16 de abril de 2015

A Era espiritual por Owen Waters


"A Era Espiritual não é apenas mais uma era a ser documentada nas páginas dos livros de História.

A Era Espiritual é um salto quântico na evolução da humanidade.

Há doze estágios distintos na evolução da consciência humana: seis estágios materiais seguidos por seis estágios espirituais. Uma vez que uma pessoa mude da série material para a série espiritual da evolução, tudo muda. As velhas regras já não mais se aplicam, e as formas da nova realidade têm que ser entendidas e postas em prática.

Imagine a mudança radical que uma borboleta passa em sua transformação, de uma crisálida limitada, presa à terra, para a liberdade alegre de uma borboleta. Da mesma forma, uma mudança radical ocorre quando os seres humanos passam para os estágios espirituais de sua evolução.

Quando você entra nos reinos da consciência espiritual através do portal do coração, você começa a compreender que o amor é mais importante do que o dinheiro, o poder, a fama, ou qualquer uma das armadilhas da vida material.

Após a mudança para a energia do amor incondicional, torna-se claro que ajudar os outros é a chave para o sucesso na vida. Seu ponto de vista é expandido, assim como a borboleta vê mais, a partir de sua posição acima do solo, do que jamais viu, enquanto terrestre.

Uma vez que uma pessoa tenha adquirido uma compreensão do reino expandido do coração, ela é livre para passar para os próximos estágios da consciência espiritual. A Inspiração começa a fluir. O conhecimento se manifesta. A Intuição é o seu guia diário e o seu ajudante, enquanto a sabedoria de sua alma vem para ajudá-la a ser bem sucedida em todos os seus esforços na vida.

Com a comunhão da alma vem a alegria intensa da consciência espiritual. Com esta extasiante alegria vem a paz interior e o distanciamento de todas as preocupações do mundo. Esta é a realidade. Este é o estado que Deus sempre pretendeu que você descobrisse, de modo que possa viver e amar à luz da consciência e se tornar um ser humano plenamente capacitado.

Seu direito nato é o amor, a luz e o riso que surgem da alegria espiritual.

No futuro se encontram os estágios finais do desenvolvimento espiritual. A jornada humana do homem das cavernas à consciência cósmica é aquela em que os indivíduos desconectados e relativamente inconscientes buscam, até que descubram o caminho de volta ao lugar de onde vieram.

O ser humano inconsciente aprende bastante sobre a vida para, eventualmente, retornar ao abraço de Deus como um deus consciente, plenamente capacitado com o amor e a sabedoria que brotam da fonte Divina de toda a vida."

Owen Waters
autor de Love, Light Laughter: 
The New Spirituality, disponível em livro impresso ou como e-book em:http://www.infinitebeing.com/ebooks/love.htm
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
Compartilhado do blog:http://www.luzdegaia.net/ser/infinito/a_era_espiritual.html

O zelador da fonte...


"Conta uma lenda austríaca que, em determinado povoado, havia um pacato habitante da floresta que foi contratado pelo Conselho Municipal para cuidar das piscinas que guarneciam a fonte de água da comunidade.

O cavalheiro, com silenciosa regularidade, inspecionava as colinas, retirava folhas e galhos secos, limpava o limo que poderia contaminar o fluxo da corrente de água fresca.

Ninguém lhe observava as longas horas de caminhada ao redor das colinas, nem o esforço para a retirada de entulhos.

Aos poucos, o povoado começou a atrair turistas. Cisnes graciosos passaram a nadar pela água cristalina.

Rodas d'água de várias empresas da região começaram a girar dia e noite.As plantações eram naturalmente irrigadas, a paisagem vista dos restaurantes era de uma beleza extraordinária.

Os anos foram passando. Certo dia, o Conselho da cidade se reuniu, como fazia semestralmente.

Um dos membros do Conselho resolveu inspecionar o orçamento e colocou os olhos no salário pago ao zelador da fonte.

De imediato, alertou aos demais e fez um longo discurso a respeito de como aquele velho estava sendo pago há anos, pela cidade.

E para quê? O que é que ele fazia, afinal? Era um estranho guarda da reserva florestal, sem utilidade alguma.

Seu discurso a todos convenceu. O Conselho Municipal dispensou o trabalho do zelador da fonte, de imediato.

Nas semanas seguintes, nada de novo. Mas no outono, as árvores começaram a perder as folhas.

Pequenos galhos caíam nas piscinas formadas pelas nascentes.

Certa tarde, alguém notou uma coloração meio amarelada na fonte. Dois dias depois, a água estava escura.

Mais uma semana e uma película de lodo cobria toda a superfície ao longo das margens.

O mau cheiro começou a ser exalado. Os cisnes emigraram para outras bandas. As rodas d'água começaram a girar lentamente, depois pararam.

Os turistas abandonaram o local. A enfermidade chegou ao povoado.

O Conselho Municipal tornou a se reunir, em sessão extraordinária e reconheceu o erro grosseiro cometido.

Imediatamente, tratou de novamente contratar o zelador da fonte.

Algumas semanas depois, as águas do autêntico rio da vida começaram a clarear. As rodas d'água voltaram a funcionar.

Voltaram os cisnes e a vida foi retomando seu curso.

* * *

Assim como o Conselho da pequena cidade, somos muitos de nós que não consideramos determinados servidores.

Aqueles que se desdobram, todos os dias, para que o pão chegue à nossa mesa, o mercado tenha as prateleiras abarrotadas; os corredores do hospital e da escola se mantenham limpos.

Há quem limpe as ruas, recolha o lixo, dirija o ônibus, abra os portões da empresa.

Servidores anônimos. Quase sempre passamos por eles sem vê-los.

Mas, sem seu trabalho, o nosso não poderia ser realizado ou a vida seria inviável.

O mundo é uma gigantesca empresa, onde cada um tem uma tarefa específica, mas indispensável.

Se alguém não executar o seu papel, o todo perecerá.

Dependemos uns dos outros. Para viver, para trabalhar, para ser felizes!

Pensemos nisso!"

Charles R. Swindoll
Fonte:http://www.momento.com.br/

15 de abril de 2015

Silencie a Voz que Tenta Derrubar Você por Agnaldo Barcaro


"Há muitas razões para você ter medo de tentar, muitas razões para falhar, muitas razões para desistir, muitas razões para voltar à sua concha e esperar a vida se esgotar. Aos poucos. Jogando fora um dia de cada vez.

Sim. Há muitas razões para acreditar naquela voz dentro da sua cabeça que tenta anular você, corromper seu potencial e convencê-lo de que é um desperdício tentar dar o próximo passo. Essa voz diz: ‘Para que escrever a própria história? Assista tevê, e viva a história de outros, coma mais e não se exercite, para destruir sua principal máquina de mudar seu mundo; esqueça o amor, anule-se’. Essas são algumas das mensagens que tentam derrubar você.

Há muitas razões para desistir. Todas, absolutamente todas, falsas. Os limites estão em você, não em regras criadas por outros. Nossa sociedade é dominada pela absurda ‘lei das médias‘. Se a maioria não consegue, tentam fazer com que você acredite que jamais conseguirá.


Aleijadinho não acreditava na voz interior que dizia, com toda a lógica do mundo, que ‘Aleijados não podem ser escultores’. Era lógico, mas era falso. Santos Dumont não acreditou nos compatriotas que insistiam em dizer ‘Que o homem não poderia voar com um veículo mais pesado que o ar’. Era lógico, mas era falso. Há muitas coisas nas quais você acredita, com lógica, mas que são absolutamente falsas.

É fácil inventar uma razão, um motivo aparentemente lógico, para qualquer coisa. Mas sua vida pode ser muito mais do que um amontoado de desculpas lógicas. Sua vida é muito mais do que qualquer razão para desistir de um sonho. Sua vida é muito mais do que seu passado ruim, suas experiências de dor e seus medos ancestrais. Sua vida é tudo o que ainda virá. Não importam os limites do seu passado, eles não existem mais. Seu futuro pode ser tudo o que você desejar. Escolha os companheiros de viagem… e vá.

Por isso, toda vez que escutar uma voz dentro de você dizendo ‘Você não é um pintor, então pinte sem parar, de todos os modos possíveis, e aquela voz será silenciada’, como afirmou Van Gogh, um dos maiores pintores da história. Substitua a palavra ‘pintor’ por engenheiro, jornalista, arquiteto, policial, mãe, professor, motorista, cantor, ator, escritor, uma pessoa próspera… ou o que você desejar. E acredite nisto: sua mente e seu corpo são obrigados a seguirem as suas decisões, suas ações e suas crenças.

Silencie para sempre a voz que tenta derrubar você."

Agnaldo Barcaro
Fonte:https://universonatural.wordpress.com

Você quer controlar tudo? por Robert Holden

"Os relacionamentos que você mais tenta controlar são os que mais são prejudicados. Controle é medo. Tentar controlar as pessoas que você ama revela antigas mágoas, antigas desilusões e antigas dores. O controle não assegura um relacionamento. Pelo contrário, o controle liquida a confiança, a intimidade, o romance, a espontaneidade e o crescimento. Não é possível controlar o amor incondicional. Você precisa abdicar do controle e do medo para ganhar o amor.

Nos relacionamentos, geralmente o controle causa conflitos de poder, desencantamento e rupturas tristes. Sempre que você tenta mudar alguém, você está tentando controlar essa pessoa. Sempre que você tenta fazer escolhas por essa pessoa, você está tentando controlá-la. Seu relacionamento não se baseia mais em amor e em respeito, mas em manipulação e dominação. Surge um conflito de poder, uma guerra, e ambos perdem – a menos que se abra mão do controle.

Renunciar ao controle é, de modo geral, o primeiro passo rumo a uma maior criatividade, inspiração e cura. No entanto, requer coragem.

Normalmente, o controle revela a tentativa de ‘fazer’ a vida por conta própria. Tem ranço de ego, de mentalidade estreita, de medo de mudança, até de medo do sucesso. Controle em demasia pode bloquear a recepção, a parceria, a sinergia e o crescimento. Pode isolá-lo de uma ideia melhor, de novos caminhos, de ajuda extra e de mais abundância. Pode deixá-lo limitado aos seus próprios pensamentos mesquinhos, e com isso você perde de vista o todo.

Como você pode saber se está aplicando controle em demasia? É simples. A sua vida não estará funcionando a seu favor. Onde o controle é excessivo, não há fluxo, não há abundância, não há alegria. O controle é o calcanhar-de-aquiles que você arrasta enquanto abre caminho pela luta, conflito e dor.

Sempre que você estiver exercendo um excesso de controle, pergunte-se: ‘Neste caso, o que poderia funcionar melhor que o controle? Afirme: ‘Deus é quem toma conta aqui’, ou algo similar."

Robert Holden
Fonte:https://universonatural.wordpress.com

14 de abril de 2015

Uma Pessoa Verdadeiramente Forte por Flávio Gikovate


"A gente costuma ouvir que uma pessoa é forte, que tem gênio forte, quando ela reage com grande violência em situações que a desagradam. Ou seja, a pessoa de temperamento forte só está bem e calma quando tudo acontece exatamente de acordo com a vontade dela.
 Nos outros casos, sua reação é explosiva e o estouro costuma provocar o medo nas pessoas que a cercam. Talvez essas pessoas sejam responsáveis por chamar o estourado de forte, porque acabam se submetendo à vontade dele. Ele é forte porque consegue impor sua vontade, quase sempre por conta do medo que as pessoas têm do seu descontrole agressivo e de sua capacidade para fazer escândalo.

Se pensarmos mais profundamente, perceberemos que as pessoas de “gênio forte” conseguem fazer prevalecer seus desejos apenas nas pequenas coisas do cotidiano. Elas decidirão a que restaurante os outros irão; a que filme o grupo irá assistir; se a família vai para a praia no fim de semana e assim por diante.

As coisas verdadeiramente importantes – a saúde delas e a das pessoas com quem convivem; o sucesso ou fracasso nas atividades profissionais, estudos ou investimentos; as variações climáticas e suas tragédias, como inundações, desabamentos e terremotos; a morte de pessoas queridas – não são decididas por nenhum de nós.

O que leva os de “gênio forte” a comportamentos ridículos: berram, esperneiam e blasfemam diante de acontecimentos inexoráveis, e contra os quais nada podemos fazer. Reagem como crianças mimadas que não podem ser contrariadas! Afinal de contas, isso é ser uma pessoa forte? É claro que não.

Querer mandar nos fatos da vida, querer influir em coisas cujo controle nos escapa, não é sinal de força, como também não é sinal de bom senso, sensatez e de uso adequado da inteligência.

Talvez fosse muito bom se pudéssemos influir sobre muitas coisas que são essenciais. Mas a verdade é que não podemos. Isso nos deixa inseguros, pois coisas desagradáveis e dolorosas podem acontecer a qualquer momento. E não serão nossos berros que impedirão nossos filhos de serem atropelados, nossos pais de morrerem, nossa cidade de ter enchentes ou desabamentos.

O primeiro sinal de força de um ser humano reside na humildade de saber que não tem controle sobre as coisas que lhe são mais essenciais. 
Sim, porque este indivíduo aceitou a verdade. E isso não é coisa fácil de fazer, especialmente quando a verdade nos deixa impotentes e vulneráveis.

O segundo sinal, e o mais importante, é a pessoa compreender que ela terá que tolerar toda a dor e todo o sofrimento que o destino lhe impuser. E mais – e este é o terceiro sinal -, terá que tolerar com “classe” e sem escândalos.

Não adianta se revoltar. Não adianta blasfemar contra Deus. Ser forte é ter competência para aceitar, administrar e digerir todos os tipos de sofrimento e contrariedade que a vida forçosamente nos determina. É não tentar ser espertinho nas coisas que são de verdade.

As pessoas que não toleram frustrações, dores e contrariedades são as fracas e não as fortes. Fazem muito barulho, gritam, fazem escândalos e ameaçam bater. São barulhentos e não fortes – estas duas palavras não são sinônimos!

O forte é aquele que ousa e se aventura em situações novas, porque tem a convicção íntima de que, se fracassar, terá forças interiores para se recuperar.

Ninguém pode ter certeza de que seu empreendimento – sentimental, profissional, social – será bem-sucedido. Temos medo da novidade justamente por causa disso.

O fraco não ousará, pois a simples ideia do fracasso já lhe provoca uma dor insuportável.

O forte ousará porque tem a sensação íntima de que é capaz de aguentar o revés.

O forte é aquele que monta no cavalo porque sabe que, se cair, terá forças para se levantar. O fraco encontrará uma desculpa – em geral, acusando uma outra pessoa – para não montar no cavalo. Fará gestos e pose de corajoso, mas, na verdade, é exatamente o contrário. Buscará tantas certezas prévias de que não irá cair do cavalo que, caso chegue a tê-las, o cavalo já terá ido embora há muito tempo.

O forte é o que parece ser o fraco: é quieto, discreto, não grita e é o ousado. Faz o que ninguém esperava que ele fizesse."
Flávio Gikovate
http://flaviogikovate.com.br/uma-pessoa-verdadeiramente-forte/

11 de abril de 2015

SOL NAS ALMAS... psicografia de Wagner Borges pelo espirito André Luis


"Amigo espiritualista, quando a depressão se aproxima e instala na sua consciência aquele clima mental cinzento e opressivo, é necessário reagir e acender a própria lâmpada interior.

É o que se denomina “sol na alma”.

É uma espécie de ponte de ligação oculta entre o encarnado e o plano extrafísico de sua verdadeira origem: o plano mental.

Muitos pesquisadores espiritualistas em suas correntes mais diversas afirmam, acertadamente, que no plano mental não existe o tempo nem o espaço. Isso é verdade, porém, muitos se esquecem de que o amor existe nesse plano, já que ele não depende nem do tempo e nem do espaço.

E é esse amor que você deve sintonizar para vencer a opressão que devora o seu otimismo e bem-estar.

Por isso, eleve o pensamento e tente criar a imagem de luz branca puríssima interpenetrando todo o seu corpo, mas especialmente no cérebro e no coração.

Acenda o sol na sua alma e tente ter mãos de luz, coração generoso e pés que caminham conscientemente.

A estrada da vida pode ser muito dura, mas se o nosso coração é generoso, tudo podemos compreender.

As pessoas podem ser ásperas, mas se as nossas mãos forem brilhantes, tocaremos a todos com grande luz.

São muitos os percalços, mas se tivermos a consciência limpa, usaremos o discernimento e descobriremos o mais sensato a fazer.

A caminhada na terra é cheia de espinhos, mas uma consciência espiritualizada, conectada com o plano mental, transforma-se em um farol de luz, ou melhor, no sol das almas.

Nos seus momentos de meditação ou de prece, procure pensar na luz branca que permeia todo o Universo e que é a base de toda vida. Essa luz é sutil, mas pode ser percebida se a sua lâmpada interior estiver acesa.

Pense naquele amor criativo que está a favor da evolução de todas as criaturas.

Pense que você vive em conjunto com bilhões de almas, encarnadas e desencarnadas. Todas são como você e têm um sol interior. Embora não pareça, todas buscam as mesmas coisas que você: amor, paz, crescimento e luz.

Grande parte dessas almas perdem-se nos desvarios humanos. Mergulham nos prazeres mundanos e se afogam no próprio orgulho, gerando com isso os entraves cármicos que os aprisionarão nas provas retificadoras do futuro.

Essas almas ferem os próprios irmãos de romagem evolutiva e, na verdade, estão ferindo a si próprias. São almas sombrias que se esqueceram do próprio sol interno e por isso rumam pelas várias vidas ao sabor das intempéries cármicas que as dominam.

Portanto, cabe a você, espiritualista consciente, acender o seu sol interior e emanar a luz, como verdadeiro sol nas almas.

Nós lhe esperamos com a luz na ação e com Jesus no coração."

André Luiz - 
(Dedicado ao espírito Rama) 
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges; Florianópolis, 19 de abril de 1995) 
Fonte:http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/329-sol-nas-almas


7 de abril de 2015

Quando falar é agredir por Flávio Gikovate


"Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito cuidadosas e delicadas quando expressam seu ponto de vista, especialmente sobre temas polêmicos. Alguns as julgam falsas e hipócritas, pois escolhem as palavras com o intuito de agradar o interlocutor. Resultado: desconfia-se de sua sinceridade.

Outros, porém, pensam de forma diferente. Acham que são espíritos mais atentos, preocupados em não ser invasivos e grosseiros. Tomam cuidado, sim, porque não gostariam, em hipótese alguma, de magoar a pessoa com a qual estão conversando.

Pode parecer também que o tipo mais espontâneo e sincero é mais veemente na defesa de suas ideias, enquanto o mais delicado tem menos interesse em fazer prevalecer seu ponto de vista, ficando sempre “em cima do muro”.

Embora muitas vezes tais considerações sejam verdadeiras, penso que não é tão simples fazer a avaliação da conduta mais adequada. Esse assunto não só envolve questões morais, mas diz respeito à eficácia da comunicação entre as pessoas.

Sob o aspecto moral, a preocupação com o outro se impõe sempre. Sermos honestos e sinceros não nos dá o direito de dizer tudo que pensamos. A franqueza pode ser prejudicial.
 Por exemplo, se uma pessoa, ao encontrar um amigo de rosto abatido, falar: “Puxa, como você está pálido! Até parece doente”, estará sendo sincera, mas tremendamente insensível.

A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.

Na prática, acredito que uma boa forma de avaliar uma ação é pelo resultado. Se o efeito for destrutivo, a ação será nociva, independentemente da “boa intenção” daquele que a praticou.

A tese de que devemos falar tudo o que pensamos é ainda mais indefensável quando o objetivo é facilitar o entendimento e a comunicação.

Indiscutivelmente o ser humano é vaidoso e, se sentir-se ofendido por alguma palavra ou atitude do outro, acabará desenvolvendo uma postura negativa em relação a essa pessoa.

Se alguém iniciar uma frase com expressões do tipo “Você não percebe nada”, “Qualquer idiota é capaz de compreender que…”, elas provocarão uma espécie de surdez imediata. Não ouviremos o resto do argumento ou então o ouviremos com o intuito de encontrar bons raciocínios para derrubá-lo.

Quando nos expressamos, é preciso ter extremo cuidado com as palavras, pois elas atingem positiva ou negativamente o interlocutor. 
No processo de comunicação, a recepção é tão importante quanto a emissão dos sinais. Temos que nos lembrar disso se quisermos agir de modo construtivo para nós e para os demais.

O descaso pelo “receptor” indica desrespeito moral e agressividade (voluntária ou não). Há pessoas que só têm interesse em mostrar como são perspicazes e brilhantes. Querem ficar por cima. Querem ensinar e não aprender. Despertam raiva, não admiração, pois a arte de seduzir caminha exatamente na direção oposta.

Um homem (ou uma mulher) atraente faz o outro se sentir bonito, legal e inteligente. Prefere dar atenção a repetir o tempo todo “Como sou bárbaro e maravilhoso”.

Qual a pessoa que gosta de se aproximar de alguém cujo objetivo principal é a autopromoção constante? 
Quem atura discursos intermináveis baseados num narcisismo oco? Praticamente ninguém.

O descaso pelo interlocutor é, a meu ver, fruto de um individualismo acirrado e oculta o desejo inconsciente de se dar mal na vida."

Flávio Gikovate
Fonte:http://flaviogikovate.com.br/quando-falar-e-agredir/

A Voz e o silencio pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco


"Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo.
Não há respeito pelo silêncio.

As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nos momentos de júbilo, nas comunicações fraternais.

Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição de ruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmonia interior.

As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmônicas para se apresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando os conflitos e as desordens emocionais dos seus autores.

Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos do lar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e das televisões.

Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nas conversações, nas atividades do dia a dia.

Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas.

* * *

A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana.

Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumento precioso, e de cujo uso dará contas à consciência cósmica que lhe concedeu admirável tesouro.

Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmonia as multidões, viveu cercado sempre pelas massas.

Sofreu-as, compadeceu-se delas, mas não se deixou aturdir pela sua insânia e necessidade.

Logo depois de as atender, recolhia-se ao silêncio, fugindo do bulício, a fim de penetrar-se mais pelo amor do Pai, renovando os sentimentos de misericórdia e de compreensão.

Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge na balbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das ações.

* * *

Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões e programações dignificantes em qualquer área do comportamento em que te encontres.

Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder a seriedade na multidão desarvorada e falante.

Os grandes sábios do cosmo sempre souberam silenciar.

Silenciar em oração perante as necessidades do outro. Silenciar em respeito ao sofrimento alheio.

Silenciar em consideração às ideias divergentes. Silenciar a vingança diante dos males recebidos.

É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes que sairão de nossa boca.

É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais irá encantar ouvintes numa sala de concertos.

É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos em melhorar, reformar e transformar.

Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que a balbúrdia e a loucura se instalem.

Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assim como o concertista o faz na interpretação de uma ópera.

A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também de silêncio."
Redação do Momento Espírita com base no cap.
Silêncio, do livro Jesus e vida, pelo Espírito 
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo 
Pereira Franco 

5 de abril de 2015

O Semeador por Jean-Yves Leloup


"Disse Jesus:
Eis que o semeador saiu a semear.
Encheu a mão e lançou as sementes.
Algumas caíram no caminho e tornaram-se alimento para os pardais.
Outras caíram entre os espinhos que sufocaram a semente e o verme a devorou.
Outras caíram em terreno pedregoso; aí não puderam lançar raízes na terra.
Outras caíram em terra excelente e produziram bom fruto em direção ao Céu.
Produziram sessenta em cento e vinte por medida."
Logion 9 - Evangelho de Tomé

Este logion faz lembrar a importância do terreno que recebe a semente. O crescimento do germe divino semeado em cada um de nós depende de nossa maneira de receber. O sentido da palavra varia segundo o ouvido que a escuta.
A semente, isto é, a informação criadora - é a mesma para todos; a variedade dos frutos deve-se ao terreno que a recebe.

O caminho simboliza a "vida habitual", a rua principal com suas atrações. A informação criadora recebida por uma consciência dispersa, distraída, não pode desabrochar, no homem não chega ao íntimo, não habita nossa profundidade; pode-se reduzir o Evangelho a uma conversação de salão, a uma tagarelice, a um produto de consumo ou diversão como outro qualquer..

A semente pode, igualmente cair entre os espinhos. O espinheiro simboliza a consciência crítica, analítica que caracteriza certos espíritos contemporâneos e que sufoca a espontaneidade da vida. Aí também, a informação criadora não pode se encarnar e se expandir.

O conhecimento de si, mencionado no Evangelho, não é introspecção, auto-análise perpétua que nos inibe e esteriliza. Trata-se de um estado de atenção ao que é - sem julgamento, "sem por que" dizia Meister Eckhart. O verme no meio dos espinhos que ameaça devorar é o narcisismo. A consciência, incessantemente voltada para si mesma, nos impede o próprio movimento do Logos em seu desenvolvimento essencial.

O terreno pedregoso no qual a semente não consegue penetrar simboliza na Bíblia a dureza do coração. - "O coração de pedra", aquele que se fecham que recusa as informações criadoras. A coisa mais grave que nos pode acontecer é "que nosso coração de carne se torne um coração de pedra". Muitas vezes, somos empedernidos porque temos medo. 

O próprio corpo se contrai, se fecha, se defende e segrega nos músculos uma estranha couraça. Confunde-se a dureza com força. A dureza exterior oculta a fragilidade ou moleza interior como a carapaça do camarão. Aquele que é sólido interiormente - que tem uma coluna vertebral - não precisa "brincar de durão"; pelo contrário, pode até mesmo mostrar-se terno, vulnerável, e acolher sem receio a informação criadora. 
Torna-se, assim, uma terra boa.

A terra boa é o coração lavrado - esse tema será tomado no Evangelho segundo Tomé. Lavrado pela ascese ou pelas provocações da vida, tornou-se menos empedernido, menos distraído, menos egocentrado. Esse longo trabalho retirou dele os espinhos e as pedras. Daqui em diante, está aberto as essencial e torna-se capaz de escutar e meditar a Palavra de Deus, a informação criadora que murmura em suas veias; 
então, o bom fruto do Despertar começa a se erguer."

Jean-Yves Leloup em O Evangelho de Tomé

2 de abril de 2015

O que aprendemos com a decepção? por Lingia Menezes de Araújo


"Compreendemos mal o mundo e depois dizemos que ele nos decepciona."~ Rabindranath Tagore

Viver por si só, já é uma imensa descoberta, pois a cada conquista nos descobrimos, a cada empenho, conversa, encontro e porque não dizer que podemos nos conhecer um pouco mais na decepção?

A vida é permeada de diversos sentimentos, sejam eles bons, ruins, construtivos ou ameaçadores. A todo o tempo, estamos pensando, sentindo e desejando mais. Na lista de predileções humanas, a decepção sentimento rejeitado, é colocado entre aqueles cujo sentido sempre amarga a experiência do vivenciar.

Assim, a decepção se faz presente por si mesma, pois ela faz parte da vida. Então, sem pedir licença, ou marcar horário, ela simplesmente se apresenta e muitas vezes, vem acompanhada por alguns sentimentos também resignados, como a tristeza, melancolia, mau humor, e alguns outros que aproveitam a viagem. Portanto, a decepção mal administrada prejudica a qualidade de vida, podendo gerar quadros de ansiedade e depressão.

Mas como vivenciá-la de forma diferente e desviar-se de uma posição enfraquecida diante à vida?

A decepção pode ser encarada como um impulso para ação, um despertar de uma motivação, um olhar diferente para o desejo e o desafio, ela pode vir a ser uma força construtiva. Ela, no final da historia , faz com que o homem entre em sua própria “caverna”, ou seja, reconheça a si mesmo e assim enxergue suas inseguranças, precariedades e incertezas.

O desapontamento pode ser encarado como oportunidade e porque não como crescimento? Pois, se vivêssemos em um estado constante de plenitude pouco saberíamos de nós mesmos, pouco melhoraríamos e teríamos a motivação para conquistar algo. É exatamente essa discrepância que nos permite alcançar algo novo.

Sem frustação não existe necessidade, não existe razão para mobilizar os próprios recursos, para descobrir a própria capacidade para se fazer alguma coisa que se tenha vontade.

Para lidarmos com nossas emoções de uma forma funcional e positiva precisamos aprender a lidar com nossas frustações, pois quando mais tivermos um conhecimento sobre nós mesmos, mais vamos conhecer sobre aquilo que nos provoca dor.

A mudança de postura diante de uma frustação acontece quando percebemos que precisamos mudar nossa forma de lidar com ela. Como dizia Jean-Jacques Rousseau, (1712-1778) filósofo, teórico político e escritor suíço… “Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins.” "


Lingia Menezes de Araújo
Psicóloga Clínica
Fonte:http://www.vidaplenaebemestar.com.br/bem-estar/saude-

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