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20 de outubro de 2016

Ciclos por Alexandra Solnado

"A nossa vida é feita por ciclos. A Natureza tem os seus ciclos, o ser humano tem os seus ciclos, todos os animais, todas as plantas têm ciclos. Qual é a grande diferença entre os ciclos da Natureza e os ciclos do ser humano?

A diferença é que nós, quando somos chamados a mudar de ciclo, achamos mesmo que podemos recusar. O ser humano acha mesmo que pode dizer "Não" quando a vida pede mudança.

- "Mas isso agora não dá jeito nenhum. Espera mais um bocadinho. Preciso de pensar. Sim, mas..."

Eu adoro o "Sim, mas...". Quando estou a dar formação às terapeutas do Projeto, digo sempre: Cuidado, prestem atenção. Quando vocês estão a dizer alguma coisa e a pessoa responde:
- "Sim, mas..." - ela está a dizer:
- "Não".
- "Sim, mas..." - é:
- "Não".

O Pólo Norte e a Antártida são sítios de natureza bruta, lá não há toque de homem e é um local muito importante para conseguirmos perceber os ciclos de uma forma natural. O gelo e o degelo acontecem de 6 em 6 meses. E a cada mudança, os animais iniciam jornadas incríveis de dezenas de milhares de quilómetros. No Ártico são 18 milhões de pássaros, ursos, baleias, etc. Aquilo tudo se transforma de 6 em 6 meses. Há uma andorinha, andorinha-do-mar-ártica, que pesa 100 g e que migra anualmente da Gronelândia até à Antártida. A distância é de mais de 70 mil quilómetros! Se eu dissesse a qualquer ser humano que ele tinha que apanhar o avião, e andar 70 mil quilómetros por ano...

- "Ah, mas não posso, eu não tenho dinheiro, e não posso deixar a casa... ainda agora comprei um plasma!"

Os pássaros não discutem se vão em low cost, nem argumentam:

- "Olha desta vez eu não vou, vou ficar cá porque não dá jeito nenhum, arranjei um emprego..."

Eles fazem o que têm que fazer. Porque sim. E é aqui que está a questão. Eles não discutem, não argumentam, nada. Eles fazem, eles só fazem. Eles sabem que "as coisas são o que são" e que temos que fazer o que temos que fazer. Os pássaros sabem que se não voarem 70 mil quilómetros para iniciar um outro ciclo, a vida deles vai ficar muito difícil. Durante 6 meses no Ártico não há comida, não há condições. E eles sabem disso, por isso vão. O ser humano sabe que tem que mudar porque senão a vida vai tornar-se muito difícil. Mas mesmo assim, não vai. Fica.

Se olhássemos para a nossa vida como olhamos para a Natureza... lá, todos fazem o que têm de fazer... e ninguém reclama. A Natureza, os animais sabem que "as coisas são o que são", e agem em correspondência. Se nós conseguíssemos olhar para a nossa vida e perceber que "as coisas são o que são", com certeza que evitávamos 80% dos problemas que temos.

Não lhe estou a pedir que olhe para a sua vida agora, como ela está agora, e deixe estar porque "as coisas são o que são". Não é disso que eu estou a falar. Não estou a falar das coisas que você pode mudar. Essas, você vai lá e muda. Estou a falar das que não pode mudar, e que não aceita que não pode. Estou a falar das que realmente "são o que são". Como os ciclos da vida.

A vida de muita gente está um caos precisamente porque as pessoas não aceitam que "as coisas são o que são". E uma das coisas mais incríveis é quando vemos pessoas a bloquear a sua vida toda à espera que alguém mude.

- Eu vou escolher fazer assim, porque ela ainda vai mudar!

- Ele ainda vai perceber que eu tenho razão!

Se aquela pessoa está assim, e ainda não mudou, que direito tenho eu de ir lá e escolher por ela? Se aquela pessoa não vai mudar, eu tenho duas hipóteses. Ou fico ali ou vou-me embora. Mas não posso fazer escolhas na minha vida a contar que ela vá mudar. Eu não tenho esse direito.

Porque é que as pessoas ficam doentes? Porque seguram o que está a ir embora. Porque querem manter um ciclo que já terminou. A pessoa continua a querer manter a sua vidinha toda compartimentada, toda controlada. Ela já sabe o que vai fazer hoje, já sabe o que vai fazer amanhã, já sabe o que vai fazer este mês, já sabe o que vai fazer este ano, já sabe o que vai fazer esta vida. E chega uma altura em que acaba um ciclo, a vida começa a andar e não há nada a fazer.

Jesus dá-nos a máxima inspiração para que consigamos aprender a sentir os sinais de mudança e a deixar-nos ir. E mais. Para que gostemos da experiência. Fluindo no rio da vida, vamos mesmo ter que aprender a ir com a corrente, porque chega uma altura que é mesmo para ali que a vida vai. E esta nova energia da Era de Aquário que está a descer é tão forte, que ou vamos... ou vamos.

Só há duas hipóteses, ou vamos contrariados a tentar segurar-nos em todos os troncos para tentar atrasar mais um pouco, e ficarmos todos partidos e doentes nesse processo, ou vamos aprender a fluir com o rio e acreditar que a vida só nos leva para onde tem que levar. Mesmo que tenhamos no caminho experiências mais difíceis, para desbloquear e ficarmos mais leves para a viagem. Sempre acreditando que "as coisas são o que são" e que já que vamos ter de descer o rio, quanto mais nos conseguirmos divertir nessa jornada melhor. E quando o rio desaguar no mar, eu posso estar de duas formas, ou estou feliz e contente porque aprendi a divertir-me com as aventuras do caminho, ou vou estar toda partida, incapacitada para me render ao mar. A escolha é minha.

Por isso, cheguei à conclusão nestes anos de que nós na realidade - e olhando as coisas de uma forma muito resumida - só viemos à Terra fazer uma coisa. Utilizar o nosso livre-arbítrio para evoluir ou não evoluir. Por isso, em última análise, o meu livre-arbítrio não tem a ver com voos de 70 mil quilómetros, como vou ou não vou, em que avião é que eu vou, nada disso. Porque quando chega a hora de ir, eu vou mesmo ter que ir, e isso já está claro. Agora a grande escolha é: vou a bem ou vou a mal, isto é, vou escolher evoluir ou vou escolher não evoluir. E a qualidade da caminhada vai ser uma consequência direta dessa minha escolha."

Fonte:Alexandra Solnado
in "Conexão - O que Jesus me ensinou"

6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela e o poema que o inspirou...


Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 – Joanesburgo, 05 de dezembro de 2013), ou Madiba (título e nome concedido pelos anciãos do clã de Mandela ao seu nascimento e o nome pelo qual é chamado pelo povo sul-africano) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.


‘Invictus’ é um pequeno poema vitoriano de autoria do poeta inglês William Ernest Henley. Foi escrito em 1875 e era o quarto de uma série de poemas intitulados ‘Life and Death (Echoes)’. Originalmente ele não possuía título e as primeiras edições continham apenas a dedicatória ‘To R. T. H. B.’ uma referência a Robert Thomas Hamilton Bruce, um escocês mercador de farinha e padeiro de sucesso e também um mecenas literário.


Quando aprisionado em Robben Island, onde cumpria pena de trabalhos forçados, o líder sul-africano, símbolo da luta contra o Apartheid, encontrou nas palavras de Henley a esperança e a força necessárias para manter-se vivo. Mandela conta que toda vez que começava a esmorecer, lia e relia o texto, em busca de um "companheiro" para a dor 

"Invictus
William Ernest Henley

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishment the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

Tradução

Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.

Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma."

Fonte:http://jornalggn.com.br/fora-pauta/nelson-mandela-e-o-poema-que-o-inspirou#.UqJjAGiQIJw.twitter

15 de novembro de 2013

Idades... por Wagner Borges

 "Existe uma velhice que ninguém nota.
E não tem nada a ver com a idade do corpo.
É um estado de consciência!
Quando permitimos pensamentos velhos e bolorentos em nossa mente, envelhecemos realmente...
E, quando deixamos as emoções estranhas tomarem conta de nossas vidas, destruímos o nosso equilíbrio e detonamos o coração.
Sim, nós envelhecemos por dentro, quando esquecemos o que somos verdadeiramente.
E nossos semblantes ficam carregados, independente da idade do corpo.
Por isso, há jovens com expressões envelhecidas; e anciões com expressão criativa e divertida, olhando a vida como crianças.

Ah, nós envelhecemos muito quando ficamos tristes e distantes de nós mesmos.
Então, precisamos mergulhar bem fundo em nós mesmos, para reconhecermos a Luz do Eterno que habita em nossos corações.
Somos consciências espirituais! Sempre fomos; sempre seremos...
Somos centelhas vivas de um Grande Amor.
No momento, estamos integrados a um corpo de argila, que nos foi emprestado pela Mãe Terra, para o nosso aprendizado e evolução.
Mas não temos idade alguma; porque somos imperecíveis e apenas entramos e saímos dos corpos transitórios.
Não nascemos, nem morremos; só entramos e saímos dos corpos que são pedacinhos vivos da Mãe Terra, que d'Ela surgem, e a Ela retornam, em seus ciclos vitais.

E nós também envelhecemos quando não tratamos bem o envoltório de argila que Ela nos empresta com tanto carinho.
E também quando agimos com ingratidão...
Ah, nós envelhecemos quando não respeitamos aos outros, à Mãe Terra, e a nós mesmos. E isso não tem nada a ver com a idade do corpo, mas com aquilo que acalentamos dentro de nossos corações.
Nós somos mais do que imaginamos.
 Somos a luz das estrelas na carne; descemos do Céu para dar brilho ao corpo de argila e deixarmos pegadas luminosas na pele da Mãe Terra.
Viemos de tão longe... Então, por que, às vezes, agimos de forma tão estranha e ficamos envelhecidos por dentro?
Ah, por que nos esquecemos da luz que habita em nossos corações?

Nós viemos de um Grande Amor... Então, vamos renovar nossos sonhos e disposições, que não têm idade alguma.
Cada dia é uma bênção, e fonte de eterno recomeço...
Não somos machos ou fêmeas, altos ou baixos, nem jovens ou velhos.
Somos o Eterno; o Infinito; e viemos de tão longe...
Sim, viemos trazer a luz estelar para a Mãe Terra. 
Enquanto Ela nos empresta o corpo, nós lhe trazemos o brilho universal, porque somos espíritos. Somos centelhas vivas do Supremo!

Quando rimos, renovamos a expressão do rosto; e, quando amamos realmente, sem ilusões ou tolices, nossos olhos se tornam pequenos sóis.
Ah, nós somos mais do que pensamos. E viemos de tão longe...

Então, que nossos pensamentos e sentimentos sejam sempre luminosos.
Nós estamos aqui por um motivo. Mas jamais descobriremos isso pelas vias da mente racional. Nem com o passar dos anos na carne; e nem com todo conhecimento do mundo.
Porém, uma parte de nós sabe e compreende o mistério.
Sim, aquela parte que habita em nossos corações. Aquela que é a verdadeira essência espiritual. Aquela luz, que veio de tão longe... Lá do Infinito Celeste.
Por causa de um Grande Amor, que não tem idade alguma.
Essa luz somos nós mesmos. Então, vamos assumi-la. Vamos ser felizes, aqui e agora.
Ah, viemos de tão longe... Então, vamos fazer valer à pena."




- Wagner Borges
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/mob/conteudo.asp?id=09654

10 de agosto de 2012

O que é viver bem....de Cora Coralina


"Um repórter perguntou à Cora Coralina o que é viver bem?

Ela disse-lhe: “Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo prá você, não pense.

Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.

Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.

O bom é produzir sempre e não dormir de dia.

Também não diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.

Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.

Eu não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!

Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que eu sou?

Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.

Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos. Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes. O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.

Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.”
"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores."


Cora Coralina
poeta  que publicou seu primeiro livro aos 76 anos, uma
  das maiores escritoras do Brasil. 

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