16 de agosto de 2010

Auto estima!


"A auto-estima é o amor que sentimos por nós mesmos. Esse amor, entretanto, sofre influências de um padrão de imagens que temos sobre nós ou da forma como nos vemos, nos respeitamos e acreditamos no que somos. Geralmente, graduamos esse padrão como uma auto-estima baixa ou elevada e atribuímos uma opinião e um sentimento, ou seja, fazemos um auto-julgamento e, como conseqüência, sentimos uma valorização ou uma depreciação de quem somos. 
 
Apesar desse movimento que envolve julgamentos e sentimentos ser interno, subjetivo, as causas que nos fazem sofrer e diminuir a auto-estima são, em geral, externas, o que significa que vivenciamos determinadas situações e, como conseqüência, começou a nos sentir desvalorizados, inseguros, inadequados, não capazes de fazer certas coisas, e acabamos por mergulhar num mar de dúvidas sobre o que somos e devemos fazer. 
 
As atitudes que desenvolvemos nessa situação, na maioria das vezes, estão entre aquelas que buscam a aprovação dos outros, ou uma necessidade de agradar e ser reconhecido; o perfeccionismo, a atribuição de culpa, ou auto- culpa e a rigidez de atitudes não se permitindo errar, entre outras. Postas estas considerações, vamos abordar uma nova forma de entender a auto-estima na Nova Energia e, também, o que precisamos compreender para mudar nossos padrões de crenças, de forma a permitirmos ter uma auto-estima equilibrada.
 
A Nova Consciência é relativa a uma auto-estima equilibrada, pela qual devemos nos amar profundamente, pois, se desejamos apoiar ou ajudar alguém ou alguma situação, este é o alicerce. Provavelmente deve-lhe soar familiar essa questão, pois Jesus já nos disse isso em sua época: “Ama-te a ti mesmo, e da mesma maneira que te amares a ti, assim amarás a teu próximo.”
 
Liberação dos padrões de auto-estima baixa A auto-estima está, de qualquer modo, relacionada a duas formas de permissão, uma interna e outra externa: a primeira é a relação que desenvolvemos conosco mesmos, permitindo que uma situação vivida lá na infância, por exemplo, como um sentimento de ter sido desprezado pelos pais, ou desdenhado pelos colegas de escola, possa manter-se viva e cultivada de forma a afetar o amor próprio até hoje. A segunda é, ao mesmo tempo, uma relação que desenvolvemos com o mundo externo, isto é, nas relações pessoais que vivemos, permitindo que valores criados na sociedade possam diminuir o amor que sentimos por nós mesmos. 
 
A questão aqui é a permissão: se permitimos que essas coisas nos afetem, podemos permitir a sua liberação, de uma forma simples e definitiva. É preciso que identifiquemos esses sentimentos e opiniões que nos mantêm num estado de desvalorização e os libertemos, pela firme intenção. Basta isso, a profunda intenção de amar-se a si próprio, e a libertação dessas energias que aprisionamos ao longo da vida, tais como as energias de desprezo, as energias de inferioridade ante os outros, as energias da pobreza e da carência material, as energias de sentir-se excluído por alguma situação, a energia do abandono, a energia da incompreensão, a energia da insegurança quanto ao futuro, a energia da violência, a energia do fracasso, as energias das culpas e dos medos, as energias da necessidade do reconhecimento, enfim, todas aquelas que no colocam distantes de nós mesmos. 
 
A liberação desses padrões de energia deve ser feita sem nenhum ritual. Entretanto, é necessário  “Guarde” esse novo estado como um novo “padrão” de sentir-se e amar-se. Uma nova auto-imagem Não somos meramente humanos, somos DIVINAMENTE humanos. Não somos pecadores, somos livres experimentadores. Não somos ovelhas que devem seguir o pastor, somos anjos humanos redescobrindo e ancorando nesse planeta nossos atributos Divinos. Não viemos aqui para sofrer, espiar nossas falhas, nós estamos aqui, AGORA, para trazer energias de LUZ a esse novo tempo. Não somos pequenos e ignorantes, pois portamos os atributos Divinos e estamos vivendo uma história de amor incondicional. 
 
Cada ser humano é uma expressão Divina, realizando uma jornada para ancorar em si próprio e nessa Terra a LUZ do amor incondicional e as qualidades de Deus. Essa é nossa missão.
 
Mesmo que não a estejamos manifestando, ou que não consigamos nos lembrar, é isso que viemos fazer aqui. Alguns estão muito distantes dessa FONTE DE LUZ, por sua própria permissão, e querem permanecer assim.
Muitos estão, inclusive, causando sofrimento a si e aos outros porque estão, ainda, presos a carmas pessoais e coletivos. Não os julguem, ao contrário, ame-os , não pelo que manifestam neste vida, mas pelo que são, pois no momento que se permitirem poderão expressar toda a Luz de que são constituídos. 
 
Haverá um tempo em que isso será possível para todos, porque esse planeta será elevado e haverá uma atração muito forte convidando a todos para essa Luz. Aqueles, entretanto, que estão aqui e agora, lendo essas palavras e conectando-se em algum nível nessa freqüência de Luz, sabem, se assim o permitirem, que não estão naquele grupo, pois “algo” em si está chamando-os para que recordem o quanto Divinos somos e o quanto é grandiosa a nossa missão nesta vida.
 
Somos os faróis de Luz, aqueles que permitem que a Luz Divina fique acesa e elevada para iluminar o caminho daqueles que virão. Esse é o nosso grande feito. Não precisa sair do seu lugar, basta que crie essa nova energia para si mesmo e a sustente bem ao alto. Com a auto-estima equilibrada nos Sentimos como um ser de Luz, portador de toda sabedoria, Humanamente Divinos. 
 
Essa é a auto-imagem que devemos espelhar para que nos possamos manter na energia equilibrada e permanecermos no Agora. Olhe-se no espelho, olhe sua alma, flua para dentro de si mesmo, descubra que você é Deus também, e conseqüentemente sinta o quanto é aplaudido pela sua jornada. Permita-se ser servido pelo universo. Saiba que nunca esteve e nunca estará sozinho."
 
http://agrandefraternidadebrancauniversal.blogspot.com
 

Por que as atitudes de Jesus causavam escândalo?

                            
"Jesus foi um profeta, o maior de todos. Ele foi um profeta que trouxe uma mensagem válida para todos os povos e em todas as épocas. Ou seja, Ele não viveu de acordo com os preconceitos e com os valores restritos da cultura de Sua época.

Naquele tempo havia escravidão, Jesus não só não possuía escravos como tratava-os de modo igual. Naquele tempo (como hoje em dia) havia ódio e rivalidade entre os povos. Jesus respeitava, convivia e curava a todos. Mulheres, pobres, leprosos, e todos os que eram discriminados encontravam em Jesus uma palavra amiga e uma convivência próxima. Isto era motivo de escândalo, pois a discriminação era muito grande, muito maior do que a que existe atualmente.

Jesus agia de forma diferente, não aceitava os preconceitos de sua época. Ele conversava com as mulheres, ensinava-as, valorizava-as e, inclusive, pregava às mulheres pagãs. Tudo um escândalo. Pois um homem (judeu) de bem não deveria jamais falar com uma mulher casada e muito menos tomar água dada por uma pagã (Veja Jesus e as mulheres, Jesus e a escravidão). Ele comia com “pecadores”, com “pagãos”, com “leprosos e prostitutas”, assim Ele se tornava impuro, situação que os Judeus tinham verdadeiro pavor.

Jesus também não poupava os ensinamentos errados que as elites sacerdotais difundiam. Uma vez foi acusado de fazer o Bem no dia de sábado. Para os Judeus no sábado não se podia fazer quase nada, nem curar alguém que estava doente e sofrendo. Ele chamava estes poderosos de hipócritas e denunciava muitas coisas erradas. Ensinava qual era o caminho correto. E praticava o caminho correto.

Quando tentaram seduzí-Lo para ser um líder político e guerreiro, Ele disse não. Sua missão era anunciar verdades eternas, conhecimentos da Lei da Vida, ensinamentos sobre o mundo espiritual. Muitos ficaram furiosos pois Ele disse não. Jesus não queria fundar mais um reino que logo se tornaria ditatorial e corrupto (veja só o que aconteceu com todos os países que são ou foram governados baseados em leis religiosas). Ele tomou o caminho correto e causou escândalo pois muitos queriam que Ele mostrasse força para matar os outros e Ele mostrou força para se deixar matar e então revelar a realidade da vida após a morte.

Muitos outros escândalos Jesus causou, pois Sua mensagem é para a eternidade. O povo de sua época, e de outras épocas também, não conseguiu entender a linguagem do amor que está em Seus ensinamentos. Mas como esta é uma mensagem eterna, estes ensinamentos permanecem como um convite para todos os seres humanos viverem segundo o Caminho correto que Ele ensinou.
   
Obs: Jesus veio à Terra em missão. Jesus veio para servir. O seu sofrimento na cruz foi grande, mas frente a eternidade da vida do espírito este sofrimento não passa de um segundo.  Como dizia o apóstolo Paulo: ter bondade é ter coragem.

“Os doutos fariseus, exímios conhecedores da Lei, estavam acostumados a olhar do alto e com desprezo para aqueles que “ignoravam as Escrituras”.

... Com gente desta espécie, os especialistas da fé não queriam nenhum contato, nem rezar juntos, nem sentar-se à mesma mesa, chegando ao cúmulo de julgar descabido dar de comer a estes que ignoravam as escrituras, deixando-os morrer de fome. “Um ignorante não teme o pecado, ... não pode ser um justo” (Avot, II, 6), ensinavam os mestres. Nisto é nítida a oposição de Jesus aos fariseus. Ao contrário deles, o novo rabi preferia até lidar com gente simples. Não só. Todos os excluídos, os refugos da sociedade encontravam Nele um amigo e um defensor: muitos coletores de impostos, que não eram considerados pessoas em Israel, e muitas prostitutas, na maioria das vezes, estavam entre aqueles que O cercavam.
Isto era absolutamente chocante para as devotas “pessoas de bem”, para os praticantes que amavam ostentar a própria piedade. Uma vez, ouvindo os seus murmúrios, Jesus respondeu: “Não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes. Ide e aprendei o que significa “Eu quero misericórdia e não sacrifícios”. Não vim chamar os justos, mas os pecadores”.

Um arrependimento genuíno tinha mais valor para Jesus do que a tranqüilidade dos que pensam agradar a Deus. ... Certa vez, Jesus visitou Mateus, que nessa ocasião convidou à sua casa muitos amigos e colegas cobradores de impostos, gente que trabalhava, como ele, para os dominadores. O fato levou a uma onda de insatisfação e muitas “pessoas de bem” se escandalizaram com a atitude de Jesus: como pode fazer festa com este tipo de gente? Mas Jesus repetiu uma vez mais que todo mundo é digno de atenção e compaixão, e quem disso se esquece se assemelha ao invejoso irmão mais velho da parábola do filho pródigo, que não se regozija com a volta do irmão perdido ...

Aproximando-se dos pecadores, Jesus queria mesmo avivar neles o arrependimento e a sede de vida nova, e muitas vezes foram sua confiança e abertura que fizeram autênticos milagres.” (pág. 91, 92, do livro Jesus, Mestre de Nazaré)" 

            http://regismesquita.sites.uol.com.br/quinze.htm

15 de agosto de 2010

O Poder do Mantra OM.



Dentre todas as experiências maravilhosas que a prática de Yoga pode proporcionar, uma das mais tocantes é participar de uma aula bem conduzida com vocalização de mantras . De modo geral, pode-se dizer que o conjunto desses sons especiais e suas vibrações, modulações, respectivas pausas e simbologia caracteriza a disciplina de estudo do Mantra Yoga.

Há inúmeros mantras, mas OM é considerado o mais antigo, o primordial e o absoluto. Dentro dos vários sistemas de Yoga, sua importância é indiscutível, pois ele expressa a afirmação da totalidade da chamada existência-consciência. OM é formado por três letras: A, U, M, mas é pronunciado OM, pois em sânscrito A+U formam um ditongo.

Simbolicamente, A+U+M representam, respectivamente, o passado, o presente e o futuro. Num nível mais profundo, essas três letras também representam os estados de:

(1) despertar da consciência rudimentar;
(2) da consciência onírica (ou dos sonhos);
(3) da consciência plena (ou do sono profundo).

Há ainda um quarto estado subjacente - o silêncio que se segue à sua vocalização, representando o estado de supraconsciência, ou samadhi (que é a meta do Yoga em todas as suas tradições e sistemas).

Esse estágio final é também conhecido por proporcionar um estado de saúde radiante, pura e plena, onde os aspectos fisiológicos, emocionais, mentais e espirituais estão integrados e em perfeita e completa harmonia.

Os mantras também são considerados palavras ou sílabas com um imenso poder de restaurar, preparar e guiar o praticante na árdua e longa jornada em busca da auto-realização e da liberdade suprema.

O grande mestre Sivananda (1887-1963) magnifica e entusiasticamente dizia:

"Sinta OM! Entoe OM! Medite sobre OM!
Grite OM OM OM! Ouça OM! Saboreie OM!
Veja OM! Coma OM! Beba OM!
Possa OM guiar você!
OM! OM! OM! OM Shanti
OM! OM! OM! OM Shantih!"

Autora: Rosana Biondillo
Sites: www.yoga.hpgvip.com.br / www.yogablog.zip.net 
http://www.fadadasrosas.com.br

Quando chega a hora e não dá mais tempo para recomeçar!!


"Naquela manhã, sentiu vontade de dormir mais um pouco. Estava cansado porque na noite anterior fora se deitar muito tarde. 
Também não havia dormido bem. Tinha sido um sono agitado. 
Mas logo abandonou a idéia de ficar um pouco mais na cama e se levantou, pensando na montanha de coisas que precisava fazer na empresa.

Lavou o rosto e fez a barba correndo, automaticamente. 
Não prestou a atenção no rosto cansado nem nas olheiras escuras, resultado de noites mal dormidas. Nem se quer percebeu um aglomerado de pêlos teimosos que escaparam da lâmina de barbear.
" A vida é uma seqüência de dias vazios que precisamos preencher ", pensou enquanto jogava a roupa por cima do corpo.

Elogiou o café e saiu resmungando baixinho um " bom dia ", sem convicção. Desprezou os lábios da esposa, que se ofereciam para um beijo de despedida. Não notou que os olhos dela guardavam a doçura da mulher apaixonada, mesmo depois de tantos anos de casamento. Não entendia porque ela se queixava tanto da ausência dele e vivia reivindicando mais tempo para ficarem juntos. Ele estava conseguindo manter o elevado padrão de vida da família, não estava? Isso não bastava ?

Claro que ele não teve tempo de esquentar o carro nem sorrir quando o cachorro, alegre, abanou o rabo. Deu a partida e acelerou. Ligou o rádio, que tocava uma antiga canção de Roberto Carlos, ''Detalhes tão pequenos de nós dois...''
Pensou que não tinha mais tempo de curtir detalhes tão pequenos da vida. Anos atrás, gostava de assistir o programa de Roberto Carlos nas tardes de domingo. Mas isso fazia parte de outra época, quando podia se divertir mais.

Pegou o telefone celular e ligou para sua filha. Sorriu quando soube que o netinho havia dado os primeiros passos. Ficou sério quando a filha lembrou-o de que há tempos ele não aparecia para ver o neto e o convidou para almoçar, mas não podia, naquele dia, dar-se ao luxo de sair da empresa. Agradeceu o convite, mas respondeu que seria impossível. Quem sabe no próximo final de semana? Ela insistiu, disse que sentia muita saudade e que gostaria de estar com ele na hora do almoço. Mas ele foi irredutível: realmente era impossível.

Chegou à empresa e mal cumprimentou as pessoas. A agenda estava totalmente lotada, e era muito importante começar logo a atender seus compromissos, pois tinha plena convicção de que pessoa de valor não desperdiçam seu tempo com conversa fiada.

No que seria a sua hora de almoço, pediu para secretária trazer um sanduíche e um refrigerante diet. O colesterol estava alto, precisava fazer um check-up, mas isso ficaria para o mês seguinte. Começou a comer enquanto lia alguns papéis que usaria na reunião da tarde. Nem observou que tipo de lanche estava mastigando.

Enquanto relacionava os telefonemas que deveria dar,sentiu um pouco de tontura, a vista embaçou. Lembrou-se do médico advertindo-o, alguns dias antes, quando tivera os mesmos sintomas, de que estava na hora de fazer um check-up. Mas, ele logo concluiu que era um mal estar passageiro, que seria resolvido com um café forte sem açúcar.

Terminando o " almoço ", escovou os dentes e voltou à sua mesa. " A vida continuava ", pensou. Mais papéis para ler, mais decisões a tomar, mais compromissos a cumprir. Nem tudo saía como ele queria. Começou a gritar com o gerente, exigindo que este cumprisse o prometido. Afinal, ele estava sendo pressionado pela diretoria. 
Tinha que mostrar resultado. Será que o gerente não conseguia entender isso ?

Saiu para a reunião já meio atrasado. Não esperou o elevador. Desceu as escadas pulando de dois em dois degraus. Parecia que a garagem estava a quilômetros de distância, encravada no miolo da terra, e não no subsolo do prédio.

Entrou no carro, deu a partida e, quando ia engatar a primeira marcha, sentiu de novo um mal estar. Agora havia uma dor forte no peito. O ar começou a faltar... a dor foi aumentando... o carro desapareceu e ... os outros carros também... Os pilares, as paredes, a porta, a claridade da rua, as luzes do teto, tudo foi sumindo diante de seus olhos, ao mesmo tempo que surgiam cenas de um filme que ele conhecia bem. Era como se o videocassete estivesse rodando em câmera lenta. Quadro a quadro, ele via a esposa, o netinho, a filha e, umas após outras, todas as pessoas que mais gostava.

Porque mesmo não tinha ido almoçar com a filha e o neto ? 
O que a esposa tinha dito à porta de casa quando ele estava saindo, hoje de manhã? Por que não foi pescar com os amigos no último feriado ? A dor do peito persistia, mas agora outra dor começava a perturbá-lo: a dor do arrependimento.

Ele não conseguia distinguir qual era a mais forte; a da coronária entupida ou a de sua alma rasgando.
Escutou o barulho de alguma coisa quebrando dentro de seu coração, e de seus olhos escorrerem lágrimas silenciosas. Queria viver, ter mais uma chance, queria voltar para casa e beijar a esposa, abraçar a filha, brincar com o neto...
Queria... Queria... Mas, não havia mais tempo"...

Autor desconhecido

Riqueza e Pobreza!




Aquela mãe era muito especial. Com dez filhos, ela conseguiu educar sua filha até a segunda série, sem que ela se desse conta da pobreza em que vivia.

Afinal, a menina tinha tudo que precisava: nove irmãos e irmãs para brincar, livros para ler, uma boneca feita de retalhos e roupas limpas que ela habilmente remendava ou, às vezes, fazia.

À noite, ela lavava e trançava o cabelo da filha para que ela fosse à escola no dia seguinte. Seus sapatos estavam sempre limpos e engraxados.

A menina era feliz na escola. Adorava o cheiro de lápis novos e do papel grosso que a professora distribuía para os trabalhos.

Até o dia em que, subindo os degraus da escola, encontrou duas meninas mais velhas. Uma segredou para a outra:
- Olha, essa é a menina pobre. E riram.

Mary ficou transtornada. No caminho para casa, ficou imaginando porque as meninas a consideravam pobre. Então olhou para seu vestido e, pela primeira vez, notou como era desbotado, um vinco na bainha denunciava que tinha sido aproveitado.

Olhou para os pesados sapatos de menino que estava usando e se sentiu envergonhada por serem tão feios.

Quando chegou em casa, sentia pena de si própria. Também pela primeira vez descobriu que o tapete da cozinha era velho, que havia manchas de dedos na pintura meio descascada das portas.

Tudo lhe pareceu feio e acanhado. Trancou-se em seu quarto até a hora do jantar perguntando-se porque sua mãe nunca lhe contara que eles eram pobres.

Decidiu sair do quarto e enfrentar sua mãe.
- Nós somos pobres? Perguntou de repente.

Ficou esperando que sua mãe negasse ou desse uma explicação satisfatória.

- Pobres? Repetiu a mulher, pousando a faca com que descascava batatas. - Não, não somos pobres. Olhe para tudo que temos. Apontou para os filhos que brincavam na outra sala.

Através dos olhos de sua mãe, a menina pôde ver o fogo da lareira que enchia a casa com seu calor, as cortinas coloridas e os tapetes de retalhos que enfeitavam a casa.

Viu o prato cheio de biscoitos de aveia sobre a cômoda. Do lado de fora, o quintal que oferecia alegria e ventura para dez crianças.

- Talvez algumas pessoas pensem que somos pobres em matéria de dinheiro, mas temos tanto...

E com um sorriso, a mulher se virou para preparar mais uma refeição para sua família. Em sua grandeza, ela nem se dava conta que, a cada noite, ela alimentava muito mais do que estômagos vazios.

Ela alimentava o coração e a alma de cada um dos filhos.

Riqueza e pobreza podem ser tidas como formas de se encarar o mundo. Para quem idealiza que recursos amoedados lhe poderão conceder tudo o que deseje em coisas materiais, riqueza será ter muito dinheiro à disposição.

Para quem pense na vida como uma extraordinária experiência, em que os sentimentos sejam prioridade, com certeza pensará que pobre é quem não tem a quem amar ou que o ame.

Recursos como saúde, família, afeto não se adquire senão com zelo, 
empenho e amor.

http://www.rivalcir.com.br

Regresso ao Lar !


Um velho casal de missionários tinha trabalhado na África durante anos e agora retornavam a Nova Iorque aposentados. Eles não tinham nenhuma pensão; a saúde debilitada; estavam derrotados, estavam decepcionados e amedrontados. Descobriram que embarcaram no mesmo navio em que o presidente Teddy Roosevelt, que retornava de uma de suas expedições de caça.

Ninguém prestava qualquer atenção ao casal. Eles observavam a fanfarra que acompanhava o presidente, com todos os passageiros tentando dar uma olhadela no grande homem. Enquanto o navio se movia através do oceano, o velho missionário disse a sua esposa,
- Algo está errado. Demos nossa vida em serviço fiel à Deus na África por todos estes anos e ninguém se importa conosco! Por outro lado, este homem volta de uma viagem de caçada, lazer e divertimento e todo o mundo se atira sobre ele.
- Querido, você não deve se sentir desta forma! Respondeu sua esposa.

E ele retrucou,
- Eu não consigo entender; não parece justo.

Quando o navio atracou em Nova Iorque, uma faixa saudava o Presidente. O prefeito e outros autoridades estavam lá. Os jornais estavam cheios de notícias sobre a chegada do Presidente. Ninguém notou o casal de missionários.

Eles desembarcaram e foram para um pequeno e barato apartamento, esperando o dia seguinte para ver o que poderiam fazer para ganhar a vida na cidade.

Naquela noite, o homem estava aborrecido e disse a sua esposa,
- Eu não concordo com isto; Deus não está nos tratando de forma justa.

Sua esposa respondeu,
- Por quê você não vai até o quarto e fala sobre isto com Deus?

Pouco tempo depois, ele saiu do quarto, mas agora seu rosto estava completamente diferente. Sua esposa, estranhando, perguntou,
- Querido, o que aconteceu?
- Deus me tranqüilizou. Contei o quanto aborrecido eu estava ao ver a grande festa feita para o regresso do Presidente ao lar e, em contra partida, ninguém nos esperava em nosso retorno ao lar. E quando acabei, foi como se Ele colocasse a Sua mão sobre meu ombro e simplesmente dissesse: "Mas vocês ainda não voltaram ao lar".

Tradução Sergio Barros

14 de agosto de 2010

O que trazemos e o que levamos... de OSHO!

      

Você vem ao mundo sem coisa alguma. Assim, uma coisa é certa: nada lhe pertence. Você vem absolutamente despido, porém com ilusões. É por isso que toda criança nasce com as mãos fechadas, cerradas, acreditando que está trazendo tesouros - e aqueles punhos estão vazios.

E todos morrem com as mãos abertas. Tente morrer com as mãos cerradas - até o momento ninguém conseguiu.
Ou tente nascer com as mãos abertas - ninguém conseguiu também. Nada lhe pertence, então você está preocupado com qual insegurança? Nada pode ser roubado, nada pode ser tirado de você. Tudo o que você está usando pertence ao mundo. E um dia você terá que deixar tudo aqui.

Você não será capaz de levar coisa alguma com você. “Será que estou no caminho certo?” As indicações de que você está no caminho certo são muito simples:

a)Suas tensões começam a desaparecer. 
b) Você fica mais e mais senhor de si. Mais e mais calmo. 
c) Encontrará beleza em coisas que jamais concebeu pudessem ser belas. 
d) As menores coisas começarão a ter imenso significado. 
e) O mundo inteiro se tornará mais e mais misterioso a cada dia. 
f) Você se tornará menos e menos culto e mais e mais inocente
como uma criança correndo atrás de borboletas, ou pegando conchas do mar numa praia. 
g) Você sentirá a vida não como um problema, mas como uma dádiva, uma benção, uma graça.

Essas indicações crescerão continuamente se você estiver na pista certa. Baste-se! Não dependa de nada para ser feliz.
Você tem a VIDA!

Osho, do livro "Mais Pepitas de Ouro"

O Silêncio dos Indios(tradução) - de Kent Nerburn

"Nós os índios, conhecemos o silêncio.  Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento. 

"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam se seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
 Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.

Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam  preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir. 
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.

 Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
 Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
 Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer. 

Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríam pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.

Muitas vozes.

 Só vamos escutá-las em silêncio."

"Neither Wolf nor Dog.
On Forgotten Roads with an Indian Elder" – Kent Nerburn
Texto traduzido por Leela, Porto Alegre

Os Segredos de Um Relacionamento, de Roberto Shinyashiki

A vida é cheia de ilusões. Mais ainda: muitos relacionamentos são o próprio mundo das ilusões. As pessoas se iludem muito e depois se decepcionam com as fantasias que elas mesmas criaram.
Talvez a maior ilusão seja construída em torno daquela conhecida frase das histórias de cinema: “E foram felizes para sempre.”

A verdade é que encontrar uma pessoa, se apaixonar, namorar e casar é apenas o ponto de partida para uma nova caminhada na nossa vida.
Mas tem um segredo: Pessoas felizes constroem um casamento feliz. Pessoas infelizes constroem casamentos infelizes. Então, você tem que dar um jeito de ser feliz sozinho, antes de querer ser feliz junto de alguém.

A primeira ilusão que as pessoas têm é de que o casamento vai resolver seus problemas. Mas casamento não resolve problema de ninguém. Pelo contrário, se você tiver essa ilusão, o casamento vai aumentar os seus problemas.

A segunda ilusão é querer encontrar a pessoa perfeita para ter como companheiro. Não busque a perfeição. Essa é uma meta inatingível. Nem você é perfeito, nem vai encontrar a pessoa perfeita.
O casamento dá certo para pessoas que não são dependentes uma da outra. Os dois têm de aprender a crescer juntos.

Mas, o mais importante de tudo é saber que o outro sempre é o seu espelho. Quando você critica o outro, na verdade não está falando dele, está falando de si mesmo. Sempre que você reclama algo de alguém, é preciso perceber como esse problema começa antes em você.

É importante entender, se quer ter um relacionamento que dê certo na sua vida, que tudo o que acontece com você, é você mesmo quem provoca.

Portanto só você mesmo pode mudar. Só você pode escolher o que quer para a sua vida, para os seus relacionamentos. A escolha é sempre sua. Portanto, olhe para dentro de você e realize a sua vocação: deixe aparecer o ser amoroso que você é.

Roberto Shinyashiki

Recebendo anjos, de Luis Fernando Verissimo


Bons tempos, bons tempos, os bíblicos. Imagine receber um anjo hoje. Um deles já pode ter estado com você, e você não o reconheceu. A função dele era aparecer e lhe dar a mensagem. A sua única obrigação era recebê-lo, mas você não soube que era ele. Você se afastou, achou que era um chato, ou um louco, falhou, azar.

Pode ter sido há anos. Aquele que caminhou ao seu lado brevemente e disse uma coisa estranha e você apressou o passo, lembra? Aquele (ou aquela, eles vêm de várias formas) que sentou ao seu lado e falou no tempo, e era um preâmbulo para a revelação, mas você fechou a cara.

Ele pode ter batido na sua porta e você foi logo dando uma esmola, ou dizendo que hoje não tem nada, ou ameaçando chamar a polícia. Antes era mais fácil, agora é tarde. Hoje ele bate na porta e você espia e não abre a porta, ta doido? Se ele se aproximar de você na rua, você correrá apavorado ou anunciará que está armado e que é melhor ele se afastar.
Se ele se sentar ao seu lado, você fugirá do contágio, se ele segurar o seu braço, você gritará. Se ele telefonar, sua secretária eletrônica dirá para ele deixar a mensagem depois do bip e ele não dirá nada: a mensagem é para você e não para ela.

E se ele conseguir alcançar você sem que você lhe dê um pontapé, e cumprir sua função, e der a mensagem você não a compreenderá. Pedirá para ele falar mais alto, há muito barulho. “O quê? Em que sentido? É uma metáfora? É um código? Interpreta, traduz, decifra, o quê?”

Agora é tarde. Antes ele olharia você nos olhos e falaria claramente. E, dada a mensagem, ele desapareceria, e o mundo seria uma estrada para o seu coração.

Hoje você diria – “olha, precisamos conversar com mais calma um dia, me liga! Me liga!”

Luis Fernando Veríssimo

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