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26 de agosto de 2011

Templo por Alexandra Solnado!



"Cada momento que passas contigo, com as tuas coisas, os teus pensamentos, as tuas perguntas é um tempo sagrado. Tu és um templo.

Toda a estrutura molecular e energética que constitui o teu ser foi feita para ser um templo.

Onde se reza. Onde se ora, onde se medita. Onde se interioriza. Onde se está, e se respeita esse estar. Onde se chora e onde se ri, mas sobretudo onde se acredita.

Onde se acredita que tudo vai dar certo, que todos os esforços que foram perpetrados em nome da evolução irão dar os seus frutos e que tu ainda vais ser muito feliz.

Vais ser muito feliz, porque te respeitaste, porque passaste o tempo que era suposto passares contigo próprio, afugentando a ilusão e os fantasmas e encarando a dura e difícil realidade de seres quem és com todas as tuas limitações e desencantos.

 Mas também porque admitiste que nesse templo há uma dose incomensurável de fé e de verdade, e que viver nelas é alcançar o reino dos céus.

Cuida para que o tempo que passas contigo seja grandioso. Cuida de cada detalhe do teu templo. Cuida do que entra e do que sai. Cuida do que entra.

 A alimentação é muito importante e pode mudar a constituição das tuas células…e consequentemente da sua frequência vibratória… e por conseguinte da tua energia. A energia das pessoas que te rodeiam é também determinante para o teu bem-estar.

Cuida do que sai. Não saias completamente do teu templo. Não o deixes abandonado. Sai, vai aos outros, mas volta. Deixa sempre uma estrada.

Nunca te esqueças de deixar a porta aberta. Para que possas voltar. Para que te dê prazer voltar. Para que, de uma vez por todas, deixes de te abandonar como tens feito nestes últimos séculos."

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado

15 de fevereiro de 2011

Ecologia interior - Frei Beto (maravilhoso)

 
"Por um minuto, esquece a poluição do ar e do mar, a química que contamina a terra e envenena os alimentos, e medita:

Como anda o teu equilíbrio eco-biológico?
Tens dialogado com teus órgãos interiores?
Acariciado o teu coração?
Respeitas a delicadeza de teu estômago?
Acompanhas mentalmente teu fluxo sanguíneo?
Teus pensamentos são poluídos?
As palavras, ácidas?
Os gestos, agressivos?

Quantos esgotos fétidos correm em tua alma?
Quantos entulhos – mágoas, ira, inveja – se amontoam em teu espírito?

Examina a tua mente.

Está despoluída de ambições desmedidas, preguiça intelectual e intenções inconfessáveis?

Teus passos sujam os caminhos de lama, deixando um rastro de tristeza e desalento?
Teu humor intoxica-se de raiva e arrogância?

Onde estão as flores do teu bem-querer, os pássaros pousados em teu olhar, as águas cristalinas de tuas palavras?
Por que teu temperamento ferve com freqüência e expele tanta fuligem pelas chaminés de tua intolerância?

Não desperdiça a vida queimando a tua língua com as nódoas de teus comentários infundados sobre a vida alheia.

Preserva o teu ambiente,
investe em tua qualidade de vida,
purifica o espaço em que transitas.

Limpa os teus olhos das ilusões de poder, fama e riqueza, antes que fiques cego e tenhas os passos desviados para a estrada dessinalizada dos rumos da ética.
Ela é cheia de buracos e podes enterrar o teu caminho num deles.

Tu és, como eu, um ser frágil, ainda que julgues fortes os semelhantes que merecem a tua reverência.
Somos todos feitos de barro e sopro.
Finos copos de cristal que se quebram ao menor atrito: uma palavra descuidada, um gesto que machuca, uma desconfiança que perdura.

Graças ao Espírito que molda e anima o teu ser, o copo partido se reconstitui, inteiro, se fores capaz de amar. Primeiro, a ti mesmo, impedindo que a tua subjetividade se afogue nas marés negativas. Depois, a teus semelhantes, exercendo a tolerância e o perdão, sem jamais sacrificar o respeito e a justiça.

Livra a tua vida de tantos lixos acumulados.
Atira pela janela as caixas que guardam mágoas e tantas fichas de tua contabilidade com os supostos débitos de outrem.
Vive o teu dia como se fosse a data de teu renascer para o melhor de ti mesmo - e os outros te receberão como dom de amor.
Pratica a difícil arte do silêncio.
Desliga-te das preocupações inúteis, das recordações amargas, das inquietações que transcendem o teu poder.

Recolhe-te no mais íntimo de ti mesmo,
mergulha em teu oceano de mistério e descobre, lá no fundo, o Ser Vivo que funda a tua identidade.
Guarda este ensinamento: por vezes é preciso fechar os olhos para ver melhor.

Acolhe a tua vida como ela é: uma dádiva involuntária.
Não pediste para nascer e, agora, não desejas morrer.
Faz dessa gratuidade uma aventura amorosa.
Não sofras por dar valor ao que não merece importância.
Trata a todos como igual, ainda que estejam revestidos ilusoriamente de nobreza ou se mostrem realmente como seres carcomidos pela miséria.
Faz da justiça o teu modo de ser e jamais te envergonhes de tua pobreza, de tua falta de conhecimentos ou de poder.

Ninguém é mais culto do que o outro.

O que existem são culturas distintas e socialmente complementares.
O que seria do erudito sem a arte culinária da cozinheira analfabeta?
Tua riqueza e teu poder residem em tua moral e dignidade, que não têm preço e te trazem apreço.
Porém, arma-te de indignação e esperança.

Luta para que todos os caminhos sejam aplainados, até que a espécie humana se descubra como uma só família, na qual todos, malgrado as diferenças, tenham iguais direitos e oportunidades.
E estejas convicto de que convergimos todos para Aquele que, supremo Atrator, impregnou-nos dessa energia que nos permite conhecer a abissal distância que há entre a opressão e a libertação.

Faze de cada segundo de teu existir uma oração.
E terás força para expulsar os vendilhões do templo, operar milagres e disseminar a ternura como plenitude de todos os direitos humanos.

Ainda que estejas cercado de adversidades, se preservares a tua ecobiologia interior serás feliz, porque trarás em teu coração tesouros indevassáveis."

Autoria: Frei Beto
Fonte:http://vivendo.arteblog.com.br

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