“O problema raiz de todos os problemas é a própria mente.
Assim, a primeira coisa a ser compreendida é o que vem a ser a mente, de que matéria é feita, se é uma entidade ou apenas um processo, se é substancial ou apenas ideal.
A não ser que conheças a natureza da mente, não poderás resolver nenhum dos problemas de tua vida.
Em primeiro lugar:
A mente não existe como uma entidade; apenas os pensamentos existem.
Em segundo lugar:
Os pensamentos existem separados de ti; não são ligados à tua natureza. Eles vêm e vão - tu permaneces, tu persistes. Tu és como o céu: Nunca vem, nunca vai, está sempre ali.
Observa profundamente e te tornarás o hospedeiro e terás pensamentos como hóspedes.
Como hóspedes, eles são belos; mas se esqueces completamente que és o hospedeiro, eles se tornam os hospedeiros e tu ficas em confusão. Isso é o inferno. Tu és o dono da casa, a casa te pertence, mas os hóspedes se tornaram donos.
Recebe-os, cuida deles, mas não te identifiques com eles; de outra maneira, eles se farão senhores.
A mente torna-se problema porque tomaste os pensamentos tão profundamente, dentro de ti, que esqueceste por completo a distância, o fato de eles serem visitantes, de irem e virem.
Há, naturalmente, bons e maus visitantes, mas não precisas preocupar-se com eles.
Um bom hospedeiro trata todos os hóspedes da mesma maneira, sem fazer distinções. Um bom hospedeiro é apenas um bom hospedeiro:
Quando um mau pensamento surge, ele trata o mau pensamento da mesma forma como trataria um bom pensamento.
Gurdjieff costumava dizer que só uma coisa é necessária: Não se identificar com o que vem e vai. A manhã vem, depois dela o meio-dia, vem a tarde, e todos eles se vão. Chega a noite e, novamente, a manhã.
Tu permaneces - não como tu, porque isso também é um pensamento, mas como pura percepção. Não o teu nome, porque isso também é um pensamento; não tua forma, porque isso também é um pensamento; não teu corpo, porque um dia compreenderás que também ele é um pensamento. Apenas pura percepção, sem nome, sem forma: Somente a pureza, somente o que não tem forma nem nome, somente o próprio fenômeno de estar consciente - só isso é duradouro.”
OSHO