14 de fevereiro de 2014

O medo da liberdade... por OSHO


"Olhe uma rosa: ela é bela, mas não existe liberdade alguma de florescer ou não florescer. Não existe problema, não existe escolha. A flor não pode dizer, "Eu não quero florescer", ou "Eu me recuso". Ela nada tem a dizer, nenhuma liberdade. É por isso que a natureza é tão silenciosa (...).

Com o surgimento do homem, pela primeira vez aparece a liberdade. O homem tem a liberdade de ser ou não ser. Por outro lado, surge a angústia, o medo de que ele possa ou não ser capaz, medo do que vai acontecer. Existe um tremor profundo. Todo momento é um momento em suspense. Nada é seguro ou certo, nada é previsível com o homem: tudo é imprevisível. 

Nós conversamos a respeito da liberdade, mas ninguém gosta de liberdade. Nós falamos sobre liberdade, mas criamos escravidão. Toda liberdade nossa é apenas uma troca de escravidão. Nós seguimos mudando de uma escravidão para outra, de um cativeiro para outro.

Ninguém gosta de liberdade porque liberdade cria medo. Com a liberdade você tem que decidir e escolher. Nós preferimos pedir a alguém ou a alguma coisa para nos dizer o que fazer – à sociedade, ao guru, às escrituras, à tradição, aos pais. Alguém deve nos dizer o que fazer: alguém deve mostrar o caminho, para que possamos seguir – mas nós não conseguimos nos mover por nós mesmos. A liberdade existe, mas existe o medo.

É por isso que existem tantas religiões. Não é por causa de Jesus, de Buda ou de Krishna. É por causa de um enraizado medo da liberdade. 
Você não consegue ser simplesmente um homem. Você tem que ser um hindu, um muçulmano ou um cristão. 
Apenas por ser um cristão, você perde a sua liberdade; sendo um hindu, você não é mais um homem – porque agora você diz, "eu seguirei uma tradição. Eu não vou caminhar no inexplorado, no desconhecido. Eu seguirei num caminho bem marcado com pegadas. Eu caminharei atrás de alguém; eu não seguirei sozinho. 
Eu sou um hindu, assim eu seguirei com uma multidão; eu não caminharei como um indivíduo. Se eu me mover como um indivíduo, sozinho, haverá liberdade. Então, a todo momento eu terei que decidir, eu terei que gerar a mim mesmo, a todo momento estarei criando a minha alma. E ninguém mais será responsável: somente eu serei o responsável final."

Nietzche disse ‘Deus está morto e o homem está totalmente livre.’ Se Deus está realmente morto, então o homem está totalmente livre. E o homem não tem tanto medo da morte de Deus: ele tem muito mais medo da sua liberdade. 
Se existe um Deus, então tudo está bem. Se não existe Deus, então você foi deixado totalmente livre – condenado a ser livre. Agora faça o que você gosta e sofra as consequências, e ninguém mais será responsável, só você. 

Erich Fromm escreveu um livro chamado "O Medo da Liberdade". Você se apaixona e começa a pensar em casamento. 
O amor é uma liberdade; o casamento é uma escravidão. Mas é difícil encontrar uma pessoa que se apaixona e não pense imediatamente em casamento.Existe o medo porque o amor é uma liberdade. O casamento é uma coisa segura; nele não existe medo. O casamento é uma instituição – morta; o amor é um evento – vivo. Ele se move; ele pode mudar. O casamento nunca se move, nunca muda. Por causa disso o casamento tem uma certeza, uma segurança.

O amor não tem certeza nem segurança. O amor é inseguro. A qualquer momento ele pode sumir de vista da mesma forma como apareceu do nada. A qualquer momento ele pode desaparecer! Ele é muito sobrenatural; ele não tem raízes na terra. Ele é imprevisível. Por isso, "é melhor casar. Assim, fincamos raízes. Agora esse casamento não vai evaporar no nada. Ele é uma instituição!" 

Em toda situação – exatamente como no amor –, quando encontramos liberdade, nós a transformamos em escravidão. E quanto mais cedo melhor! Assim nós podemos relaxar. Por isso, toda história de amor termina em casamento. "Eles se casaram e viveram felizes para sempre."

Ninguém está feliz, mas é bom terminar a história ali porque em seguida vai começar o inferno. Por isso toda história termina no momento mais bonito. E qual é esse momento? É quando a liberdade se torna escravidão! E isso não é apenas com o amor: isso é com tudo. Assim o casamento é uma coisa feia; é provável que venha a ser. Toda instituição tende a ser uma coisa feia porque ela é apenas um corpo morto de algo que um dia foi vivo. Mas com uma coisa viva, a incerteza provavelmente estará presente.

"Vivo" quer dizer que pode mover, pode mudar, pode ser diferente. Eu amo você; no próximo momento eu posso não amar. Mas se eu sou o seu marido, ou sua esposa, você pode ter a certeza de que no próximo momento eu também serei seu marido, ou sua esposa. Isso é uma instituição. Coisas mortas são muito permanentes; coisas vivas são momentâneas, mutáveis, estão num fluxo.

O homem tem medo de liberdade, mas a liberdade é a única coisa que faz de você um homem. Assim, nós somos suicidas – ao destruir nossa liberdade. E com essa destruição nós estamos destruindo toda nossa possibilidade de ser. Então você acha que ter é bom porque ter significa acumular coisas mortas. Você pode continuar acumulando; não existe um fim para isso. E quanto mais acumula, mais seguro você fica. 

Eu digo que agora o homem tem que caminhar conscientemente. Com isso eu quero dizer que você tem que estar consciente de sua liberdade e também consciente de seu medo da liberdade. 

Como usar essa liberdade? A religião nada mais é do que um esforço no sentido da evolução consciente, em saber como usar essa liberdade. O esforço de sua vontade agora é significativo. Qualquer coisa que você esteja fazendo não voluntariamente é apenas parte do passado na escala da evolução. O seu futuro depende de seus atos com vontade. Um ato muito simples feito com consciência, com vontade, dá a você um certo crescimento – ainda que seja um ato comum.

Por exemplo, você resolve jejuar, mas não porque você não tem comida. Você tem comida; você pode comê-la. Você tem fome; você pode comer. Você resolve jejuar: isso é um ato voluntário – um ato consciente. Nenhum animal pode fazer isso. Um animal jejua algumas vezes, quando não existe fome. Um animal terá que jejuar quando não existir alimento. Mas somente o homem pode jejuar quando existe ambos: a fome e o alimento.
 Isso é um ato voluntário. Você usa a sua liberdade. A fome não consegue incitar você. A fome não consegue empurrar você e o alimento não consegue puxar você.

Esse jejum é um ato de sua vontade, um ato consciente. Isso dará a você mais consciência. Você sentirá uma liberdade sutil: livre do alimento, livre da fome – na verdade, no fundo, livre do seu corpo, e ainda mais fundo, livre da natureza. A sua liberdade cresce e a sua consciência cresce. 

Na medida que sua consciência cresce, a sua liberdade cresce. Elas são correlacionadas. Seja mais livre e você será mais consciente; seja mais consciente e você será mais livre."

OSHO

3 comentários:


  1. TEUS OLHOS...



    Teus olhos são estrelas, arco-íris, brilho do sol,
    Lua cheia, vagalumes, flores, lagos azuis, praias,
    Chegadas e partidas, beijos de luz, arrebol,
    Entardecer, por-do-sol, amanhecer, luzes do espaço,
    Carinho do materno regaço, segurança, sorriso de
    Criança, conto-de-fadas, cinderelas, paraísos...

    Teus olhos me dizem do mistério da vida,
    Me fazem pensar: quem és tu, que te mascaras
    Por trás dessa personalidade e desses olhos tão lindos?
    De onde viestes...? quem sou eu para saber quem é você?
    De onde viemos, o que estivemos fazendo nos redemoinhos do tempo,
    Em espaços mágicos, em lugares tão nossos,
    Sob um céu de estrelas, de luz de faróis,
    De mil e uma fantasias,
    Nas nossas ilhas dentro da vida,
    Nas nossas estradas sofridas,
    Nos nossos sorrisos de esperanças,
    Com nossas crianças
    Na nossa casa de chocolate
    E de azul glacê?

    Teus olhos são lindamente misteriosos...
    Enfatizam uma fantasia oculta,
    Por trás de véus de incontida alegria,
    Por te reencontrar aqui,
    Neste agora de eternidade.
    Tu és a minha interior beldade,
    Tu estais agora bem aqui,
    Aconchegada no íntimo ardente de meu coração
    Que sempre te sente... Te tens presente,
    No presentear divino que Deus nos concedeu,
    Pois nossos nascimentos e mortes nos ascendeu,
    Para novos círculos evolutivos da infinita espiral,
    Para o viajar paradisíaco sideral,
    Que começam nos olhos da mente,
    Nos nossos corações que prometem,
    Sentir o universo, a vida, a cárita ação,
    Na sublime união
    Com o todo, no tudo,
    Contudo,
    Na unicidade e sincronicidade da vida,
    Sempre nos encontraremos,
    Porque escrito está que
    O amor verdadeiro
    É como um eterno candeeiro
    Que jamais se apaga,
    Na infinita saga,
    De quem se vê como Luz,
    E quem se vê como Amor,
    De quem se vê como Deus.


    Ivanildo Falcão da Gama

    emamoreluz@gmail.com –www.supraconsciencia.blogspot.com

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  2. COMECE AGORA!


    Comece por assumir a condição de mutante.
    Reescreva o script de sua vida e o perceba a cada instante.
    Se Deus é o Sempre Novo, não te permitas sufocar pela rotina...
    Pelo tédio do apenas superficial. Veja o sorriso daquela menina,
    A planta que sempre cresce, o pôr-do-sol pontual, a vida que sempre se renova...
    A flor que desabrocha... A estrela-céu-feliz. E decida agora fazer o que nunca fez.

    Abrace, não julgue, dê uma forca, sem esperar recompensa...
    Flua com o rio da vida, espere pelo inesperado... O inusitado...
    Comece por fazer alguma atividade nunca antes realizada,
    Explore sua mente, hoje tão assoberbada
    Pelas informações triviais, pelos fazeres e prazeres quase que inconscientes.
    Dê a alguém o calor de tua ternura, quando a ele ninguém o faz.
    Alguém já disse que a escalada de mil passos começa com o primeiro,
    E é sempre assim...: pense em realizar, mas centre toda a sua atenção
    Nos meios... Na realização do “como”, na utilização de tuas afiadas ferramentas
    Para a consecução de teus planos e trabalhos... Sim, o que realmente importa
    É o meio... Não o fim, pois se te concentras em realizar o teu melhor,
    Colocando o amor como teu mais importante propulsor...
    Os objetivos vão sendo conquistados, internas barreiras vão sendo desmoronadas, abrindo-te as portas de mil oportunidades.

    Assim comece com uma faxina mental.
    Comece por esvaziar a mente, pela reflexão, pela meditação
    De simplesmente testemunhares a ti mesmo.
    Observe seus pensamentos. Sinta, contacte, administre seus sentimentos.
    E quando encetares a ação, que seja seleção
    De tuas mais positivas intenções.
    Porque a intenção é uma grande força dentro e fora de ti.
    E cada pensamento ou sentimento não é jamais algo extático.
    São forças, são energias, são sinergias, que seguem seus caminhos no Cosmos,
    No mundo... São como flechas disparadas... Perseguem uma meta.
    Comece por decidir não perder mais tempo com a inútil reação
    De insistentemente te fazeres dono da razão...
    Pois o certo e o errado não são tão relevantes...
    Se te sabes em correção. Seja feliz na partilha, compartilhe o teu pão.
    Comece agora a mudar tua situação.
    A utilizar sabiamente o teu poder de escolha,
    Sem te insistir na contramão... Sem te anulares. Sem concordares ou discordares...
    Começando hoje, aqui e agora, uma nobre ação!


    Ivanildo Falcão da Gama

    emamoreluz@gmail.com – VISITE-NOS!: www.supraconsciencia.blogspot.com

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  3. NO SILÊNCIO DE NOSSA ALMA


    Existe um silêncio...

    Uma absoluta calma interior,

    Que, no espelho da alegria ou da dor,

    Do movimento ou da inação,

    Em nós reside,

    Em todos nós está presente.



    É preciso encontrarmo-nos dentro desse ponto.

    É preciso sintonizarmo-nos com esse equilíbrio, profundo...

    É preciso sabermo-nos identificar a imobilidade dentro de todo o movimento.



    Esse silêncio, este ponto interno, está na nossa Alma.

    É o silêncio que permeia o centro de nossa consciência.

    E esse silêncio pode nos conduzir aos píncaros de nossas realizações, ao oceano de nosso Ser.

    Pode nos orientar quanto aos nossos caminhos, pode nos direcionar em meio ao movimento frenético e caótico do mundo externo.



    Nesse silêncio d’alma, encontramos carinhosamente a nós mesmos. Ouvimos o pulsar de nosso coração que está em sintonia com o pulsar de todas as estrelas do cosmos...

    Nesse silêncio, podemos orar, sentir, falar e ouvir, amar e deixar-se amar...

    Nesse silêncio d’alma, sentimos nosso próximo, os animais, as plantas, o firmamento, as nuvens, o vento, a água, a terra e o fogo de nossos intentos, o ardor de todas as paixões e o impulso da Graça, qual gloriosa e eterna chama a avivar o Amor.



    No silêncio de nossa alma encontramos DEUS, que está em nós.

    Para irmos até Ele, precisamos ir ao silente momento desse ponto consciencial, que é o veículo da orientação divina que nos aponta os melhores caminhos.

    No silêncio de nossa alma, quando olhamos para dentro de nós, mesmo em meio a toda a confusão cotidiana do mundo, podemos, parar...e ver a nós mesmos. E assim, redirecionar nosso leme a cada instante no infindo momento do agora, que é o único que realmente contém a substância vital, por todos os nossos caminhos.



    É no silêncio que amamos, que perdoamos, que compreendemos, que iniciamos sem pestanejar, a ação correta. Que podemos, efetivamente, tocar e sentir, olhar e ver, ouvir e escutar, podendo nos assenhorear dos melhores pensamentos e sentimentos que darão qualidade às nossas atitudes, como aprendizes e mestres da Grande Escola da Vida.



    Que um dia nos encaminhará para o perene paraíso de DEUS. Porque no silêncio fomos concebidos, no silêncio d’alma devemos viver centrados no caminhar da vida, e no silêncio, retornaremos ao seio celestial, de onde proviemos. No silêncio DEUS nos fala, no silêncio falamos mais intimamente com DEUS. No silêncio de uma lágrima vertida por pura gratidão, alcançamos as alturas do CRISTO, ofertando-nos sempre a melhor solução, o CRISTO que também em nós reside e que nos fala a todo instante, valendo-se do silêncio de nosso ser que pode assim, cumprir alegremente, suavemente, o nosso destino e portanto, verdadeiramente, frutificadamente, divinamente, viver.

    Ivanildo Falcão da Gama


    Autor de: “SER LUZ” emamoreluz@gmail.com.br
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