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2 de janeiro de 2015

Convite a reforma [interior].... por Almirian Carvalho


"Arrumei a casa.

Limpei todo o pó.

Abri as janelas e deixei o sol entrar.

Limpei as cortinas que me esconde do externo.

Dei destino novo as coisas velhas e aquelas que estavam paradas sem uso algum.

Troquei tudo que era antigo colocando no lugar novas idéias.

Não me conformei. Ainda não estava bom decidi reformar a sala e os móveis.

Coloquei quadros na parede.

Preenchi espaços vazios.

Coloquei flores nos jarros, plantei outras no jardim.

Adubei. Semeei. Reguei.

Cuidei do corpo e da mente.

Fui ao médico.

Mudei.

Preparei o melhor prato o mais delicioso e do agrado Dele e esperei Sua vinda.

Mesa farta e próspera.

Estava feliz e confiante.

Passaram horas, dias, meses, anos. E nada.

Não veio.

Mesmo assim nunca desisti.

Continuei arrumando a casa.

Movendo-a para outros horizontes.

Alcancei a maioria dos objetivos.

Porém o que mais almejava era a companhia Dele.

Refleti os passos dados.

Durante todo esse tempo sempre permaneci acreditando na força da renovação. É válida.

Busquei ajuda para saber em que falhei.

Fiz algo de errado? Ou faltou algum detalhe?

A resposta veio.

Faltava o essencial para a REFORMA íntima. Não conseguia fazer direito por não conhecê-la. Achava que a exercitava em sua plenitude.

Simplesmente esqueci a maior de todas as atitudes.

Realizei reformas internas e externas bem sucedidas.

Mas durante esse tempo só cuidei de mim.

Esqueci de convidar os amigos, os familiares, ao estranho que passa no meu caminho, para juntos reformarmos a casa.

Esqueci talvez por ignorância, a compartilhar minhas dores minhas derrotas ou minhas vitórias. Muito mais ainda esqueci-me de ouvir o outro e ter-lhe compaixão.

Adicionei pitadas de egoísmo, orgulho e vaidade.

No alimento faltava um importante ingrediente.

E na reforma rompi o alicerce.

Esqueci da tão falada Senhora CARIDADE.

Importante detalhe para agradar Quem eu esperava.

Sem ela simplesmente fechei a porta para Deus entrar em minha casa.

Mas ao despertar compreendi o sentido da vida.

Descobri que Ele não precisa de meus presentes.

Deus já tem tudo.

Dá-nos oportunidades de crescimento.

Aprendi a buscar e fazer a minha parte lembrando que nada disso tem significado quando faço só por mim.

Não posso decidir pelo outro. Cabe a cada um seguir adiante.

Mas posso compartilhar o conhecimento e o pão com o semelhante.

Com esse convite de propagar o bem.

Caminhando, ensinando e também aprendendo com o próximo.

Porque essa é a sábia Lei do amor.

Desde quando aprendi o sentido das palavras do amado Jesus.

Ensinou-me como chegar ao PAI.

Por isso que nunca mais esquecerei que a reforma íntima começa com o amor próprio e ao irmão.

Levou-me ao verdadeiro sentido da mudança.

Hoje a casa está cheia de luz porque aprendi como aprimorar-me.

Por isso digo: Hoje e sempre é dia do Senhor.

Tudo porque olhei para o lado e vi irmãos que são iguais a mim, que também estão - assim como eu - aprendendo a serem felizes.

Ele chegou, entrou e ficou."



Texto de Almirian Carvalho

15 de agosto de 2010

Riqueza e Pobreza!




Aquela mãe era muito especial. Com dez filhos, ela conseguiu educar sua filha até a segunda série, sem que ela se desse conta da pobreza em que vivia.

Afinal, a menina tinha tudo que precisava: nove irmãos e irmãs para brincar, livros para ler, uma boneca feita de retalhos e roupas limpas que ela habilmente remendava ou, às vezes, fazia.

À noite, ela lavava e trançava o cabelo da filha para que ela fosse à escola no dia seguinte. Seus sapatos estavam sempre limpos e engraxados.

A menina era feliz na escola. Adorava o cheiro de lápis novos e do papel grosso que a professora distribuía para os trabalhos.

Até o dia em que, subindo os degraus da escola, encontrou duas meninas mais velhas. Uma segredou para a outra:
- Olha, essa é a menina pobre. E riram.

Mary ficou transtornada. No caminho para casa, ficou imaginando porque as meninas a consideravam pobre. Então olhou para seu vestido e, pela primeira vez, notou como era desbotado, um vinco na bainha denunciava que tinha sido aproveitado.

Olhou para os pesados sapatos de menino que estava usando e se sentiu envergonhada por serem tão feios.

Quando chegou em casa, sentia pena de si própria. Também pela primeira vez descobriu que o tapete da cozinha era velho, que havia manchas de dedos na pintura meio descascada das portas.

Tudo lhe pareceu feio e acanhado. Trancou-se em seu quarto até a hora do jantar perguntando-se porque sua mãe nunca lhe contara que eles eram pobres.

Decidiu sair do quarto e enfrentar sua mãe.
- Nós somos pobres? Perguntou de repente.

Ficou esperando que sua mãe negasse ou desse uma explicação satisfatória.

- Pobres? Repetiu a mulher, pousando a faca com que descascava batatas. - Não, não somos pobres. Olhe para tudo que temos. Apontou para os filhos que brincavam na outra sala.

Através dos olhos de sua mãe, a menina pôde ver o fogo da lareira que enchia a casa com seu calor, as cortinas coloridas e os tapetes de retalhos que enfeitavam a casa.

Viu o prato cheio de biscoitos de aveia sobre a cômoda. Do lado de fora, o quintal que oferecia alegria e ventura para dez crianças.

- Talvez algumas pessoas pensem que somos pobres em matéria de dinheiro, mas temos tanto...

E com um sorriso, a mulher se virou para preparar mais uma refeição para sua família. Em sua grandeza, ela nem se dava conta que, a cada noite, ela alimentava muito mais do que estômagos vazios.

Ela alimentava o coração e a alma de cada um dos filhos.

Riqueza e pobreza podem ser tidas como formas de se encarar o mundo. Para quem idealiza que recursos amoedados lhe poderão conceder tudo o que deseje em coisas materiais, riqueza será ter muito dinheiro à disposição.

Para quem pense na vida como uma extraordinária experiência, em que os sentimentos sejam prioridade, com certeza pensará que pobre é quem não tem a quem amar ou que o ame.

Recursos como saúde, família, afeto não se adquire senão com zelo, 
empenho e amor.

http://www.rivalcir.com.br

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