15 de fevereiro de 2014

A inveja .... por Elisabeth Cavalcante ::


"A inveja é uma das manifestações mais comuns da sombra do ser humano. Ela tem como raiz uma baixa autoestima e uma autoconfiança débil.

Ao invés de tentar curar-se, o invejoso prefere mirar seu olhar sobre alguém que possui algo que ele, na visão distorcida que tem de si mesmo, julga lhe faltar: beleza, amor, inteligência, coragem, sensibilidade, sucesso ou dinheiro.

Geralmente, a relação do invejoso com a vítima de sua inveja começa com admiração. Mas, aos poucos, ele vai sendo dominado de tal maneira pela sua patologia, que passa então a tentar imitar ou copiar os talentos e dons do outro, ou a querer algo que supostamente aquele possui.

Sua ação é camuflada por uma falsa máscara de bondade. Mas também pode expressar-se de maneira explicitamente negativa através da crítica, da competição, da fofoca e da maledicência.

A inveja é uma das expressões da doença que Wilhelm Reich definiu como peste emocional. Valores como amizade, sinceridade, ética, lealdade e respeito pelo sentimento alheio inexistem para o invejoso. 

Ele sofre de um distúrbio de caráter, e age de modo inconsequente, pois é totalmente direcionado pelo egoísmo e pelo individualismo. É um vampiro energético, que busca roubar a luz alheia, pois vive na escuridão.

Mas, como tudo o que é falso não tem duração no tempo, a sua ação, mais ou cedo ou mais tarde, é desmascarada e a verdade se impõe de maneira inexorável, pela justiça da vida.

Ainda que seja doente, não há como ter complacência com essa espécie de pessoa, é preciso eliminá-la de nossa vida de maneira radical, como fazemos com as ervas daninhas, para evitar que envenenem nosso jardim."
Elisabeth Cavalcante 


"Uma pessoa tem que ser capaz algumas vezes, de não ser gentil. Grande bondade é a capacidade de ser gentil e de não ser, ambos. Grande bondade é a capacidade de ser duro também.

Se a sua bondade é tal que você não possa ser de outra forma, então não é força, é fraqueza. Se você não pode agir de outra forma, isso significa simplesmente que você está fixado, você não é fluido. Às vezes é necessário ser duro". 

Osho
Fonte:http://www.stum.com.br/ta13520

14 de fevereiro de 2014

Cultivando sua boa energia por Andrea Pavlovitsch


"Tenho um amigo sortudo. Sabe daqueles sortudos mesmo? Eu acho que a lua estava mesmo voltada pro bumbum dele quando ele nasceu, porque não é possível. Pior não é isso, pior é que ele é conhecido por ser vagabundo, boa vida, aqueles que não quer nada com nada. Mas, coincidência, ele é o cara que mais conhece coisas boas.

Já conheceu gente famosa em festas que ele não pagou (porque um amigo arrumou o convite e tal), já viajou de graça e até recebendo dinheiro por isso, sem nem ter ido atrás. Enfim, várias histórias que mostram que uma coisa ele tem: uma excelente energia.

Todo mundo gosta dele. Todo mundo acha ele legal, bacana, sensível. Não sei se é pra tudo isso (ele não é meu amigo íntimo), mas pelo menos ele convence. E assim as portas do mundo vão se abrindo para ele com um belíssimo tapete vermelho. E ele só aproveitando!

Quantas vezes você já se pegou criticando a vizinha perua, que vive pra lá e pra cá só com o dinheiro do marido e nem almoço faz em casa? Sua "dona de casa" interior fica passada, como é isso? Ou então aquela colega do trabalho que só faz tipo e vive ganhando promoções e aumento. E você lá, pagando o mínimo do cartão há 6 meses e nada. Dá um ódio dessa gente que simplesmente se dá bem.

Pois é, e eu analisando tudo isso,né? Pensando por que não é como a mamãe e o papai ensinaram? Se você for uma boa menina, você será recompensada. Se for um bom garoto, terá privilégios quando todo mundo sabe que não, não é assim. Não são os bonzinhos ou as fadinhas que se dão bem, são as pessoas que tem um boa energia.

E como manter uma boa energia? 
A primeira coisa, e a principal, é aceitar quem você é. Aceitar mesmo, você como um todo, no geral.
 Não estou falando de "ah, eu aceito porque até que sou legal" não.
 É aceitar as suas sacanagem, os seus mal pensamentos, os seus preconceitos. A sua má educação, sua má conduta.
 As vezes que mentiu e que continuará mentindo, todas as vezes que fingiu algo que não era verdade, aceitar plenamente. 
E saber que sim, você tem tanto direito de estar em qualquer lugar quanto qualquer outra pessoa.

Quando eu penso: ah, mas eu não poderia ser o presidente de uma empresa (por exemplo) ou um cantor de rock porque eu nasci na periferia, ou porque eu sou feio, ou qualquer outra coisa. Então, isso é não se aceitar. Isso é colocar uma condição para sua vida acontecer. De cara você já breca o que o Universo poderia te oferecer. 
Aí, um dia, abre uma vaga de presidente e você nem se candidata né, porque, eu sou tão pouco.

Quando a gente se acha pouco, a vida nos acha pouco e os outros nos acham pouco. 
É aquela velha história de achar tanto que é uma coisa que as pessoas na rua começam a te apontar isso. Eu tenho uma amiga que,no passado, tinha um bumbum avantajado (ela já eliminou o "problema") e tinha muita, muita raiva disso. Odiava aquele bumbum (imagina, no Brasil, a paixão nacional?) e cada vez que ela saía na rua ela ouvia comentários maldosos do tipo "oh bundão" das pessoas. Até as senhorinhas tinham vontade de falar do bumbum dela. Pois bem, um dia ela aceitou o seu bumbum. Pensou "ah, que se dane também, eu não sou um bumbum, eu sou uma pessoa".
 E falou isso lá no fundo de si mesma, falou com a alma e com o coração. O que aconteceu? Apesar do bumbum ser o mesmo, ela nunca mais ouviu nenhum comentário maldoso sobre isso. Prova concreta que as pessoas só reagem à nossa energia e não à nossa aparência física, seja lá ela qual for.

E é ótimo ser bonito, claro. Por que? 
Porque ser bonito faz com que você se aceite mais fácil e faça sua energia ficar boa. Algumas pessoas são lindas e não sabem, não se reconhecem. Não se amam num grau que nem se Deus em pessoa descer e disser isso elas vão aceitar. Então não adianta, meu bem.

A energia é algo muito sutil e tem a ver com nossos pensamentos. Tem a ver com a maneira como vemos o mundo, como analisamos as coisas. Se analisando com o cabeça boa, para o bem, ela cria uma energia boa. Mas se analisamos para o mal, com a cabeça cheia de mágoa e ressentimento, cheio de dó de nós mesmos, aí ela cria só energia ruim.

A sorte é isso. O prazer é isso. A atração que exercermos sobre as pessoas é isso. Ser sensual é ser energeticamente agradável, ter um não-sei-que que faz com que você não desgrude os olhos da pessoa.

Então, ao invés de olhar o que o outro tem, cuide de você. Trate de mudar a sua energia, trate de se sentir melhor com você mesmo porque só isso, só assim atrairá coisas boas pra si mesmo. E olha, eu já testei, e dá certo mesmo!

E lembre-se sempre do famoso provérbio "Cuide do seu jardim, que as borboletas virão até você".

Andrea Pavlovitsch
Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=24236


O medo da liberdade... por OSHO


"Olhe uma rosa: ela é bela, mas não existe liberdade alguma de florescer ou não florescer. Não existe problema, não existe escolha. A flor não pode dizer, "Eu não quero florescer", ou "Eu me recuso". Ela nada tem a dizer, nenhuma liberdade. É por isso que a natureza é tão silenciosa (...).

Com o surgimento do homem, pela primeira vez aparece a liberdade. O homem tem a liberdade de ser ou não ser. Por outro lado, surge a angústia, o medo de que ele possa ou não ser capaz, medo do que vai acontecer. Existe um tremor profundo. Todo momento é um momento em suspense. Nada é seguro ou certo, nada é previsível com o homem: tudo é imprevisível. 

Nós conversamos a respeito da liberdade, mas ninguém gosta de liberdade. Nós falamos sobre liberdade, mas criamos escravidão. Toda liberdade nossa é apenas uma troca de escravidão. Nós seguimos mudando de uma escravidão para outra, de um cativeiro para outro.

Ninguém gosta de liberdade porque liberdade cria medo. Com a liberdade você tem que decidir e escolher. Nós preferimos pedir a alguém ou a alguma coisa para nos dizer o que fazer – à sociedade, ao guru, às escrituras, à tradição, aos pais. Alguém deve nos dizer o que fazer: alguém deve mostrar o caminho, para que possamos seguir – mas nós não conseguimos nos mover por nós mesmos. A liberdade existe, mas existe o medo.

É por isso que existem tantas religiões. Não é por causa de Jesus, de Buda ou de Krishna. É por causa de um enraizado medo da liberdade. 
Você não consegue ser simplesmente um homem. Você tem que ser um hindu, um muçulmano ou um cristão. 
Apenas por ser um cristão, você perde a sua liberdade; sendo um hindu, você não é mais um homem – porque agora você diz, "eu seguirei uma tradição. Eu não vou caminhar no inexplorado, no desconhecido. Eu seguirei num caminho bem marcado com pegadas. Eu caminharei atrás de alguém; eu não seguirei sozinho. 
Eu sou um hindu, assim eu seguirei com uma multidão; eu não caminharei como um indivíduo. Se eu me mover como um indivíduo, sozinho, haverá liberdade. Então, a todo momento eu terei que decidir, eu terei que gerar a mim mesmo, a todo momento estarei criando a minha alma. E ninguém mais será responsável: somente eu serei o responsável final."

Nietzche disse ‘Deus está morto e o homem está totalmente livre.’ Se Deus está realmente morto, então o homem está totalmente livre. E o homem não tem tanto medo da morte de Deus: ele tem muito mais medo da sua liberdade. 
Se existe um Deus, então tudo está bem. Se não existe Deus, então você foi deixado totalmente livre – condenado a ser livre. Agora faça o que você gosta e sofra as consequências, e ninguém mais será responsável, só você. 

Erich Fromm escreveu um livro chamado "O Medo da Liberdade". Você se apaixona e começa a pensar em casamento. 
O amor é uma liberdade; o casamento é uma escravidão. Mas é difícil encontrar uma pessoa que se apaixona e não pense imediatamente em casamento.Existe o medo porque o amor é uma liberdade. O casamento é uma coisa segura; nele não existe medo. O casamento é uma instituição – morta; o amor é um evento – vivo. Ele se move; ele pode mudar. O casamento nunca se move, nunca muda. Por causa disso o casamento tem uma certeza, uma segurança.

O amor não tem certeza nem segurança. O amor é inseguro. A qualquer momento ele pode sumir de vista da mesma forma como apareceu do nada. A qualquer momento ele pode desaparecer! Ele é muito sobrenatural; ele não tem raízes na terra. Ele é imprevisível. Por isso, "é melhor casar. Assim, fincamos raízes. Agora esse casamento não vai evaporar no nada. Ele é uma instituição!" 

Em toda situação – exatamente como no amor –, quando encontramos liberdade, nós a transformamos em escravidão. E quanto mais cedo melhor! Assim nós podemos relaxar. Por isso, toda história de amor termina em casamento. "Eles se casaram e viveram felizes para sempre."

Ninguém está feliz, mas é bom terminar a história ali porque em seguida vai começar o inferno. Por isso toda história termina no momento mais bonito. E qual é esse momento? É quando a liberdade se torna escravidão! E isso não é apenas com o amor: isso é com tudo. Assim o casamento é uma coisa feia; é provável que venha a ser. Toda instituição tende a ser uma coisa feia porque ela é apenas um corpo morto de algo que um dia foi vivo. Mas com uma coisa viva, a incerteza provavelmente estará presente.

"Vivo" quer dizer que pode mover, pode mudar, pode ser diferente. Eu amo você; no próximo momento eu posso não amar. Mas se eu sou o seu marido, ou sua esposa, você pode ter a certeza de que no próximo momento eu também serei seu marido, ou sua esposa. Isso é uma instituição. Coisas mortas são muito permanentes; coisas vivas são momentâneas, mutáveis, estão num fluxo.

O homem tem medo de liberdade, mas a liberdade é a única coisa que faz de você um homem. Assim, nós somos suicidas – ao destruir nossa liberdade. E com essa destruição nós estamos destruindo toda nossa possibilidade de ser. Então você acha que ter é bom porque ter significa acumular coisas mortas. Você pode continuar acumulando; não existe um fim para isso. E quanto mais acumula, mais seguro você fica. 

Eu digo que agora o homem tem que caminhar conscientemente. Com isso eu quero dizer que você tem que estar consciente de sua liberdade e também consciente de seu medo da liberdade. 

Como usar essa liberdade? A religião nada mais é do que um esforço no sentido da evolução consciente, em saber como usar essa liberdade. O esforço de sua vontade agora é significativo. Qualquer coisa que você esteja fazendo não voluntariamente é apenas parte do passado na escala da evolução. O seu futuro depende de seus atos com vontade. Um ato muito simples feito com consciência, com vontade, dá a você um certo crescimento – ainda que seja um ato comum.

Por exemplo, você resolve jejuar, mas não porque você não tem comida. Você tem comida; você pode comê-la. Você tem fome; você pode comer. Você resolve jejuar: isso é um ato voluntário – um ato consciente. Nenhum animal pode fazer isso. Um animal jejua algumas vezes, quando não existe fome. Um animal terá que jejuar quando não existir alimento. Mas somente o homem pode jejuar quando existe ambos: a fome e o alimento.
 Isso é um ato voluntário. Você usa a sua liberdade. A fome não consegue incitar você. A fome não consegue empurrar você e o alimento não consegue puxar você.

Esse jejum é um ato de sua vontade, um ato consciente. Isso dará a você mais consciência. Você sentirá uma liberdade sutil: livre do alimento, livre da fome – na verdade, no fundo, livre do seu corpo, e ainda mais fundo, livre da natureza. A sua liberdade cresce e a sua consciência cresce. 

Na medida que sua consciência cresce, a sua liberdade cresce. Elas são correlacionadas. Seja mais livre e você será mais consciente; seja mais consciente e você será mais livre."

OSHO

13 de fevereiro de 2014

Como deixar de absorver as energias negativas de outras pessoas.. de Flávia Sant Anna


"Liberdade emocional significa aprender como permanecer centrado em um mundo estressante e emocionalmente sobrecarregado. Desde que emoções, tais como o medo, a raiva e a frustração são energias, você pode potencialmente "captá-las" de pessoas, sem que perceba isto. Se tende a ser uma esponja emocional, é vital que saiba como deixar de assumir as emoções negativas de um indivíduo.

 Outra mudança é esta ansiedade crônica, depressão ou stress que podem transformá-lo em uma esponja emocional, esgotando as suas defesas. Subitamente, você se torna intensamente sintonizado com os outros, especialmente aqueles com dor semelhante. É assim que funciona a empatia: nós nos concentramos em questões polêmicas, que não estão resolvidas para nós mesmos. A partir de um ponto de vista energético, as emoções negativas podem se originar de várias fontes. O que você pode estar sentindo pode ser seu; pode ser de outra pessoa, ou pode ser uma associação. Eu explicarei como saber a diferença e fortalecer estrategicamente as emoções positivas, para que não assuma a negatividade que não lhe pertence. 

Aqui estão algumas estratégias da Liberdade Emocional para que sejam praticadas. Elas o ajudarão a deixar de absorver as emoções de outras pessoas. Etapa da Ação Emocional: Como permanecer centrado em um mundo estressante Para desligar-se das emoções negativas de outras pessoas: 

Primeiro, pergunte-se: O sentimento é meu, ou de outra pessoa? Poderia ser de ambos. Se a emoção, como o medo, ou a raiva, for sua, gentilmente confronte o que está causando isto em você, ou com a ajuda de um profissional. Se não, tente identificar o gerador óbvio. Por exemplo, se você já assistiu a uma comédia, mas chegou em casa se sentindo deprimido, pode ter incorporado a depressão das pessoas sentadas ao seu lado. Quando há muita proximidade, os campos de energia se sobrepõem. O mesmo acontece quando se vai a um shopping ou a um concerto lotado. 

Quando possível, distancie-se da fonte suspeita. Afaste-se pelo menos sete metros de distância e veja se sente alívio. Não peque, querendo não ofender outros estranhos. Em um local público, não hesite em mudar de lugar, caso tenha uma sensação de depressão imposta a você. 

Por alguns minutos, concentre-se em sua respiração. Isto o conecta com a sua essência. Continue expirando a negatividade e inspirando a calma. Isto o ajuda a se ancorar e a purificar o medo, ou outras emoções difíceis. Visualize a negatividade como uma névoa cinzenta se elevando do seu corpo, e a entrada da esperança, como uma luz dourada. Isto pode produzir resultados rápidos. Emoções negativas, tais como o medo, frequentemente se apresentam em seu centro emocional, no plexo solar. Coloque lá a palma de sua mão, enquanto continua enviando bondade amorosa a esta área, a fim de liberar o stress. Para a depressão, ou a ansiedade de longa data, use este método diariamente para fortalecer este centro. É reconfortante e constrói uma sensação de segurança e de otimismo. 

Proteja-se - Uma forma acessível de proteção que muitas pessoas usam, incluindo os curadores com pacientes difíceis, envolve a visualização de um envoltório de luz branca (ou qualquer cor que sintam que confere poder), ao redor de todo o seu corpo. Pense nisto como um escudo que bloqueia a negatividade ou o desconforto físico, mas permite que o que seja positivo se infiltre. 

Procure pessoas e situações positivas. Chame um amigo que vê o bem nos outros. Passe algum tempo com algum colega que afirme o lado positivo das coisas. Ouça pessoas esperançosas. Ouça a fé que eles têm em si mesmos e nos outros. Saboreie palavras de esperança, canções e formas de arte. 

A esperança é contagiosa e elevará o seu humor. Continue a praticar estas estratégias. Você não tem que reinventar a roda, a cada vez que estiver com uma sobrecarga emocional. Com estratégias, você poderá ter réplicas mais rápidas para situações estressantes, se sentir mais seguro e a sua sensibilidade poderá desabrochar."

Fonte:http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=31378

11 de fevereiro de 2014

Sinais de Autoconhecimento...por Chris Almeida


"Tenho insistentemente alertado em meus vídeos e artigos sobre a necessidade de cultivarmos o autoconhecimento. Mas como saber se uma pessoa é conhecedora de si?
Pelos sinais que ela revela.

Uma pessoa com autoconhecimento “está bem” onde ela está. Ou seja, não se sente “deslocada” ou “perdida”. Não se lamenta pelo fato de ainda “não estar lá” ou “não ter chegado lá”. Sabe que tudo tem o seu tempo.
...Também sabe planejar e criar objetivos. Porém, vive sem medo, sem preocupação ou fixação seja com o passado ou com o futuro.
Tem sua atenção focada no presente.

É capaz de parar e se aquietar sempre que assim o desejar.
Tendo resolvido suas próprias neuroses e conflitos internos não projeta mais estas perturbações nos outros.
 Portanto, é uma pessoa de fácil convivência. Não costuma ser um peso ou uma inconveniência para ninguém.
Consegue encontrar oportunidades (e aproveitá-las) o tempo todo. 
Porque entendeu que, no fundo, não existe aquilo que a maioria das pessoas chama de “problema”. Entendeu que tudo é uma possibilidade. Sabe que cada adversidade é uma semente de novas oportunidades.

Tem sua autoestima bem desenvolvida. Aprendeu a valorizar aquilo que carrega do lado de dentro. Ela SABE quem É e está tranquila com isto, independente das opiniões ou julgamentos alheios.
Não tem necessidade de julgar nem condenar ninguém.
 É alguém que já avaliou e compreendeu sua própria história pessoal. Sabe que ninguém é 100% o mocinho ou o bandido. 

Entende que todas as ações são consequências de experiências e conhecimentos previamente adquiridos. Pode não concordar, mas respeita o momento do outro.
 Sabe que cada pessoa está num diferente nível evolutivo e aprendeu a levar isto em conta.
Seria oportuno que você lesse as descrições acima repetidas vezes, procurando detectar quais seriam os aspectos mais evidentes (e os mais ausentes) que você percebe em você mesmo.
E compartilhe este artigo com as pessoas que você ama.
Sucesso e Felicidade Para Você!"

Chris Almeida
Fonte:http://passarinhosnotelhado.blogspot.com.br/


A verdadeira força está em compreender e aceitar a dor emocional ...por Miguel Lucas


..."Inevitavelmente todos nós passamos por alguns momentos difíceis na nossa vida. Frustrações, perdas e deceções oriundas de várias situações que enfrentamos e temos de lidar causam-nos dor emocional.
 Empurram-nos para baixo, afetam-nos negativamente o nosso dia a dia. Vamos sentindo um enorme pesar, sentimos o nosso bem-estar a ser afetado e por vezes sentimo-nos infelizes. Quando chegamos ao ponto de ver a nossa felicidade a esfumar-se, a carga emocional negativa aumenta e tudo nos parece um enorme tormento.

 Na grande maioria das vezes o sofrimento instala-se pelo fato de não compreendermos e aceitarmos a dor emocional. Não me refiro a aceitar no sentido de gostarmos, desejarmos ou de forma passiva adaptarmo-nos a esse sentimento negativo. Não, não é isso. O que pretendo demonstrar neste artigo, é que, a dor emocional é muito mais uma avaliação que a pessoa faz de acordo com as suas crenças, expectativas e desejos, do que propriamente algo que só por si gera sofrimento.

FICAR TRISTE NÃO SIGNIFICA SER-SE FRACO

Por vezes quando passamos por uma dificuldade na vida, em que o nosso humor diminui e perdemos a vontade para grande parte das coisas, há algumas áreas em que conseguimos ter a perceção de que temos de ser fortes.
 Temos de ser forte pelos filhos, pelos amigos, pelo parceiro. Construímos esta ideia de que ser forte significa não ficar triste, abatido ou com o humor diminuído.

A tristeza é parte da vida, sem exceções para ninguém. No entanto essa tristeza que é comum a todos nós, tem vindo a ser repudiada, odiada e mal amada. 
Muitos de nós temos que fingir uma vida em que negar a tristeza é mais admirável ou aceite do que reconhecer a tristeza como um fato. Sentir tristeza quando algo menos bom, terrível ou catastrófico está acontecendo é apropriado e verdadeiro. 

É claro que se eu tiver a passar por um momento difícil não seria apropriado deitar-me no chão e chorar desalmadamente na frente dos meus filhos, mas mostrar-lhe que um adulto pode suportar a sua tristeza e recuperar-se é uma lição importante para eles aprenderem..."

Miguel Lucas
Fonte:http://www.escolapsicologia.com/a-verdadeira-forca-esta-em-compreender-e-aceitar-a-dor-emocional/

Não se deixe arrastar pela sombra coletiva por André Lima


"Cada um de nós carrega uma sombra individual. Essa sombra é formada pela negatividade que nós carregamos. São emoções, pensamentos, crenças e sentimentos negativos que nós acumulamos durante a vida: medo, culpa, raiva, tristeza, mágoa, abandono, rejeição, frustração...

Cada emoção negativa age como se fosse uma entidade de energia que tem vida própria, e nos usa para se alimentar, toma conta dos nossos pensamentos e nos leva a agir de uma forma que traz mais sofrimento para nós e pra outras pessoas. Você já falou algo que não devia no momento da raiva? Aquele impulso que o levou a dizer o que você não gostaria de ter dito é justamente a força inconsciente da raiva que você guarda, ela age como se fosse um ser que se apossa de você. É rápido e sorrateiro, e quando você menos espera, já falou ou fez o que deveria.

No caso da raiva, é gerado um impulso onde age, partindo pra cima, seja com palavras, seja com ações. Tem outras emoções que geram um movimento de se curvar, se esconder, e você deixa de fazer o que seria melhor pra você. Se você guarda uma culpa por não dar atenção a seu filho, você pode agir de forma permissiva com ele para compensar e, assim, você deixa de dar limites que seriam necessários.
 É a "entidade culpa" tomando decisões por você.
 As emoções negativas nos fazem perder o controle da nossa vida, eles dizem o que devemos fazer e o que não devemos, e acabamos obedecendo a essa negatividade de forma inconsciente.

Essas energias se juntam dentro de nós e formam um corpo energético maior que algumas pessoas chamam de sombra. Quanto mais emoções negativas, mais pesada e intensa a sombra se torna. Isso leva a mais pessimismo, depressão, ansiedade e menos paz interior, menos sabedoria pra lidar com a vida. E as consequências se refletem em todas as áreas da nossa vida.

Além desse corpo de energia psíquica que nós carregamos individualmente, essa energia se conecta com a sombra das pessoas ao nosso redor, e forma uma entidade maior. Isso acontece dentro da família e se forma uma sombra familiar. Essa sombra familiar também quer se alimentar e crescer. Então, ela vai utilizar os membros da família para criar conflitos.

Observe o que acontece quando um membro de uma família que tem sérios problemas emocionais tenta melhorar, buscar autoconhecimento e sair do padrão familiar. Normalmente, a família fará de tudo para sabotar o crescimento daquela pessoa. A sombra coletiva não quer perder força e ela vai agir para não perder um membro. Isso vai dar oportunidade para gerar mais conflitos e aumentar ainda mais a sombra do grupo.

Além da sombra familiar, existe uma sombra ainda mais ampla que se forma a partir da conexão da negatividade das pessoas de uma sociedade. Existe, então, a sombra da vizinhança do bairro, da cidade, do estado, do país e da humanidade inteira. São corpos de energia que se juntam e formam uma entidade maior. É como o nosso corpo. Ele é formado por várias células, que formam tecidos, que formam órgãos e as partes do nosso corpo. Somo um organismo maior, formado por vários outros menores.

A sombra tem uma força, um poder de atuação dentro de nós, conforme eu já falei. Esse poder que a sombra tem é amplificado de uma forma muito maior quando há a formação de uma sombra coletiva. O poder das sombras individuais não é somado; ele é, na verdade, multiplicado, levando um grupo ou até mesmo uma sociedade inteira a agir de uma maneira insana. Isso já aconteceu no passado na história do mundo, nos extermínios em massa, e ainda acontece hoje nas guerras e conflitos que existem no planeta.

Um exemplo mais comum de ampliação da força da sombra é o que acontece quando há brigas em estádios de futebol. Muitas daquelas pessoas que se envolvem no conflito e cometem crimes violentos são normalmente pacíficas no dia a dia. Não seriam capazes de agredir um ser humano e chutar alguém que estivesse caído no chão na sua vida cotidiana. Mas, quando estão em grupo, a força da sombra individual é multiplicada e essas pessoas se deixam possuir por uma violência que jamais seriam capazes de praticar se estivessem sozinhas.

A mesma coisa ocorre em protestos e manifestações. As pessoas que já têm uma sombra individual mais intensa ficam muito mais suscetíveis a cometer atos de violência e vandalismo que elas talvez jamais praticariam individualmente.

E nessas horas não adianta apelar para o racional. Quando a sombra se apossa, o melhor a fazer é sair de perto para se proteger. Isso serve tanto para quando você está diante de uma multidão enlouquecida como também quando está diante de uma pessoa tomada pela emoção. Não espere que essas pessoas acordem e tenham compreensão naquele momento. Elas estão tomadas por uma intensa energia que está em plena atividade.

Também não adianta se revoltar contra. Aliás, a energia da revolta já é contaminação da sua energia. A sombra de outras pessoas está ativando em você sentimentos de raiva que podem levá-lo a pensar e agir de forma violenta, justamente tudo que você era contra. Você queria a paz e, de repente, você perdeu essa paz e acaba contribuindo ainda mais para o conflito, e isso só alimenta mais a sombra.

A sombra coletiva se apossa de tal forma de uma sociedade inteira que se arranjam inúmeras razões para apoiar uma guerra ou ação violenta contra outros povos. O inconsciente coletivo é todo afetado, as pessoas passam a apoiar coisas absurdas. Só depois que o tempo passa é que a história mostra o quão absurdos foram os pensamentos e ações de uma determinada sociedade. Esse reconhecimento posterior acontece por que as pessoas que estão analisando agora não estão mais sob a influência negativa da energia da sombra que existia antes naquela sociedade.

A melhor forma de ajudarmos a curar a sombra coletiva é curando a nossa sombra individual. Quanto mais você cura suas emoções e pensamentos, menos será um agente contribuidor da negatividade da humanidade. Você passa a ser um ponto de lucidez dentro da loucura coletiva. E quanto mais pontos de lucidez tivermos, ou seja, quanto mais pessoas lúcidas, mais a sombra coletiva se enfraquecerá.

Como forma de contribuir, gravei um vídeo onde ensino uma técnica muito poderosa que leva a limpeza de emoções e pensamentos negativos em poucos minutos. É um método simples e muito eficaz, amplamente utilizado e recomendado por nomes como Louise Hay (Você pode curar sua vida), Bruce Lipton (A Biologia da Crença), Joe Vitale (Limite Zero - ho oponopono) e outros que trazem alívio e muita paz interior: Como Eliminar Pensamentos e Sentimentos Negativos em Minutos

Da mesma forma que acontece o fenômeno da contaminação da negatividade, quando houver um número suficiente de pessoas lúcidas, essa lucidez vai se espalhar com rapidez e intensidade pelo planeta. Mas o número de pessoas conectadas com a negatividade ainda é grande, por isso ainda temos muito trabalho pela frente."

Andre Lima
Fonte:http://www.stum.com.br/tc37716

7 de fevereiro de 2014

Abandone a postura de vitima.. por Babi Puck


"Aquele que acredita em si mesmo já trilhou metade do caminho.
Não existe fatalidade.
Não se culpe pelas tristezas e revoltas, suas e alheias.
Esqueça esse sentimento de culpa!

Existem muitas coisas nessa vida das quais levamos muito tempo para aprender, mas que esteja bem claro que não existe fatalidade, não existe acaso, não existe nada que não tenha um lado bom.

As pessoas saem de um extremo para o outro ou recusam-se a mudar temendo que essa seja a única saída quando, na verdade, tudo que precisamos é nos equilibrar.

Algumas pessoas são rígidas, orgulhosas, de gênio difícil, culpam as pessoas pelos seus atos e fracassos tentando sentir-se bem de maneiras erradas. Outras derramam suas lágrimas, fazem cenas dramáticas colocando-se no papel de vítima, alegando injustiça não querendo enxergar o padrão das Leis Universais.

Enquanto umas reprimem lágrimas querendo ser forte torturando-se por dentro, outras choram desesperadamente fixando a idéia de que é bom mostrar ser uma pessoa que tem sentimento.

Ser forte não significa ser insensível. Derramar lágrimas não trará o que você quer.

Sejamos humildes aceitando os nossos erros com flexibilidade, compreendendo a lei da atração e aprendendo a modificar a própria conduta para aperfeiçoar-se e estabilizar a emoção positiva.

Aprenda que querer que as pessoas parem suas vidas para te acolher e confortar é egoísmo, pois elas também tem seus problemas, suas dores, suas aprendizagens em andamento.

Entenda que enquanto persistir em ter auto-piedade, você continuará a atrair energias tão pobres quanto a que emanou.
Veja que as pessoas procuram confiança, persistência, esperança, coragem, garra, autenticidade. Elas querem alguém para reerguê-las e ensiná-las para que elas também possam fazer o mesmo.

Na escuridão, aquele que irradiar luz estará cercado tanto de pessoas, energias e situações positivas quanto negativas.
Por que lá no fundo do coração da pessoa que te ama ela quer sorrir contigo, e no fundo do coração da pessoa que te odeia, ela não entende como você chegou lá e se projeta tentando mudar a si mesmo sem entender que somos reflexos uns dos outros.

Ensine, levante, sorria e aceite as condições que a vida anda te fornecendo. Hoje você tem outras maneiras de pensar e o seu futuro será maravilhosamente bom se você evitar deslizar-se, se você ver o lado bom das coisas que acontecem.

Não queira piedade, acolhimento, reconhecimento, elogios. Isso é carência, falta de amor próprio.
Ame-se e crie forças para conquistar as pessoas dando-lhes amor e respeito.
Deixe a postura de vítima para as pessoas que ainda não conhecem o verdadeiro propósito da vida.
Mude-se agora!

Mesmo que seu dia seja péssimo, sorria!
Quando você abre um sorriso, enzimas são liberadas no cérebro e correm por todo o seu corpo contagiando e emanando a alegria de viver.

Mesmo que você esteja triste, diga que está bem!
Palavras doces, objetivas, cheias de carinho e confiança também são frequências vibracionais positivas emanas que terão retorno.

Consegue ver o seu poder de transformação?
Quantas pessoas você já ajudou? Quanto você lutou?
Você conseguiu chegar até aqui. Mereça! Dê o prazer a si mesmo de estar feliz, de estar em paz.

Agora, acredite em si mesmo. Levante-se e vá a batalha, prepare-se para compartilhar tudo o que você aprendeu.
Doe-se, doe seu amor sem olhar a quem. Lembre-se de que você já errou, de que sempre será aprendiz.

Mas você não é a vítima. Você é guerreiro(a) e está preparado(a) para o desafio da vida!
Avante, caro(a) leitor(a)!

“Volta teu rosto sempre na direção do sol e, então, as sombras ficarão para trás.”

Babi Puck – Universo Afinidade
Fonte:http://thesecret.tv.br/2014/02/abandone-postura-de-vitima/

3 de fevereiro de 2014

Você está preso em hábitos de auto sabotagem?.. por Dawn Allen


"Como você está cuidando de si mesmo? Você tem tempo para si, ou há tantas distrações em sua vida que você é o último da lista de sua agenda lotada?

Se não estamos tendo tempo para nós mesmos, é difícil para nós, darmos amor a outra pessoa , porque ficamos sem energia. Se não há mais nada para nós, com certeza não haverá nada para mais ninguém!

Chegar à raiz do motivo pelo qual você não está tendo tempo para si mesmo é o primeiro passo para mudar o seu comportamento. Se nós realmente valorizamos a nós mesmos, encontramos o tempo para fazer o que é importante para nós. Mas isso pode ser um desafio quando temos tantas outras influências que comprometem nosso tempo e energia. Pode ser fácil cair na auto-sabotagem.

Superar os hábitos de auto-sabotagem é fundamental, para que possa começar a investir sua energia na criação do relacionamento dos seus sonhos e viver uma vida de amor.

Se parece que está preso em alguns velhos hábitos e está tendo um momento difícil para avançar, tire algum tempo para trabalhar com o seguinte:

1. Você está carregando alguma bagagem emocional do passado? Há padrões que se repetem em sua vida ou relacionamentos? Existe algo do seu passado que ainda não foi resolvido e o mantém preso?

 Muitas vezes pode ser difícil ver essas coisas em nós mesmos, mas eu descobri que escrever e meditar podem ser avenidas maravilhosas para descobrir o que ainda é a bagagem emocional não resolvida do passado. Trabalhar com um coach ou terapeuta energético também pode ajudar a trazer essas questões à luz.

2. Você tem crenças limitantes ou conflitos internos em torno do que você pode realmente criar em sua vida?
 Isso pode ser enorme. Muitas vezes, estamos completamente cientes de como estamos nos limitando simplesmente porque não pensamos nisso.
 Você realmente acredita que você merece ter a vida que você deseja? Ou será que todos os tipos de crenças limitantes sobem à superfície quando você pensa sobre isso? Escrever estes pensamentos conforme eles vêm a tona e olhar para eles no papel pode ajudá-lo a ter clareza, do que pode ser que o está mantendo preso, de forma inconsciente.

3. Faça a sua lista de prós e contras sobre a incorporação desses grandes novos hábitos que você quer para sua vida.
Ok, essa é a parte divertida. Anote todas as razões pelas quais você quer mudar um velho hábito ruim e o que vai acontecer se você o fizer. Em seguida, volte e escreva o que vai acontecer se você não fizer isso. Normalmente, se o nosso "por que" é grande o suficiente, vamos encontrar tempo e energia para investir em nós mesmos de uma forma positiva.
 Seja incorporando um novo programa de exercícios, tendo tempo para escrever ou meditar, ou apenas comer melhor, quando nós realmente lembramos e concentramos a nossa atenção sobre o quão grande vamos nos sentir quando fizermos as coisas para cuidar de nós mesmos, é mais fácil começar a seguir adiante.

Superar a auto-sabotagem pode ser um desafio, se deixarmos as nossas coisas não resolvidas do passado nos manter presos. Mas uma vez que você descobrir o que estava prendendo você, você poderá criar novos e maravilhosos hábitos para si mesmo que irão apoiá-lo a viver a vida que você deseja e atrair o amor de sua vida."

Dawn Allen
Fonte:http://despertandodeuses.blogspot.com.br/2013/10/voce-esta-preso-em-habitos-de-auto.html#more

Bruxas e fadas existem por Lya Luft


"A vida depois da aparente morte existe,
os encontros humanos são destinados: algo
secreto maneja os laços que se atam e
desatam em amores, família, amizades
e até encontros breves. Por que não?"

Gosto de pensar que o tempo não existe a não ser como convenção para demarcarmos nossas atividades. Mas ele tem efeitos na geografia do nosso corpo e, evidentemente, em nossa alma: que pode expandir-se, ficar mais generosa, mais sensível ao que é belo e bom, ou ressecar-se, entregando-se à lamúria, à sombra, ao amargor.

Isso será em parte escolha nossa. Depende da genética psíquica com que somos marcados ao nascer, e também do que em nós causou a família – esse campo de treinamento como seres humanos, do qual nos vem a capacidade de ternura e confiança, mas também a suspeita e a autodestruição.

Com a realidade não é muito diferente: em que medida ela é fruto da nossa formação?
Recentemente, escrevi histórias infantis, nas quais me coloquei no papel de uma bruxa boa disfarçada de avó.
 Essa bruxa escondia atrás dos livros potes com pós mágicos, que usava para vencer as bruxas más, moradoras de um buraco no meio-fio ali na esquina.
 "Bruxa existe, fada existe, gnomo existe, bicho fala?", perguntava a criança que recheou minhas histórias com suas maravilhosas fantasias (uma de suas perguntas foi, aliás, se "à noite, as estrelas-do-mar acendem no fundo das águas").

Se bruxas e fadas existem... Respondi que existem, claro, para as crianças que acreditam. Depois pensei que, no caso dos adultos, tudo depende de nossa capacidade de escapar da prisão de nosso melancólico ceticismo e, assim, adentrar os mistérios do mundo.

Se é possível acreditar que somos transcendentais, que existe o sagrado fora de uma religião institucionalizada, por que não existiriam criaturas miraculosas? E quem garante que, de vez em quando, dois mais dois não é algo diferente do tedioso quatro?

Pesquisadores geniais começam a abrir frestas de conhecimento que nos revelam universos insuspeitos (seriam os das bruxas medievais?). Quantas dimensões temos no universo? Uma quarta foi aventada, e quem sabe outras mais não existiriam?

Comecei a querer entender o mundo quando ainda nem comia à mesa dos adultos (outros tempos!), intrigada, principalmente, com as tempestades que resfolegavam como um grande animal sobre as árvores do jardim. Sempre quis entender: porque não entendo, escrevo. Como jamais entenderei, até o fim da vida tentarei expressar em palavras, e entrelinhas, esse desejo de tocar o indizível.

Bruxas existem, fadas existem, a vida depois da aparente morte existe, os encontros humanos são destinados: algo secreto maneja os laços que se atam e desatam em amores, família, amizades e até encontros breves. Por que não?

Nada é impossível na vastidão do processo no qual estamos como as árvores na floresta e as conchas na areia: transformação, não deterioração; soma, não redução. Se conseguíssemos enxergar isso, seríamos muito mais tranqüilos, mais abertos e ousados. Daríamos mais importância ao crescimento, e não à castração; à dignidade e ao amor, e não à vingança e ao ressentimento. Teríamos consciência de que a vida nos lançou fora do casulo do não-saber para exercermos generosidade e liberdade, até sermos de novo encerrados (ou expandidos?) nisso que chamamos morte.

Ao menos por algum precioso instante de libertação, todos devíamos poder ser crianças que acreditam que à noite, quando todos dormem, esta que aqui escreve voa sobre os telhados em sua vassoura, feliz porque os que ama dormem protegidos, enquanto ela, a Bruxa Boa, sob a claridade da lua, gira, vigilante."

Lya Luft
Fonte:http://veja.abril.com.br/201004/ponto_de_vista.html

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