“Certa vez, ouvi dizer que a felicidade não era um fim,
mas um caminho, um inegável “estado de Ser”.
Este estado de Ser é praticamente o estado de “Estar” e “Ser” aqui e agora.
É estar presente, num estado de pertencimento consigo e com o Todo.
É poder Ser e estar num fluxo harmônico de paz interior, de auto-aceitação,
de auto-reconciliação, de auto-amor, que nada nem ninguém
é capaz de demovê-lo desta condição, mesmo que hajam tentativas.
Se isso acontece, basta lembrarmos e buscarmos novamente este “estado de Ser”,
este Centro só nosso que conhecemos muito bem porque já o conquistamos.
Assim como a consciência, que depois de expandida não retorna ao seu estado original,
também permanece nosso Centro de paz: ele está lá, incólume,
esperando sempre pelo nosso retorno após as tempestades de mudança,
as avalanches aceleradas de transformações interiores
e as novas forjas criadas no espírito
para propiciar a mudança de forma do ego.
Por muito tempo de nossas vidas, nos identificamos com formas
que não eram e não são a forma real da nossa consciência desperta.
Essas são, na verdade, expectativas externas a nós que acabam por tentar “moldar”
uma forma que não faz parte da nossa essência, nem da forma original do nosso Ser.
Semelhantes às transformações que ocorrem na natureza –
o clássico exemplo da borboleta e da lagarta, ou da cigarra
que leva anos para sair debaixo da terra e também trocar de forma –
vamos nos despindo, ao longo da jornada, das formas do ego e,
através da auto-observação – do nosso observador interno ativo –
aprendemos a estar presentes em cada pensamento, ação, sentimento e emoção,
deixando para trás tudo o que não somos, tudo o que não forma nosso Self.
Vamos trocando de pele muitas e incontáveis vezes, renascendo das cinzas
depois de tempestades de fogo que abrasam, queimam e transmutam nosso “corpo de dor”
para que, cada vez menos, nos identifiquemos com ele e com os padrões de sofrimento,
sejam eles vividos, adquiridos ou herdados,
para nos identificarmos, cada vez mais, com a face verdadeira do nosso Self.
Vamos despertando a cada renascimento, descobrindo uma nova parte de nós mesmos:
integrando-a, honrando-a e amando-a!
Assim como a lagarta possui movimentos e funções específicas quando nesta forma,
após sua transformação, novos movimentos e funções serão exigidos e ocupados.
Da mesma maneira ocorre conosco: a cada reforma interior
somos desafiados a criar novos movimentos, ritmos e funções;
Portanto, não se apegue ao que você já foi. Ao contrário,
reinvente-se e recrie-se a cada novo nascimento! Será muito mais prazeroso!
E nessa dança de morte e renascimento, de contração e expansão, de silêncio e criação,
de calmaria e tempestade, sigamos presentes, contemplativos e confiantes
de que a jornada de aprendizado é infinita, mas conscientes de que nossa forma
nunca será a mesma a cada troca de pele, a cada reforma interna,
a cada transformação e transmutação.
O objetivo de todo processo evolutivo
é transcendermos a forma para nos tornarmos cada vez mais LUZ!
Luz, por sua vez, é apenas o resultado da transcendência da forma.
Esteja presente durante cada etapa. O sucesso do processo depende disso: presença!
Esteja no aqui e agora! Seja Grato sempre!
Transcendência é Amor! Transcenda com amor!”
©YEHUÁ
Fonte:https://wohaliterapias.wordpress.com/2017/04/02/mudanca-de-forma-mudanca-de-ritmo-dispa-se-das-formas-do-ego-reforme-se-e-transcenda-com-amor/