altruísmo e a serenidade, trazendo para o amadurecimento a melhor parte de nós — modificar a si mesmo para melhor transformar o mundo."
Autor:Matthieu Ricard (França, 1946)
Fonte:http://samsara.blog.br
Mariangela querida,
ResponderExcluirBelíssima mensagem!
Hoje o ser humano busca todas as respostas fora dele, sendo que tudo está no seu interior....
Com a correria do dia a dia, não consegue perceber que sua existência e seu maior aprendizado, é a conexão com sua essência Divina.
Um grande beijo em seu coração!!!
Lú
* Quero lhe agradecer por todo carinho durante todo tempo em que estive ausente.
Passei por momentos difíceis, mas que foram preciosos aprendizados para a minha vida.
E agora fortalecida, volto a compartilhar de nossa amizade, que é um grande presente para mim!
Beijosssss
oI Lú querida,
ResponderExcluirque bom que vc está de volta e que tudo está bem agora!!
assim é a nossa vida, amiga, alternando momentos alegres com outros não tão alegres mas todos importantes para nosso crescimento... para nossa conexão com nossa divina essencia..
beijos no coração..