25 de junho de 2014

A energia espiritual por Pierre Weil

 
"Falar em energia no que toca as manifestações espirituais corresponde a identificar o espírito com a energia em geral. Isto implica num conceito unitário da energia .

As recentes descobertas da física quântica e da genética nos levam a admitir tal hipótese. Mas a ideia não é tão recente, já que o renomado filósofo francês, Henri Bérgson, publicou um compêndio de escritos e conferências sob o título: "A Energia Espiritual".(1).

De fato a matéria é energia, uma partícula subatômica é ao mesmo tempo Luz, ou melhor ainda, a luz se manifesta sob forma de partículas que são ao mesmo tempo ondas. Tudo no Universo é energia, a mesma energia que se manifesta de três formas diferentes: matéria, vida e informação. Esta trilogia também constitui o ser humano sob forma de corpo, emoções e espírito.

Quanto mais refinada e invisível a energia, mais poderosamente ela se manifesta. Como o afirmou a educadora Helena Antipoff, é o espírito que fez explodir a bomba atômica; logo o espírito é mais poderoso do que a própria energia nuclear.

O aspecto energético do espírito é uma questão que vem sendo levantada por um novo ramo da psicologia, a psicologia transpessoal que está descrevendo um estado de consciência, o estado transpessoal, em que são percebidos e vivenciados fenômenos luminosos.
 
 O estado transpessoal é o que é designado nas tradições religiosas como a experiência própria dos místicos. Já Bergson, no início deste século não hesitou em falar de energia neste caso. Eis o que ele afirmava, falando dos místicos e da experiência do Divino: " É evidente que eles entendem por aquilo uma energia sem limites fixos, uma potência de criar e de amar que ultrapassa toda imaginação. ".

O estudo experimental do estado transpessoal tem levado a psicologia a evidenciar que este estado é acompanhado de modificações eletroencefalográficas e eletrocutâneas. Mais recentemente ainda, um neurologista, James Austin, intrigado por uma experiência transpessoal pela qual ele mesmo passou há uns vinte anos, resolveu estudar as modificações cerebrais ocorridas durante a meditação budista tibetana. Ele encontrou correlatos de diferentes aspectos da experiência meditativa, entre outros:

A unidade cósmica ligada ao aquietar das atividades do lobo parietal,

Resposta a palavras religiosas na junção de três lobos ligados à linguagem,

Imagens sagradas que facilitam a meditação envolvem o lobo temporal inferior,

Emoções religiosas como alegria e graça são ligadas ao lobo temporal mediano.

Atenção ligada à concentração acende luzes no lobo frontal.

Destes estudos está nascendo uma neuro teologia. 

Eis como se afigura a questão da luz interiormente vivenciada na experiência transpessoal. "

Autor: Pierre Weil
Fonte:http://universonatural.wordpress.com/

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